domingo, 31 de janeiro de 2016

Extraordinário - R.J.Palacio

Informações:

Título Original: Wonder
Autor: Raquel J. Palacio
País de Origem: EUA
Lançamento: 2012
Gênero: Superação, comédia, familiar, bullying
Páginas: 207


Sinopse: O livro conta a história de Auggie, um menino que nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial. Em um manifesto em favor da gentileza, ele enfrenta uma missão nada fácil quando começa a frequentar a escola pela primeira vez: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

O que eu achei: Gente, esse livro é muito fofo! Eu não chorei propriamente com ele, mas me tocou muito algumas partes. Minha irmã comprou esse ano e eu só me interessei de fato a ler depois da resenha do Bruno do Minha Estante, sigo o vlog dele e curto muito os vídeos que ele posta, ainda estou atrás de Projeto Rose que ele resenhou e me chamou muito a atenção. 
Mas voltando ao livro, Extraordinário conta a história de Auggie, um garotinho de dez anos que nasceu com uma sindrome rara que causou uma anomalia na sua face que é disforme, ele cresceu passando por diversas cirurgias, ele mora com os pais e a irma, Olivia, a quem chamam de Via (muito original, por sinal!), o livro inicia com um debate entre Auggie e os pais sobre a possibilidade de ele ir à escola próxima à sua casa, o menino se recusa terminantemente já tendo uma ideia do que vai acontecer caso vá lá, ele tem medo do que as outras crianças podem fazer com ele, mas a mãe acaba convencendo-o a fazer uma visita antes de as aulas começarem e ele aceita. Na visita ele conhece Jack, Julian e Charlotte, três alunos que estarão na mesma classe que ele durante o ano, de cara ele gosta de Jack e Charlotte, mas nota que Julian é um garoto cruel. Auggie é muito inteligente apesar do que pensam e foi aceito na escola pelo seu desempenho brilhante no teste de admissão que ele fez sem saber.
Por fim, ele decide ir à escola e já nota de cara a apreensão dos alunos com relação à sua aparência, apesar de saber o que falam ou pensam ao seu respeito o garoto garante que já está acostumado àquilo, e quase nos convence disso com o passar das páginas, mas no fundo nós sabemos que aquilo o magoa um pouco, ele é tratado como uma aberração e chegam até a praticar bullying indireto com ele na escola, mas mesmo assim ele não se deixa abater e por mais magoado que esteja ele se mantem firme e não denuncia seus algozes. Sempre gentil e cordial, Auggie só quer ser visto como o que ele é: um garoto normal. Assim ele conhece Summer, uma garota linda que sentou com ele no almoço só porque quis conhecê-lo melhor, os dois se tornam amigos imediatamente e Auggie passa a confiar nela com o passar do tempo, o livro dela é um dos mais fofos.
Extraordinário é dividido em partes, temos um vislumbre de Via contando como é a vida com Auggie e como ela se sente a respeito do irmão, na fase adolescente, apesar de amá-lo profundamente as transições tem sido difíceis para ela e em determinado momento magoar o pequeno Auggie acaba acontecendo inevitavelmente. Conhecemos um pouco mais de Jack e de quando ele foi pedido para ser amigo de Auggie, sua relação com ele e os verdadeiros sentimentos dele pelo menino. Justin é o namorado de Via, o livro dele é o pior de ler, dá muita agonia, ele é um cara legal, mas a parte dele não tem diálogos separados, letras maiúsculas são inexistentes e a pontuação é péssima, enfim, me deu muita agonia de ler. Temos também o capítulo da Miranda e da Summer, podemos ver como Auggie mudou a vida deles cada um ao seu modo e é realmente muito fofo e tocante descobrir isso.
Quando lemos extraordinário somos levados a pensar sobre não apenas estética, mas sobre gentileza, lealdade, compreensão, amizade e sobre coragem, coisas que parecem cada dia mais esquecidas na sociedade em que vivemos, acompanhar o crescimento de Auggie e das pessoas ao seu redor é algo realmente bonito de ver e nos emociona, o livro tem ensinamentos muito profundos e é uma história não apenas de superação e aceitação, mas sobre o que é realmente importante na vida. Valeu muito a pena ler Extraordinário! Eu recomendo!

Me Too, Flower!


Informações:

Título Original: 나도 꽃 (Nado Ggot)
Título Mundial: Me Too, Flower! (Literal do Coreano)
Ano de Lançamento: 2011
Capítulos: 15
Gênero: Romance, Familiar, Drama
País de Origem: Coréia do Sul
Direção: Ko Dong-Sun
Escrito por: Kim Do-Woo
Elenco: Lee Ji-Ah, Yoon Si-Yoon, Jo Min-Gi, Han Go-Eun, Seo Hyo-Rim, Lee Gi-Kwang

Sinopse: A oficial de policia Cha Bong Sun é uma mulher peculiar que desafia a hierarquia social rígida. Seo Jae Hee, é um milionário, muito diferente do comum e se apaixona por esta policial. Ele tem segredos que inclusive não quer que ela descubra, e ela rigida como é se nega aceitar algumas coisas da vida. Uma história sobre pessoas, aceitação do passado, relacionamentos e amor.

O que eu achei: Ufa! Parece que faz um milênio que eu não trago um dorama, no finalzinho das férias finalmente eu me dei um tempo para assistir esse, realmente é algo nada fácil no meio de tantas coisas que eu tenho me feito fazer. Me Too, Flower! me atraiu, por incrível que pareça, depois de um vídeo que eu vi dos personagens principais trocando um senhor beijo, isso é muito raro em doramas, tipo, raríssimo! 
Isso é ou não motivo o bastante pra ficar curioso?

