segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

[Anime] Barakamon

Título Original: ばらかもん
Gênero: Comédia, Slice of life
autor: Satsuki Yoshino
Direção: Masaki Tachibana
Roteiro: Pierre Sugiura
Temporada: 1 (+ 12 extras)
Episódios: 12
Ano: 2014 (extras em 2016)

Sinopse: Handa Seishuu, um jovem e belo caligrafista, é mandado para a ilha mais a oeste do Japão, as remotas ilhas de Gotou, que ficam logo após a costa ocidental de Kyushu, depois de um certo incidente. Logo no primeiro dia de sua nova vida no campo, Sensei, como ele começou a ser chamado, conhece a simples e inocente Naru, uma criança da ilha. Acompanhe as (des)aventuras desse Sensei urbano e tsudere que cresceu na cidade grande enquanto ele lida com as excentricidades dos seus novos vizinhos, os habitantes da ilha, que dirigem tratores na via pública e não entram pela porta da frente quando vão visitar Seishu! (Via: Banco de Séries)

É realmente difícil gostar de um anime slice of life logo de cara porque eles demoram um pouco para "deslanchar", mas isso não acontece com Barakamon, logo de início ele já pega você pela sua filosofia profunda e cheia de significados. O anime não é apenas leve, mas tem uma sensibilidade que nos faz refletir sobre o que fazemos a respeito de nós mesmos no rumo que damos a nossa vida.

Conheci esse anime numa lista da Haru de animes muito bons que pouca gente conhece, nele acompanhamos Handa, um caligrafista que recebeu uma crítica muito dura e acabou perdendo as estribeiras e dando um soco na cara do crítico na frente de todo mundo. Provavelmente vocês sabem que a caligrafia é algo levado muito a sério no Japão, há concursos e todo um preparo de fundamentos para pessoas que querem seguir essa profissão. Após esse evento, Handa é orientado a passar uma temporada em uma ilha ni interior do Japão para se concentrar na escrita.

Ao chegar na ilha pacata e nada parecida com a sua cidade grande, ele conhece Naru, uma menininha orfã que é cuidada por todos da ilha, com ela e outros moradores, Handa começa a perceber o que há de errado com a sua escrita, na verdade, não com a sua escrita, mas com ele mesmo. Esse é um daqueles animes que nos ensina sobre a importância de amar o que faz sem se deixar controlar pela obsessão de ser o melhor nisso. Handa estava tão focado em ser o primeiro em caligrafia que esqueceu a principal ferramenta para realizar bem o seu trabalho: o amor, a diversão.

Não há problema em ser competitivo, mas não podemos nos deixar afundar no desejo cego de querer escalar a montanha mais alta quando nossa constituição física só nos permite chegar ao meio. Nós temos que aprender a dar o melhor de nós naquilo que fazemos sem ter a pretensão de ser o número 1, mas ter a satisfação de saber que demos o nosso melhor e fizemos tudo que estava ao nosso alcance, sem nunca deixar de dar tudo de nós para melhorar, mas, sobretudo, prevalecendo o amor e a diversão naquilo que realizamos, se nos atemos muito à técnica vazia, sem amor, presa pela obsessão de ser o melhor, nunca vamos alcançar nada na vida, porque o nosso trabalho vai externar o que colocamos nele: muita técnica, mas vazio de emoção.

Handa estava tão focado na técnica que tornava seu trabalho perfeito que esqueceu a diversão, esqueceu a emoção de segurar o pincel e simplesmente escrever porque aquilo lhe proporcionava prazer, alegria, divertimento. Lembrei muito de uma cena de Mars em que Ling avalia o trabalho do aluno de pintura mais brilhante da faculdade, mas, ao contrário do quadro de Qi Luo não havia qualquer emoção ao olhar para pintura, era apenas um monte de técnicas bem aplicadas para expressar uma beleza estética vazia, sem despertar qualquer tipo de sentimento. Enquanto que o quadro da namorada era cheio de sensibilidade, despertava uma cartase em quem o via porque era mais que um conjunto de técnicas bem aplicadas, era um trabalho conjunto com sua visão de mundo e do amor materno.

Acredito que isso se aplica em qualquer coisa que façamos na vida. Vindo para uma experiência pessoal, já li muitos livros cheios de boas técnicas, mas que não me despertavam qualquer tipo de emoção, não permitiam conexão com as personagens e isso é um exemplo que, como qualquer arte, a literatura está diretamente vinculada com os sentimentos dos seus criadores, com o modo como a paixão deles pelo que fazem transborda na construção dos seus personagens que ganham uma vida própria a partir das emoções e possíveis experiências do que o criador tem intrínseco dentro de si.

O anime é divertidíssimo e, como não acontecia há um bom tempo, me arrancou lágrimas em alguns episódios, a relação do Handa com as pessoas da ilha, principalmente com a Naru que além de travessa é adorável, nos comove, do mesmo modo que aconteceu com Usagi Drop (até eu descobrir o final do mangá '-'), Handa vai crescendo como pessoa e nos dando uma importante lição sobre aquilo que é realmente crucial na nossa vida, sobre encontrar nosso caminho. Eu ri muito e me apeguei facinho aos personagens, no início eu me identificava muito com o Handa e sua posição antissocial, carrancuda e mau humorada, ainda não alcancei a mudança que ele conseguiu, mas quem sabe um dia.

Recomendo muito Barakamon, vai fazer você rolar e chorar de tanto rir e ainda refletir sobre a vida. Minha recomendação é ver no animakai.

[Mangá] Dengeki Daisy


Título Original: 電撃デイジ Dengeki Deijī, lit. "electric shock daisy"
Gênero: Shoujo, comédia, mistério
Autor: Kyousuke Motomi
Ano: 2007 - 2014
Volumes: 16

Sinopse: A jovem Teru Kurebayashi vivia sozinha com seu amado irmão mais velho, seu único parente, até o dia em que ele sucumbiu a uma terrível doença e faleceu. Antes de morrer, ele havia deixado com sua irmã um celular para que ela pudesse trocar mensagens com Daisy, uma figura misteriosa e anônima, que passaria a cuidar e consolar a jovem a partir de então. Daisy era a única pessoa com quem Teru poderia contar, até o dia em que a menina quebrou acidentalmente uma janela do colégio onde estuda e Tasuku Kurosaki, o zelador "delinquente", transformou-a em sua "escrava", forçando-a a trabalhar para ele, já que a mesma não tinha dinheiro para pagar pela janela. Estando Kurosaki sempre por perto quando Teru precisa de ajuda.

Fique careca, Kurosaki!
Ao terminar Coraline eu passei dias maravilhosos imersa nesse mangá incrível! Comecei a ler Dengeki Daisy na sexta feira e finalizei no domingo, mas ainda estou sob o feitiço dessa obra maravilhosa!

A história gira em torno de Kurebayashi Teru, uma jovem de 16 anos que é bolsista numa escola particular e sofre preconceito por isso, principalmente por ser a aluna com as notas mais altas apesar da sua situação. Ela perdeu o irmão mais velho e, desde então, está sozinha no mundo, sozinha além de Daisy, seu protetor e amigo que ela nunca viu, mas que vem cuidando dela desde a morte de Souichirou seu irmão. Os dois trocam mensagens através de um celular que Sou deu a Teru antes de morrer, sob a promessa de que não importava o que acontecesse, Daisy sempre cuidaria dela.

Um dia, enquanto está sendo intimidada pela presidente do conselho estudantil, Rena, para proteger seu melhor amigo, Kyoushi, Teru é ajudada misteriosamente por alguém que atira uma bola de tênis na cabeça de um dos caras que estava prestes a bater nela, sem saber quem a ajudou, ela tenta devolver a bola para o campo de tênis, mas acaba quebrando uma janela. É então que entra em cena Kurosaki Tasuku o belo e loiro zelador da escola que, sabendo que foi Teru aquela a quebrar a janela, decide "escravizá-la" forçando-a a fazer seu trabalho na escola como forma de pagamento pela janela quebrada. Assim, começa sua relação de amizade e trabalho em equipe.

Apesar de brigarem muito no começo, Teru e Tasuku desenvolvem uma relação de amizade sincera que vai lentamente modificando-se em algo mais profundo, por alguma razão, ela sente-se a vontade para falar com ele sobre Daisy e seu relacionamento por mensagens, como ele vinha ajudando-a desde a morte de seu irmão Souichirou e, apesar de ser meio rude, Kurosaki a respeita e apoia do seu jeito sempre aproveitando para provocá-la, além de sempre defendê-la dos intimidadores de plantão.

Conforme as coisas vão caminhando, nós acabamos descobrindo que Kurosaki é Daisy, mesmo que Teru ainda não saiba disso, ele foi o escolhido por Sou para protegê-la, uma das razões para sua "escravidão" é justamente mantê-la por perto e impedir a violência que ela sofre por base dos outros alunos, mas quando alguém se passando por Daisy invade os computadores escolares e causa tumulto, Teru acaba se tornando um alvo de toda escola e sem alternativa acaba pedindo ajuda ao verdadeiro Daisy que descobre ser um dos professores - envolvido com a presidente do conselho estudantil - que está se passando pelo falso Daisy para conseguir o celular de Teru.

