sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Giving up

Minha irmã finalmente começou com o curso de corte e costura que ela tanto queria fazer, e agora que passou no vestibular ela vai finalmente ganhar a maquininha que tanto quer, tenho certeza. Foi assim que ganhei o notebook, por ter passado no vestibular e por ter tido uma colocação razoável. Para mim, isso não é nenhum motivo de orgulho supervalorizado, e não estou me gabando por isso não, é que de verdade eu não me importo mesmo. Desisti do curso de Inglês, mesmo que eu adore estudar Inglês e que um dos meus sonhos seja, um dia, ser fluente o bastante para morar fora, eu não quero dar despesa para minha mãe... Agora ela tem a faculdade da minha irmã pra bancar, tem a diferença da minha, fora as contas dela e o fato de ela estar prestes a perder o emprego. Eu já sou um peso o bastante sozinha. Mas ela não encarou muito bem a notícia. Vou ilustrar um diálogo para vocês terem noção:
Estava eu lendo tranquilamente na sala quando ouço a pergunta:
- Teu curso de Inglês é quanto a matrícula, Kath?
- Não vou fazer mais.
- O que?
- Não vou fazer mais, não! - Repito.
- Tá desistindo das coisas que gosta agora é, Kath?
- Não, ainda não parei de ler não.
- E se parar de ler vai fazer o que?
- Escrever, ai quando eu parar de escrever pode me internar.
- To achando que vou te internar é logo!
- Pra prevenir não é? - Fala a minha irmã, gozando com a minha cara.
As coisas não vão bem. Eu estou oficialmente deprimida e ficar lembrando do Julio não ajuda muito, as vezes eu penso que sou masoquista porque mesmo sabendo que eu não tenho destino para ficar sozinha e mais por opção do que por qualquer outra coisa, não faço ideia do que não daria para ter ele de volta na minha vida... Ele me fazia sentir bem de uma maneira que ninguém nunca mais vai conseguir fazer. Sinto falta de tudo nele... Sinto falta da pessoa que eu era quando ele estava comigo.
Meu primo está mal de novo. Depois que eu li A Culpa é das Estrelas eu tenho uma visão diferente sobre o câncer, uma visão diferente sobre ele. Ele luta contra leucemia ha um tempo, não sei quanto porque não somos próximos, mas mesmo depois do transplante de medula ele voltou a ficar muito mal e agora está entubado e em coma induzido... Minha tia está péssima, segundo a minha mãe ela está dopada quase o tempo inteiro. Eu não sou mãe e não posso ter muita ideia do que ela está passando, mas eu faço uma ideia bem frágil do que ele está passando, por causa do livro ai bate um daqueles momentos em que pensa-se na vida, na sorte que você tem por ter uma saúde boa, e a tristeza de pensar que uma pessoa tão cheia de vida, jovem, com uma filha e um futuro pela frente, pode simplesmente morrer do nada. Os homens aperfeiçoam máquinas, criam cada vez mais "motores corporais", mas ainda não pararam para se empenhar em vencer uma doença horrivel que mata tanta gente como o câncer...
Hoje eu queria ficar na cama. Dormir o dia todo e ignorar o mundo e as pessoas fora do meu quarto, me trancar de novo no meu mundinho imaginário e seguro. Tudo que se passa na minha cabeça nesse momento é a vontade absurda que eu sinto de chorar... Chorar por horas a fio sem me importar se vai ou não resolver alguma coisa, só chorar pra aliviar um pouco esse peso que tem aqui dentro. E é quando essas coisas vem que eu sinto mais fata da alegria que o Ju trazia na minha vida, ai eu fecho os olhos e a dor aumenta.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Entenda a Letra: Imaginary - Evanescence

O entenda a letra de hoje volta com o Evanescence, e há um motivo para aparecer tanto essa banda por aqui, o fato inegável de que Evanescence me define. As letras de Amy Lee são verdadeiras traduções dos meus sentimentos e pensamentos, por essa razão eu tenha a afinidade tão grande com ela desde ouvir Lithium, que foi a música com que conheci a Banda.
Imaginary é a minha música favorita, pelo simples fato de ser uma descrição aberta do meu "eu interior", por isso esse entenda a letra será um pouco - se não muito - pessoal.



Imaginária 
Oh, flores de papel
Entre os muitos significados que essa frase pode ter, no que tange à mim, flores de papel refletem os livros que leio e que escrevo, são as flores formadas por palavras nas quais me escondo, o único refúgio seguro que tenho.
Eu permaneço no vão da porta
Do despertador gritando
Monstros chamando meu nome
Deixe-me ficar
Onde o vento irá sussurrar pra mim
Onde as gotas de chuva
Enquanto caem, contam uma estória
Imaginária é uma letra altamente interpretativa, funciona de um jeito para cada pessoa. É uma pessoa que cria um mundo e tenta desesperadamente fugir da realidade. Nos dois primeiros versos a gente vê ela no vão da porta sendo acordada pelo despertador, a porta representa a transição entre sonho e realidade e o despertador as coisas que a puxam de volta para a realidade, tentando aprisioná-la no vazio e frio mundo. Ela clama para ficar, e descreve as belezas do mundo de sua mente, ela quer permanecer no seu mundo seguro, onde tudo tem vida e cor, onde ela pode sorrir e chorar sem ser julgada por isso. O lugar criado para nunca envelhecer, para ser sempre criança;
No meu campo de flores de papel
E doces nuvens de canções de ninar
Eu repouso dentro de mim mesma por horas
E assisto meu céu roxo voar sobre mim.
Essa é uma descrição plausível do mundo citado na estrofe anterior. É um refúgio criado dentro de nossa mente, ou mesmo encontrado e alimentado nos livros. Um lugar onde temos o controle de tudo. Mas nessa estrofe vale ressaltar o 'céu roxo', fazendo umas pesquisas encontrei o significado da cor roxa e o motivo pelo qual essa fora a cor escolhida na letra: roxo deriva do Latim russeus, “vermelho-escuro” e transmite a sensação de prosperidade, nobreza e respeito. Roxo equivale a um pensamento reflexivo e místico. O profundo mistério que a cor evoca pode promover sensações de tristeza e melancolia. Assim como o preto, o roxo remete a nobreza e poder. Roxo simboliza respeito, dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação, representa o mistério, expressa sensação de individualidade e de personalidade, associada à intuição e ao contato com o todo espiritual. Bem, acho que isso já explica bastante coisa não é mesmo? 
Não diga que sou inalcansável
Neste galopante caos, a sua realidade
Eu sei bem o que existe
Além do meu refúgio adormecido
O pesadelo que eu construí
Meu próprio mundo para escapar
Essa estrofe reforça o pensamento dito nas anteriores, aqui é o típico diálogo que normalmente pessoas como eu (tidas problemáticas) tem com as pessoas que se consideram "normais" e com os especialistas que acham que nos entendem. Nós não somos inalcançáveis, nós temos consciência do mundo à nossa volta, o mundo além do que nós mesmos criamos, a diferença é a escolha de viver longe de um mundo frio, falso, cruel, difícil e sem cor. Nós criamos esses refúgios dentro de nós, porque somos incapazes de lidar com a realidade, e é ai que entra o penúltimo verso 'o pesadelo que eu construí', a realidade do mundo de soma das nossas consequências que resulta no mundo individual tido como um pesadelo que voluntariamente criamos e torna-se um pesadelo pelo fato de não conseguirmos mais nos desprender dele. É, como na letra, 'Meu próprio mundo para escapar.'