Então, decidi que eu tinha que ver, inicialmente acompanhamos o ódio mútuo entre Cha Bong-sun e Seo Jae Hee, o encontro deles não foi nada amigável, mas ainda assim rendeu umas boas risadas. Em comparação, sabemos desde o início que Jae Hee esconde segredos e mesmo que de começo isso não faça muito sentido para nós, o modo como ele age nos deixa fora de qualquer suspeita, ele é um garoto fofo tentando ganhar a vida - e põe fofo nesse negócio! - aos poucos nós vamos entendendo um pouco a história dele com a fria presidente da empresa Perche assim como vamos ficando por dentro da situação de Bong-sun que cresceu sozinha filha de pais divorciados que se casaram novamente, ainda criança morou com um pai rígido e desatencioso, cresceu sem saber dar ou receber amor e com conceitos equivocados sobre diversos assuntos. Seria improvável imaginar que sendo tão diferentes, mas com passados tão marcantes, os dois viessem a transformar o ódio a primeira vista em amor. Jae-hee não escolheu se apaixonar pela policial turrona que, no fundo, esconde uma sensibilidade que ele se emocionou ao descobrir, mas como lidar com o seu próprio passado cheio de dor e arrependimento? Como livrar-se da culpa que carrega dento do peito para poder, enfim, oferecer seu coração inteiro para a policial?
Jae Hee é, na verdade, o designer talentoso da Perche, empresa para qual trabalha disfarçadamente de manobrista, não apenas por odiar atenção, mas porque quer saber como a empresa funciona. Radiante, otimista e muito, muito fofo, ele rouba o nosso coração já no primeiro capítulo, sua parceira, entretanto, Park Hwa young, uma mulher amargurada que tem um filhinho fofíssimo e cujo marido morreu quando ela ainda estava grávida, em um acidente, também é apaixonada por Jae Hee, o que faz disso um triângulo amoroso perigoso para Bong Sun, uma vez que a mulher poderosa vai usar todas as armas que tem para separar os dois independente das consequencias que isso acarrete para a felicidade do próprio Jae Hee. 

Os Personagens:

Cha Bong-Sun: É a personagem principal e policial do nosso dorama, ela é uma mulher jovem que tem a aspiração de se tornar sargento e, assim, superar o seu pai, um policial prestes a se aposentar e um homem extremamente rígido. Pelo fato do pai ter sido sempre um homem muito austero e ausente, Bong-Sun tem dificuldades em manter relacionamentos e não consegue confiar nas pessoas, vive solitária e despreza a mãe por ter abandonado o lar para morar com outro homem. Ainda assim é uma mulher muito sensível que tem medo de ficar sozinha e não gosta muito de si mesma. Interpretada magnificamente pela Lee Ji-Ah, Cha Bong-Sun faz a gente ir do riso ao choro em segundos.

Seo Jae-Hee: É o nosso mocinho. Ele é co-fundador da Perche, mas trabalha na empresa como manobrista apenas porque quer conhecer melhor como funciona, apesar de ser co-fundador e designer da empresa, Jae-Hee odeia atenção e gosta de trabalhar por trás da cortina, é um menino doce que tem um fardo muito pesado nas costas, além de talentoso e inteligente se apaixona pelo jeito forte e impulsivo de Bong-Sun, sem querer, e gradualmente. Se querem um motivo para ver o dorama ele é um ótimo! As cenas dele tomando banho são... UAU! Maravilhosamente interpretado pelo lindo Yoon Si-Yoon, Jae-Hee nos arranca boas lágrimas e hilariantes risadas além de incontáveis suspiros durante todo o dorama.

Park Hwa-Young: É a primeira antagonista da trama, conhece Jae-Hee desde muito jovem e ambos tem uma ligação muito forte. Perdeu o marido quando ainda estava grávida e apoiou-se em Jae-Hee não apenas na empresa, mas com o tempo cogitando a ideia de torná-lo seu parceiro. Fica irada quando ele se apaixona por Bong-Sun e faz o impossível para separá-los tornando-se uma mulher frívola e cruel.
Hwa-Young tem problemas de depressão e ansiedade, mas se recusa a fazer tratamento, é uma mulher de negócios fria, mas uma mãe atenciosa e carinhosa.

Kim-Dal é a meio-irmã de Bong-Sun mesmo que inicialmente a gente não faça ideia disso. Ela é filha do segundo casamento da mãe da Bong-Sun, uma garota fútil que sonha em ser muito rica e mente sempre que pode sobre sua origem para se passar por milionária.
Conhece Jae-Hee por acidente primeiro como manobrista e o esnoba, mas quando descobre que ele é muito rico fica interessada em descobrir tudo sobre ele. Vai morar com Bon-Sun por um tempo e torna a vida da policial um inferno por ser muito desorganizada, pouco higiênica e mal educada.
Ela recebe uma proposta da presidente Park para separar Bong-Sun e Jae-Hee, aceita a proposta apenas com a intenção de subir na carreira e conseguir a posicião social que sempre quis, mas no meio do caminho acaba percebendo que é inútil tentar separá-los e acaba - mesmo que contrariada - dando uma força final para que eles fiquem juntos.
Durante boa parte do drama você vai detestá-la, principalmente pela parte quando ela vai morar com a Bon-Sun, só consegui me acostumar com ela nos últimos episódios.

Hwa Tae é primo da representante Park e psiquiatra. Ele trata Bong-Sun e Jae-Hee, mesmo tentando convencer a prima inúmeras vezes, ele não consegue fazê-la conversar. É um personagem interessante e também atuante no drama, teve uma mulher que largou por ser viciado em álcool, mesmo depois de superado do vício não voltou para ela e decidiu viver sozinho. Tem uma filha pequena que não aparece no drama. Vai acabar se envolvendo com Kim Dal pela força do cansaço (kkkk).