A verdade é que Daisy é um famoso e poderoso hacker que trabalhou para o irmão de Teru após criar um poderoso vírus que se tornou uma ameaça nacional. Para conseguir pôr as mãos nesse vírus várias pessoas foram mortas, incluindo o pai de Tasuku e o irmão de Teru. Contudo, a história vai ainda além desse vírus, um experimento cruel envolvendo o Jack Frost - vírus criado por Kurosaki - está sob os panos e Teru é um dos alvos principais uma vez que o vírus vale milhões e muitos acreditam que ele está escondido no celular que Sou deixou para ela.

Juntamente com Kurosaki estão Andou, Mestre e Riko - ex namorada de Sou - formando o time que protege Teru, esses outros faziam parte da equipe de Sou na empresa em que ele trabalhava antes de morrer. Conforme os perigos vão aumentando e Teru vai sendo encurralada para revelar a identidade de Daisy, sua relação com Kurosaki vai se tornando mais forte embora ele tema que, ao descobrir a verdade sobre seu passado ela não seja capaz de perdoa-lo, mas o coração de Teru e o amor que sente por Kurosaki podem ser capazes de lidar com o terrível pecado de Daisy?

Mais um mangá para a lista dos que deveriam ter virado anime, além de ter um traço altamente bonito e, quando necessário, extraordinariamente hilário, Dengeki Daisy reúne mistério, suspense, ação e um romance super fofo em andamento ao longo da obra!

Houve momentos que eu morri de rir com as situações apresentadas pela autora e, ainda mais, com as caras e boas de Teru e Kurosaki, como essa, por exemplo:
Fique careca, Kurosaki!
Inclusive, esse bordão Fique careca, Kurosaki pega! Gente, esse mangá tem momentos hilários, tinha horas que eu simplesmente não conseguia parar de rir e, logo em seguida, estava só lágrimas, noutros arrancando meus cabelos e suando frio. É aquele tipo de obra que te pega do início ao fim, não consegui parar de ler até terminar! Creio que peguei a indicação deste mangá no mesmo blog que indicou True Love, contudo não consegui achá-lo novamente :'( então, fica os créditos a esse blog incrível por suas ótimas indicações.

O mangá aborda temas de tecnologia, havia partes de decodificação de sistema que eu realmente não entendi direito, mas não é algo que prejudique muito a compreensão do roteiro. E outra coisa, a gente espera 14 volumes por um único beijinho u.u achei isso um desaforo dessa autora, só acho. Mas, sério, se Dengeki Daisy tivesse se tornado um anime com certeza teria sido um sucesso do gênero romance cômico, além de ter momentos divertidíssimos, Teru e Tasuku também nos rendem momentos de puro amorzinho, eu super recomendo mesmo esse mangá!

Dos 16 volumes você encontra até o volume 14 (69 capítulos) disponível em português no Union Mangás, os volumes 15 e 16 você encontra em inglês no mangá rock e no mangenelo.com! Fica mais essa super indicação de mangá para vocês e mais uma cena ótima de Tasuku, Teru, Riko e Kyoshi:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

[Chinês] Hobbies II e Duplicação dos Verbos

大家好!

Primeiramente desculpem não ter postado a aula na semana passada, as coisas ficaram de um jeito meio louco e eu estou na briga para não perder o fio da rotina nova, sem contar que ainda não me acostumei muito com a mudança no dia da aula, mas foi necessário.

Então, hoje nós vamos ter uma gramática dupla, começaremos com uma curiosidade sobre a cultura chinesa que se repete na japonesa e um pouco na coreana também, acerca dos hobbies e vamos aprender como expressar tarefas que são frequentes no nosso dia a dia. Vamos lá?

Mamãe tigresa

A China é conhecida pela atitude proativa de suas "mamãe tigresas", estas são nada menos que mães dedicadas a estimular suas crianças a fazer atividades extracurriculares para que elas tenham mais habilidades no futuro. Por isso, não é incomum que crianças tenham como "hobbies" atividades escolhidas por seus pais, se a criança aprecia ou não estes hobbies já é outra questão.

Duplicação dos Verbos

Em alguns casos, é possível duplicar um verbo para atingir uma expressão mais suave e relaxada. Isso torna a oração menos séria. Para isso, basta repetir duas vezes o verbo seguido de seu respectivo objeto. A estrutura é:

SUJEITO + VERBO+ O MESMO VERBO + OBJETO/COMPLEMENTO

Ex: 我喜欢看看书。(Wǒ xǐhuān kàn kànshū.)
Eu gosto de ler livros.

我喜欢打打篮球。(Wǒ xǐhuān dǎ dǎ lánqiú.)
Eu gosto de jogar basquete.

平时 - Usualmente

平时 (Píngshí) traz a ideia de "usualmente, normalmente". Pode ser usado no início de uma oração ou depois do sujeito para expressar uma prática comum. As estruturas são:

SUJEITO 平时 + VERBO + COMPLEMENTO

OU

平时 + SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO

Ex: 平时你喜欢干什么? (Píngshí nǐ xǐhuān gànshénme?)
O que você normalmente gosta de fazer?
我平时喜欢买衣服。(Wǒ píngshí xǐhuān mǎi yīfú.)
Eu normalmente gosto de comprar roupas.

Vocabulário

唱 (Chàng)- cantar
听 (tīng) - ouvir
音乐 (yīnyuè) - música
周末 (zhōumò)- fim de semana
歌 (gē)- canção
平时 (Píngshí) - usualmente, normalmente

Uma coisa que prestei atenção no que se refere a 音乐 e 歌, ambos estão ligados a música como vocês repararam, pelo que observei no uso deles, 歌 se refere a canção enquanto letra, composição, por isso que quando usamos "costumo cantar" a frase fica 我平时唱歌 (Wǒ píngshí chàng gē) porque cantamos a letra da música. No caso de 音乐 está mais relacionado a melodia, a uma composição cuja ação é apenas ouvir e não está relacionado ao ato de reproduzi-la. Pelo menos foi assim que entendi.

Ideogramas

chàng - cantar
tīng - ouvir
gē - música
cháng - sempre, com frequência, comum, geral
píng - plano, nivelado, igual
shí - tempo, no ponto, período

Atividade

  • Traduza as frases abaixo para o português:
  1. 我会唱歌。
  2. 我常常听音乐。
  3. 我每天唱歌。
  4. 周末你喜欢干什么?
  5. 下个周末你干什么 ?
  6. 我喜欢打网球。
  7. 我喜欢打打网球。
  8. 平时我喜欢听听音乐。
  • Traduza as frases para o mandarim:
  1. Nos finais de semana eu gosto de cantar.
  2. Eu ouço música nos finais de semana.
  3. Nos finais de semana eu gosto de jogar futebol.
  4. Eu gosto de ouvir música depois do trabalho.
  5. Eu costumo ouvir música depois do trabalho.
  6. Eu costumo tomar chá antes do trabalho.
  7. Eu normalmente gosto de jogar voleibol.
  8. Eu normalmente gosto de comprar roupas.
  9. Eu normalmente gosto de ler livros.
  10. Eu gosto de jogar basquete nos finais de semana.
  11. O que você normalmente gosta de fazer?
  12. Usualmente.
  • Traduza a sentença e responda, em mandarim, de acordo com o que pede:
  1. O que você costuma fazer no fim de semana? 
  •  Ver televisão.
  • assistir filmes
  • jogar ping-pong
  • cantar


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Coraline - Neil Gailman [Livro e Filme]

Autor: Neil Gailman
Gênero: Dark Fantasy
Ano: 2002
Páginas: 160 (físico) 338 (ebook)

Sinopse: Coraline acaba de se mudar para um apartamento num prédio antigo. Seus vizinhos são velhinhos excêntricos e amáveis que não conseguem dizer seu nome do jeito certo, mas encorajam sua curiosidade e seu instinto de exploração. Em uma tarde chuvosa, consegue abrir uma porta na sala de visitas de casa que sempre estivera trancada e descobre um caminho para um misterioso apartamento 'vazio' no quarto andar do prédio. Para sua surpresa, o apartamento não tem nada de desabitado, e ela fica cara a cara com duas criaturas que afirmam ser seus 'outros' pais. Na verdade, aquele parece ser um 'outro' completo mundo mágico atrás da porta. Lá, há brinquedos incríveis e vizinhos que nunca falam seu nome errado. Porém a menina logo percebe que aquele mundo é tão mortal quanto encantador e que terá de usar toda a sua inteligência para derrotar seus adversários.