[Refrão]

Engolida pelo som do meu grito
Sem conseguir parar pelo medo de noites silenciosas
Oh, como eu anseio pelos sonhos do sono profundo
A deusa da luz imaginária
É algo que eu costumo escrever e citar sempre, não existe pesadelo pior do que você ser sufocada pelos seus próprios gritos silenciosos, aqueles que vivem apenas dentro de você. Nessa estrofe o eu lírico da música manifesta um desejo que pode ser interpretado de muitas maneiras por causa das palavras sono profundo noventa por cento das pessoas acha que ela deseja a morte. Pode ser, mas há um outro lado de ver, o sonho do sono profundo é o imergir no seu mundo imaginário, o próprio eu lírico é a deusa da luz imaginária a dona e comandante daquele universo fantástico no qual ela quer viver para sempre. O ' medo das noites silenciosas' é o momento em que vivemos no mundo real, no fundo é exatamente o que acontece, temos medo da realidade.

[Refrão]

Oh, flores de papel
Oh, flores de papel

E é isso gente, espero que vocês tenham curtido o Entenda a Letra dessa semana. Foi muito bom e muito especial para mim fazer também. Super beijo e até a próxima!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Eu sou o Número Quatro: Pittacus Lore - Resenha

Sinopse:
"Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes que vocês apenas sonham ter. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes e nos quadrinhos — mas somos reais. Nosso plano era crescer, treinar, ser mais poderosos e nos tornar apenas um, e então combatê-los. Mas eles nos encontraram antes. E começaram a nos caçar. Agora, todos nós estamos fugindo. O Número Um foi capturado na Malásia. O Número Dois, na Inglaterra. E o Número Três, no Quênia. Eu sou o Número Quatro. Eu sou o próximo."

E assim começa a narrativa alucinante do primeiro livro dos Legados de Lorien. Eu havia visto o filme desse livro ainda em 2011 quando fora lançado, o livro mesmo eu vim conseguir no ano seguinte por intermédio de uma troca da minha irmã. Minha best já havia lido ele quando eu ainda estudava com ela no normal médio, mas eu nunca dei muita bola para o livro não ele ficou aguardando ser lido até que finalmente o pus na minha meta deste ano e, como previ, acabei de ler ainda esse mês, o que faz dele minha oitava leitura de Janeiro, ma como eu não imaginava lê-lo tão depressa, o que realmente demorou bem mais do que esperado, ele não entrou no vídeo de leituras do mês de Janeiro, mas colocarei nas leituras do mês que vem. Eis então minha resenha para EU SOU O NÚMERO QUATRO:
Acompanhamos o desenvolvimento do número quatro, que após um incidente ao sentir a morte do número três, se vê obrigado a mudar-se às pressas com seu protetor para outra cidade. Atribuindo-se o nome de John Smith, ele chega à Paradise em Ohio e a partir desse momento sua vida muda para sempre.
Jonh é apenas um garoto cansado das mudanças constantes e da luta por uma sobrevivência que ele não consegue compreender completamente, quando chega à Paradise ele imagina que irá encontrar em breve mais um motivo para sair às pressas na eterna fuga contra os mogadorianos, mas então Sarah Hart entra em sua vida assim como Sam e tudo finalmente muda. John tem agora um amigo e uma namorada e não está disposto a abrir mão disso por nada. Em meio aos típicos obstáculos do colegial, o ex- namorado de Sarah, Mark James e a luta para manter sua identidade em segredo, nós acompanhamos o desenvolvimento de John, os treinamentos para desenvolver seus legados, que são poderes que ele trouxe de seu planeta, Lorien, e vemos aos poucos o menino tornar-se homem.

Quando os mogadorianos finalmente encontram sua localização, Henri, Sarah, Sam e os demais moradores da cidade estão em perigo, inclusive o próprio Jonh a quem os monstros procuram. Agora, ele precisará colocar em prática tudo que treinou durante o desenvolvimento de seus legados ainda em formação, e mais do que superar a si mesmo, John precisará enfrentar a perda e a renúncia para salvar a todos que ama. A narração do livro é muito bem trabalhada, capaz de prender você do início ao fim deixando sempre as suspeitas e a tensão todo o tempo.

Adaptação Cinematográfica:

Em 2011 foi lançada a adaptação cinematográfica de Eu Sou o Número Quatro com Alex Pettyfer (Beastly), Dianna Agron (Glee) e Teresa Palmer (Meu Namorado é um Zumbi). O filme no geral segue a linha do livro, NO GERAL, mas depois de ler o livro e rever o filme eu até meio que entendi o motivo de a adaptação ter TANTA coisa diferente do livro. Eu julgo como sendo uma boa adaptação, o filme foi muito bem feito, os efeitos são muito legais e eu gostei muito desde o primeiro dia que vi. Algumas coisas que acontecem no livro seriam realmente inviáveis de adaptar no filme até mesmo por questões de segurança e tals, mas outras coisas como o fato de Jonh saber dos seus poderes, o fato de ele e Henri conseguir abrir a arca juntos, até mesmo as lembranças de Jonh sobre Lorien podiam mesmo ter sido colocadas no filme e, uma das cenas mais legais do livro, o sistema solar de Henri, eu queria muito que tivessem colocado no filme. A batalha no final do filme na minha opinião ficou melhor que no livro, embora bem mais resumida eu gostei do Jonh seguro dos seus poderes e todo poderoso lá, além do que ficou bem menos violenta do que no livro.
Minha nota para o filme é 9,0
Minha nota para o filme em relação ao livro como adaptação é 7,0

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Estável.