Em uma escala geral eu dou oito pro drama, achei que as coisas foram muito arrastadas no começo e muito velozes no final, esperava bem mais. O caso do pai dela foi o mais irritante de todos, o homem é intransigente e grosso, o fato de ela não dizer a ele tudo que ele merecia ouvir realmente me tirou do sério, entendo a coisa do respeito ao pais, mas submissão é um pouco demais. Ainda assim, assistiria de novo só pra ver o sorriso lindo do Jae-Hee e os beijos dele com a Bong-Sun *U*

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A Escolhida - Louis Lowry (O Doador livro 2)

Informações:

Título original: Gathering Blue
Autor: Louis Lowry
Ano de Publicação: 2014
Série: O Doador
Páginas: 192
País de Origem: EUA


Sinopse: Kira, uma órfã de perna torta, vive em um mundo onde os fracos são deixados de lado. A partir do momento da morte de sua mãe, ela teme por seu futuro até que é perdoada pelo Conselho de Guardiões. A razão é que Kira tem um dom: seus dedos possuem a habilidade de bordar de forma extraordinária. 
Ela supera a habilidade de sua mãe, e lhe cabe a tarefa que nenhum outro membro da comunidade pode fazer. Enquanto seu talento a mantêm viva e traz certos privilégios, ela percebe que está rodeada de mistérios e segredos, mas ninguém deve saber sua intenção de descobrir a verdade sobre o mundo.

O que eu achei: Eu demorei pacas para ler esse livro simplesmente porque não estava gostando da história. Já comecei a desgostar por ser totalmente desvinculada do primeiro livro, a gente não sabe o que houve com Jonas e com o bebê; mudamos para outro vilarejo dessa vez um pobre cheio de miséria e concentração de poder por parte de outro bendito conselho. Aqui, a idade das pessoas é dada pelo número de sílabas do nome que não é explicado quanto a contagem, nesse vilarejo vive Kira, uma deficiente física que acaba de ficar órfã, a mãe morrera de uma estranha doença e assim uma mulher pediu que Kira fosse descartada, porque ela era "inútil" e seria um fardo para a comunidade. Mas o conselho decide que Kira tem um dom precioso demais e dessa forma ficará sob sua tutela: ela sabe bordar. Ficaria encarregada da túnica do cantor encarregado de uma cerimônia em que relembram os acontecimentos do passado.
Imersa em sua nova vida, a garota acaba descobrindo o que se esconde por trás das paredes do conselho, orientada a nunca desviar de sua trilha e nunca entrar na floresta, ela sempre acreditou que o pai foi morto pelas "feras", mas vai descobrir que as únicas feras que existem estão mais próximas do que ela pode imaginar.
O livro não me animou muito já de cara, nunca demorei tanto pra ler cem páginas na vida. No quinto capítulo eu já consegui deduzir o livro inteiro e foi exatamente o que pensei. A história segue de certa forma o mesmo padrão do primeiro livro, mas a descontinuação na minha opinião não foi legal. Somos transportados para um futuro em que a humanidade depois de ser assolada pelos seus próprios pecados renasce aos poucos agora imersa em miséria e ignorância, o que se formos analisar não passa de uma réplica disfarçada da nossa sociedade atual, vivemos em uma sociedade que é totalmente ignorante ao que é realmente importante, que negligencia as crianças, que tem o poder e a riqueza na mão de poucos e que assente a isso sem fazer nada. Uma sociedade que vive na ignorância da crença cega em feras inexistentes e esquece que as únicas feras que os caçam são os próprios humanos que os alienam por meio de "músicas" estupidas, canais de televisão sem nenhum teor construtivo e uma falta quase total de educação de qualidade equitativa. Kira é apenas mais um reflexo de muitos que vemos diariamente, Matt é o retrato das crianças que temos nas ruas, o Brejo é nada mais que a representação do caminho para o qual estamos seguindo e a comunidade da cura representa a pouca esperança que nos resta, mas no fim nós sabemos que estamos escrevendo a canção da nossa própria ruína.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Close Range Love (Kinkyori Renai)

Informações:

Título Original: 近キョリ恋愛 (Kinkyori Renai)
Título Internacional: Close Range Love (literalmente do JP)
Gênero: Romance, Escolar
Ano de Lançamento: 2014
País de Origem: Japão
Elenco: Tomohisa Yamashita, Nana Komatsu, Asami Mizukawa, Nozomu Kotaki, Mizuki Yamamoto, Hirofumi Arai, Kazuma Sano e Seika Furuhata

Sinopse: Yuni Kururugi (Nana Komatsu) é uma inteligente estudante do ensino médio. Ela se destaca em todas as disciplinas, exceto em Inglês. Mas tudo muda quando um novo professor de Inglês começa a trabalhar na escola de Yuni. Seu nome é Haruka Sakurai (Tomohisa Yamashita) ele é muito bonito e todas as alunas da escola gostam muito dele.
Yuni teve a nota mais baixa de inglês no semestre, por isso Yuni começa a receber "aulas extras de inglês" do  Sr. Haruka Sakurai. Logo, Yuni desenvolve sentimentos pelo seu professor e ela percebe que está apaixonada por ele, Yuni então confessa seu amor. Será que Yuni vai conseguir ser feliz ao lado de seu lindo professor?

O que eu achei: Acabei de ver esse filme e, nossa, que amorzinho!! Eu amei! Yuni é uma garota que parece ser fria e indiferente porque nunca demonstra o que sente, por essa razão ninguém sabe quando ela está feliz, triste ou com medo, e sem saberem que isso a magoa profundamente ela segue sua vida sendo ignorada por ser altamente inteligente e com sua única amiga Nami. Quando suas notas em inglês são as únicas baixas nos últimos exames, seu professor a convoca para aulas extras todos os dias depois das aulas normais, Haruka é o professor mais bonito da escola e rouba o coração de todas as jovens, com exceção de Yuni que é totalmente indiferente a ele, pelo menos era o que ela achava. Quando as aulas começam, Haruka percebe o que se esconde por trás dela e isso deixa Yuni desarmada, porque ele consegue lê-la facilmente deixando-a incapaz de esconder seus sentimentos para ele. Aos poucos ela vai se apaixonando por ele, sem saber o que fazer porque sua relação de professor e aluna lhe impedem de ter um relacionamento eles se vêem em um impasse sobre reprimir o que sentem ou enfrentar tudo para ficarem juntos. Yuni não sabe o que fazer uma vez que ele consegue fazê-la rir, chorar e explodir de raiva ao mesmo tempo, como resistir a Haruka quando ele é exatamente tudo que ela quer e precisa?
Eu achei o filme lindo!!! É o meu primeiro com essa temática professor/aluna, assim como o dos gêmeos ele me pegou de jeito, já havia baixo ha um tempão, mas ainda não havia assistido, o entrosamento entre os atores foi ótimo, a Nana Komatsu fez um papel brilhante como a garota impassível, e quando ela finalmente chorava, nossa... era de partir o coração! Yamashita entrou na minha seleta lista de japoneses para casar! Esse lindo além de ser um ator magnífico canta muito bem! A história segue o padrão asiático de ser boyperfeito+guriaproblemática+friendzone ainda assim é tão cute que não te deixa entediar ou mesmo desistir de ver, a relação deles dois é a coisa mais linda dessa vida e eu fiquei realmente apaixonada pelo Haruka, já quero um desse na minha vida! Super recomendo!

