domingo, 31 de março de 2019

[Relendo&Resenhando] A Lenda dos Cinco Povos: A Terra de Almar

Autor: Raul G.M. Silva
Páginas: 495
Ano: 2013
Gênero: Fantasia

Sinopse: Arthur Ghridff é um menino magro e louro que mora com a avó na pequena cidade de Flores. Certo dia ao voltar da escola ele e seus amigos se deparam com um estranho acontecimento, ao passarem em frente a uma velha casa abandonada. Eles então resolvem investigar e ao fazer isso descobrem que existe muito mais entre o céu e a terra do que nós meros mortais podemos imaginar. Juntos os quatro mergulham numa aventura onde a amizade e a coragem podem significar a mesma diferença entre a vida e a morte, nessa aventura cheia de perigos e magia, Arthur, Tom, Gui e Hally irão descobrir muito mais sobre si mesmos e suas reais origens e também a verdadeira história deste e daquele mundo, a história que nunca nos foi revelada.

Com a morte em seu encalço e poderes inimagináveis brincando com seus destinos Arthur e seus amigos descobriram que possuem um papel de destaque nos acontecimentos vindouros e que o destino de muitos está sobre seus ombros.

Li a primeira versão desse livro quando ainda estava na faculdade. Como eu, o Raul também caiu na ansiedade de publicar logo, acho que acontece com todos. Ano passado, em um evento na faculdade, ele apresentou a segunda edição da história e minha irmã acabou trazendo para casa, então, como eu estava planejando o projeto, acabei por colocá-lo na lista já que não tinha escrito resenha para ele na época, e, claro, lê-lo com um olhar desprovido de emoções desnecessárias.

Bem, a história acompanha um grupo de quatro amigos vivendo sua vidinha normal numa cidade pequena e fictícia chamada Flores. Arthur poderia ser tido como o líder do grupinho, a maior parte da narrativa é contada sob o ponto de vista dele. Gui seria o entremeio do inteligente e problemático, mas sem dúvida dos quatro é o mais corajoso (perdoa, Art, mas justiça seja feita), Hally é praticamente uma Hermione da vida (se não foi homenagem não sei o que eu diga) e Tom, bem, Tom é a prescrição de Rony, medroso como ele só. Então, os quatro viviam uma vida comum até uma noite que tem a genial ideia de seguir uma luz estranha dentro de uma casa abandonada numa rua que dá arrepios (tinha tudo pra dar certo, né?) e, com isso, acabam caindo em uma terra medieval de dois sóis (misericórdia, um só já tá quase nos matando, imagina dois!).

Explorando essa terra, eles acabam se deparando com uma mulher que lhes conta mais sobre aquela terra e sobre o papel deles no futuro daquele o do nosso mundo (nada demais, eles só precisam salvar a humanidade, coisa normal!). Incapazes de voltar para casa antes de completar sua missão, que é deter o temível Hoo Woov, os amigos partem em uma jornada cheia de perigos que porá a prova sua lealdade uns aos outros, além de testar toda a sua coragem e habilidades, uma vez que precisarão passar por um rígido treinamento enquanto buscam sobreviver naquela terra selvagem que os está caçando, sendo suscetíveis a jogos de poder e tendo de lidar com as perdas dolorosas no meio do caminho. Até alcançar o seu destino, Arthur vai descobrir não apenas a força da sua amizade com Tom, Gui e Hally, mas vai se deparar com sentimentos nunca antes imaginados e descobrir que a história que conheceu até então pode não ser tão verdadeira quanto ele pensava.

Então, se comparado a primeira versão (que eu já tinha achado muito boa) essa está nitidamente superior. Ele se atentou mais não apenas a lógica temporal, mas as próprias atitudes dos personagens na situação em que se encontravam e isso fez uma diferença enorme no enredo. É um livro bom, tem uma história interessante, personagens simpáticos que despertam certa empatia na gente, cada qual oferece um certo conflito interno que acrescenta na trama, a criação de mundo é boa, mas acho que pode melhorar mais. São poucos aspectos, claro, mas dá sim. Alguns diálogos ficaram um pouco incoerentes, mas nada que atrapalhe o enredo.