Minha irmã passou no vestibular para matemática! Ela ficou em sexto lugar. Estou tão orgulhosa dela, embora eu não duvidasse em nada que ela conseguiria. Tenho que admitir que parte de mim queria que ela passasse pelo simples fato que a gente pode estagiar junta e também, quando ela ganhar a bolsa, vai ajudar demais nos projetos que a gente é obrigado a fazer. Sem falar que vai ser ótimo voltar com ela pra casa! E olha que ela chegou em casa dizendo que a prova tinha sido horrível e que ela tinha ficado com vontade de rasgar a prova e chorar. E quando foi a noite ela chorou mesmo, fomos dormir duas da manhã conversando do domingo para a segunda. Desbancar 86 pessoas não é para qualquer um, estou mesmo muito feliz por ela.
Hoje eu passei o dia me sentindo mal, um sono horroroso! Dor de cabeça muito forte, e a inevitável vontade de chorar, tentei dormir à tarde, mas foi quase inútil, mas chorar eu até consegui um pouco. Depois fui jogar com a minha irmã, nós amamos esses jogos de vestuário e maquiagem online, ficamos jogando por um bom tempo e até que eu consegui me sentir melhor. Hoje eu também encontrei disposição para ler, escrever não rolou... Acho que vou conseguir terminar o livro ainda esse mês. Enfim angels, estou sem muito assunto. Volto depois.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Depress.

Pois é eu to meio deprimida, ainda não sei com certeza se por causa da volta as aulas que já está praticamente em cima, ou se por mais meio bilhão de razões desconhecidas. O fato é que eu voltei a engolir as lágrimas, chorar na frente da minha mãe ou da minha irmã é meio que suicídio, pedir pra voltar pro psiquiatra e isso eu não quero. Desde que eu comecei a tomar aqueles remédios que me deixavam apagada a metade do dia e com sono a outra metade eu fiquei meio insensível a quase tudo, não consigo mais desabafar minhas emoções como antes... Nada mais é a mesma coisa, algo dentro da minha cabeça mudou, e eu daria qualquer coisa pra ter as minhas lágrimas de volta. Muita coisa voltaria com elas... Eu entendo que eu era uma pessoa péssima antes do tratamento - não que eu tenha mudado alguma coisa. - eu tinha medo de ir na padaria sozinha, não conseguia falar com as pessoas que eu não conhecia, não interagia com ninguém, preferia sempre ficar à margem e chorava noventa por cento do tempo sem motivo nenhum. O tratamento diminuiu os sintomas, me tornou uma pessoa relativamente mais sociável e menos altamente nervosa o tempo todo, embora muitos desses sintomas ainda apareçam de maneira constante, são menos evidentes. Lembro que comecei a me tratar por causa do Julio, me lembro tão bem que isso ajuda a me deixar mais deprimida ainda! A nossa relação era virtual, mas eu nunca senti nada mais real do que aquilo... Ele ficava tão mal por não conseguir me socorrer, por não conseguir aplacar a dor que me fazia chorar constantemente que eu decidi procurar ajuda, para ser alguém "menos louca", mas ai ele se foi. Assim como o David se foi. Em um ano só perdi meu noivo e meu melhor amigo.
Uma das piores sequelas que isso me deixou foi a completa perda da minha inocência. Quando você finalmente abre os olhos para a vida e começa a enxergar a realidade crua que te cerca, a pureza de criança te abandona e nunca mais você é o mesmo, essa mudança me incomoda tanto que chega a me machucar. Quando eu era criança uma das coisas que eu menos queria na vida era crescer... E agora mais do que nunca esse desejo é real. Queria continuar acreditando que a felicidade da princesa terminava com o casamento, sem me perguntar o que acontecia depois, queria acreditar que mulheres grávidas realmente engravidavam por que comiam caroços de melancia... Queria ver a vida com a mesma magia de antes, quando a minha maior preocupação era levantar às seis da manhã pra assistir o pernalonga. Queria costurar roupas pras minhas bonecas e continuar sonhando com o namorado perfeito, quando eu era apaixonada pelo Junior, irmão da Sandy, e não sabia a letra de Endless Love, mas cantava mesmo assim. Perder a minha pureza, a inocência de criança foi o pior golpe que eu sofri. Depois disso, eu parei de ver o céu, as pessoas e a vida de um jeito bom. Eles viraram consequencias, consequencias explicadas por alguma coisa ou por alguém, como eu. Isso não tem cor, nem graça.
A faculdade deveria ser a minha primeira conquista. E eu até senti isso enquanto os antidepressivos me faziam acreditar nisso. Passei no vestibular, entrei em letras, porque agora eu odeio tanto só a ideia de voltar? Acredite em mim se você acha a escola um pesadelo, quando entrar na faculdade vai conhecer o inferno! Odeio a ideia do meu pai de ir embora daqui... Mas as vezes eu a considero. Talvez, recomeçar em outro lugar, com ninguém que me conheça, onde eu vou poder ficar pelo menos longe de todo mundo, fosse uma boa ideia. Não sei se de fato ajudaria, mas quem sabe... Eu não sou dada a mudanças, não gosto delas. Tanto que se dependesse de mim o mundo continuaria o mesmo desde o século XVII ou XIX. As pessoas de hoje em dia são muito... Estranhas no sentido ruim da palavra, elas só tem em mente te derrubar, mentem sobre o que sentem, te enganam, cobram de você coisas que elas não fazem e dão tudo de si para te colocar cada vez mais embaixo. Eu sei porque vivo rodeada delas! Cada dia que passa eu me convenço mais que vou terminar os meus dias em uma clínica psiquiátrica, eu sou completa e totalmente inútil e não pense que estou sendo injusta comigo mesma, não estou. Para você ter uma noção, eu vou dormir entre meia noite e duas da manhã, se não estiver lendo, estou escrevendo. Acordo entre nove e dez e meia - quando não onze - como alguma coisa e volto a ler e depois volto a escrever ou vou ver um filme. Raras vezes eu lavo pratos ou cozinho. A minha mãe vive furiosa e eu não posso culpá-la. Não me dou bem trabalhando com pessoas, não me dou bem lidando com pessoas, tudo que eu sei fazer é pensar que um dia eu vou trabalhar em uma editora analisando originais, ou escrevendo. É tudo no que eu me esforço para acreditar porque a verdade é que isso não vai acontecer, e eu não sei fazer mais nada na vida. Bem ao contrário da minha irmã... Ela desenha qualquer coisa, é capaz de fazer todo tipo de artesanato, lida bem com qualquer tipo de pessoa e quando digo qualquer tipo é qualquer tipo mesmo! Ela é perfeita em tudo que faz. Ao contrário de mim. Isso não me incomoda pelo fato em si, me incomoda quando a minha mãe passa isso na minha cara, quando fica tentando me comparar a ela ou mesmo fazer com que eu aja como ela, mesmo sabendo que é impossível. Outra coisa que me incomoda oposta a isso é o fato de todo mundo superestimar a minha capacidade, eu simplesmente odeio isso! Meus pais me vêem como
uma nota, todo mundo acha que eu sou muito mais do que eu sou de verdade... Será que eles não veem o quanto me magoam quando começam a me rotular pelo desempenho, as vezes minha mãe é a pior deles! Para ela eu sou o nove de uma matéria, a menina que adora estudar - quando isso nem é verdade! - eu sou a CDF, aquela que o único orgulho que dá realmente é no boletim. Isso pra mim é horrível. Primeiro porque não é verdade, a última coisa no mundo que eu sou é nerd, depois porque isso acaba refletindo na visão das outras pessoas próximas de mim, como o meu pai. Na faculdade são as atenções, eu ODEIO ser apontada. A maior parte da minha sala me odeia profundamente, a outra parte acha que eu sou da companhia nerdfighter! E só me toleram por isso. Se eu for mesmo apontar alguém que gosta de mim pelo que eu sou, que consegue me ver pelo menos parcialmente como eu sou de verdade, incluindo e principalmente os meus defeitos essa pessoa é a minha irmã. Por isso a ideia de ficar sem ela é para mim a mais assustadora de todas. Eu não me iludo com a ideia de me casar e conseguir o emprego dos sonhos com o felizes para sempre, eu não me sinto a vontade imaginando ter um relacionamento com alguém e por isso eu evito de todas as maneiras, o Julio foi meu único namorado e acho que pelo fato de ter sido virtual é que as coisas se tornaram tão... Sérias. Mas acredito que com um cara de "carne e osso" não desse certo, eu não fui feita para relacionamentos, eu sou um tipo de ser humano impossível de se conviver e creia em mim, isso é verdade! As vezes gosto de pensar que um dia vou conseguir um emprego qualquer em algum comércio, morar perto da minha irmã do meu cunhado e dos meus sobrinhos... Por que com certeza a minha irmã vai ter um daqueles casamentos perfeitos como ela, e ela vai continuar comigo, me ajudando... Vou morar com meus pais durante a velhice deles e me dedicar, com a ajuda dela, a cuidar dos dois enquanto Jesus permitir e assim, até o fim dos meus dias - se eu não terminar em um sanatório - eu vou viver, lendo enquanto der pra ler, escrevendo enquanto conseguir criar e ouvindo as mesmas músicas novecentas vezes enquanto de vez em quando choro por motivo nenhum mais uma vez. Esse é o melhor futuro que consigo imaginar e eu vou ter muita sorte se conseguir chegar até ele mesmo que ele seja altamente assustador pra mim.