A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra - Robin Sloan

Informações:

Título Original: Mr. Penumbra's 24-Hour Bookstore
Ano de Publicação: 2012
Autor: Robin Sloan
País de Origem: EUA
Gênero: Romance, Mistério, Aventura, Comédia

Sinopse: A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo.
Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler.
Mas Jannon é curioso…

O que eu achei: Era pra essa resenha ter saído antes de Um Amor para Recordar, mas não rolou porque acabei escrevendo a outra antes. Eu terminei esse livro no sábado se não me engano, então fiquei procastinando e não escrevi a resenha. Hoje, terminei Um Amor para Recordar e acabei lembrando que tinha que escrever sobre esse também. Comprei esse livro em uma promoção nas americanas, ele estava a dez reais e eu não pude resistir, o nome me chamou a atenção e pensei que seria algo interessante, então levei para casa e coloquei na meta desse ano. Comprei em 2014! Pra você ver como todo livro tem sua hora.
A história trata basicamente de Clay, um guri desempregado que tem fascínio por baixar livro de graça e primeiros capítulos na internet, Um dia, na volta pra casa, ele acaba encontrando um aviso de emprego na livraria do senhor Penumbra, um lugar meio com cara de velho e sem movimento, as estantes antigas que iam até o teto foi a primeira coisa que mais chamou atenção a Jay, mas no seu contrato como empregado do turno da noite e madrugada, ele não podia, sequer, ler um deles. A função de Clay é a de vendedor e bibliotecário. Ele pode ler oros do que chama de "Livraria normal" que é os que estão à venda, mas os do "Catálogo pré-histórico" ele só empresta sem fazer perguntas e sem abrir qualquer livro para espiar dentro. Sem contar que, quando os empresta, precisa anotar o humor do locatário, o que estava vestindo, etc. Inicialmente, Clay não liga muito para aquilo, precisa do emprego para se manter e aceitaria qualquer tipo de imposição para mantê-lo, ele não acreditava que tivesse muito o que fazer na livraria durante a noite ou a madrugada, se perguntava quem iria àquela hora buscar livros, mal imaginava as surpresas que o aguardavam, os clientes do catálogo pré-histórico deixavam Clay intrigado, eram normalmente homens e mulheres já de certa idade que chegavam oscilando entre o histérico e o misterioso, a curiosidade de Clay a respeito do que estavam lendo era cada vez maior até que ele não resistisse a tentação - em uma das visitas de um de seus amigos à livraria - e espiasse dentro de um deles. Mas a linguagem codificada  tirou qualquer chance de entender as páginas. Clay divide o apartamento com Matt e Ashley, a segunda não aparece muito na história, mas o primeiro é um design de estúdio para efeitos especiais e ajuda nosso protagonista durante boa parte da trama. Quando, por acidente, Clay acaba descobrindo um código secreto escondido nos livros que os misteriosos clientes noturnos estão locando, ele acaba se envolvendo junto ao seu chefe em uma jornada que pode mudar suas vidas para sempre. Conspiração política, o segredo da vida eterna e uma ceita clandestina de leitores de 500 anos.
Quando eu comecei a ler já curti a narração, que é feita por Clay, ele é um cara engraçado de certa forma e faz com que o livro se torne bem fluido e você nem percebe quando já leu metade dele. O romance é um plano de fundo parcial, o foco do livro é mesmo o código dos livros que enlouquecem os personagens e, consequentemente, a nós. Algumas partes tem a linguagem nerd de programadores e técnicos em infomática, o final do livro é meio previsível com relação ao código que revela o segredo da vida eterna, eu consegui presumir isso no antepenúltimo capítulo. Ainda assim a leitura prende e os personagens são enigmáticos e envolventes. É um ótimo livro para se distrair.

Um Amor Para Recordar - Nicholas Sparks (Livro + Filme)

Informações:

Título Original: A Walk to Remember
Título no Brasil: Um Amor para Recordar
País de Origem: EUA
Ano de Lançamento: 2000
Autor: Nicholas Sparks
Gênero: Drama, Romance

Sinopse: “Cada mês de abril, quando o vento sopra do mar e se mistura com o perfume de violetas, Landon Carter recorda seu último ano na High Beaufort. Isso era 1958, e Landon já tinha namorado uma ou duas meninas. Ele sempre jurou que já tinha se apaixonado antes. Certamente a última pessoa na cidade que pensava em se apaixonar era Jamie Sullivan, a filha do pastor da Igreja Batista da cidade. A menina quieta que carregava sempre uma Bíblia com seus materiais escolares. Jamie parecia contente em viver num mundo diferente dos outros adolescentes. Ela cuidava de seu pai viúvo, salvava os animais machucados, e auxiliava o orfanato local. Nenhum menino havia a convidado para sair. Nem Landon havia sonhado com isso. Em seguida, uma reviravolta do destino fez de Jamie sua parceira para o baile, e a vida de Landon Carter nunca mais foi a mesma.”

