segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Dezesseis Luas - Resenha Livro + Filme

Informações:

Nome: Dezesseis Luas - Beautiful Creatures #1 

Autores: Kami Garcia, Margaret Stohl

Editora: Galera Record (Brasil)

Ano: 2010

Sinopse: Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece... Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações. Mais que um romance entre eles, há um segredo decisivo que pode vir à tona. Eleito pelo Amazon um dos melhores livros de ficção de 2009. Direitos de tradução vendidos para 24 países

Enredo: Beautiful Creatures conta a história de Ethan, um garoto que vive em uma cidadezinha perdida nos confins dos EUA onde não há perspectiva alguma a não ser sair de lá! Recentemente, ele perdeu a mãe e vive com o pai que passa o tempo todo trancado no escritório desde que enviuvara e Amma, sua meio "babá" que passou a assumir a responsabilidade por ele desde a perda de Lila, sua mãe. A vida de Ethan se resume a frequentar as aulas, observar o que ele não quer ser quando crescer e os sonhos... Ou melhor: Os pesadelos. Há meses, o garoto vem tendo pesadelos estranhos que envolvem uma misteriosa garota por quem ele estranhamente está apaixonado, embora ela não exista tecnicamente, pelo menos é o que ele pensa até que Lena Duchannes chega na cidade, a sobrinha do assustador Macon Ravenwood traz consigo um mistério e, como um ímã, atrai Ethan com seus hipnotizantes olhos verdes e sua experiencia com cidades que ele desconhece. O maior sonho do garoto é sair de Gatlin. e ele vê em Lena a oportunidade de alguém com uma mente mais livre para uma conversa inteligente, uma vez que seus "amigos" na cidade tem um pensamento muito limitado. Mas o empecilho de sua família "mal vista" torna, inicialmente, difícil a aproximação dos dois, embora Ethan sinta-se inegavelmente atraído pela garota. Quando ele percebe que ela começa a ser atacada pelas garotas da escola, ele intervém e fica ao lado de Lena, causando um mal estar na escola. Quanto mais Ethan e Lena se aproximam e se conhecem, mais é evidente a atração que há entre os dois, que se intensifica quando eles descobrem a possibilidade de se falar em pensamentos, e encontram um antigo medalhão que lhes proporciona a visão da ligação entre seus antepassados. Mas para sobreviver no mundo de Lena, Ethan vai precisar de muito mais que coragem.

O que eu achei: Esse livro é FANTÁSTICO! Cara eu nem consigo expressar como foram prazerosas essas 485 páginas! Valeu a pena cada parágrafo! Ele é divertido, emocionante, romântico e tenso nos lugares e horas certas! Não achei essa coisa sombria toda que prometem, mas é definitivamente um livro incrível, a história te prende do início ao fim, não é apenas bem construída, mas versátil e eu diria até inovadora. Uma história de bruxos tão ou mais interessante desde o Círculo Secreto que é, para mim, a melhor história de bruxos já inventada! (Perdoe-me os fanáticos por Harry Potter).

O Filme: Como toda adaptação, esse filme não tem porra nenhuma a ver com o livro! (Desculpem o palavrão!) Pra começo, as coisas não acontecem como amostra ai, a cena final é tipo léguas de diferença do livro! A morte de Macon, a "morte" de Ethan, chega a ser ridículo. Eles cortaram mais coisas do que eu poderia descrever e só quem leu o livro pode se revoltar com o filme, eu digo isso porque assisti antes de ler e adorei, depois que li: 
Entendem o que eu digo? Há personagens que não tem no filme, há cenas realmente incríveis que eles não colocaram, deturparam a história e omitiram tanta coisa que se torna quase insuportável falar! Tipo a parte em que Lena faz Ethan esquecer dela, no livro isso nunca acontece! Assim como The Host essa está na lista de piores adaptações de livros já feita.

E é isso blogueiros, demorou, mas chegou. Já comecei a ler o volume dois! Beijos e aguardem novidades!

The Lost Girl.

sábado, 27 de setembro de 2014

Resenha Atrasada

Oi blogueiros, como estão? Espero que melhor que eu.