Uma Aflição ao Alvorecer


Eu terminei de ler A Culpa é das Estrelas e... Chorei tanto, mas tanto que pensei que ia secar. Passei horas pensando em alguma coisa para expressar o que eu estava sentindo. Essa One é como se EU me colocasse no lugar da Hazel, é como EU me sinto, por isso não estranhe se essa Hazel estiver distante da personagem do Green. Eu não tenho a pretensão de escrever no patamar dele, estou LONGE DEMAIS disso, mas essa é a minha dor particular pelo Augustus. Lógico que pode ter spoilers do livro, então se você não leu e não gosta de spoiler é melhor fechar. Quero agradecer a quem ler, e dizer que essa fic é minha, então, por favor, não me critiquem ou me censurem por que ela não está de acordo com o livro do Jonh Green, eu não sou o John Green e nunca vou conseguir ser metade do que ele é. Só queria dividir com vocês, então... Boa leitura.

– Uma aflição ao Alvorecer -
Tributo à Augustus Waters
Um minuto de silêncio novamente. Já havia se passado um ano, um ano que o Augustus partira e eu ainda tentava ferozmente encontrar um sentido para “continue lutando”. Tudo continuava quase igual, eu ainda dormia com o BiPAP e rezava todas as noites para que o Filanxifor continuasse com o seu trabalho promissor. A morte do Augustus continuava sendo a maior hamartia da vida, pelo menos para mim, e eu continuava sempre repetindo “Não permita que te vejam assim, seja forte”, mas isso só funcionava quando eu estava na frente de outras pessoas, sabia que já era difícil demais para os meus pai lidarem comigo, e demonstrar essa tristeza aos pais do Augustus seria ainda mais egoísta da minha parte.
No quarto, tarde da noite, eu ainda digitava o número do celular dele como se esperasse que ele iria atender, mas algum meses após ele partir o celular deixou de chamar. Assim como ele, também deixou de existir. Eu queria viver como toda pessoa no mundo quer viver, mas havia também uma parte de mim que queria partir para seja onde for que o Augustus estivesse, cada lugar em que eu ia a presença dele me acompanhava, não era como uma assombração, mas talvez o paraíso dele tenha ficado sem graça e ele tenha resolvido vir me fazer companhia. Mesmo depois de tanto tempo, não era uma dor suportável, mesmo que eu fizesse todo o protocolo de dizer os “estou bem” e “tudo certo” que a ética me obrigava a falar. Eu sentia e sabia que meus pais estavam imensamente felizes por eu “ainda estar ali”. Minha mãe se formou no curso e agora trabalhava com famílias que passavam pelo mesmo que ela, eu ainda tentava descobrir se aquilo era para consolar eles ou a ela mesma.
Eu continuava visitando os pais do Augustus sempre que podia, o Isaac e eu ficamos mais próximos e nossa amizade se fortaleceu, as vezes eu pensava que só tínhamos um ao outro. Nós jogávamos vídeo game em todo o encontro, quase como um ritual, eu estava começando a pegar o jeito da coisa e a ocorrência de nossas mortes eram cada dia menores, pelo menos no jogo que o Isaac quase sabia de cór. Peter Van Houten não deu mais sinal de vida, todos os dias eu lia e relia as páginas que Augustus escreveu para mim, e relia Uma Aflição Imperial mentalizando a voz dele, a voz pela qual eu ainda era apaixonada, a voz que continuava viva dentro da minha cabeça. Foi quando me veio oinsight. Olhei no relógio e vi que eram três e meia da manhã, tirei o computador de debaixo da cama e liguei, torcendo dentro de mim para dar certo:
Senhor Van Houten,
Sei que o senhor não tem a mínima intenção de continuar a fazer o livro Uma Aflição imperial e, apesar de todos os inúteis esforços que fiz para descobrir o que há depois do livro, entendo melhor as suas razões de forma que, mesmo não concordando com a maneira como o senhor encara as coisas, eu gostaria de sua autorização para escrever um spin-off do livro. Acredito que posso não ser qualificada o bastante aos seus olhos, mas seria algo como uma realização pessoal e, antes de mais nada, um tributo a alguém que eu perdi, e estou certa que melhor que ninguém o senhor sabe como é perder alguém que se ama. O seu livro nos uniu e quero que essa seja a despedida, a minha despedida. Prometo-lhe que nunca mais ouvirá falar de mim, ao menos não dessa forma.
Atenciosamente,
Hazel Grace Lancaster.
Enviei o e-mail para Lidewij com uma introdução dizendo o meu pedido e explicando tudo. Não esperaria que ela respondesse de madrugada então, desliguei o computador e o devolvi para onde estava me concentrando agora no trabalho do BiPAP, respirando por mim, abri as fotos do celular e expandi a do Augustus no meio dos ossos maneiros, reprimi a lágrima insistente e sussurrei:
– Boa noite, Gus. O.k.
Não me lembro exatamente em que momento eu adormeci, mas comecei a voar em um lugar distante observando o Augustus no meio dos ossos maneiros com o andar mancando de sempre, o sorriso torto quando me olhava e o cigarro apagado na boca.
Acordei por volta do meio dia, mas quase não tinha disposição de levantar, dormir combate o câncer, como eu ainda não estava curada? Dormir era o que eu fazia de melhor.
– Bom dia. – Minha mãe entrou no quarto sorrindo.
– Bom dia. – Respondi.
Ela me ajudou a tirar o BiPAP e ligou a cânula em um cilindro de oxigênio. Tomei um banho e me vesti, era dia de visitar o Augustus, eu sempre fazia isso nas quartas feiras quando deveria estar no grupo de apoio. Para mim, o grupo perdera um pouco o sentido, as vezes eu me forçava a ir depois que saía do cemitério, mas que apoio eles me davam? Eu só via gente que estava pior do que eu, o que por um lado ajudava, ouvia a lista dos mortos crescendo e, na verdade, gostava de ouvir o nome do Augustus, como se fosse uma chamada e ele sorrisse dizendo “presente”. Isso era meio obsessivo. Em todo começo de reunião, enquanto Patrick contava como perdeu suas bolas, Isaac e eu ainda nos comunicávamos através de sussurros. Mas eu não podia dizer que a minha vida era previsível ou mesmo monótona, mesmo que em parte eu tivesse me afastado um pouco de todo mundo, digo Kaitlyn, eu continuava em uma espera interminável pela morte enquanto continuava, mesmo que um pouco passivamente, lutando desesperadamente pela vida.