O que eu achei:
 Quarenta anos depois Landon Carter ainda se lembrava e enquanto caminhava pelas ruas de sua cidade natal ele se via novamente caminhando por ali, como uma capsula do tempo, e novamente é um filhinho de papai de 17 anos que quer curtir a vida e não tem nenhuma perspectiva exata do que quer para si mesmo no futuro, apesar de não dar muita importância aos bens materiais de sua família - que foram conseguidos pelo avô de maneira indevida - ele não faz o tipo que se importa com as pessoas ou liga para algo que não seja a si mesmo e ao que os amigos pensam dele. No último ano do ensino médio, tudo que Landon quer é tranquilidade, moleza e uma passagem segura para a universidade, mas seus planos vão por água abaixo quando ele se elege como presidente do corpo estudantil e fica sem par para o baile dos ex-alunos e, no desespero, precisa convidar Jamie Sullivan para ser seu par, o que para ele era quase como cometer suicídio social. Mas havia mais por trás da garota com péssimo senso de moda e que ajudava todo mundo com a bíblia debaixo do braço, que dizia que tudo que acontecia eram os "planos de Deus", com a convivência por causa da peça da cidade, Landon começa a perceber que Jamie é muito além do que as aparências e a chacota da sua turma pensam e nisso ele acaba quebrando sua promessa de não se apaixonar por ela.  Mas por conhecer o passado da sua família, o pai de Jamie não gosta de Landon, também por seu comportamento em decorrência das companhias; Inicialmente ele não liga muito para isso, aturar Jamie é, ao mesmo tempo, um pesadelo e um sonho. Ele não gosta dela pela pessoa que ela é, mas pelo que ela faz ele sentir, quando está com Jamie, Landon se recorda de tudo que deveria fazer e não faz, se questiona sobre si mesmo e sobre tudo e ele odeia isso, odeia que ela, mesmo que não perceba, faça com ele se sinta inferior e mal. Conforme ele inevitavelmente é atraído por ela e passa a se acostumar com seu jeito, acaba percebendo em Jamie uma oportunidade de melhorar a si mesmo, se apaixona gradualmente, do mesmo jeito que pessoas não percebem que o tempo que passa depressa quando leem um livro, quando seu cd favorito volta para a primeira faixa... e quando o grande segredo de Jamie é tarde demais para voltar atrás, e Landon começa uma luta contra o tempo cada vez mais curto contra o pai dela, os amigos da escola, Deus, e a si mesmo.
O Filme:
Informações:
Ano de Lançamento: 2002
Direção: Adam Shankman
Roteiro: Nicholas Sparks, Karen Janszen
Elenco: Mandy Moore, Shane West, Daryl Hannah, Peter Coyote, Lauren German
Duração: 102 min.

Basicamente, como aconteceu com Diário de uma Paixão, temos o livro e o filme, duas histórias distintas. Desde o início do livro eu percebi as mudanças no enredo o que não entendi porque é um livro de cem páginas que dava muito bem para ter uma adaptação fiel, desde a história da peça interpretada no filme  - até o figurino diga-se de passagem - eles traçaram todo um enredo novo para história que, na minha opinião, tornou-se meio desnecessário, quando o livro poderia ser fielmente retratado nas telas com a mesma qualidade. Ainda assim, depois de já ter visto o filme mais vezes do que posso contar, não consegui não gostar dele, e me fez chorar mais que o livro por incrível que pareça, acho que porque no filme nós temos de certa forma uma visão mais abrangente das coisas, ainda que de uma maneira parcial.
Gostei também da personalidade de Jamie trabalhada no filme, o que também mudou muito do livro para a adaptação foi conveniente porque os acontecimentos acontecem de maneira distinta nos dois o que pede uma reação distinta dos personagens. A cena que mais gosto no filme - Landon salvando Jamie no refeitório - não existe no livro. Na realidade Jamie nunca sofre bullying direto dos outros alunos apesar de perceber a resistencia deles com relação a ela, e no livro é demasiado inocente para perceber a diferença entre sarcasmo e ironia, ainda que perspicaz o bastante para distinguir sinceridade de encenação. Já Landon eu gostei nas duas versões, no livro ele é mais compreensivo e até mesmo passivo, no filme ele começa como um rebelde sem causa escroto e irresponsável quando no livro ele é apenas relaxado e acomodado, mas se esforça para cumprir bem suas tarefas e por mais que ande com as companhias erradas é um cara realmente legal. Acho que tentaram fazer do filme algo mais próximo de um conto de fadas moderno e "rendável" por isso modificaram tanto a história. Os conflitos na família não eram tão grandes, os pais não eram divorciados como no filme, Jamie não era viciada em astronomia e Landon era um ótimo dançarino. De todo modo, pelo menos no que concerne a esse livro especificamente, não me incomodei ao ponto de odiar um ou outro, cada um é bom à sua própria maneira, e não importa quantas eu veja esse filme, sempre vou chorar.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Blind (2011)


Informações:

Título Original: 블라인드 (Beulraindeu)
Título em outros países: Blind
País de Origem: Coréia do Sul
Gênero: Suspense, drama
Ano de Lançamento: 2011
Elenco: Kim Ha-Neul, Yoo Seung-Ho, Jo Hee-Bong, Yang Young-Jo e Dolly
Sinopse: Uma estudante universitária desaparece um dia e mais tarde é descoberta como uma vítima de um atropelamento. Supondo que o sequestrador e o motorista são a mesma pessoa, a polícia começa a investigar o caso que tem duas testemunhas: Soo Ah, uma deficiente visual que um dia fora uma estudante promissora na universidade nacional de polícia, e Gi Sub, um jovem que por acaso viu o atropelamento. O caso fica ainda mais complicado quando as duas testemunhas contam diferentes versões sobre o acidente.