Eu estou passando para dar satisfações da resenha dessa semana que não saiu. Eu realmente estou na metade de Dezesseis Luas, mas não consegui terminar a tempo de completar a resenha dele por causa do livro que está para lançar pela Editora Multifoco. Deixe-me explicar:
Eu recebi as provas digitais por e-mail na quarta feira (24) e, como autora, eu tenho que aprovar e avaliar o texto na revisão final. Acontece que eu encontrei um monte de coisa pra consertar e ai lá vou eu correr atrás de alguém de última hora pra olhar o texto porque o revisor não podia. Eu sei que eu estou preocupada e tão angustiada com essa história do livro que não durmo direito ha dias! E, por conta dessas correções e também da pilha de trabalhos que tenho para faculdade, não consegui avançar na leitura e, por isso, a resenha dessa semana desandou. Dependendo de como as coisas saírem, eu vou terminá-lo amanhã.
Manterei vocês informados a respeito do livro assim que tiver mais detalhes concretos, por enquanto os poucos que tenho comigo quero manter, até porque não me sinto animada o bastante para compartilhá-los.

Abraços, blogueiros! Rezem por mim.

The Lost Girl.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Notícias de uma blogueira meio foragida

Oi blogueiros, decidi fazer esse post para dar notícias do que anda acontecendo nesses últimos dias e semanas em que eu só tenho postado sobre os livros que tenho lido e, esporadicamente, sobre músicas. Tomar a decisão de restringir o blog a um conteúdo mais relacionado aos meus gostos e criar um diário foi mais ou menos uma boa decisão, eu até gostava de dividir com vocês o que acontecia comigo durante o dia, mas com o passar do tempo as coisas foram ficando complicadas e eu tenho tido menos tempo, isso porque sempre vou dormir muito tarde, seja lendo, estudando ou escrevendo e acordo mais tarde ainda tornando meu dia menor. Já tinha dito a vocês que eu sou absurdamente desorganizada e isso é uma verdade incontestável.
Hoje (23) é feriado aqui onde eu moro. Dia da Padroeira da cidade, N.Senhora do Livramento. Por essa razão é quase uma da manhã e eu estou escrevendo isso sem preocupação de ter de ir para a prática daqui a sete horas. Sim, as práticas da faculdade já começaram (iupi!), conseguem imaginar o quão feliz eu estou? Acordar seis e meia da manhã é o sonho da minha vida! Principalmente quando eu sou incapaz de dormir antes de duas da manhã. Para completar, mandei meus óculos para a ótica ontem e tenho certeza de que o grau veio errado, porque quando coloquei-os fiquei mais cega do que sem eles! Se é verdade que o olho tem pressão, o meu olho esquerdo sofreu um pré-infarto. Ou eles colocaram o grau bem errado na lente ou a médica que eu consultei não entendeu quando eu disse que não via quase nada com o olho esquerdo. Resultado: minha irmã fez um ajeitado com as lentes antigas em uma armação antiga minha e eu estou usando isso até conseguir falar com a oculista - que é mais difícil que conseguir audiência com o Papa ou com Obama! - e ver o que deu errado nos meus óculos para, ou poder consertar, ou fazer um novo exame. Espero que isso não demore muito. Até lá, graças a minha irmã eu não estou de castigo sem ler ou escrever. Porque sem os óculos eu não posso usar o computador de jeito nenhum, muito menos ler, é um esforço que eu definitivamente não devo fazer.
De resto, não tem acontecido muita coisa na minha vida, ela tem se resumido a ler, e graças a Deus eu tenho lido o máximo que o meu tempo me permite, escrever Conto de Falhas, que está muito legal a cada capítulo novo, e ansiar cada vez mais com o livro da Editora Multifoco, cujo prazo da entrega digital de prova acaba hoje. Espero que tudo dê certo, mas confesso para vocês que estou tentando não me manter muito otimista, como disse Millôr Fernandes: "Encare a vida como um pessimista. Ele é feliz quando acerta e quando erra." não há como refutar essa afirmação. A faculdade anda de mal a pior como sempre, cada período que passa eu fico mais e mais maluca, acho que no passo que vai daqui para o oitavo período eu vou parar num hospício, no mínimo. A única coisa boa de lá é João Paulo, Sandy e Claudimary com quem eu fico sempre que dá pra escapar das aulas muitíssimo "interessantes", tipo quando eu começo a dormir ou algo parecido. Também estou muito viciada nas músicas da Leona Lewis, é o que eu tenho ouvido há umas duas semanas sem pausas, a mulher é maravilhosa e ponto. Já comecei a ler o livro da próxima resenha, que vai ser a série 16 Luas. Já estou em cem páginas do primeiro livro e devo dizer, é incrível. Estou amando. E não tem nada a ver com o flme (pra variar, né?). Não garanto que vá conseguir terminá-lo daqui para o domingo, porque como eu disse, além dessa história dos meus óculos a semana de provas está aí. Mas vou me esforçar um pouco mais.
É isso blogueiros, a vida não tem mudado muito... Ando preocupada e meio triste como sempre. Nenhuma novidade impactante. Espero que vocês estejam bem. Logo volto com mais uma resenha por ai.