Me aproximei do túmulo do Augustus que já tinha uma lápide:
Augustus Waters
Amado e estimado filho.
Saudades eternas.
Ainda não concordava com saudades eternas, mas era algo que eu tentava ignorar, afinal era o jeito que as pessoas tinham de se consolar, o que por si só já era uma tarefa suficientemente árdua para os pais do Augustus. Me ajoelhei na grama sobre onde estava seu caixão e falei baixinho, como se soubesse que de alguma forma ele pudesse me ouvir.
– Sabe, sempre parece que foi ontem... Por alguma razão medonha eu não consigo deixar você ir embora. Às vezes eu penso que, só estou precisando de algo no qual me pegar, mas ai eu me lembro do que vivemos e sei que o amor de verdade nunca morre. Por mais que o tempo insista em passar. Eu quero viver Augustus, mas é conflitante a parte de mim que quer ficar com você. – Me interrompi, já cega pelas lágrimas. – O.K.
Quando cheguei em casa, fui direto checar meus e-mails, senti um gelo na barriga quando vi que Lidewij havia me respondido. Em partes eu me sentia meio mal por fazer ela ver o Van Houten tantas vezes depois de ter se demitido, mas tentava pensar que ela e eu erámos amigas e desse modo isso não era um sacrifício demasiado. Ela e o namorado haviam se casado a alguns meses e eu tinha sido convidada para cerimônia que aconteceu em Roma. Abri o e-mail sem mais delongas.
Querida Hazel,
Confesso que o Peter odiou a sua ideia, mas depois de muito conversar ele acabou consentindo. Estou imensamente feliz com a sua iniciativa e sei que o Augustus ia adorar! Quando terminar de escrever me mande, eu tenho contato com o editor do Peter, vai ser um prazer mandar sua história para ele.
Um beijo querida,
Li o e-mail mais de uma vez para acreditar. Finalmente o livro teria um final e pensar que esse final seria meu me deixou completamente feliz e até um pouco desnorteada. Mas minhas ideias estavam quase que formadas, eu não continuaria exatamente a história da Anna, ela encontrara o seu final e eu respeitaria isso. Eu faria algo novo partindo do velho. Abri o editor de textos e digitei no meio da folha:
Uma Aflição ao Alvorecer
Por Hazel Grace Lancaster
Na segunda folha coloquei, também no meio:
Em memória de Augustus Waters.
Comecei contando o que aconteceu com a Anna e o fim que levou o homem das tulipas holandês, o hamster e os amigos da Anna, não usei as informações que ele me deu, usei algumas do Augustus e inseri um novo personagem na trama, com o nome dele. Já estava na vigésima quinta página quando minha mãe veio me buscar para o jantar. Salvei o arquivo com cuidado e desci.
– O que está fazendo querida? Não saiu do quarto o dia todo. – Meu pai perguntou.
– Nada demais. Só não estava muito a fim de ver televisão hoje. Estou bem, é sério.
– Tudo bem querida. – Minha mãe assentiu e eu me senti em paz. Pelo menos por um instante.
Quando voltei para o quarto, continuei o meu trabalho, as horas passavam rápido demais enquanto meus dedos digitavam as palavras de maneira rápida tentando imaginar as coisas que o Augustus gostava em O preço do Alvorecer e o que nós dois gostávamos emUma aflição imperial. Trabalhei arduamente por duas semanas, o Spin-Off terminou com 120 páginas. Enviei para Lidewij como solicitado no e-mail, não era minha intenção publicá-lo, mas eu o fiz, por ele. O texto foi publicado três meses depois contando a história de Augustus, um jovem extraordinário que, inspirado na história de Anna, queria deixar sua marca no mundo. Ele era um dos “amigos não citados” da garota. Augustus acaba salvando uma garota da pior das mortes, a morte que acontece dentro de nós. Limitamos os autógrafos para apenas Indianápolis, uma vez que viagens não eram muito recomendadas para mim e eu não tinha intenção alguma de me lançar à fama.
Na primeira quarta feira após o lançamento eu fui ao cemitério empunhando o livro pronto, me sentei na grama sobre o túmulo do Augustus e me pus a ler o livro para ele, após uma hora lendo sem parar finalmente cheguei ao final:
Augustus fora como qualquer pessoa no mundo, um anônimo lutando conta o silêncio de não ser notado pelo mundo, mas o mundo acabara notando-o porquê pessoas extraordinárias são fadadas à grandeza. Ao salvar Ellie da morte que acontecia dentro dela ele deu-lhe um motivo a mais para lutar por aquilo que ela acreditava, talvez as gerações futuras não saibam o seu nome e nem haja uma estátua em sua homenagem em alguma praça, mas seu feito estará eternizado no coração de Ellie, na vida que ela teve a oportunidade de construir por mais difícil que tenha sido longe do calor do abraço dele, ela aprendeu que realmente o destino não é uma fábrica de realização de desejos, mas isso não quer dizer que os desejos não podem ser reais. Ela desejou ardentemente descobrir o segredo para a felicidade e Augustus lhe mostrara que dentro da sua morbidez havia luz, e que essa luz era a chave de sua felicidade. É preciso coragem para aceitar as próprias escolhas, coragem para erguer a cabeça e continuar lutando mesmo que isso lhe parta ao meio toda vez que você tente. Augustus lutou cada segundo da sua vida breve e deixou ao mundo um legado escondido que se imortalizou nas páginas em branco de uma vida recomeçada aos poucos, e de tantas outras vidas que ele deixou para trás aprendendo a viver cada dia de maneira heroica, brava e corajosa.
E tudo sempre recomeça, no mesmo O.K.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Saudando Beatriz!