O que eu achei: 안녕! Eu pensei que tinha falado sobre esse filme e agora mexendo nas pastas do meu pc descobri que não! Então, como antes tarde do que nunca, vamos lá. Blind é um filme Sul-Coreano de 2011 que conta a história de Min Soo-Ah, uma jovem policial que está atrás do seu irmão mais novo que sonha em ser dançarino, ela o algema em seu carro de polícia e, enquanto voltam para casa, os dois tem uma grave discussão e acabam se envolvendo em um acidente, o irmão de Soo-ah morre quando o carro cai de uma ponte e ela, que foi lançada para fora, fica gravemente ferida. E cega. Algum tempo se passa e ela está se acostumando com a sua nova vida ao lado de Seul-Gi, seu fiel companheiro, um cachorro muito esperto que a acompanha em todos os lugares. Demitida e sem 
chance de voltar à polícia pelo que aconteceu ao irmão - ela foi considerada como inqualificada por usar as algemas e a viatura de maneira imprópria causando a morte do irmão - não resta nada a Soo-Ah além de tentar seguir a vida com outro rumo e no fundo ela se sente muito mal por não ser mais uma pessoa considerada "normal" e, convenhamos, em um mundo de "gente cega que vê", não existe muita consideração para pessoas com necessidades especiais, isso é bem colocado no filme, mas não de uma maneira a causar "piedade" ou coisa do tipo, Soo-Ah tem sentidos inigualáveis e é mais inteligente que qualquer pessoa "que vê". Certo dia, após sair do orfanato onde cresceu com seu irmão, após uma briga com a mãe que é quem gere o lugar, ela acaba entrando em um táxi de luxo e testemunhando um assassinato, mas as pistas são apenas de sua percepção o que torna o caso difícil. A notícia de uma estudante desaparecida se espalha e Soo-Ah tem certeza que ela é a garota morta pelo motorista do seu táxi, que por bem pouco não fez também ela de vítima. Mas ninguém quer realmente lhe dar ouvidos, nem mesmo o detetive Jo, encarregado do caso, principalmente quando Kwon Ki-Sub aparece contrariando alguns dos fatos apresentados pela jovem. 
Inicialmente ela e Kwon Ki-Sub se detestam, na verdade ele a detesta mais do que ela a ele. Não apenas pelo fato de ela ser cega, mas pelo fato de por causa dela ele não ter recebido a recompensa que prometiam por informações acerca do caso, que parece insolúvel, o detetive Jo não acredita no garoto achando que ele mentiu para receber a recompensa e Soo-ah está convicta que entrou em um táxi de luxo quando, na realidade, não entrou.
A relação dos dois se fortalece quando Soo-ah se torna alvo de Yang Young-Jo, o serial killer (e filho da puta, diga-se de passagem), incapaz de abandoná-la à mercê do assassino o garoto passa a ser os olhos da jovem policial, cuidando dela como pode, a cena mais marcante - pelo menos para mim - é a do metrô quando Young-Jo persegue Soo-Ah e, sem saber, ela fica cara a cara com a morte, Kwon Ki-Sub vê o assassino e telefona para ela pedindo que ela ligue a câmera do celular enquanto os dois se falam por telefone e ele passa a guia-la para livrá-la do assassino que continua perseguindo-a, ALERTA PEQUENO SPOILER infelizmente, Seul-Gi acaba perdendo a vida para salvar sua dona quando tenta retardar o monstro. Eu chorei um rio nessa cena. A partir daí, por mais que relute, Kwon Ki-Sub não consegue deixar Soo-Ah e acaba também se tornando alvo de Young-Jo, imerso na trama feita por ele, os dois parecem não ter como escapar além de enfrentá-lo e, com ele, o seu destino.
Blind é tenso e deixa você roendo as unhas do início ao fim. Pelo fato de Soo-Ah não poder ver estamos em constante apreensão por ela, há cenas que nosso coração é realmente despedaçado, o filme não conta com efeitos especiais, tem uma trilha sonora super adequada para o gênero e as interpretações foram impecáveis, até mesmo a de Dolly, o cachorrinho escolhido para fazer Seul-Gi, adorei todas as cenas dele e a interação dele com a Kim Ha-Neul. A interação entre ela e Yoo Seung-Ho, ele tem algumas partes realmente engraçadas e outras realmente tensas, seu jeito marrento e até mal educado deixa a gente meio apreensiva no início, mas o desenvolvimento do personagem durante a trama e durante sua interação com Soo-Ah é muito satisfatório e é um dos pontos realmente fortes do filme! Blind não deixou nem um pouco a desejar e foi um pouco melhor do que eu esperava dele. Este ano, o filme terá um remake Chinês protagonizado pelo ex-EXO Luhan e foi esse um dos motivos de eu ter querido tanto ver a versão original.

Trailer da versão original coreana
Trailer do remake chinês com Luhan!

sábado, 9 de janeiro de 2016

Crepúsculo: Guia oficial ilustrado - Stephenie Meyer


Informações:

Título Original: The Twilight Saga: The Official Guide
Título no Brasil: Crepúsculo: guia oficial ilustrado da série
Autor: Stephenie Meyer
Ano de Publicação: 2011
Série: Crepúsculo


Sinopse: Em 2005, Crepúsculo apresentou Bella Swan e Edward Cullen aos leitores - nascia um fenômeno mundial. Desde então, milhares de pessoas acompanharam a inebriante história de amor que se seguiu em Lua nova e em Eclipse e que chegou ao clímax em Amanhecer. Agora, pela primeira vez, Stephenie Meyer revela os segredos por trás da série e mostra as histórias e anotações que fizeram parte de seus exercícios de criação, que incluem perfis detalhados de personagens, informações genealógicas e extensas referências cruzadas. O livro traz ainda uma entrevista exclusiva, franca e bastante pessoal, cedida por Stephenie à amiga e também escritora Shannon Hale. Para os fãs, uma oportunidade única de conhecê-la bem mais de perto.

Repleto de belas imagens, Crepúsculo: Guia Oficial Ilustrado da Série proporciona uma experiência completamente nova do universo de Crepúsculo, desde o momento em que Bella pôs novamente os pés na cidade de Forks até o fantástico e instigante desfecho da saga.