Quem me fez adiantar a leitura desse livro foi a Haru, no vídeo ela dizia que era muito mais sombrio e "pesado" que o filme, bom, até certo ponto eu tenho que concordar com ela mesmo, contudo, apesar de conter uma leveza bem maior se comparada à obra, acredito que o filme fez bem em adaptar sim o livro, muitas das coisas que foram mudadas na adaptação são completamente compreensíveis uma vez que, por ser feito em stopmotion, seria inviável reproduzir tudo igualzinho ao livro. A história acompanha uma criança chamada Coraline cujos pais trabalham muito e quase não tem nenhum tempo para ficar com ela, a família se muda para uma nova casa durante as férias de verão, lá ela descobre uma porta que leva a um mundo paralelo.

Nesse mundo onde tudo é igual a sua casa, mas de um jeito melhorado, Coraline se depara com um ser que quer ocupar o lugar da sua mãe e se alimentar da sua vida. Ao recusar-se, a menina descobre na volta para casa que seus pais foram sequestrados pelo monstro. Sem saída, ela determina-se a salvá-los, voltando ao mundo paralelo com a ajuda de um gato falante e muita coragem advinda do amor dos pais, contudo, conseguir a liberdade deles com o jogo sujo da criatura pode custar-lhe a própria vida.

Gosto de encarar Coraline como uma metáfora sobre a importância da presença dos pais no desenvolvimento dos filhos, quando eles desaparecem, Coraline lembra com saudade uma vez que o pai se deixou picar por vespas para que ela conseguisse escapar, ou mesmo em outro momento quando ela é pega por ele no colo. O motivo de ela ter encontrado e atravessado aquela porta foi simplesmente porque ambos os pais estavam ocupados demais para dar-lhe um pouco de atenção, se bem que uma das principais discrepâncias do livro e do filme é que, no livro, Coraline tem uma relação até certo ponto mais próxima com a mãe, no filme elas parecem um pouco mais afastadas.

A bonequinha que aparece no filme não existe no livro, assim como o personagem Wibe, mas acredito que tenham sido acréscimos charmosos à história. A ambientação também foi um pouco modificada em ambos, no filme é um pouco mais colorida e há o jardim que no livro também não existe. O livro também traz alguns posicionamentos que achei bem interessantes.

"Vocês pessoas têm nomes. Isso é porque vocês não sabem quem vocês são. Nós sabemos quem somos, portanto não precisamos de nomes." Acho esse, inclusive, uma colocação um pouco profunda demais para um livro direcionado a adolescentes, mas ainda assim muito válida, a origem do que somos, para onde vamos, qual nosso papel na existência, perguntas que provavelmente continuarão indefinidamente sem respostas. Nós nos apegamos a coisas que nos definam porque somos incapazes de nos reconhecer, de saber o nosso papel no universo, portanto, todas as coisas que agregamos em nossas vidas são apenas formas de nos definir como criaturas. Pelo menos é como encaro.

"É surpreendente o quanto do que somos depende da cama onde acordamos pela manhã, e é surpreendente o quanto isso é frágil." Aqui é sobre o medo humano muito comum de mudanças, eu mais que ninguém sofro desse mal, nós temos uma ligação muito forte com aquilo que nos é comum, com o que molda o nosso mundo, qualquer tipo de coisa que fuja disso faz com que nossa paz interior desmorone, essa também é a razão pela qual nós sofremos tanto para nos acostumar com as novidades. As coisas que mantêm nosso mundo em seu estado de "normalidade" é o que nos mantêm em paz conosco, o que nos faz ter aquela sensação de segurança interna.

"Eu não quero tudo o que eu quiser. Ninguém quer. Não realmente. Que graça teria ter tudo que se deseja? Em um piscar de olhos e sem o menor sentido. E daí?" Eu achei esse pensamento muito interessante, somos levados a crer que seríamos felizes se tivéssemos o poder de conseguir tudo que queríamos sem qualquer tipo de esforço, sem qualquer sofrimento, mas a verdade é que no fundo sabemos que não seria de qualquer sentido ou não traria qualquer realização algo conseguido com facilidade. Se pararmos para pensar, pessoas que tem tudo não teriam motivos para ter qualquer tipo de problema como depressão, por exemplo, uma vez que tem tudo que querem nas mãos. A coisa é que, as vezes, receber um não nos motiva a buscar o sim, a ser melhor do que somos, a superar nossos limites em prol do objetivo que temos para nós.

Coraline é um livro sobre reconhecer aquilo que é realmente importante para nós, as coisas que realmente nos trazem felicidade (e sou daquelas que acredita que felicidade é algo estritamente subjetivo), sobre buscar coragem quando o medo ameaça nos engolir, sobre a importância de reconhecer e aceitar os defeitos daqueles que amamos e perceber que é isso que os torna especiais. Um livro sobre a certeza de que, nem sempre tudo que queremos é o que precisamos ou o que nos tornará feliz e que amar verdadeiramente é, sobretudo, deixar livre.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

[Filme] Fullmetal Alchemist Live Action!


Título Original: 鋼の錬金術師 (Hagane no renkinjutsushi)
Direção Fumihiko Sori
Roteiro Fumihiko Sori
Takeshi Miyamoto
Ano: 2017
País: Japão
Elenco: Ryosuke Yamada
Tsubasa Honda
Dean Fujioka
Ryuta Sato
Jun Kunimura
Fumiyo Kohinata
Yasuko Matsuyuki

Sinopse: ‘Fullmetal Alchemist’ gira em torno dos irmãos Edward e Alphonse Elric, que sofrem um acidente após tentar usar a alquimia para a transmutação humana. O acidente causa a morte de Alphonse e Edward, além de perder uma perna, sacrifica um dos braços para manter a alma do irmão dentro de uma armadura de metal. Depois disso, Edward parte em busca da Pedra Filosofal, para recuperar os seus membros perdidos e devolver o corpo do irmão.

Desde que saiu o trailer de fullmetal ano passado eu estava contando os minutos para assistir! Como tem uma amiga morando aqui e ela assina a netflix, minha irmã e eu pudemos ver a estréia do filme de duas horas sobre um dos mangás mais amados do Japão. Nessa resenha eu não vou me ater muito ao roteiro do material original porque eu não li o mangá (ainda), então eu vou falar o que achei do filme como um material a parte, fazendo, talvez, alguma comparação com o anime. Okay?

Na adaptação live action, após perderem a mãe muito pequenos, Edward e Alphonse Elric decidem usar a alquimia para trazê-la de volta, mas o processo da troca equivalente não funciona e além da alquimia levar embora a perna de Ed, toma também o corpo de Al. Para trazê-lo de volta, Ed sacrifica seu braço na tentativa de prender a alma do irmão em uma armadura de metal. Anos depois, Edward Elric é o mais jovem alquimista a passar nos exames de alquimistas do governo, seu intuito é encontrar a pedra filosofal (sim, aquela mesmo do Harry Potter!) para conseguir trazer o corpo de Al de volta.

Eles encontram uma pista da pedra em uma cidade chamada Leore, onde um homem que se faz passar por bonzinho usa a pedra filosofal para manipular os moradores. No fim, Ed descobre que a pedra é falsa quando seu superior, Mustang, a destrói bem diante dos seus olhos. Ordenado a esquecer sua busca - e ignorando a ordem, logicamente - Ed conta com os amigos para seguir as pistas que vão levar a um dos criadores da pedra verdadeira sem saber da origem cruel dela.

Em seu caminho para alcançar aquilo que deseja, uma conspiração está preparada para utilizar os poderes de Ed em um propósito sombrio, seria ele capaz de enfrentar os sacrifícios necessários para trazer o corpo de Al de volta?

De uma maneira geral eu achei o filme muito bom. Ele engloba a primeira temporada do anime pelo que pude observar, mas tem umas mudanças que, até certo ponto, é compreensível afinal eles resumiram uma temporada inteira em duas horas de filme, logicamente não dava para pôr tudo. A atuação das crianças, na minha opinião, foi muito fraquinha, mas tanto o Ryosuke Yamada quando o protótipo do Alphonse estavam brilhantes em seus papéis, conseguindo nos passar leveza e emoção nas cenas. Aplausos! A carga cômica da obra foi muito diminuída na adaptação o que deixou o filme com um tom mais sério e, mesmo que a gente tenha sentido falta disso, não compromete em nada o longa.

A caracterização das personagens é outra coisa digna de nota, tanto a armadura do Alphonse quanto o braço do Edward ficaram lindos, gente, a fidelidade com as roupas e com os cenários também está de parabéns, o filme tem uma fotografia linda, as gravações aconteceram em Volterra, na Itália (Lua Nova, oi?). Personagens como o capitão Hudges ficaram tão idênticos aos seus personagens no anime que surtamos, já o coronel Mustang, apesar de eu ter achado uma boa escolha, minha irmã não julgou o ator bonito o suficiente para abraçar o papel. 