Por alguma razão, as cenas de magia desse livro me lembraram os animes de ação com magos do tipo Zero no Tsukaima, e também um pouco Fullmetal Alchemist, a magia aqui não é exatamente uma ciência, mas por algum motivo me remeti a isso. As cenas de batalha eu não conseguia imaginar de outro modo que não dos jogos de MMORPG e de filmes como O Senhor dos Anéis ou o próprio Harry Potter que parece ser uma referência clara na história ainda que de modo sutil até certo ponto. Boa parte da história se foca no treinamento de Arthur e na adaptação deles em Almar, mas como ele usa o recurso de alternar pontos de vista (ainda que o livro seja narrado em terceira pessoa no mesmo estilo Harry Potter), fiquei meio desapontada por não ter aparecido o treinamento de Hally e Tom de modo mais explícito. Esse último a gente nem vê resquícios na verdade. O envolvimento de certos personagens também ficou meio que como uma incógnita de "como aconteceu? Quando?".

Num cômputo geral achei o livro muito bom, houve algumas perguntas que ficaram sem resposta, mas acho que isso será resolvido no segundo livro. Há algumas coisas que gostei mais do que outras, mas essa é uma impressão totalmente pessoal que prefiro não expor nesta resenha. É um bom livro, vale a pena ser lido. Quem gostou de Harry Potter e gosta de fantasia, recomendo.

sábado, 30 de março de 2019

[Dorama] Okitegami Kyoko no Biboroku

Título Original: 掟上今日子の備忘録
Gênero: suspense, romance, comédia romântica
Escrito por: Akiko Nogi
Direção: Tōya Satō
Yoshinori Shigeyama
Naoko Komuro
Ano: 2015
Episódios: 10
Elenco: 
Yui Aragaki
Masaki Okada
Daiki Arioka
Rio Uchida

Sinopse: Kakushidate Yakusuke é super azarado (do ponto de vista dele) então vive precisando de ajuda de detetives particulares para limpar o nome dele (uma vez que ele atrai problemas com um imã atrai ferro) e quem aparece para ajudar ele é Okitegami Kyoko uma detetive que sempre se apresenta para ele pois sua memória é deletada todas as noites e no dia seguinte ela nunca se lembra dele.

Já tinha um tempo que eu queria ver esse drama, em especial pela Yui Aragaki que é uma atriz japonesa que gosto muito, a premissa do drama também é muito interessante e me despertou, inclusive, a vontade de ler o mangá. Nós acompanhamos Yakusuke, um homem jovem que tem um azar que já começa no seu nome (no Japão, há uma crença que um nome que atrai infortúnio a pessoa terá má sorte o resto da vida. A mesma coisa na China).

Quando ele é acusado de um roubo que pode pôr abaixo todo o departamento onde ele trabalha, sua única saída foi chamar um detetive particular. É assim que Kyoko entra em sua vida, uma bela detetive de cabelos prateados que tem a singularidade de ter a memória reiniciada quando dorme. Ela não lembra de nada do que aconteceu ou das pessoas que conheceu desde que acordou. Assim, Yakusuke, com sua onda de azar interminável, se impressiona com a bela e sagaz detetive que salvou sua pele da cadeia e roubou seu coração.

Logo, ele consegue outro emprego, mas o destino coloca Kyoko na sua vida mais uma vez para salvá-lo de um mal entendido e, em meio a essas idas e vindas que para ela é sempre a primeira vez, um laço se forma entre os dois e mesmo que ela não se lembre dele no dia seguinte, começa a ver o homem lindo que ele é por dentro e por fora. Quando menos se dá conta, um amor improvável começa a nascer entre eles. Mas como vencer a memória de Kyoko? Sobretudo, como saber quem ela é de verdade quando seu passado é uma incógnita que pode esconder um lado sombrio?

Eu amei esse drama! Foi tudo que eu imaginei e mais um pouco, não apenas pela sagacidade dos casos que ela resolve como se fossem fáceis por assim dizer, mas pela relação deles, que, gente, é muito amorzinho. Quando ela começa a ver a pessoa doce que o Yakusuke é, as resenhas que ele passa tentando conquistar ela, nossa gente, tinha hora que eu morria de rir e hora que meu coração se despedaçava.