Como eu já havia falado aqui uma dúzia de vezes, não existe nada que eu ame mais - exceto ler e escrever - do que conhecer alguém que gosta do que eu faço, alguém que gosta de mim e não me conhece. Ontem, enquanto eu perambulava por um dos nings do qual faço parte, recebi a mensagem de uma das minhas colegas de site me pedindo para conversar e foi assim que eu conheci a Bia. Ela é leitora do Book of Days, tem meu contato no Naturo Power Brasil, e eu não podia imaginar que ela lia o meu blog! Na verdade, me desculpem as pessoas que leem - se é que tem alguém fora ela. - mas eu não imaginava que alguém lia esse blog. O Book of Days é como uma extensão de mim e do meu diário, e quando dizem que blogs são "diários virtuais" eu levo isso ao pé da letra, mesmo que agora eu tenha limitado a minha vida aqui a coisas não muito pessoais, tudo que eu trago pro blog é algo de mim... Uma coisa que eu quero dividir com alguém, mas na verdade eu não sou a pessoa de muitos amigos. Tenho uns 10 se tiver sorte. E que eu posso contar de verdade 01. Que é a minha irmã. Por isso eu fiquei muito "louca" quando descobri que tinha uma leitora (não se zangue Roberta) e eis aqui meu olá para essa linda:
Eu gravei na web mesmo então desculpe a qualidade tão ruim. A minha garganta ta doendo pacas, por isso o som talvez tenha ficado baixinho. Mas é isso lindinha, obrigada mesmo!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Entenda a Letra: My Heart Is Broken - Evanescence

Meu Coração Está Partido

Vagarei até o fim dos tempos
Arrancada de você


Eu me afastei para enfrentar a dor
Fecho meus olhos e me afasto
Do medo que nunca encontrarei uma maneira de curar minha alma
E eu vagarei até o fim dos tempos
Arrancada de você


Meu coração está partido
Durma docemente meu anjo negro
Livra-nos do abraço da tristeza (sobre meu coração)


Não posso continuar vivendo dessa maneira
Mas não posso voltar pelo caminho que vim
Acorrentada a este medo que nunca encontrarei uma maneira de curar minha alma
E eu vagarei até o fim dos tempos
Meio viva sem você


Meu coração está partido
Durma docemente meu anjo negro
Livra-nos


Mude
Abra seus olhos para a luz
Eu neguei por tanto tempo, oh tanto tempo
Dizer adeus
Adeus


Meu coração está partido
Me liberte, eu não posso suportar
Livra-nos
Meu coração está partido
Durma docemente, meu anjo negro
Livra-nos
Meu coração está partido
Durma docemente, meu anjo negro
Livra-nos do abraço da tristeza

Assim como eu fiz com a outra, vamos dar uma pincelada geral na letra:
My Heart is Broken fala sobre medo e perda principalmente. Ela claramente perdeu a pessoa que amava, não se sabe ao certo como, mas a letra dá indícios de morte explícita na parte /Durma docemente meu anjo negro/ e após essa perda ela se sente perdida, sem rumo, não sabe o que fazer e sobretudo tem medo de seguir em frente, medo de se desprender daquilo que ela não quer esquecer. Assim, ela acaba afastando as pessoas à sua volta, tranca-se dentro de si numa tentativa frustrada de conter a dor dentro dela e conter o medo de ter que viver sozinha, implorando por uma libertação que ela não enxerga estar dentro de si. Não é uma sensação nada boa, sentir seu coração partido tentando sobreviver dentro de você, tentar lutar contra um medo invisível que controla cada parte do seu corpo, como se você só tivesse "meia vida", como disseram uma vez: A pior das mortes é quando algo morre dentro de você enquanto você ainda está vivo.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Branca dos Mortos e os 7 Zumbis - Fábio Yabu (Resenha)