Os efeitos especiais estão muito bons dentro da proposta, pelo menos eu achei, certas coisas é realmente complicado adaptar em um filme sem que fique muito "falso", então acho que fizeram um bom trabalho dentro daquilo que a obra pede, eu ri e vibrei muito com cada cena. O final do filme tem algumas discrepâncias tornando-o praticamente um final original, ainda que não completamente. De um certo ponto, foi interessante ver isso porque era algo que a gente não esperava, sem contar que, pelo que fiquei sabendo, esse não foi um daqueles filmes com um investimento gigantesco como os que normalmente estamos acostumados a ver, mas eles fizeram um trabalho realmente incrível com o baixo orçamento que tinham, um milhão de vezes melhor que aquela desgraça do Death Note da Netflix que é a minha maior referência do que é um filme ruim.

A cronologia do filme é um pouco acelerada sim, mas resumir os eventos de uma temporada inteira em duas horas, como eu disse antes, é complicado. Então a gente meio que demora um pouco a pegar o ritmo das coisas, mas vale sim muito a pena assistir Fullmetal Alchemist se você é um fã da série. Dou nota 9,5! 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

[Mangá] True Love - Sugiyama Miwako


Gênero:  Slice of life, romance
Autor: Miwako Sugiyama
Ano: 2013 - 2015
Volumes: 7

Sinopse: Ai ama seu irmão mais velho, Yuzuru. Ele é gentil, confiável e lindo. Sempre protege Ai de problemas e quando ela chora, ele a anima! Mas coisas ruins estão acontecendo: seus pais se divorciam e ela e seu irmão são separados. Agora, depois de 9 anos, Ai com 14 anos, encontra um garoto alto em frente de sua escola! Quem é ele!?

O mangá conta a história de Ai e Yuzuru, dois irmãos muito próximos que se amam incondicionalmente. Enquanto os pais estão em uma viagem de negócios, Yuzuru cuida da pequena Ai com muita dedicação sem imaginar o futuro que os espera. Porque seus pais brigam muito, os irmãos saem em busca de uma estrela cadente na intenção de que ela lhes conceda o pedido de sua família se tornar harmoniosa e junta para sempre. Tudo fica bem por um tempo, mas os pais voltam a brigar e os irmãos, desesperados os irmãos voltam a sair no meio de uma tempestade de neve na busca por outra estrela cadente. Mas acabam sofrendo um pequeno acidente, preocupados por não encontrar a estrela, Yuzuru promete a Ai que vai encontrar uma e que os dois não vão se separar nunca.

Mas o que acaba acontecendo é exatamente o oposto disso. Os pais acabam se divorciando e cada um fica com um filho, Yuzuru vai embora com o pai para os EUA e Ai se muda com a mãe para a casa dos avós maternos. Durante nove anos os dois não tiveram qualquer tipo de comunicação, sempre que a menina tentava saber do irmão ou do pai havia uma briga da mãe com o avô. Yuzuru, sentindo muita saudade da irmã, ainda criança decidiu tentar visitá-la, mas não teve coragem de se aproximar ao ouvir Ai dizer que o estava esperando, que ele havia prometido ficar com ela para sempre. Destruído e ao mesmo tempo motivado pela fé que a irmã colocou nele, o garotinho decide dar tudo de si para voltar a encontrá-la e nunca mais sair do seu lado novamente.

Nove anos depois, Ai agora é uma adolescente e mesmo que esteja acostumada com a vida que leva, nunca esqueceu seu irmão que não pôde ver durante todo aquele tempo, é quando ele inesperadamente aparece e o reencontro é cheio de emoção e certa agitação por parte das amigas dela. Mas Yuzuru só tem olhos para Ai e a proximidade entre os dois só faz com que o relacionamento dos dois se fortaleza ainda mais. A relação dos dois progride por telefone para que não percam o contato, mas nenhum dos dois conta aos pais que estão se falando.

Para surpresa dos irmãos, os pais decidem se casar novamente (um com o outro) e os dois voltam a morar juntos, contudo, a proximidade entre os dois não é a de irmãos e eles se veem gradualmente sentindo algo muito mais forte que o amor fraterno, mas um sentimento como esse, na situação deles, gera muitas consequências, Yuzuru não é capaz de dizer a Ai como se sente e, do mesmo modo, por mais que o amor exploda dentro do seu peito, Ai não consegue entender como pode estar apaixonada por seu irmão. Numa tentativa de protegê-la, Yuzuru começa a namorar Nanayo, a melhor amiga de Ai, como um meio de manter a irmã longe.

Incapaz de conter o ciúmes que a relação do irmão provoca e a dor de ter de dividi-lo com a melhor amiga, Ai acaba confessando o que sente por Yuzuru, mas mesmo que o sentimento seja recíproco os dois sabem que nunca poderão assumir um amor condenado. Ai e o irmão serão capazes de enfrentar todos os desafios que o amor deles imporá diante da conservadora sociedade japonesa? O que acontece quando a mãe descobre a relação dos dois? Nanayo e Shuuji, melhor amigo de Yuzuru, vão mesmo desistir de lutar pelas pessoas que gostam tão facilmente?

Gente, é uma pena lamentável que não tenha um anime desse mangá, sério! Que mangá mais amorzinho, para uma apaixonada por histórias japonesas de incesto como eu, depois de Ani Ni Aisaresugite komattemasu (que eu ainda não consegui ler inteiro porque ninguém traduz!) essa é minha história favorita do gênero! Eu devorei os sete volumes em simplesmente 2 dias, não tem como não vibrar, se emocionar e se apaixonar com a história de amor de Ai e Yuzuru, o jeito que eles se tratam, a maneira como cuidam um do outro, mesmo quando você pensa que está tudo perdido vem um plot twist que muda tudo, sério, é uma história de amor linda que merecia muito uma série, só acho.

Talvez porque, ao contrário de Anikoma, o amor entre os irmãos seja mais na cara aqui, e por incesto ser um grande tabu no Japão, não tenham feito nenhuma série, ou porque quem sabe a obra vendeu bem sem precisar disso, ainda assim acho uma tristeza que não tenha um anime ou um dorama, porque Deus, é muito fofo! Eu achei a indicação enquanto procurava obras sobre incesto entre irmãos, depois de assistir quase todos os animes do gênero (e digo quase porque dispensei alguns ecchis como kiss x sis e os hentais, por que, né?) quis mais amores como esse, vocês sabem que eu sou a louca das obras de incesto do Japão, há meninas que gostem de Yaoi, eu gosto de incesto entre irmãos. Esse estava na lista e eu não me arrependi, li duas vezes e super recomendo!

No Union Mangás e no Mangá Host você encontra até o vol. 5 traduzido (28 capítulos), no Chibi Mangá ele está completo e, nossa, vocês não imaginam como é doce esse mangá, apenas leiam. Mesmo se você não gosta do gênero e acha "estranho" leia, eu garanto que você não vai se arrepender no final!


domingo, 18 de fevereiro de 2018

The Starry Night, The Starry Sea

Título Original: 那片星空那片海; pinyin: Nà piàn xīngkōng nà piàn Hǎi (lit. um pedaço do céu, um pedaço do mar)
Gênero: Drama, fantasia, romance
País: China
Episódios: 32 (Temp. 1) 34 (Temp. 2)
Roteiro: Qian Jingjing, Xu Ziyuan
Direção: Wei Hantao
Elenco: Feng Shaofeng
Bea Hayden
Huang Ming
Sunny Wang
Wang Mengli

Baseado em The Starry Night, The Starry Sea de Tong Hua.

Sinopse: Uma jovem que se afasta da cidade para sair da miséria encontra uma vida que ela não esperava. Após o divórcio de seus pais, Shen Luo (Bea Hayden) cresceu sendo maltratada por sua madrasta e seu meio-irmão. Para fazer uma ruptura de sua vida difícil, move-se fora da cidade a uma casa pequena numa ilha. Um dia, Luo encontra um Wu Ju Lan ferido e inconsciente (Feng Shao Feng) em sua porta.Luo ajuda Ju Lan a se recuperar, Ju Lan vê Luo como um homem sem raízes, sem emprego ou recursos, mas ela não pode deixar de se apaixonar por ele. Ju Lan usa seus poderes místicos e intelectos para tentar tornar a vida de Luo melhor. Mas quando um vizinho curioso descobre a preciosa posse de Luo, uma pérola mágica, que sacrifícios Ju Lan terá que fazer para salvar a vida de Luo?

Quero começar essa post dizendo que eu não precisava dessa dose de depressão na minha vida! Se quiser encarar isso como um spoiler que encare, é uma boa razão para não passar pelo que eu passei. Mas o que eu podia esperar do cara que escreveu o livro de Scarlet Heart, não é? Só com essa informação vocês já devem imaginar muita coisa.