Fiquei meio mal com o final, admito. Apesar de tudo que aconteceu, o pobre Yakusuke sempre volta a estaca zero e as chances se tornam menores. Também não explicou algumas coisas a respeito da Kyoko que a gente fica curioso. Mas no geral é um draminha ótimo, engraçado, intrigante e muito fofo. Além de ser pequeno. Mais que recomendo! Eu baixei esse de um site de anime, mas não lembro qual, gente. Não sei se algum fansub pegou esse projeto, mas pelo que lembro não.

domingo, 17 de março de 2019

[Livro] Rainha de Copas

Autora: Colleen Oakes
Ano: 2014
Gênero: Literatura fantástica
Série: Queen of Hearts #1

Sinopse: Como princesa do País das Maravilhas e futura Rainha de Copas, os dias de Dinah são uma monotonia sem fim. São muitos chás, tortas e uma série de humilhações causadas pelo Rei de Copas, seu pai. O momento mais esperado de seus dias é quando é visitada por Wardley, seu melhor amigo de infância, e futuro Cavaleiro de Copas - e o amor de sua vida.
Quando a coroação de Dinah se aproxima, uma sequência de eventos sangrentos sugere que algo errado está acontecendo nos extravagantes salões do palácio. A princesa terá de desvendar esses mistérios antes que ela perca a cabeça para um inimigo sagaz.
Personagens conhecidos como o Gato de Cheshire, o Coelho Branco e o Chapeleiro Maluco fazem parte da narrativa que encantará os leitores com uma nova perspectiva do País das Maravilhas, criado por Lewis Carroll.


Começo dizendo que se eu soubesse que esse livro era uma trilogia nem teria começado. Não gosto de ler séries a menos que estejam completas. Contudo, quando compramos esse livro não vinha especificado que era uma série, algo que achei muito errado. Minha irmã é muito fã de Alice no País das Maravilhas, particularmente prefiro o primeiro livro, Através do Espelho não me causou grande impacto. 

Em Rainha de Copas somos convidados a adentrar em um novo universo de Alice e olhar o país da mente da criação de Carrol sob uma ótica não tão maravilhosa assim. Acompanhamos a história de Dinah, a princesa herdeira do trono de copas, perdeu a mãe muito jovem e é desprezada pelo pai sem saber a razão. Solitária no palácio, seu único consolo é o irmão Charles, o chapeleiro maluco e magnífico, Harris (o coelho) seu tutor e Emily, sua dama pessoal. Além de Wardley (Valete) seu melhor amigo e por quem é apaixonada desde sempre.

Dinah sonha com o dia que será coroada e finalmente levará mudança e justiça ao País das Maravilhas que está em guerra com os Yurkeis, que desejam assassinar a família real e assumir tudo. O rei de Copas, um homem cruel e astucioso, tem como conselheiro Chershire, um homem de caráter duvidoso de quem Dinah nunca gostou. E se tudo ia mal, a sina da princesa promete piorar quando seu pai traz ao castelo Vittiore, sua filha bastarda perfeita (a rainha branca) com passado duvidoso.

Agora, Dinah vê seu trono ameaçado quando seu pai passa a favoritar nitidamente a jovem duquesa e começa a tratá-la de modo ainda pior que antes. Segredos sombrios circundam Dinah e ela começa a perceber que o lugar que chamou de lar é um território que nunca conheceu de fato. Um misterioso bilhete vai levá-la até as prisões do país das maravilhas em busca de Faina Baker e respostas, mas isso só fará com que a cabeça da princesa se torne um troféu para aquele que quer destruí-la: seu pai.

Quando seu amado irmão Charles é assassinado, Dinah recebe ordens de um misterioso homem para fugir do castelo se quiser conservar sua vida e sua coroa. Mas de início ela não lhe dá ouvidos e agora tudo que lhe resta é fugir para a escuridão da floresta retorcida e descobrir como vingará seu irmão e recuperará a coroa que seu pai usurpou e pôs na cabeça da filha bastarda.

Eu admito que o livro foi muito bem montado, não apenas toda o mundo do país das maravilhas que ganhou um cenário novo e sombrio, mas a "humanização" dos personagens fabulescos foi muito bem feita. Contudo, o livro não conseguiu me prender muito. Não aconteceu de eu ficar devorando as páginas e ávida para saber o que vinha a seguir. E com isso não quero dizer que o livro é ruim, obviamente, apenas não funcionou comigo. Achei Dinah uma personagem chata, teimosa e tola, surda ao bom senso ela podia ter evitado muitas das coisas que aconteceram. O jeito que a história foi conduzida também não me cativou, embora esse quê sombrio na trama (que dá muita abertura pra isso) ficou algo digno de nota.