O que eu achei: Como aspirante a escritora e amante da saga Crepúsculo, ler este guia foi como ir à uma escola de escrita criativa, foi muito interessante não apenas entender a dinâmica dos personagens, suas histórias e características, cenas excluídas (a de Emmet foi a melhor!) como conhecer um pouco mais de cada clã envolvido na saga e seus componentes, mas, sobretudo, o processo de escrever de um modo geral. Claro, cada autor tem o seu modo e o seu ritmo, gostei quando Steph disse que ela simplesmente teve o sonho, sentou e escreveu porque isso é muito parecido com o que acontece comigo, eu tenho a ideia, sento e escrevo - nem sempre funciona, mas é sempre assim que acontece. 
E não apenas isso, mas o árduo trabalho que é escrever, reescrever, e escrever de novo, como parar para pensar o personagem e dar a ele uma vida desvinculada da sua, que na minha opinião é a parte mais difícil e que ela fez brilhantemente. Descobrir um pouco de como ela se sente em meio a tudo isso também foi muito interessante, em muitos aspectos eu me identifiquei com o pensamento dela enquanto autora e enquanto personalidade.

"Por isso, minha reação às críticas muito ruins e muito duras é: Deveria ter mantido isso no meu computador. Deveria ter guardado esse trabalho só pra mim. Porque algumas vezes eu me pergunto: Vale a pena dividi-lo? Mas então você pensa que não está prestando um serviço aos seus personagens com essa atitude - porque eles merecem viver plenamente na cabeça de outras pessoas."
É tão interessante a gente perceber que eles se sentem como nós e imaginar: Nossa, eu passo pelo mesmo. Ainda que eu ainda seja só uma criadora de originais pra site de fanfic. Me pergunto se Cassandra Clare ou Lauren Kate passam pelo mesmo. Quando li esse depoimento dela percebi que, na maioria das vezes, a gente coloca o autor em um trono e esquece um pouco que ele é gente como a gente, meio como acontece quando temos um ídolo e esquece que ele erra e vai ao banheiro como a gente.
"Quando você começa a escrever histórias, surgem desdobramentos - há três, quatro ou cinco caminhos diferentes a percorrer, e nenhum deles era o certo. Eu sabia qual era o caminho real. Mas sei o que teria acontecido se Edward não tivesse voltado. Conheço toda a história - como ela se desenrolou, qual seria o futuro deles."
Essa foi outra das partes mais interessantes que achei da entrevista, eu ainda não havia parado para avaliar minhas histórias pelo ângulo do e se... o que aconteceria com tal personagem se isso ou aquilo não tivesse, ou tivesse, acontecido. Eu sempre me foco no que eu sei que vai acontecer, no que tem que acontecer e foi bem legal fazer o exercício de voltar e pensar no destino deles caso acontecesse algo que mudasse as regras do jogo.
Além de todos os segredos revelados o livro conta com uma série de ilustrações muito lindas de alguns personagens relevantes na trama - além obviamente dos principais - e de alguns lugares relevantes também o que nos confere não apenas uma visão bem além da mostrada nos filmes, mas um pouco mais próxima do que foi imaginado pela Steph.
Achei que valeu muito a pena ler, conhecer um pouco mais do universo que todo mundo fala, ter respostas para algumas perguntas que me fiz durante a leitura - e já faz um tempão! - dos livros, principalmente Crepúsculo, e conhecer um pouco do processo de escrita da tia Steph. Gostei muito e recomendo o livro para os fãs da saga como leitura obrigatória, assim como o códex é para os shadowhunters.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Princesa Implacável - Mary Oliveira

Informações:

Título:
Princesa Implacável
Autora: Mary Oliveira
Ano de Publicação: 2015
País de Origem: Brasil
Gênero: Romance, YoungAdult, Mistério, Suspense, Distopia (nova realeza)

Sinopse: Hannah nunca fora um paradigma no que diz respeito ao seu título de princesa. Na verdade, ela sempre tentou fugir dos padrões impostos pelas leis e doutrinas equivocadamente impostas na sociedade em que vive. E, por mais que estivesse sempre disposta a sair do conto de falhas que sua vida era, ela não conseguira. Nunca tivera sequer uma chance. Até agora.
Após ser obrigada a se casar com um homem sete anos mais velho, homem este responsável por algo terrível na vida de outra mulher, ela se surpreende quando em sua noite de núpcias ele lhe faz uma proposta. Poderia ser a coisa mais louca que ela faria para fugir de coisas como seu pai e a coroa que, com o decorrer dos anos, passou a odiar. Mas era válido, e talvez fosse sua última chance. A questão era que o destino lhe reservara uma surpresa, um imprevisto, e este agiu de forma inexorável ante todos os seus planos. Mas foi o que a ajudou a descobrir o que estava por trás de seu casamento, e, principalmente, a começar a entender os motivos que levaram seu marido a oferecer-lhe aquele acordo.
No fim, ela percebera que havia mais segredos e perigos envolvendo a união dos dois do que imaginara. 