A história se passa em uma ilha pesqueira onde Sheng Luo vive com um avô muito doente. Eles estão passando por um momento difícil financeiramente, mas ela se sente muito mais feliz que morando com a sua madrasta interesseira que a maltratava. Nessa vila ela tem dois bons amigos, Jang Yishing e Da Tou, este último é apaixonado por ela desde sempre, mas ainda não encontrara oportunidade de se declarar. Contudo, Luo é incrédula no amor (tô contigo, mana) provavelmente por tudo que sua família passou, ela não crê no relacionamento afetivo romântico entre duas pessoas. Mas Da Tou pede a mão dela ao avô debilitado ainda assim, este por sua vez diz que concordaria se a neta assim o desejasse.

Com a morte repentina do avô, Sheng Luo se vê sozinha com Wu Julan, um estranho que ela encontrou ferido e morrendo de sede próximo à sua casa. Com alguma relutância, ela aceita que ele viva ali como um empregado, uma vez que precisa conseguir dinheiro já que gastou muito para comprar a casa do avô que a madrasta queria vender a qualquer preço, Luo acabou aceitando muito dinheiro emprestado de da Tou para comprar a casa, assim, precisa que Wu Julan trabalhe como modo de conseguir dinheiro para pagar de volta ao amigo.

Wu Julan é, na verdade, o príncipe dos sereianos, ele voltou a terra para pegar aquilo que, 150 anos atrás, um mortal que recebeu sua amizade roubou dele traindo cruelmente sua confiança. Esse mortal era o antepassado de Sheng Luo, inicialmente Wu Julan julga a garota com o mesmo peso que o mortal que lhe traiu, mas aos poucos vai percebendo que ela não é em nada falsa e manipuladora como o antepassado, mas leal e cheia de cicatrizes. A convivência aproxima os dois, gerando o ciúme doentio de Da Tou que vai fazer qualquer coisa para conseguir Sheng Luo para si.

As coisas se complicam mais quando An Zuo, um mago negro inimigo dos sereianos, entra em cena também atrás da pérola espiritual para ressuscitar seu pai morto. Ele se une a Da Tou para conseguir atrair Wu Julan através de Sheng Luo, até descobrir que o tesouro que tanto quer está escondido dentro do corpo da mortal. Sem a pérola, Wu Julan não tem mais muito tempo de vida, mas o que fazer quando, para viver, ele precisa tirar a vida daquela que ama?

Vou confessar que só me interessei em ver esse drama por causa do Shaofeng, mas cometi a burrada de não fazer como faço com todos os dramas que pretendo ver: pesquisar. Não vou fazer essa resenha como costumo fazer com os outros porque estou muito chateada comigo mesma. Se eu tivesse pesquisado e visto quem escreveu o livro não teria perdido meu tempo assistindo, mesmo sabendo que o final era ruim, por ter uma segunda temporada eu esperava um fim aberto. Agora me dei conta de que a segunda temporada se passa na dinastia Tang, ou seja, vai contar uma vida passada dos personagens.

Esse é daqueles doramas que você sabe que é 8 ou 80, mas ainda assim espera um final "milagroso" por assim dizer. E esse final não vem. Pelo visto esse autor gosta de imitar a fórmula Romeu e Julieta, ou deve ser alguma coisa boa na china histórias de amor na linha da música Love As Sakura "Eu usei a minha vida para proteger você, use minha vida para continuar". Não vou, inclusive, querer ver a segunda temporada porque imagino que, como aconteceu com Ice Fantasy, o final vai se repetir e não estou disposta a ver mais 34 capítulos da mesma coisa.

Outra coisa que quero dizer aqui é sobre as atuações. Shaofeng como sempre está brilhante num personagem aparentemente frio, mas cheio de ternura. Já a Bea Hayden me deu nos nervos em diversas partes do drama, a atuação dela parecia forçada e na minha opinião só rolou aquela empatia com a personagem nos últimos capítulos quando ela começou a realmente encarnar a personagem. Se você é como eu, um amante de finais felizes e fechadinhos, não veja esse drama


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O Visconde que me Amava - Julia Quinn

Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
I.S.B.N.: 9788580411973
Ano: 2013
Páginas: 288
Série: Bridgertons #2

Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será
Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.

Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Quero começar dizendo que ainda acho um exagero sem precedentes chamar essa mulher de Jane Austen Contemporânea. Apesar de escrever bem e ter uma certa habilidade em criar alguns personagens muito irritantes, falta muito do requinte e sensibilidade de Jane Austen, cujas personagens e enredos eram suaves e doces mesmo que suas personagens fortes e determinadas - no bom ou mal sentido - contradissessem algumas vezes isso, ela sabia despertar nossa empatia direta e inicial com as personagens de uma maneira que, creio, ninguém nunca vai conseguir.

Dito isso, vou começar falando do enredo de O Visconde que me Amava que inicia com o problema de Anthony Brigderton, temos um prelúdio da sua infância que ilustra o modo como ele era próximo de Edmund, seu pai, além do orgulho que sentia dele, admirava o amor construído com Violet, sua mãe. Desse modo, a perda tão repentina do pai, causou-lhe um enorme trauma de picadas de abelha e, sobretudo, uma visão muito errônea sobre a morte.

De outro lado temos Kate e Edwina Sheffield, ambas precisam se casar bem, ou pelo menos uma delas precisa, para garantir a vida das outras, uma vez que desde a morte do pai de Kate a situação financeira não está muito favorável, Mary, mãe de Edwina e madrasta de Kate, decidiu debutar ambas de uma única vez, mesmo que Kate já tenha passado um pouco da idade, tendo 21 anos. O fato é que a jovem tanto não se incomoda quanto não tem esperanças de encontrar um marido, ela acredita que, perto de Edwina, considerada a bela da estação, ela não tem a menor chance.

É uma mulher forte e geniosa, de convicções fortes e acostumada a avaliar e dispensar os pretendentes desqualificados da irmã, por ser mais velha e um pouco mais madura, ela é por vezes insultada indiretamente por não ser considerada bonita (te entendo, Kate). Desse modo, está ocupada em não permitir que a irmã mais nova caia nas garras de algum homem que a fará infeliz, incluindo Lord Anthony Bridgerton o solteiro mais cobiçado da temporada e, ela sabe, um libertino convicto que por alguma razão muito bizarra decidiu se casar.

Alheio aos verdadeiros sentimentos e a verdadeira personalidade de Anthony, Kate faz tudo que está ao seu alcance para manter sua ingênua irmã longe dele, contudo, quanto mais luta para manter Edwina longe do visconde, mais ela mesma se sente dolorosamente atraída por ele. O comportamento provocador e muitas vezes confuso de Anthony mexe com ela de uma maneira nada casta. E quando os dois são obrigados a se casar por causa de um mal entendido, Kate não pode ter mais que temores sobre o que esperar de um futuro ao lado de um homem que não a ama.

Ao contrário do primeiro livro, por alguma razão, achei esse mais sensível e um pouco mais interessante, embora a "fórmula" por assim dizer seja a mesma. Os livros dela me lembram, até certo ponto, aqueles Jéssica, Sabrina históricos sabe? Hoje, Harlequim Histórico, eles tem uma pegada mais contemporânea principalmente no teor erótico da coisa, contudo felizmente a autora é suficientemente sutil e delicada ao descrever as cenas sem deixar que o capítulo se vulgarize e, ainda mais, sem que perca o calor que provoca na gente. Algo realmente difícil de fazer, digo por experiência própria.

Kate ou Katharine, por vezes é insuportável, admito. Deve ser uma característica comum associada a esse nome, não consigo pensar em outra explicação. Consegui, contudo, simpatizar com a situação de Anthony, acho que, ainda que psicologicamente comprovado para ele, a morte é um assunto complicado para todo mundo. No geral é um livro muito bom, principalmente para quem curte romances do gênero, como eu. Não sei porque antipatizei tanto com o primeiro, creio que precise reler, posso ter pulado alguma coisa ou deixei algo passar, não é possível.

Perdoem não ter posto a aula de Chinês ontem. Não tive como porque o dia foi muito atropelado. Estou quase finalizando o dorama, esse final de semana vou cuidar de ler um mangá e trarei as resenhas ^-^ então até a volta!

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Another [Mangá e Live Action]

Título Original: アナザー Anazā
Autor Yukito Ayatsuji
Gênero Mystério, Seinen, Horror, Psicológico, Tragédia
Volumes: 4 + Extra

Sinopse: Koichi Sakakibara é um ginasial comum de saúde frágil. Após uma crise pulmonar e uma repentina viagem de seu pai, o jovem é obrigado a se mudar para a cidade natal de sua falecida mãe, Yomiyama, e ficar sob os cuidados de seus avós maternos. Ao se transferir para a Escola Ginasial Yomiyama do Norte, o garoto percebe um estranho clima de tensão entre seus colegas e os professores responsáveis pela sala. O garoto foi enviado para a Turma 3-3, uma sala especial. O que Koichi não sabia é que um inexplicável fenômeno ronda essa classe e que, enquanto ele tenta chegar ao fundo dos segredos e acidentes sem sentido do seu novo cotidiano, uma inegável e fatídica verdade se revelaria: "Esse é um ano que tem!" (Via Skoob)

Another foi o primeiro anime de terror que eu assisti, vocês que me acompanham sabem que eu sou mole até o último fio de cabelo, não suporto ver sangue de maneira nenhuma e me impressiono com muita facilidade, por isso, a decisão, na época, de assistir Another foi pensada com muito cuidado e ponderando analíticamente meu psicológico frágil. Eu dei uma pesquisada extensa sobre a obra na época (ainda não sabia ler mangá) e vi vários trailers e MV's atraída pelo enredo, como é comum dos japoneses, altamente interessante.