Beijinhos!

The Lost Girl.

sábado, 20 de setembro de 2014

Coração Aventureiro - Natalie Anderson (Resenha)

Sinopse: Uma tarde louca na praia… Ter um caso pecaminoso com o ardente campeão de snowboard Jack Greene não é um comportamento normal para Kelsi Reid… Mas uma simples olhadela indecente de Jack faz com que Kelsi mande para o espaço todo o seu juízo (junto com suas roupas!). Afinal, quem melhor do que um atleta premiado por suas façanhas nas ondas e na cama para enlouquecer uma mulher?… Depois de uma noite incrível, Kelsi desaba ao descobrir uma terrível surpresa: ela terá um bebê. Porém, Kelsi e Jack não poderiam ser uma combinação pior: ele não passa de um caso passageiro, enquanto Kelsi anseia estabilidade. Seria possível manter os pés no chão depois de conhecer alguém capaz de colocar sua vida de cabeça para baixo?

Enredo: Kelsi conheceu Jack por acaso, enquanto dirigia atrasada para seu compromisso em um SPA, presente de seus amigos de trabalho, não que a webdesigner fosse a maior fã de se misturar com um monte de mulheres estonteantes para sentir-se ainda mais insatisfeita consigo mesma, mas uma sessão de massagens lhe faria bem, e talvez seu chefe tivesse razão quando disse que ela precisava tirar um tempo para si mesma. O que ela não contava era frear bruscamente em um sinal vermelho e quase atropelar Jack Greene. A primeira vez que Kelsi colocou os olhos no poderoso Jack Greene sentiu que o universo  parou de girar e o mundo à sua volta desapareceu, Jack, por outro lado, ficou de tal forma fascinado por aquela garota frágil e esguia que surpreendeu-se por estar tão encantado com uma mulher tão diferente dos seus padrões comuns. Ele queria Kelsi Reid. Uma tarde de paixão ardente na praia foi tudo que ambos precisaram para cair na armadilha do amor, mas Kelsi era incapaz de acreditar que Jack olharia para ela, ele estava de partida para o Canadá em breve e tudo que lhe sobraria seria a lembrança daquela tarde ardorosa. Isso, até Jack voltar subitamente de volta para sua vida e descobrir que ela estava grávida. Mas Kelsi o insentara de qualquer responsabilidade, sabia que alguém como ele jamais deixaria de lado sua vida de aventura como esquiador profissional e conquistador para ficar ao lado de uma mulher como ela. Ela definitivamente não fazia o tipo de Jack Green. Em contrapartida, Jack tentava de todas as formas driblar suas próprias concepções e lutar para aplacar a obsessão que sentia por Kelsi, ele precisava ficar ao lado dela e queria participar da vida de seu filho, mas como driblar o orgulho de Kelsi e o muro que ela envolveu em torno do seu coração?

O que eu achei: Cara, foi como reviver minha época de escola (só então percebi como estou velha!) lendo aquelas Sabrinas e Biancas que eu costumava ler. Lembro-me que a primeira que peguei foi uma Julia de nome Amor, Sublime Amor. Quando cheguei em determinado capítulo daquele livro que relatava a relação sexual entre o casal da trama fiquei pasma, e de tal modo chocada que quase não consegui terminar o livro rsrsr, Hoje, graças a eles, eu consigo desenvolver cenas "apimentadas" nas minhas histórias de maneira não exatamente explícita e sem nunca ter sido tocada por ninguém. É bem interessante você saber mais ou menos como algo funciona teoricamente tão bem como se já o tivesse feito. Há ainda algumas coisas que não entendo, mas vale. O livro é ótimo! Essa coisa de "Homens sem limites" ai na capa é só charme, porque o livro é, na verdade, até fofo. O orgulho do casal é o que os separa durante o livro inteiro, eles são tão incapazes de admitir seus sentimentos que acabam perdendo tempo. É um livro ótimo! Li rapidinho e recomendo!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O Doador de Memórias - Lois Lowry (Resenha Livro + Filme)

Sinopse: O Doador - Quarteto O Doador - Livro 01

Ganhadora de vários prêmios, Lois Lowry contrói um mundo aparentemente ideal onde não existe dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não existe amor, desejo ou alegria genuína.