Sinopse:
Branca dos Mortos e os sete zumbis, clássico underground do escritor e roteirista Fábio Yabu é reeditado pela Globo Livros e ganha um conto inédito “Você acredita em contos de fadas?” Pergunta Eduardo Spohr no prefácio. E continua, “Alguma coisa me diz que até o final deste livro você passará a acreditar”. Para que o feitiço Yabu dê certo, é necessário que esqueça tudo o que você sabe sobre contos de fadas. Branca de Neve não é apenas uma jovem ingênua, mas também uma implacável caçadora de zumbis. Cinderela guarda um terrível segredo, que selará seu destino para sempre. Rapunzel está longe de ser uma reles menina isolada numa torre. E a morte da Pequena Vendedora de Fósforos revela uma tradição macabra de morte e psicopatia que vai muito além de uma inocente história infantil. Em Branca dos Mortos e os sete zumbis, Fábio Yabu resgata a tradição clássica dos contos de fadas dos irmãos Grimm e de Hans Christian Andersen, onde as histórias, mais que um simples entretenimento, servem como lições para moldar o caráter das crianças, na maior parte das vezes por meio do medo. Aqui, não há meias-palavras nem eufemismos. O mundo encantado de Yabu é atormentado, sombrio e com altas doses de tensão sexual. Os contos seguem o mote de sucessos da televisão atual, como as séries Grimm e Once Upon a Time. Protagonizadas por personagens dos contos de fadas, revelam facetas nunca antes imaginadas de suas personalidades. Além disso, os doze contos que compõem Branca dos Mortos e os sete zumbis formam uma narrativa não-linear que culmina num desfecho aterrorizante. A obra ainda conta com as ilustrações de Michel Borges, que acompanha o autor desde seus primeiros projetos. As ilustrações de Michel homenageiam os desenhos clássicos dos contos de fadas, com toques sombrios, e complementam a atmosfera sinistra e misteriosa criada por Yabu. Branca dos Mortos e os sete zumbis foi lançado pela primeira vez sob o pseudônimo Abu Fobiya numa edição limitada com venda apenas pela Internet pelo selo NerdBooks, responsável pelo lançamento de autores como Eduardo Spohr e seu best-seller A batalha do apocalipse, e logo se tornou uma obra cult entre os fãs de literatura de terror. Agora, a Globo Livros revela os sortilégios contidos nesta coletânea para o grande público e o brinda com um conto inédito. Um livro para ler com as luzes acesas. Bons sonhos. 

Conheci o livro através do R., quando a gente ainda se falava, minha irmã ficou muito louca por ele, mas a gente não conseguiu comprar porque ele estava esgotado em todo lugar. Por fim, esse ano a gente encontrou um saraiva e comprou. Ele chegou na segunda semana de Janeiro. Então adicionei na minha meta e já li e eis aqui minhas poucas impressões dele, poucas porque ele é bem curto.

Os contos de fadas vistos de um ótica sombria, é basicamente do que se trata o livro. Alguns contos, como Samarapunzel mistura o filme o chamado com a história de Rapunzel. O livro traz histórias que, hora se fundem, ou são referidas em contos posteriores. Não é o livrinho de contos para colocar crianças para dormir, há insinuações eróticas em alguns contos, violência, descrições de tortura e seres mutilados. Senti durante a leitura algumas questões sociais, fortes questões religiosas e filosóficas implícitas das histórias. No geral o livro é muito bom para os apreciadores do gênero dark, principalmente para garotos que costumam não curtir a versão açucarada dos contos de fada e, normalmente, recorrem aos contos originais onde a realidade não é tão mágica. Nesse livro elas são colocadas sob um ponto de vista sombrio e, como diz na capa, literalmente macabro.

Confesso que não foi bem o que eu pensei que seria, acho que criei expectativas demasiadas com relação ao livro, talvez até pelo fato de, na época que eu descobri, eu desse muito peso a opinião do R. Mas como isso já acabou realmente não foi o que eu esperava, embora eu diga, o livro é mesmo muito bom viu? Você mergulha na história. A narrativa é fluente e, tirando um pouco de alguns diálogos que eu considerei um pouco fora de contexto com o tempo verbal da narração como um todo, as histórias são divinamente escritas e algumas mais envolventes que outras. Vale a pena ler. Eu comecei hoje e terminei hoje mesmo.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A Culpa é das Estrelas - John Green (Resenha)

Sinopse:
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Eu terminei de ler o livro hoje, tecnicamente levei três dias, comecei a ler dia 18, não li no dia 19 e terminei dia 21. Confesso que tive um ataque de choro gigante quando cheguei no capítulo 23 e aqui está a minha resenha para vocês:


Fora a sensação de não conseguir parar de chorar e quase ter sido incapaz de terminar de ler o livro, ainda estou tentando encontrar palavras que definam A culpa é das Estrelas, inutilmente. Elas não existem. Posso dizer que, literalmente, a culpa não é das estrelas, é do John Green. Esse não é um “livro sobre câncer” ou um “livro sobre alguém com câncer” embora a doença seja uma constante durante todo o percurso, esse é um livro sobre viver. Poucas vezes na nossa vida vamos nos deparar com uma história de amor tão real e tão sincera. São pessoas comuns, com sentimentos comuns que se tornam únicos, submersas em uma vertente de correntes filosóficas tentando encontrar o próprio sentido de existir e continuar existindo. A última vez que me lembro de ter chorado dessa forma com um livro, foi quando concluí O Pianista e me senti enojada da minha espécie. Quando você abrir A Culpa é das Estrelas esteja certo de encontrar e se envolver com o amor na sua forma mais real e intensa. De uma maneira que as pessoas de hoje em dia não compreendem mais, de uma maneira que as pessoas “reais” não conseguem mais sentir, de uma maneira que somos quase incapazes de demonstrar no mundo no qual eu sou obrigada a viver. Uma vez, uma amiga me disse que “ter pena de alguém é a pior coisa do mundo”, eu concordo com ela de uma maneira mais concreta a partir de agora, tenho um primo doente, com leucemia, e mesmo que seja um primo distante eu entendo melhor a sensação que ele deve passar quando pessoas se compadecem dele de maneira tão... “condescendente” como a Hazel diz, é algo desnecessário uma vez que tudo que ele quer é viver. O Augustus queria viver, a Hazel quer viver. No fim das contas todo mundo quer viver e estar doente não faz ninguém diferente de ninguém, são pessoas vítimas de um universo igual ao nosso, mas de uma maneira mais física. 
Confesso que eu não sou a fã numero um do “amor na realidade”, ou como costumo dizer, no amor fora dos livros... Mas gosto de acreditar que, se ele existir de verdade, que seja como o de Augustus e Hazel. No fim do livro o Augustus diz uma das frases mais reais que eu já ouvi: “Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo.” essa é uma verdade irrefutável, a maneira como lidamos com a dor é o que nos torna diferentes das outras pessoas e, como alguém me disse uma vez, as pessoas não tem o poder de nos machucar, nós escolhemos sofrer. O que posso dizer do livro é que, o final de Augustus Waters foi a maior hamartia que a história da literatura já viu.