Another gira em torno de Sakakibara, um garoto do colegial que vai morar com os avós em Yomiyama, uma cidade no interior do Japão, enquanto o pai está em uma viagem de negócios. Ele acaba sendo hospitalizado em sua chegada à cidade devido a um pneumotórax, impedindo-o de ir nas primeiras semanas de aulas. Ainda no hospital, recebe a visita de alguns alunos da sua turma na escola, percebendo que eles se comportam de uma maneira muito estranha e um pouco sombria, contudo não consegue indagar nenhuma razão oculta para isso. Em uma de suas andanças pelo hospital, ele acaba entrando em um elevador  sem perceber a garota dentro dele e leva um susto ao notá-la, usava o mesmo uniforme que os garotos da escola, logo frequentavam o mesmo colégio.

Sakakibara tenta conversar com ela, mas a menina é muito evasiva, talvez por isso seu interesse tenha aumentado tanto. Principalmente ao perceber que ela estava indo para o necrotério carregando uma estranha e sombria boneca. Ao questionar seu nome, ela diz se chamar Misaki Mei. A partir daquele breve encontro, o garoto não podia imaginar que o horror que despertaria estava apenas no começo.

Na escola, Koichi percebe o estranho comportamento da sala, principalmente o de Misaki que parece completamente deslocada e ignorada por toda escola, aquilo só faz com que o fascínio por ela se torne maior. Sakakibara sabe que os demais alunos estão escondendo alguma coisa muito séria dele, mas por mais que pergunte ninguém lhe diz o que é. Assim, com as pistas que consegue captar ele vai juntando as peças com as suas próprias pesquisas, mas quando pessoas começam a morrer de forma brutal e misteriosa o segredo de Misaki Mei e da classe 3 vem à tona colocando não apenas Sakakibara, mas todos que ele estima em um sério perigo.

Quem está morto?

Quando eu vi o anime, confesso que brutalidades a parte eu me apaixonei, porque Another é aquele tipo de terror que eu considero inteligente. Não é aquela coisa extremamente brutal de graça, sem lógica ou sem sentido, como aconteceu de algum modo em Corpse Party: The Tortured Souls que eu não gosto nem de lembrar (alguém sabe onde clica pra "desver"?). O anime soube trazer o universo sangrento da obra de uma maneira que te choque, sem traumatizar. Assim que comecei o mangá eu percebi isso, muitas das cenas que são muito explícitas no mangá acabaram, de alguma forma, suavizadas no anime, como o suicídio do professor, por exemplo, que seria uma cena realmente desconfortável de ver animada se fosse exatamente como no mangá.

Faz um bom tempo que vi o anime, mas tive a oportunidade de rever através desse mangá incrível que, por sinal, foi adaptado fielmente para a televisão. Há umas poucas discrepâncias entre os dois, mas nada que impeça o entendimento do enredo ou que seja um real incômodo. Até porque, uma obra realmente pequena como Another, não havia jeito de ser mal adaptada a menos que o diretor ou o roteirista fosse realmente o cúmulo da incompetência.

Tenho planos de ler a novel dessa obra se conseguir achar os dois volumes, há um extra que quero muito ver que é o Another S que conta uma aventura de Mei nas férias de verão. Eu achei apenas a novel principal no Union se não me engano. O mangá eu li todo no domingo e ainda temos um extra chamado Another 0 que conta a história de Reiko, a tia de Sakakibara e sua relação com a mãe dele antes de ela morrer.

No que diz respeito a esse extra, foi interessante ver a obra sob a perspectiva dela, não animaram essa "ova" por assim dizer, só tem dois capítulos e apesar de não explicar direito como ela chegou ao final do anime principal, é um bom plano de fundo para a obra central, mostra bem o início mesmo quando ela era uma estudante da classe 3 e foi assombrada, tal como o sobrinho, pela calamidade. É um ótimo presente para os fãs da série. 



Live Action (2012)

Diretor: Takeshi Furusawa
Roteiro: Sachiko Tanaka

Em 2012 saiu a adaptação em Live Action de Another, contudo me recusei a ver por dois motivos básicos: primeiro tinha medo do modo como as mortes foram mostradas no filme, segundo tinha medo de ser uma porcaria como costuma acontecer com adaptações em filme. Bem, eu não estava errada em nenhuma das questões, principalmente na segunda.

O filme é uma viagem bem nada a ver com o anime ou o mangá, apesar da essência permanecer a mesma, a adaptação live fez um monte de bizarrices que fugiu muito da realidade da obra, por exemplo, o que diabos é aquela boneca no começo do filme? E aquela visão sinistra da mãe do Koichi? 

Mas o que mais me irritou realmente foi a desordem na linha cronológica da história e, sobretudo, a personalidade das personagens! Sério, eu fico furiosa quando fazem isso, uma vez que a personalidade é o que molda o personagem, a Mei perdeu aquela aura sombria e gélida do anime, muita coisa que acontece no filme não passa nem perto da obra original.

Ainda assim, em papel de uma "versão" por assim dizer, o filme não é de todo horrível. Tem sim muita coisa interessante que acrescenta de alguma forma ao enredo, por exemplo, achei aquele final original bem interessante. Mas para fãs meio puritanos como eu, que gostam de ver fidelidade à extrema potência, o filme pode se tornar totalmente irritante, principalmente na superficialidade dos personagens que parecem apáticos e mecânicos a maior parte do tempo e pela cronologia tosca também.

Kento Yamasaki é um ator excelente, mas foi infeliz nesse papel, apesar de que ele tenha sido bem mais vivo que muitos dos outros personagens. A Ai Hashimoto, apesar de ter se esforçado para fazer o melhor com o papel que lhe deram (porque acho que a culpa da personalidade mudada é do roteirista sim), mas não convenceu no papel da Mei "fofa" e "deixe a exclusão comigo que não quero amigos". Outra coisa que mudaram muito foi a caracterização das personagens, teve uns que eu levei um tempão para identificar porque estavam com o cabelo curto demais ou não usavam um óculos que deveria estar lá. A Akazawa, por exemplo, ela deveria ficar com cabelo curto no final do filme, contudo, já aparece com o cabelo curto e nada irritante logo no começo do filme, quase não consegui reconhecê-la.

Essas são as minhas impressões do mangá e do live action de Another, eu havia feito já antes uma resenha curta do anime que você encontra AQUI, mas a similaridade do enredo com o mangá é muito grande, tal qual em Kuzu no Honkai. Assim que ler a light novel trarei as impressões que tive.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos

Edição Kindle
Denise Oliveira
Ano: 2000
Páginas: 125

O livro reúne algumas das principais fábulas e contos que embalaram nossa infância com as releituras da Disney e outros que nunca sequer havia ouvido. Confesso que, lendo algumas das histórias dos Grimm cheguei a me perguntar que a tradutora não suavizou um pouco as coisas, achei alguns dos contos um pouco... como direi? Levinhos se levar em consideração a aura bem sinistra que se escondem nas verdadeiras versões apresentadas ao mundo por esses renomados contistas.

Inclusive, graças a esse livro conheci a versão dos Grimm de Chapeuzinho Vermelho, eu conhecia a versão de Andersen, mas não sabia que os irmão também tinham uma versão. Muitos dos contos dos Grimm eu já havia ouvido em áudio e, talvez por se tratar de uma edição para ser trabalhada em sala de aula, foi trazido apenas contos mais conhecidos, alguns dos meus favoritos como Os Dois Irmãos foi deixado de fora. 