A desconstrução da personagem e sua reconstrução pela ótica de Oakes foi muito bem produzida e montada, ainda que não tenha me cativado, indico o livro não apenas para os fãs de Alice, mas para aqueles que gostam de um romance mais sombrio e cheio de mistérios.

quinta-feira, 14 de março de 2019

[Livro] Contos de Fadas

Contos de Fadas era o livro desse box que eu estava com mais vontade de ler. Alguns dos contos eu já conhecia, mas relê-los foi fantástico. Outros me deixaram muito surpresa, pois não conhecia essas versões. 

Perrault, cujos contos abrem o livro, mexe mais com o fantástico simbólico, seus contos tem resquícios de analogias da realidade e são cheios de moral, ainda que os outros tenham morais do mesmo modo, Perrault torna isso mais óbvio, inclusive, com versinhos no final de cada conto ilustrando isso. O modo como ele contou Cinderella, o Pequeno Polegar e Barba Azul, contos que já conhecia em outras versões, me deixou realmente surpresa, em especial pelas cenas de certa barbárie que aconteciam. Pele de Asno ainda não tinha lido, e o Gato de Botas eu tinha ouvido essa mesma versão em Conte Outra Vez.

Seguindo para A Bela e a Fera, esse eu pulei porque tenho um livro a parte com as duas versões originais desse conto, então deixei para aproveitá-lo nele. 

Chega então os famosos irmãos Grimm, dessas versões deles eu só conhecia mesmo Rapunzel. Achei o modo deles de contar histórias um pouco mais descontraído, ainda que tenham certas coisas nas entrelinhas que tenha me deixado um pouco "chocada" na falta de uma palavra melhor. O que eu mais pensava enquanto lia esse livro era em como é uma besteira amenizar as histórias para criança como se elas fossem seres de cristal. A magia crua dos contos me deixou fascinada e fiquei triste por não ter mais a inocência pueril para apreciá-los sob a ótica de minha infância tão aconchegante.

Vem então Andersen. A impressão que tive dele é que era um pessimista nato. Todos os seus contos envolviam forte drama ou tragédia e dos cinco apresentados no livro apenas 2 tinham de fato um final que se pode ser considerado "feliz". A versão dele de A Pequena Sereia foi pra mim não somente fascinante, mas um pouco chocante por causa do contraste com a história vulgarmente conhecida graças à Disney. E mesmo já tendo visto um curta russo de A Pequena Vendedora de Fósforos, ainda senti um aperto no peito e uma angústia muito forte lendo esse conto. Ao meu ver, ele é praticamente um retrato do descaso e da falta de humanidade da sociedade hipócrita. Quando a menina morre eles finalmente se dão conta de que ela existia fingindo uma tristeza e empatia que me enojam.

Esse Jacobs eu não conhecia, inclusive, nem fazia ideia que Os três porquinhos e João e o Pé de Feijão eram dele. Conhecia versão das duas histórias, mas fiquei surpresa ao lê-las porque são muito diferentes das que conhecia, Os três porquinhos mais que João, mas gostei muito de ambas. Além de mexer com o fantástico elas flertam um pouco com a ironia e, eu diria, até mesmo a anarquia.

Fechando o livro tem a história dos três ursos que eu conhecia (e acredito que a maioria das pessoas) por Cachinhos Dourados. Essa versão do livro é bem diferente da que eu tinha visto, mais resumida e com um final quase inconcluso.

Amei esse livro, supriu todas as minhas expectativas e agora estou mais que curiosa para saber o que vou encontrar nos três volumes do Box dos Grimm que tenho em casa. 

sábado, 9 de março de 2019

[Livro] Filme Noturno

Título Original: Night Film
Autor: Marisha Pessl
Ano: 2013
Páginas: 622
Gêneros: Suspense, Mistério, Terror, Roman noir, Romance psicológico, Literatura experimental

Sinopse: Em uma noite fria de outono, Ashley Cordova é encontrada morta em um armazém abandonado em Manhattan. Embora a polícia suspeite de suicídio, o jornalista Scott McGrath acredita que exista algo mais por trás dessa história. Seu interesse pelo caso não é gratuito - Ashley é filha do famoso e recluso diretor de filmes de terror Stanislas Cordova, um homem que não é visto em público há mais de trinta anos e que, no passado, teve um papel trágico na vida de McGrath. Impulsionado por vingança, curiosidade e necessidade de descobrir a verdade, o jornalista é atraído para o horripilante e hipnótico mundo de Stanislas. Da última vez que chegou perto do cineasta, McGrath perdeu o casamento e a carreira. Dessa vez, pode acabar perdendo muito mais.