Os habitantes da pequena comunidade, satisfeitos com suas vidas ordenadas, pacatas e estáveis, conhecem apenas o agora - o passado e todas as lembranças do antigo mundo foram apagados de suas mentes.

Uma única pessoa é encarregada de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis.

Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz idéia de que seu mundo nunca mais será o mesmo.

Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.

Premiado com a Medalha John Newbery por sua significativa contribuição à literatura juvenil, este livro tem a rara virtude de contar uma história cheia de suspense, envolver os leitores no drama de seu personagem central e provocar profundas reflexões em pessoas de todas as idades.

O LIVRO

Enredo: Em, O Doador, nós somos inseridos numa sociedade "perfeita", isenta de dor, de transgressão, onde tudo é devidamente organizado e as pessoas convivem em uma harmonia difícil de se imaginar em um mundo como o nosso. Mas também, vivem livres de todo e qualquer sentimento. Há apenas um homem em toda comunidade que detém as lembranças de todo o mundo, os sentimentos e a sabedoria. Jonas é o escolhido para receber as lembranças deste homem, e enquanto perdura seu treinamento nós vamos fazendo reflexões e pensando no que realmente seria se pudéssemos viver isentos de emoções, se pudéssemos ser "programados" para viver sob regras definidas e rígidas e qual seria o preço a pagar por essa sociedade tão perfeita.

O que eu achei: Como vocês puderam ver, eu não me estendi muito no enredo do livro, até porque é um livro bem pequeno, ele tem 189 páginas (porque tem um extra com uma entrevista, a história mesmo acaba em torno das 189), então, se eu me estendesse muito nos detalhes acabaria contando algum spoiler do livro sem querer. O Doador é o primeiro livro do que eu espero seja um quarteto que venha logo para o Brasil! A história não é somente fascinante e reflexiva, mas envolvente. Enquanto Jonas vai recebendo as memórias do doador, nós vamos imergindo em conceitos que são fundamentais na nossa vida e que foram deixados de lado, e vemos assim a consequência deles. O que a ausência de emoções nos levaria a fazer? O que seria um mundo sem cores? A sabedoria e as sensações nos trazem experiência, nos trazem pensamentos, e na comunidade não é interessante um pensador, os anciãos da comunidade não querem cidadãos pensantes e emotivos, querem membros que cumprem seus deveres e agem de acordo com seu sistema, é um paralelo interessante com o mundo no qual vivemos hoje, estamos inseridos num mundo ausente de emoções, onde o poder (principalmente aquisitivo) impera sobre todos os escrúpulos e conceitos antes tidos como fundamentais como caráter, amor ao próximo, decência, etc. Somos "treinados" para sermos robôs de um sociedade que impõe suas normas e nos submete a elas, onde não podemos nem devemos pensar, apenas obedecer. No livro, Jonas descobre o poder da escolha, que não deveria ser tirado de nenhuma pessoa, mas ora, se pudéssemos escolher correriamos o risco de fazer escolhas erradas, como ele mesmo aponta no livro, mas isso nos leva a pensar: Aprendemos sem os erros? Para que eles servem, afinal? De que resulta, então, a sabedoria? O livro como um todo é uma reflexão profunda sobre o que é ser humano, sobre o mundo que construímos para nós, sobre o que é importante na vida. Não que eu acredite que um dia teremos o poder de controlar o clima ou mesmo a capacidade de privar as pessoas totalmente da sensibilidade - embora admita que acredito ser possível - mas desde já observo o mundo no qual estamos inseridos, a sociedade que nos rege, e espero sinceramente não viver para ver o dia que a humanidade cairá ainda mais na mesmice de O Doador e quando as memórias forem um fardo destinado a apenas um.