O que eu achei: PRIMEIRA RESENHA DE 2016 \O/

E não podia começar melhor com esse livro fantástico da Mary Oliveira! Gente, o que dizer? Ainda estou arrebatada pela leitura, sério! Cara, eu nem sei por onde começar!
Bem, vamos ao enredo. Acompanhamos a princesa Hannah de Cambridbel, recém casada - por livre e espontânea pressão - com o príncipe Henry de Constia. Desfrutando de uma lua de mel - também por livre e espontânea pressão - no Havaí (sim, meus caros, no Havai! Estamos falando da realeza!) e desde já a nossa princesa turrona deixa bem claro o seu desprezo por seu marido, ainda que este não se mostre, de nenhuma forma, indiferente a ela (só você que não percebe, né, Hannah, querida?) ainda em sua lua de mel, Henry dá a Hannah a chance de ter a liberdade que tanto quer, a oportunidade de deixar para trás todo o principado que ela rejeita e viver sua vida sob suas próprias regras, mas a morte de seu pai muda os planos e os dois são obrigados a voltar para Constia antes do previsto. Ainda assim, ela tenta crer que ele vai cumprir sua promessa e honrar o acordo dos dois - Só que ela não contava com a astúcia dele hehehe -, mas no momento em que Henry, sem motivo aparente, volta atrás, a princesa se vê presa a um casamento que achou que não ia sobreviver. É aí que entre o primeiro trunfo poderoso da história: o diário de Sophie; a mãe da nossa princesa implacável morreu no parto, mas deixou um diário que acompanharia a filha nos primeiros conflitos de seu casamento - eita diário salvador da pátria! - e enquanto mergulhava nas palavras da mãe, Hannah começou a encarar suas atitudes e o seu casamento sob outra perspectiva, ainda que relutasse em aceitar seus sentimentos por Henry - que estavam, diga-se de passagem, na cara dela! Ê guria cegueta kkkk - Os primeiros conflitos começam com a movimentação estranha no castelo, Henry mal teve a chance de chorar a morte do pai e já foi envolvido em intermináveis reuniões de conselho - e nossa princesa fez bonito quando o tirou de lá - foi baleado de raspão - por bem pouco - e parecia sempre preocupado por razões que Hannah não conseguia compreender e nem confiava nele o bastante para se interessar, até então, tudo que ela queria era sair dali.
Mas, quando Henry é enviado para Cambridbel e o castelo é atacado por rebeldes, Hannah sente o peso da sua responsabilidade e o impacto de sua imagem pela primeira vez e pelo modo como Henry aos poucos vai conquistando espaço ao seu lado - e no seu coração - a nossa princesa implacável vai percebendo que não precisa ser tão resistente assim assistimos a uma amizade que se desenvolve em romance - e é muito lindo ver isso!! -, mas o que a gente não esperava é que esse romance que nasceu já estivesse de antemão ameaçado de morte e isso promete nos trazer surpresas arrebatadoras acerca da leitura.
Gente, se você leu A Seleção, leu essa resenha até aqui e ainda não foi procurar Princesa Implacável, desculpe dizer - com todo o respeito - você é um poser! Princesa Implacável não é uma simples história de new royal, com uma princesa e um príncipe cujo ódio se torna amor, mas é uma história sobre como lutar por aquilo em que acreditamos, que o egoísmo é um veneno silencioso que nos impede de ver com racionalidade, que as complicações e os medos que nos impomos tolhem as melhores partes da nossa vida e, acima de tudo, que o amor quando é de verdade, supera qualquer obstáculo. A história de Henry e Hannah nos deixa aquela sensação de que nem tudo está perdido, de que, de algum modo, nós ainda podemos salvar o mundo e a nós mesmos se aprendermos a nos preocupar com o outro, com quem passa por dificuldades maiores que nós, Hannah se tornou uma princesa de verdade quando aprendeu que muito pior que sua prisão de ouro eram as pessoas que dependiam dela, que precisavam da sua voz e do seu pulso firme para levar as mudanças adiante. Acho que se as pessoas no mundo começassem a ter essa noção de compartilhar e intervir na dor do outro, as coisas seriam bem melhores no mundo. A escrita do livro é bem fácil, você vai passando pelas páginas de maneira impeceptível e, quando vê, não tem mais páginas (o que eu achei um ultraje! Eram pra ser, pelo menos, 1.000 como os miseráveis U.U), os momentos de clímax e tensão no livro são de deixar você com o coração na mão e posso dizer que ele resume o melhor de toda série A Seleção em um só livro, com o adicional de não ser massante em nenhuma parte, ter aquele "foguinho básico" para nooooooooooooooossa alegria! (Meu Deus, quando eu fiquei pervertida desse jeito?) e, confesso, eu suei frio em algumas partes dessas hahahahaha (Mary safadenha e.e) o ápice do conflito não deixa por menos e o fato de ser narrado quase inteiramente por Hannah - porque tem um capítulo de Henry - deixa a tensão ainda mais acirrada para o leitor. A construção dos personagens foi ótima, eles tem vida própria, personalidade, e você pode realmente se envolver com eles, o enredo é sem precedentes, desde a construção do romance até os conflitos políticos que foi meticulosamente estruturado mostrando não apenas a genialidade da Mary, mas seu trabalho de pesquisa. O que dizer? 
Eu ainda estou em choque porque acabou, não tem mais páginas...
- momento drama da leitora em DPL -
*Não tem mais Henry, não tem mais Hannah, não tem mais sol, luz, vida, nada! O que eu vou fazer com meu mundo agora, para onde eu vou? O que será de mim?*
Tá, me recuperei. Eu só tive DPL (depressão pós-livro) 3 vezes: A Hospedeira de cuja leitura eu não me recuperei até hoje. A Culpa é das Estrelas fiquei quase cinco dias sem conseguir ler nada depois da morte do Gus! E Princesa Implacável cuja história doce, engraçada, tensa e bem construída faz a gente se apaixonar, querer cotar o pinto do Theodory cretino! Arrancar os cabelos da vaca da Theresa e mergulhar a cabeça de Connor na privada U.U - não, eu não estou sendo violenta, ainda. - e que faz seu coraçãozinho palpitar sempre que Henry é fofo! E, pessoas, ele é sempre fofo! Cara, não tem mais, você realmente precisa comprar esse livro e ler pra entender do que eu estou falando! 
Ele está disponível na Amazon em ebook por ESTE LINK e em formato físico (como o meu) fale com a autora sobre a disponibilidade através do e-mail: marielysantos10@gmail.com e se quer conferir um pouco dessa emoção pra entender do que estou falando, há capítulos de degustação no wattpad NESTE LINK leia e eu te desafio a não querer saber mais!
Não sou de recomendar se não vale a pena, então LEIA, LEIA, LEIA!!!

Por enquanto é só blogueiros, não tem spoiler nenhum aí, pode ler o livro tranquilo e se apaixonar. Nos vemos na próxima! Como eu estou estudando pro concurso tá meio difícil de entrar e tals, mas vou tentando.