Afora os contos já muito conhecidos por todos, os que mais me chamaram atenção foram as lendas indígenas, achei interessantíssimo conhecer esse misticismo deles. O livro é bem curtinho, rapidinho se termina de ler e não há realmente muito o que falar. 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

EXO - Countdown


Lançamento: Janeiro 2018
Tracklist:
1.Electric Kiss
2.Coming Over
3.Love  Me Right~romantic universe~
4.LIGHTSABER
5.TACTIX
6.Into My World
7.Lovin’ You Mo’
8.Drop That
9.Run  This
10.Cosmic Railway

Faz tempo que eu não trago nada sobre música, né? Decidi vir falar do primeiro álbum japonês do EXO, cês sabem que eu odiei o último álbum que eles lançaram né? Contudo, esse CD japonês apesar de não ter vindo com muita novidade, me caiu bem melhor. Depois da subunit CBX que eu gostei muito apesar de tudo, chegou um momento que eu acreditei seriamente que o EXO ia dar disband, palavra. O Countdown traz apenas 5 novidades, uma vez que eles já haviam lançado um EP contendo Coming Over, Tactix e Run This, Lightsaber saiu como single e Love Me Right havia saído num reckpage, então não era exatamente novidade. Apesar do fiasco do último CD, o EXO ainda mantêm, até certo ponto, a identidade musical que foi perdida em boa parte com o desintegrar do EXO M que uniu tudo numa coisa só e agora só temos coreanos na banda, porque Lay praticamente está em carreira solo. Das novidades, Eletric Kiss foi a melhor aposta, além de ser viciante ela tem aquela energia do EXO que conhecemos e amamos. As demais são boas também, mas nenhuma me prendeu como a primeira não. Para um trabalho muito aguardado como esse álbum Japonês, não superou muito as minhas expectativas não, mas eu gostei muito.

Esportes - Continuação

Vocabulário

足球 (Zúqiú)- futebol, bola de futebol
骑 (qí) - montar; andar de; andar a
自行车 (zìxíngchē) - bicicleta
跑步 (pǎobù) - correr
游泳 (yóuyǒng )- nadar
踢 (tī)- jogar (para esportes praticados com os pés)

Ideogramas

Componentes:
足 (zú) - pé
日(rì) - dia; sol
勿 (wù) - não

yóu
Componentes:
氵(shuǐ) - água
方(fāng) - quadrado
子(zǐ) - criança

pǎo
足 (zú) - pé
勹 (bāo) -embrulho
巳 (sì) - ano da cobra

Atividade

  • 我会踢足球。(Wǒ huì tī zúqiú.)
  • 我会骑自行车。(Wǒ huì qí zìxíngchē)
  • Eu costumo nadar.
  • 我和我的朋友一起踢足球。(Wǒ hé wǒ de péngyǒu yīqǐ tī zúqiú)
  • 骑自行车。(qí zìxíngchē.)
  • Eu nado na escola.
  • Eu não sei jogar futebol.
  • Eu costumo correr.
  • Você sabe andar de bicicleta?
  • 我喜欢骑自行车。(Wǒ xǐhuān qí zìxíngchē.)
  • Eu sei nadar.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

[Livro] Vida e Morte - Stephenie Meyer

Título Original: Life and Death
Ano: 2015
Série: Crepúsculo
Gênero: Fantasia, romance
Páginas: 391

Sinopse: Beau Swan muda-se da ensolarada Phoenix, Arizona para a chuvosa cidade de Forks, Washington, para viver com seu pai, Charlie, Segundo ele, a sua mãe (Renée) sentia-se triste por não poder acompanhar o seu novo marido (Phil Dwyer) aos jogos de beisebol, então, Beau decide mudar-se para dar mais espaço ao casal.

A chegada dele a Forks desperta imensa curiosidade em toda a gente. Esta é uma cidade calma, onde todos se conhecem e, por isso, a sua chegada era bastante aguardada. Beau depressa descobre como seria monótona e entediante a sua vida em Forks, caso Edythe Cullen, a misteriosa moça que se senta a seu lado na aula de Biologia, não lhe despertasse tanta curiosidade e servisse de fugida à sua rotina diária. No primeiro dia que ele a vê, Edythe aparenta sentir repugnância por ele, chegando mesmo a tentar mudar os seus horários para evitá-lo, uma vez que o cheiro do sangue de Beau era muito tentador para ela.

Aproveitei minha deixa de reler crepúsculo ano passado para mergulhar com mais ciência nessa releitura, uma vez que fazia muito tempo que eu havia lido a saga e já não me lembrava tão vividamente dos livros, apesar de lembrar bem da história. Tentei não ter muitas expectativas principalmente depois de ler o prefácio da Stephenie, contudo já tinha uma pré ideia do que se tratava. 

A história é, basicamente, a mesma. Com exceção de Charlie e Renée que, por razões explicadas no prefácio, não mudaram, todos os demais personagens da série tiveram seus gêneros invertidos. Contudo, Stephenie não foi muito feliz na escolha dos nomes, saiu cada tupolóquio nesse livro que por um momento duvidei do bom gosto dela. Começando pela Bella, dois mil nomes com B, Ben, Bernard, Bill, Brad, Bob! Qualquer coisa era melhor que Beaufort, quer dizer, Beaufort, sério? Nem mesmo aquela desculpa do nome do avô colou comigo. Os descontos que eu dei a esse livro foram, primeiro pelo prefácio, segundo porque eu sei na pele o que é reescrever um livro inteiro em um mês e garanto a vocês, não é nada fácil.

Contudo, na minha opinião, algumas coisas não funcionaram na mudança de gênero, ou por se tornarem muito incomuns ou simplesmente porque na minha visão não casaram mesmo. Por vezes achei a conduta e a personalidade de Beau um pouco... como direi? Estranhas. E quando ela diz no prefácio que "5% das mudanças..." são mesmo 5%! Boa parte desse livro é um CTRL C - CTRL V do original, mudando apenas os nomes e os gêneros. Inicialmente as mudanças são tão sutis que basicamente não dá para perceber, outra coisa que me irritou bastante foi o desleixo na inversão, tinha horas que, ao se referir a Edythe, usava-se pronomes como "ele", "dele" entre outras coisas copiadas direto do crepúsculo sem mudar, mesma coisa para Beau que foi chamado de "ela" muitas vezes, não sei se foi erro no original também.

As coisas mudaram mais na viagem a Port Angeles, logicamente Beau não poderia ser "violentado" por homens, seria irracional, nesse ponto eu gostei muito mais da cena, ficou mais vívida e mais interessante também e é a partir daí que temos uma mudança real em Edythe. A partir desse ponto, a versão feminina de Edward Cullen ganha uma personalidade um pouco mais desprendida, mais própria, foi interessante observar isso. Muitas das coisas que ficaram levemente obscuras para mim na visão de Edward se abriram na personalidade de Edythe e eu gostei muito disso. Há também uma carga cômica muito maior nesse livro o que também me fez gostar muito mais dele, houve partes que eu ri muito! Sério. E olhe que eu sou uma pessoa muito ruim de rir. Chorar é comigo mesmo, mas é difícil me fazer rir, acreditem.

Outra coisa que me fez tirar o chapéu para essa edição foi a clara mudança de final. Sim, meus queridos, o final não é igual ao original em nada. Além da cena do estúdio de balé que ganhou uma repaginada muito boa mesmo e ficou bem mais interessante nessa edição. Muitos dos meus "e se" quando finalizei Crepúsculo foram respondidos com esse final, acompanhar esse processo foi maravilhosamente delicioso e fiquei meio ávida por um segundo livro contando o "e se" do depois. Então, se você escreveu uma fanfic desse livro me deixe saber, okay?

No geral, esse é aquele livro que divide opiniões. Mas fazendo um balanço da coisa toda, eu gostei muito dessa versão, algumas coisas, inclusive, mais do que na versão original. É preciso, creio, um pouco de paciência para perceber as nuances diferentes entre a obra original e a releitura, elas são graduais e vão crescendo conforme o livro avança. Se vale a pena ler? Se você é fã da série vale sim, se você leu crepúsculo e não gostou muito aconselho a dar uma chance a Vida e Morte, talvez sua ideia mude um pouco. Particularmente gostei muito apesar de não ter concordado com alguns aspectos. É uma releitura muito interessante. Recomendo!

Como viram, no "assistindo no momento" eu troquei Ten Miles of peach Blossons por Starry Night, Starry Sea, porque a internet simplesmente não está me deixando assistir e porque o fansub pelo qual estou baixando o drama só traduziu até onde vi quando comecei. Ou seja, não vai rolar agora, porque o dramafever está péssimo com essa nova interface. Por isso, a resenha do próximo drama sai já já, mas não será mais de Ten Miles, infelizmente. Vou ter que passar os outros dramas na frente até que o fansub termine...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Ani ni Ai Saresugite Komattemasu (Dorama + Filme)


Título Original: 兄に愛されすぎて困ってます 
lit. Tenho dificuldades por ser amada demais por meu irmão mais velho.
Diretor: Hayato Kawai
Escritor: Rina Yagami (mangá), Yuko Matsuda (roteiro)
Ano: 2017
Episódios: 05 + 1 Filme
Gênero: Comédia, romance, incesto
País: Japão

Sinopse: Setoka (Tao Tsuchiya) foi rejeitada 12 vezes, a série vai mostrar o fatídico encontro de Setoka com Chiaki (Takuya Kusakawa), com seu primeiro amor Takane (Yudai Chiba), seus dias de escola com seus amigos Kunimitsu (Yosuke Sugino) e Chiyuki (Ito Ono) e  todo o amor de Haruka Tachibana (Ryota Katayose) para com sua irmãzinha.