O FILME

Assisti ao filme apenas na madrugada de ontem, por isso demorei tanto a postar a resenha do livro.
Estou começando a entender melhor o termo adaptação, não quer dizer que o filme vá seguir o livro, quer dizer que a ideia original do livro deu base para se criar uma coisa nova: o filme. Digo porque, desde o começo, o filme não tem basicamente nada a ver com o livro. A ordem de acontecimentos é alterada, a distribuição de tarefas é alterada, tudo foi alterado criando quase um filme desvinculado do livro.
Minha nota pro filme seria 7,0 numa escala de 0 a 10. Ele é bom, mas as diferenças com o livro são gritantes. Muita coisa que há no filme não há no livro e o que deveria, de fato, acontecer no filme porque acontece no livro, não aconteceu. Colocaram a cena da dispensa de Fiona quando, na verdade, Rosemary foi dispensada! A cena do beijo deles não existe no livro, muito menos as tais "injeções" diárias, eram pílulas. Os passeios com o doador nunca aconteceram, entre tantas outras coisas... Vale a pena assistir? Sim, o filme, como dito, é muito bom. Mas o livro é infinitamente melhor e ambos tem quase nada a ver um com o outro.

sábado, 13 de setembro de 2014

Eu Sou O Mensageiro - Markus Zusak (Resenha)

Sinopse: Ed Kennedy leva uma vida medíocre, sem arroubos. Trabalha, joga cartas com cúmplices do tédio, apaixona-se por uma amiga que dorme com todos os vizinhos do subúrbio e divide apartamento com um cão velho. O pai alcoólatra morreu há pouco; a mãe parece desprezá-lo.
Certo dia, ele impede um assalto a banco e é celebrizado pela mídia. O ato heroico tem consequência. Logo depois, Ed recebe enigmáticas cartas de baralho pelo correio: uma sequência de ases de ouros, paus, espadas, copas, cada qual contendo uma série de endereços ou charadas a serem decifradas. Após certa hesitação, rende-se ao desafio. Misteriosamente levado ao encontro de pessoas em dificuldades, devassa dramas íntimos que podem ser resolvidos por ele. Uma mulher é estuprada diariamente pelo marido, enquanto uma senhora de 82 anos afoga-se em solidão, à espera do companheiro, morto há mais de meio século.
A ele parece caber o papel do eleito, do salvador. Convencido disso, segue instruções e se perde entre ficções de estranhos e sua própria, embaçada, realidade. A certa altura pergunta-se: "Eu sou real?" Markus Zusak cria um personagem comovente capaz de confrontar o mistério e, por meio da solidariedade, empreender um épico que o levará ao centro de sua própria existência.

O Que Eu Achei: Há muito, muito tempo eu não fico arrepiada quando chego no final de um livro! Fantástico é um adjetivo mínimo para descrever o que foram estas 300 páginas de uma aventura enigmática e eletrizante. Eu Sou o Mensageiro é muito mais que uma ficção, é uma verdadeira reflexão sobre a essência do “ser humano”, sobre a vida em seu sentido mais sóbrio, palpável, completo.
Enquanto acompanhamos a evolução de Ed Kennedy, somos arrastados para reflexões como: E eu? Que mensagens ando levando? Que mensagens ando ‘passando’? É realmente válido tirar uma vida, por pior que a pessoa seja? Qual nosso papel enquanto pessoa, enquanto humanos? Markus Zusak criou um enredo cheio de mistérios e ensinamentos tão bem emaranhados e, ao mesmo tempo, soltos, que ao final da leitura você não apenas se arrepia, mas se emociona, começa a repensar o seu caminho e a pessoa que você se tornou. Estamos todos aqui com o propósito de nos amar, e esse livro passa aquele mandamento maior de Cristo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.” A medida que Ed vai ajudando uma pessoa e aumentando a corrente do bem, nós vamos percebendo que é essa a maior função e realização da nossa vida: fazer a diferença na vida do outro. Quando agimos em presteza à alguém, não é apenas aquela pessoa que muda, mas nós. Transformar a vida de todas aquelas pessoas não foi benéfico apenas para elas, mas para o próprio Ed, ele mudou mais que qualquer uma das pessoas que ajudou, coisas simples como uma lâmpada, um sorriso, uma caixa vazia, um sorvete, fazem uma diferença tão grande. Não é com as surras da vida que temos que ficar preocupados, mas sim com o que faremos com o nosso corpo arrebentado depois disso. Quando Ed apanhou dos Rose, ele ergueu-se sorrindo, com o sentimento de missão cumprida. Poucas pessoas tem essa capacidade, de apanhar e erguer-se com um sorriso mesmo em meio às feridas (tiro por mim mesma, sou incapaz disso), nós ficamos tão concentrados na dor, que esquecemos a lição.
"Se um cara como você consegue fazer o que você fez, talvez todo mundo consiga. Talvez todos possam superar seus próprios limites de capacidade."