"O fato de as pessoas atualmente não aprenderem, serem fracas, medíocres, tão apáticas quanto a esse presente da vida como se tudo não passasse de um mero comercial da Pepsi; não o culpo por se recolher. Você tem visto o mundo atualmente, McGrath? A crueldade, a falta de vínculos? Se você é artista, estou certo de que não pode deixar de pensar para que serve tudo isso. Estamos vivendo mais, estabelecendo laços sociais com as nossas telas, e nosso poço de sentimento fica mais raso. Logo não passaremos de uma piscina formada pela maré, depois um dedal de água e então uma microgota." (Filme Noturno, p. 71)

Me interessei para ler Filme Noturno por causa da chuva de recomendações que o livro tem e não é nada atoa. Na história nós conhecemos o jornalista investigativo Scott McGrath, um homem cujo trabalho está praticamente acabado por causa de um comentário infame sobre um prestigiado diretor de cinema chamado Stanislas Cordova. Isso não lhe rendeu apenas a perda do emprego, mas do casamento e da sua filha Sam que ele só vê em fins de semana programados.

Contudo, a vida está prestes a presentear Scott com uma oportunidade quando a filha de Cordova, Ashley, aparece morta em um galpão aparentemente suicídio embora o jornalista se recuse a acreditar nisso e suspeita que a jovem foi assassinada. Em especial porque, noites antes, Ashley apareceu para ele como um fantasma. Descobrir a verdade sobre a morte da garota prodígio lhe daria a chance de cavar o passado de Cordova e obter de volta a confiança do público que perdeu.

Enquanto usa todos os meios para descobrir os últimos passos de Ashley Cordova, entram no seu caminho Nora, uma garota praticamente sem teto que sonha ser atriz, e Hoper, um garoto problemático que, aparentemente, tem alguma relação com ela, mas se recusa a dar detalhes. Porém, quanto mais avança na investigação com os dois jovens à tiracolo, mais a corda de Stanislas aperta em volta do seu pescoço. Como um carrasco fantasma, o misterioso diretor de filmes de terror parece perseguir e assombrar o jornalista.

Viajando pelos últimos dias da garota, as possibilidades a respeito de Ashley enveredam por caminhos sombrios, envolvendo ocultismo, cultos satânicos, maldições e até mesmo sacrifício humano. Seria possível? O mundo obscuro de Cordova leva Scott a mergulhar em seus filmes e, aos poucos, deixar para trás sua sanidade. O jornalista fica de tal modo obcecado com sua matéria que atravessa o mundo da ficção criada pelo diretor, o ceticismo que outrora guiava seus passos e a realidade que conhecia. Mas em meio a essa jornada, Scott corre o risco de perder muito mais que apenas a razão para conseguir respostas à matéria da sua vida e mesmo apesar disso ele está mais que disposto a ir até o fim.

Eu juro que não sei como falar desse livro. Nada do que eu diga vai chegar nos pés da experiência de lê-lo. Tudo é montado de uma forma tão real que a gente chega a esquecer que é um livro e começa a imergir no filme noturno de Cordova no qual Scott é preso pelas ruas sombrias e sujas de Nova Iorque. A diagramação também é um aditivo que corrobora com tudo isso, foi magistral a concepção da arte desse livro, os documentos e os detalhes tão minimamente planejados influenciam nossa mente a crer que aquela história é real e, vez ou outra, você se pega no google pesquisando coisas que não existem na realidade. O mérito também vai para o poder criativo de Pessl, Cordova foi concebido de tla modo que é impossível não acreditar que ele era apenas fictício, li poucos livros que me puxaram dessa forma para dentro da história.

