Autor: Arthur Conan Doyle
Gênero: Horror e mistério, Policial Contos
Sinopse: Os fãs do maior detetive da literatura mundial encontrarão neste livro doze histórias de Sherlock Holmes que normalmente não constam da obra de Arthur Conan Doyle com o seu mais famoso personagem. Peter Hanning, especialista em Sherlock Holmes, defende que Conan Doyle (1859-1930) nos legou, além de quatro novelas protagonizadas por Holmes, não apenas cinqüenta e seis contos, mas sessenta e oito contos no total. São essas doze histórias "extras" que o sherlockiano compilou, organizou e que compõem Aventuras inéditas de Sherlock Holmes. Os contos são verdadeiras histórias de aplicação da lógica dedutiva à solução de crimes e mistérios, à la Sherlock. São eles: A verdade sobre Sherlock Holmes, O mistério da casa do tio Jeremy, Bazar no campus, O caso do homem dos relógios, O caso do trem desaparecido, O caso do homem alto, Os apuros de Sherlock Holmes, O caso do homem procurado, Alguns dados pessoais sobre Shelock Holmes, O caso do detetive medíocre e O aprendizado de Watson. As histórias são acompanhadas pela peça em um ato O diamante da coroa, que nos mostra Holmes e Watson no inusitado formato teatral.
Hanning, o organizador, lançou mão do mesmo espírito investigativo do protagonista para, em uma deliciosa introdução, esmiuçar cada uma das histórias, contextualizando-as dentro da obra do autor e justificando a sua pertinência no total de títulos com o célebre detetive, trazendo à tona informações e curiosidades sobre aquele que é um dos três personagens mais conhecidos da literatura inglesa, junto a Hamlet, de Shakespeare, e Robinson Crusoé, de Daniel Defoe.
Saindo aos 42 do segundo tempo, eis que vos trago o livro de Abril do projeto Relento e Resenhando, como mencionei nos últimos posts, esse mês foi bem complicado pra mim, de modo que acabei atropelando um monte de coisas e não consegui cumprir minhas metas, então, precisei abandonar o livro que estava lendo para não atrasar o projeto.
Quando li este livro pela primeira vez não gostei. Acho que já estava na faculdade quando minha irmã o comprou para mim e tudo que tinha lido de Sherlock Holmes (Um Estudo em Vermelho e O Signo dos Quatro) fora no normal médio, pelo menos dois ou três anos antes. Então, meu contato com essa obra não foi muito bom de modo que, ao pegar para ler, vi que havia colocado um não gostei bem veemente no skoob. Porém, essa releitura, à luz das obras que li recentemente e do contato um pouco mais profundo com o autor, me levou a um novo patamar. Eu realmente percebi nesse livrinho o que não consegui notar na primeira vez que o li. Para qualquer fã de Sherlock, esse livro é quase obrigatório na coleção.
Ao longo das páginas o próprio autor vai nos contando não somente acerca da concepção de Sherlock Holmes (que, pasmem, partiu de um professor de faculdade dele hahahaha), mas de todo o processo criativo em si, inclusive, dando uma pequena aula sobre o método dedutivo e sobre a criação de histórias de detetive. Seguimos sua trajetória como autor e as principais dificuldades que ele encontrou no caminho para levar Sherlock Holmes ao mundo. Inclusive, o motivo pelo qual ele decidiu pôr fim à vida do personagem. Quando li essas partes comecei a pensar não apenas sobre o processo criativo em si, mas sobre o peso que algo criado pode ter sobre o seu criador, diante das coisas pelas quais Doyle passou ao criar um personagem tão icônico que se tornou real na mente das pessoas ao ponto de ele mesmo ser confundido com a sua cria, me fez pensar sobre o peso que um livro tem sobre seu autor a partir da perspectiva do público. É uma senhora responsabilidade.
Atrelado a isso, acompanhamos alguns contos inéditos envolvendo o detetive mais amado de todos os tempos, alguns deles nem parecem fazer parte do universo Sherlockiano, mas não deixam de ser tão sagazes e envolventes quanto. Peguei-me divertindo-me com essas aventuras curtas, mas bastante distrativas e seus enigmas que, num primeiro momento, parecem impossíveis de se acreditar como um trem inteiro que desaparece ou um homem que some sem deixar vestígios. E a forma como Holmes ou Doyle na pele de outra personagem, desenrola o nó nos deixa sentindo-se tolos desatentos hahaha. Foi uma revisita muito válida e estou amando esse projeto. Se você é um fã de Sherlock e quer conhecer um pouco mais da sua vida, criação e morte, esse livro é certamente um prato cheio para você.
Mais que recomendado!
Quando li este livro pela primeira vez não gostei. Acho que já estava na faculdade quando minha irmã o comprou para mim e tudo que tinha lido de Sherlock Holmes (Um Estudo em Vermelho e O Signo dos Quatro) fora no normal médio, pelo menos dois ou três anos antes. Então, meu contato com essa obra não foi muito bom de modo que, ao pegar para ler, vi que havia colocado um não gostei bem veemente no skoob. Porém, essa releitura, à luz das obras que li recentemente e do contato um pouco mais profundo com o autor, me levou a um novo patamar. Eu realmente percebi nesse livrinho o que não consegui notar na primeira vez que o li. Para qualquer fã de Sherlock, esse livro é quase obrigatório na coleção.
Ao longo das páginas o próprio autor vai nos contando não somente acerca da concepção de Sherlock Holmes (que, pasmem, partiu de um professor de faculdade dele hahahaha), mas de todo o processo criativo em si, inclusive, dando uma pequena aula sobre o método dedutivo e sobre a criação de histórias de detetive. Seguimos sua trajetória como autor e as principais dificuldades que ele encontrou no caminho para levar Sherlock Holmes ao mundo. Inclusive, o motivo pelo qual ele decidiu pôr fim à vida do personagem. Quando li essas partes comecei a pensar não apenas sobre o processo criativo em si, mas sobre o peso que algo criado pode ter sobre o seu criador, diante das coisas pelas quais Doyle passou ao criar um personagem tão icônico que se tornou real na mente das pessoas ao ponto de ele mesmo ser confundido com a sua cria, me fez pensar sobre o peso que um livro tem sobre seu autor a partir da perspectiva do público. É uma senhora responsabilidade.
Atrelado a isso, acompanhamos alguns contos inéditos envolvendo o detetive mais amado de todos os tempos, alguns deles nem parecem fazer parte do universo Sherlockiano, mas não deixam de ser tão sagazes e envolventes quanto. Peguei-me divertindo-me com essas aventuras curtas, mas bastante distrativas e seus enigmas que, num primeiro momento, parecem impossíveis de se acreditar como um trem inteiro que desaparece ou um homem que some sem deixar vestígios. E a forma como Holmes ou Doyle na pele de outra personagem, desenrola o nó nos deixa sentindo-se tolos desatentos hahaha. Foi uma revisita muito válida e estou amando esse projeto. Se você é um fã de Sherlock e quer conhecer um pouco mais da sua vida, criação e morte, esse livro é certamente um prato cheio para você.
Mais que recomendado!