A maior parte do tempo, eu me sinto como Ed Kennedy no início deste livro: Um fracassado. Uma pessoa condenada a ser um zero a esquerda para sempre, mas aí, eu me dei conta que, mesmo de certa forma, eu faço a diferença com cada palavra que escrevo para as pessoas, é a forma que eu tenho de passar mensagens, de ‘ser’ mensagem, além daquilo que posso fazer concretamente. Quando cheguei ao fim deste livro, me arrepiei e quase chorei. Sensações que eu não tinha há algum tempo com um livro, comecei a me ver de uma maneira diferente (embora continue me odiando), mas admito que não me considero mais cem por cento ‘inútil’, de alguma maneira, cada pessoa que me conheceu até hoje, que “me leu” alguma vez ou que conversou comigo procurando alguma pessoa que simplesmente ouvisse, recebeu uma mensagem. De algum jeito, eu fui mensagem para alguma pessoa ao longo da minha vida, eu entreguei mensagens para alguém... E quando me dei conta disso, ao fechar o livro, me senti melhor. Ganhei este livro de presente de aniversário de uma amiga na faculdade, de algum modo, ela foi minha mensageira. Duvido bastante que ela tenha me dado este livro sem um propósito, ela queria me dar uma mensagem, ela queria me fazer sentir alguém. Ela é a minha mensageira.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

#Livro: Branca de Neve e o Caçador (Resenha Livro + Filme)

Oie blogueiros! Bem, terminei o livro no tempo certinho, se não fosse o trabalho que eu tinha de apresentar eu teria terminado um dia antes, até porque esse livro é bem pequenininho. Situação inusitada para mim, uma vez que temos um livro baseado em um filme e não o contrário. Este tesouro foi presente da minha irmã pelo meu 24º aniversário, este ano. Eu sou completamente suspeita para falar de Branca de Neve e o Caçador porque já ultrapassei a marca de cem visualizações desse filme desde sua estréia, em 2012. Então, a resenha de hoje é não apenas prazerosa, mas especial. Bem, mas chega de enrolação e vamos nessa!

Sinopse: Há dez anos, a vingativa Rainha Ravenna assassinou o rei na mesma noite em que se casara com ele. No entanto, dominar o reino tornou-se um sofrimento para a Rainha. Para salvar seus poderes, ela deve devorar um coração puro, e Branca de Neve é a única pessoa com esse coração. A fim de capturá-la, Ravenna recorre ao Caçador, o único homem que já se aventurou pela Floresta Sombria e sobreviveu. Branca de Neve será morta pelo Caçador? Ou será treinada por ele e se tornará a melhor guerreira que o reino já conheceu?

O Livro e o Filme:
Nessa maravilhosa releitura do conto dos Grimm, Branca de Neve e o Caçador nos leva à um reino dominado por uma perversa mulher que teve sua vida destruída pelo rei e deseja vingar a morte de sua mãe e de seu povo. Um rei destruído pela perda de sua esposa, e uma menina de sete anos que só deseja ser amada, mas que é deixada de lado pelo pai. Por dez anos, Branca de Neve foi trancada numa torre, sem nenhum contato humano, sem nenhuma compaixão, mas finalmente conseguiu fugir, levando com ela a dor da solidão e da perda, o medo do desconhecido e a esperança da salvação. É quando ela conhece Eric, um caçador destinado a caçá-la, mas que acaba por salvá-la de Ravenna. Um homem rústico, tomado pela dor silenciosa de sua perda. Inicialmente, ambos se odeiam, logo passam a amar-se à sua maneira.

Perseguida pelo irmão de Ravenna, Finn, Branca de Neve refugia-se na aldeia das mulheres, onde é acolhida. Eric, achando que ela está segura, decide deixa-la e a aldeia é atacada por Finn, o caçador descobre então que a única maneira de salvar a garota que o tirara da dor da perda de Sara, sua esposa, era matando o irmão de Ravenna. Eric queria proteger Branca de Neve, como ela o protegera de imergir ainda mais no inferno onde ele vivia, ele queria ser melhor por ela. Assim, com as perdas no caminho de pessoas que uniram-se a causa de salvar o reino, Princesa, Caçador e Jovem Duque se unem contra a Ravenna, a rainha sombria. Mas para Branca de Neve a batalha maior ainda esta por vir: O amor que ela traz em seu coração. Teria ela alguma chance com Eric?