Se posso dizer algo sobre Filme Noturno é: leia. Apenas adentrando o mundo real de Pessl você vai conseguir entender os limites da criação e a manipulação da realidade de forma tão magistral. Está, com certeza, na lista dos melhores livros que já li. Mais que recomendado. 


quinta-feira, 7 de março de 2019

[Anime] Amnesia

Título Original: アムネシア RR: Amuneshia
Gênero: Romance, Bishönen
Direção: Yoshimitsu Ohashi
Ano: 2013
Episódios: 12

Sinopse: Em um fatídico 1 de Agosto, a Heroína perdeu todas as suas memórias. A fim de obtê-las de volta e aliviar a sua dor em não recordar de nada, ela tenta interagir com 'ele' na esperança de viver cada dia feliz como ela pode, e para um futuro brilhante com 'ele'...

Então, eu terminei esse anime e não sei o que dizer sobre ele hahaha. É um daqueles animes no estilo Yosuga no Sora, baseado em uma visual novel, que é aqueles jogos de otome, sabe? 

No jogo, a personagem não tem nome, mas se me lembro bem ela foi chamada de Kaori em algum momento dos primeiros episódios do anime, mas foi a única vez, ninguém fala o nome dela. E como um anime baseado em um jogo ele segue todas as rotas que ela poderia ter mostrando como seria a relação dela com cada um dos protagonistas masculinos que são representados em cartas de baralho (sim, isso mesmo).

O que nos prende na história é realmente o que aconteceu com ela, a heroína não tem qualquer memória do que aconteceu no passado e sempre volta no dia 1 de agosto sem lembrar de nada. Nisso o tempo sempre reinicia e ela está aparentemente namorando uma pessoa diferente. Apesar da garota não ser um pastel quente como a de Diabolic Lovers, confesso que achei ela meio lerda em alguns momentos. De todas as interações as que gostei mais foram com Shin e Ikki. 

Como era de se esperar, o final é aberto. Dá a entender que a personagem ficará com personagem X, mas não dá certeza e nem mostra o que acontece com ela. Fiquei bem surpresa com o final, foi bom e ao mesmo tempo não foi. É um anime um pouco confuso em especial se você não conhece o jogo, como eu, mas valeu a pena ter assistido.

quarta-feira, 6 de março de 2019

[Escrita] Colocando Travessão no Word

Olá, pessoas!

Faz tempo que não posto nada na tag escrita, acabou que as coisas não estão andando muito bem, sabe? Mas a dica de hoje é muito útil principalmente pra quem posta em plataformas. Vejo muita gente usando o tracinho no lugar do travessão, até mesmo underline já vi usando. Gostaria de começar dizendo que, na literatura que conheço são usados apenas três sinais para assinalar diálogos:

"" geralmente em livros americanos e ingleses.

— em livros nacionais e em algumas outras partes do mundo.

└ ┘ (não tenho certeza se são esses ou ┌ ┐) em livros japoneses.

Então, não use o hífen para assinalar diálogos. E é o que vim passar pra vocês hoje, como colocar travessão no word. Por muito tempo também usei tracinho nas minhas histórias pelo simples fato de não saber colocar travessão no word! Que, pra mim, é o melhor editor de texto. Um amigo e leitor meu chamado Lucas me ensinou uma maneira bem prática de usar esse sinal no teclado com um comando bem simples e vou repassar para vocês em passos ilustrados! 

1. Abra o Word

dependendo da versão que você use, logicamente o processo vai ser diferente. Não sei se isso funciona para outros editores como o Libre Office ou o Open Office então não posso dizer. Não sei também que versão é essa minha, mas eu uso o windows 8.1
[Clique nas imagens pra ampliar!]

2. Vá em Inserir > Símbolo

clique para ampliar.

3. Selecione "Mais Símbolos"


4. Procure o travessão > Clique em Autocorreção

Certifique-se que os símbolos estão no subconjunto pontuação geral, há outros traços que parecem o travessão!

5. Escolha uma tecla!

Nessa caixa de diálogo, escolha uma tecla que facilite o uso do travessão, no meu caso eu uso o sinal de igualdade, sempre que você digitar essa tecla, o word vai corrigir automaticamente para o travessão, por isso não use uma letra ou um símbolo recorrente, procure uma tecla ou combinação que você não use muito. Lembrando que se que você apertar backspace (a tecla de apagar) o sinal escolhido volta para o original. Outra coisa a se prestar atenção é a deixar marcado texto formatado senão sempre que você digitar o travessão ele volta pra formatação padrão do word e não a que você estiver usando.



E pronto! Você está usando o travessão!