Finalmente vim comentar esse longa MARAVILHOSO com vocês! Era para ter vindo antes, mas acabei não agendando e me perdi milhões de vezes vendo e revendo depois de tanto esperar! Desesperadamente, diga-se de passagem, por esse filme. Então, sem mais delongas, vamos logo ao que interessa!

A história segue Setoka Tachibana, uma aluna do ensino médio com um histórico amoroso pior que o meu conto de falhas! E olhe que isso por si só já é digno de nota, porque pra alguém ser pior que eu em relacionamentos amorosos a coisa é séria! hahaha. Ela levou 12 foras. Sim, 12! Todas as vezes que ela se interessa por alguém e se declara, esse rapaz a rejeita, o que ela não sabe é que isso tem a ver com seu irmão mais velho, Haruka, que, sabendo o que se passa por trás dos "crushes" da irmã tola e ingênua, afasta-os protegendo-a do coração partido.

Haruka é dois anos mais velho que Setoka, habilidoso na cozinha e altamente inteligente, é admirado por todos na escola e respeitado, além de ser o sonho de toda garota com um par de olhos e o mínimo de cérebro (gente, é o Ryota! Qual é?!) ele é completamente devotado a Setoka, vigiando de perto os homens pelos quais sua irmãzinha se apaixona e, sabendo de suas índoles duvidosas e corações infiéis, protesta ameaçando-os a ficar longe da sua irmã, pois o unico que pode fazê-la chorar é ele. Vou dizer uma coisa para vocês, a atitude do Haruka varia muito de acordo com o ângulo pelo qual você olha, há quem diga que ele é manipulador, possessivo e doentio, contudo, acho que no contexto apresentado e conhecendo o plano de fundo da história, não vi dessa maneira, ele é só um cara apaixonado morrendo de ciúmes da garota que ele gosta.

Quando descobre a participação do irmão nas suas rejeições, Setoka fica furiosa e vai tirar satisfações com ele, os dois acabam brigando até ela perceber que tudo que ele fez foi, na verdade, para protegê-la do péssimo gosto para homens que ela tem — aqui eu quero abrir um parêntese para falar desse ponto, Setoka é uma completa cabeça oca quando se trata de escolher um homem! Ela não apenas os escolhe pela aparência como o faz baseada nas fantasias daquilo que eles podem oferecer a ela, Haruka ilustra isso bem em um dos episódios da série e essa é a principal razão pela qual não condeno a atitude dele em nenhum momento. —, ainda assim isso não impede que ela caia nas garras de Chiaki, o irmão mais velho de sua melhor amiga Chiyuki, um popular garoto rico que gosta de brincar com o sentimento das garotas.

Sabendo do perigo que a irmã está correndo (de novo!), Haruka se une a Chiyuki para salvar sua irmã de ter o coração partido, mas há coisas que não se pode evitar, principalmente quando Takane — o "primeiro" amor de Setoka — volta para o Japão. Haruka nunca perdoou Takane por ter feito Setoka chorar quando criança ao rejeitar seu presente no dia dos namorados. O triângulo amoroso está formado, o destino de Setoka pode estar ainda mais distante de Haruka do que ele gostaria que fosse verdade, mas um segredo pode mudar a vida dos dois para sempre.

Esse dorama/filme é baseado num mangá de Rina Yagami que leva o mesmo nome, eu já procurei esse mangá em todo canto, mas em todos os lugares só tem 3 capítulos traduzidos para o inglês, pelo que li, o dorama não tem nada a ver com o mangá, embora dê para saber bem pouco com 3 capítulos, eu achei as scans em japonês, mas obviamente não entendi muita coisa, né? O filme começa igualzinho (ou quase) ao primeiro capítulo do mangá, mas acredito que enxugaram bastante, afinal, se não me engano, são 12 volumes. 

No filme, vem o desenvolvimento da escolha de Setoka. Enquanto ela está alheia a verdade, Chiaki e Takane estão dando duro na competição pelo seu coração, contudo Haruka não pretende desistir da sua irmã tão facilmente, ele usa os meios que pode para conquistá-la sem machucá-la e, mesmo que Setoka se sinta balançada por suas iniciativas, ela não consegue dar espaço a ele por ser seu irmão. Quando finalmente escolhe Takane, Haruka decide desistir acreditando que a irmã realmente é apaixonada por ele e será feliz, mas uma revelação do jovem médico porá novamente os sentimentos de Setoka em xeque e ela terá que fazer a escolha que mudará sua vida para sempre.

Na minha opinião, acho que o doraminha serve para apresentar os personagens e centralizar o conflito, mas o filme é o contexto do mangá propriamente dito. Contudo, achei o desenvolvimento no filme muito rápido, apesar de estar tão desesperada para ver que nem me importei muito, é um filme razoavelmente longo o bastante para suprir o desespero de quem esperou sete meses e, ao mesmo tempo, é curto o suficiente para deixar aquela vontade de mais Haruka e Setoka na gente. Achei que foi uma boa conclusão, meu shipp finalmente deu certo e ficou junto, percebi pelo mangá que a história do dorama e anime foi bem suavisada, a personalidade das personagens e alguns acontecimentos mais "obscuros" por assim dizer, foram cortados e trocados por comédia. Por exemplo, logo no segundo capítulo se não me engano, Setoka é atacada por um grupo de garotos na escola que planejam violentá-la. Haruka entra numa briga com eles e é atingido por um deles com um bastão de madeira (ou de aço não lembro), mas ainda assim consegue virar o jogo e descer o cacete em todo mundo!

Vocês sabem que eu sou apaixonada pelas histórias de incesto entre irmãos dos japoneses *-* Anikoma como é conhecido popularmente, foi até então minha adaptação favorita do gênero, espero que traduzam logo o resto do mangá porque quero muito ler! Fica minha super recomendação e, ao contrário do que dizem por aí, dá sim para ver o filme sem ter assistido o doraminha. Vocês podem encontrar ambos no Mahal Dramas.

Personagens Centrais

Tachibana Setoka (Tao Tsuchiya) —Adolescente com sérios problemas de relacionamento (e de visão também) por que o irmão a superprotege do seu péssimo gosto por homens e da sua cabeça de vento quando o assunto é relacionamentos.
Quando criança, Setoka era muito apegada ao irmão pedindo, inclusive, que ele se casasse com ela quando crescesse (é a coisa mais fofa da vida isso gente!), mas ela acabou esquecendo esse adorável fato graças a Serikawa Takane que foi o primeiro a partir seu coração. E, acreditem em mim, ela se apaixonou por ele porque ele a carregou para casa quando ela ralou o joelho no parque. Sério, alguém dê um tapa nessa guria pra ela acordar pra vida!

Tachibana Haruka (Ryota Katayose) — Um verdadeiro pecado em forma de gente, Haruka é o sonho de toda garota. Inteligente, bom cozinheiro, responsável e altamente protetor, mas doce demais, ele é o heroi que impede que Setoka seja esmagada pela própria estupidez na escolha dos namorados.
Apaixonado por ela, mas impossibilitado de lhe dizer a verdade, faz de tudo para protegê-la de seus maliciosos pretendentes enquanto luta, do seu jeito, para conquistar seu coração.

 Serikawa Takane (Yudai Chiba) — Takane fazia sucesso entre as mulheres desde criança. Passou longo tempo no exterior estudando medicina para trabalhar no hospital do pai no Japão.
Orgulhoso, vaidoso e muito arrogante, o primeiro amor de Setoka é também um pouco manipulador, usando o sentimento dela inicialmente em proveito próprio, divertindo-se com a ingenuidade dela.
É o primeiro que percebe os sentimento de Haruka pela irmã, também o grande responsável pelo entendimento entre os dois também uma vez que é graças a ele que Setoka descobre o segredo que Haruka não podia contar até a ela se formar no colegial.
Confesso que nunca simpatizei com Takane, de todos ele foi por quem eu menos torci tanto no dorama quanto no anime, acho o jeito dele realmente escroto mesmo e me dava ódio ver Setoka tão babaca com tudo que ele fazia como se não tivesse qualquer vontade própria. O único momento que tive uma grama de simpatia por ele foi quando ele contou a verdade a ela.

Por fim, preciso abrir um parêntese para falar da trilha sonora desse filme/dorama que é maravilhosa! A música tema, 空 (Sora) da banda Generations from Exile Tribe de onde o Ryota Katayose é vocalista além de absurdamente linda, cai como uma luva na história de amor proibida desses irmãos por quem também nos apaixonamos!
E também quero falar da atuação não apenas brilhante, mas emocionantemente fofa dos atores mirins, o pequenino que fez o Haruka jovem trabalhou em Mars JP fazendo a versão jovem do Kashino, gente, é a coisa mais fofa dessa vida as cenas deles dois, eu morri de amores.