O que eu achei:
Revi esse filme pela provável centésima vez, e sempre parece a primeira, eu nunca me canso. Fica difícil comparar livro e filme uma vez que a ordem de lançamento e criação é inversa. Aqui o livro surgiu do filme e não o contrário. Já havia ouvido que o livro dava pouca ou nenhuma informação extra sobre o filme, o que eu venho discordar. Há sim uma gama de informações extras que não temos noção ou não sabemos no filme, como, por exemplo, os sentimentos dos personagens. Temos uma dimensão maior disso no livro, a maneira como Branca de Neve se sente com relação a Eric e a maneira como ele se sente sobre ela. No livro a relação dos dois chega a ser até mesmo engraçada, eu diria cativante. A ordem dos acontecimentos muda muito de um para o outro, Há cenas no livro que não correspondem ao filme, e até mesmo descrições que divergem de um para o outro, mas posso dizer que, de uma maneira considerável, o livro é fiel ao filme e muitíssimo bem escrito, a leitura é agradável, a narração é fluida e bem trabalhada e eu abro um parêntese para a diagramação, é belíssima! Quando eu abri fiquei absurdamente encantada. Não sei se a edição que minha irmã me deu é de algum tipo de colecionador, mas sei que a diagramação é fabulosa. Digna do filme fantástico que esse é. Tanto os efeitos especiais quanto a história propriamente dita foi muito bem feito, permanece a essência do conto dos Grimm, mas com uma nova perspectiva e de uma maneira mais realista embora com sua leva de fantasia. Com relação ao filme a escolha do caçador foi o que mais me atraiu (*-*). Graças a este filme eu consegui completar minha releitura de A Bela Adormecida, começada em 2010 e engavetada até 2012 quando me deparei com esse clássico da releitura. Branca de Neve e o Caçador é um dos meus filmes favoritos e, na minha opinião, a releitura mais bem feita da história.

Então, é isso blogueiros! Nos vemos semana que vem com a próxima resenha! Beijinhos!

The Lost Girl.

#Música Vídeo official do Nickelback

Como disse ontem, a fantástica banda Nickelback havia disponibilizado seu novo single e hoje soltaram o vídeo oficial da música, que por sinal está tão bom quanto a letra! Vale a pena conferir!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Recado a quem já se sentiu só

A page da Revista Bula publicou um texto muito legal falando sobre solidão. Eu estou trazendo o texto na íntegra pra vocês e, no final, vou colocar o link para quem quiser ir ver lá.

Recado a quem já se sentiu só

Uma hora, lá pelas tantas do dia, da noite, da vida, você vai sentir solidão. Acontece com toda gente. Do bebê mais intocado, chorando um instante de falta da mãe, ao velho mais rescaldado remoendo seus mortos, contando suas saudades em fila indiana, todos haveremos de nos sentir sós.
O casal na manhã de seu amor havia pouco sonhava uma cerimônia de casamento, escolhia convidados, mobiliava a casa imaginária, batizava seus filhos que ainda virão. Agora, ainda no caminho de suas primeiras esquinas de mãos juntas, um e outro também se sentem ridiculamente sós, cada um em seu canto de sofá, repassando em silêncio suas dúvidas e angústias irreveláveis.
Na família povoada de crianças, o cachorro de estimação é adorado por todos, tem a saúde cuidada por veterinários com doutorado, é banhado e penteado às terças por equipes especializadas e acolhido no coração de seus donos com alegria diária. Ainda assim, ele também se encolhe em seu canto nas horas quietas e envelhece no escuro sua existência de bicho só.
Depois das vozes e da música, dos risos e das juras de amor verbalizadas nas ondas de satisfação e ternura honesta de um dia alegre, quando restar mais nada além do som da geladeira na noite silenciosa, você há de se sentir só.
Olhando a pessoa amada que dorme ao seu lado, assistindo ao seu virar para lá e cá, as mãos aquecidas entre os travesseiros, os olhos sonhando sob a fidelidade muda das pálpebras, você também vai sentir solidão.
Na visão do campo de futebol de várzea deserto, que há pouco exalava na vizinhança um perfume de grama pisoteada pela alegria dos atletas de ocasião, um vizinho curioso e contemplativo, assistindo à vida pela janela, vai notar a si mesmo em profundo instante de solidão patética.
No cuidado com que a esposa limpa, lixa e pinta as próprias unhas, o marido calado também vai se sentir sozinho. E ela, cuidando de si mesma, amadurecendo sua inseguranças, amenizando seus medos no exercício de se fazer mais bela, também vai se saber criatura solitária.
É que solidão também se sente em casal, grupo, multidão. Quem é só também se percebe assim em família, time de futebol, casa cheia. Solidão é sentimento que repousa dentro da gente e acorda quando quer, pisando de salto duro pela casa, batendo as portas, arrastando a cômoda de madrugada, fazendo barulho.
Você está lá, cercado de gente, tomado de amor, envolvido em conversa animada e pronto. Um vazio estala num canto escondido aí dentro, um medo congela no peito, uma tristeza aparece do nada, como visita que não se espera. E você se torna triste como o terreno baldio entre dois prédios construídos há pouco, habitados por famílias novas, solteiros, estudantes famintos e suas festas. Você é agora nada senão um espaço vazio, esquecido, povoado de pedras e ilhas de mato crescendo lento, em que os incautos e insensíveis vêm despejar velhos sofás à noite e os bem resolvidos descartam seus entulhos e dão as costas.
Sentir solidão é escutar a chuva durante a noite, remoer a cólica que piora em momento insuspeitado. É precisar de um telefone sem sinal, encontrar fotografias revelando saudades, ouvir o silêncio que estoura os tímpanos e aperta o peito. O silêncio da espera dos próximos sons, dos risos vindouros, da conversa seguinte, das visitas novas.
Mas deixe estar. O instante de ser só é condição de quem está vivo. A toda gente da terra e do céu, o vento sopra de manhã, no topo das árvores que acordam com o dia, seu recado firme e urgente: todo mundo há de se sentir só.
E assim, solitários, cada um de nós e todos os nossos seremos como a pedra num sapato vazio: uma pura, honesta e simples manifestação de espera. A esperança da companhia que sempre volta. Aquela que assiste ao seu sono, que lhe dói e cura, que lhe falta e completa.
Porque há sempre um olhar carinhoso à sua busca, mirando ansioso a sua chegada com a alegria dos que acreditam, o frescor das histórias que começam e a ternura poderosa dos gestos simples de amor. O amor que nos acolhe, nos desperta e nos leva adiante, no movimento pleno e grandioso da vida.
FONTE: http://www.revistabula.com/2954-recado-quem-ja-se-sentiu/
Ai eu deixo a pergunta: Quem nunca?

#Música = Músicas novas

Oi gente, a resenha dessa semana vem da sexta pro sábado, porque eu tenho um trabalho pra apresentar amanhã ai tive que dar uma paradinha no livro pra estudar, mas estou quase terminando, ai vou rever o filme (*-*) e trago o que achei dos dois pra vocês. Hoje eu vim com a tag música porque tem umas músicas novas rolando por ai e, caso você ainda não tenha ouvido (o que eu duvido cegamente) estou postando pra ouvirem, ou ouvirem de novo.

Ha um tempo, o nickelback liberou uma faixa nova de seu próximo álbum, a faixa intitulada Edge of a Revolution é não somente ótima, mas nos faz esperar ansiosamente pelo disco novo da banda. Como sempre, a banda de rock não decepciona e traz um som de qualidade com uma letra foda.


Quem também apareceu com novidade foi o grupo de Acapella Pentatonix, com o single La La Latch que também fará parte do novo álbum do grupo intitulado PTX Vol. III. A sonoridade da música é muito boa e eu sou meio suspeita pra falar deles porque amo todos os vídeos que eles fazem.


A Banda de Progressive Metal Amaranthe também disponibilizou um single do seu próximo álbum de estúdio, a faixa, chamada Drop Dead Cynical fará parte do Massive Addictive. Para ouvir a faixa, clique no link a seguir:

A linda da Brooke Fraser também disponibilizou o vídeo do seu novo single Psychosocial. A letra da música é simplesmente maravilhosa, como todas as músicas de Fraser, o som é realmente viciante e o vídeo fantástico. Vale a pena ver!

E é isso gente... Nos vemos amanhã ou no sábado com a próxima resenha do blog.