Sobre o livro, é narrado por Hazel uma garota com câncer no pulmão que sobrevive graças a uma cânula ligada a um cilindro de oxigênio e a uma descoberta da ciência, o filanxifor (criado pelo John Green) que estacionou seus tumores. Em uma de suas sessões de terapia de grupo ela conhece Augustus Waters, amigo de seu colega de terapia Isaac, e os dois engatam em uma amizade divertida, emocionante e que gradativamente, se transforma em um amor sincero e lindo. Com todas as limitações que as doenças de ambos impõem, eles tem uma vida normal e se amam da forma mais completa e linda já expressa em um livro. Hazel é uma garota ultra inteligente, apaixonada por leitura e que espera a morte como alguém que espera a sexta feira ou o feriado da semana que vem, sem exageros e com o medo comum de quem sente a morte rondando, mas ao lado de Gus a morte parece uma inimiga distante, desconhecida. Augustus é engraçado, otimista e cheio de sonhos e ideais, impossível completamente ao leitor não se apaixonar por ele. ACEDE, como chamam os fãs, é engraçado, otimista, filosófico e muito, MUITO comovente. O tipo de livro que é impossível tirar da cabeça e do coração.

Adaptação Cinematográfica:
Com estréia prevista para 06 de Junho nos Estados Unidos, conta com Shailene Woodley (Divergente) e Ansel Elgort (Carrie 2013). Quando eu tiver a oportunidade de ver farei como fiz com A menina que rooubava livros, volto para dizer o que achei. O.K.?

Beijos pessoal! Até a próxima.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Só explicando o sumiço

Oi pessoas lindas!

Bem, eu estou aqui para dar-lhes uma satisfação sobre o meu desaparecimento. As minhas férias estão chegando ao fim por isso estou lendo como uma desesperada além de tentar escrever o máximo que posso. Levei mais de duas semanas para escrever um capítulo de 2.000 palavras de Congelada e isso é um péssimo sinal. Por isso as atividades do blog tem ficado um pouco de lado. Eu estou meio deprimida.
Logo logo vem a sexta resenha desse mês para vocês. Estou feliz com meu avanço, ler seis livros em um mês é um recorde pra mim e pelo menos nisso as coisas vão bem. Fora isso não tem muita coisa acontecendo, no fim de semana passado eu fui com a minha irmã organizar um aniversário do sobrinho de uma amiga nossa... E depois apesar de toda canseira, fomos passear com a nossa BFF, foi um dia muito divertido e já temos planos para um próximo encontro no início de fevereiro. Minhas aulas começam oficialmente no dia três, mas eu só vou comparecer no dia dez, afinal pelo menos na faculdade daqui nunca tem aula na primeira semana. Não estou nem um pouco animada em conhecer os novos professores e menos ainda em retomar as aulas práticas e projetos infernais! Mas é algo do qual eu não posso fugir. E tenho de admitir que pelo menos me ocupa um pouco, eu não quero ser professora, longe de mim, mas ajuda um pouco na minha escrita. Embora eu ainda escreva absurdamente mal como vocês percebem nos meus textos não é? Pontuação zero rsrsrs.
Uma novidade que não está me agradando de nenhuma forma é que meu pai voltou com a fixa ideia na cabeça de querer ir embora para SP, se fosse pelo menos para uma cidade de futuro, mas é para um lugar tão sem futuro quanto Arcoverde! E eu não quero ir de jeito nenhum, gosto da minha casa, dos amigos e da família que tenho aqui... Mesmo que a ideia de começar do zero em um lugar onde ninguém me conhece seja ótima, eu não quero que esse lugar seja tão zero a esquerda quanto o que eu já vivo! De uma M**da pra outra fico com a que tenho.
Bem pessoas, por enquanto é só. Não tenho nada em mente por enquanto, mas qualquer coisa eu aviso por aqui ok? Só peço mesmo que orem por mim e me desejem muita sorte. No momento é o que preciso.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Fofura de Leitor Level family

Minha irmã comprou Sombras ao Sol um pouco antes de eu tirar de venda, ela começou a ler no início desse mês depois que terminou o primeiro livro da Mediadora. Ela já havia me dito que estava curtindo muito a história até que, certa noite, enquanto eu lia ela veio até o meu quarto e me presenteou com uma fan art do livro.
Lembrando que foi ela que fez o design de capa.



Eu fico tipo morrendo de felicidade quando recebo um presente assim de um leitor, significa pra mim que eu fiz algo bem feito e ele quer me dizer isso! E a minha irmã não é das leitoras mais fáceis de conquistar rsrsrs ela seguiu o exemplo da Roberta Machado. Eu fiquei muito contente com o presente e já juntei com os fanarts da Rob.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Água Para Elefantes - Sara Gruen (Resenha)

Sinopse:
Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solícitas e fantasmas do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora.

Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.

Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais.

É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.

"Água para Elefantes" é tão envolvente que seus personagens continuam vivos muito depois de termos virado a última página. Sara Gruen nos transporta a um mundo misterioso e encantador, construído com tamanha riqueza de detalhes que é quase possível respirar sua atmosfera.

Terminei a leitura hoje e eis aqui minhas impressões do livro:
O livro não me agradou. Embora o final compense eu não gostei da forma como os acontecimentos foram desenvolvidos e achei a narrativa um pouco cansativa. Mas de uma forma geral o livro é bom.
Acompanhamos Jacob Jankownski em sua jornada no circo dos irmãos Benzini.  Depois de perder os pais em um acidente de carro o quase recém formado aluno de veterinária descobre que os pais hipotecaram tudo para pagar a faculdade dele, atordoado e se sentindo revoltado, Jacob sai sem rumo por uma estrada de ferro quando o trem dos irmãos benzini se aproxima, sem ter o que perder ele salta no trem e confronta o ambicioso Tio Al e o intempestivo August, mas o que o prende de verdade é a bela Marlena, esposa de August e a esperta elefanta Rosie. Logo, Jacob vai perceber que a vida em um circo é muito mais complexa do que aparenta e que o brilho se designa apenas diante do público. Enquanto em uma casa de repouso suas amargas lembranças voltam para tortura-lo, Jacob tenta em vão proteger o segredo que guardou por mais de noventa anos.
Eu admito que o livro é maravilhosamente escrito, as descrições são bem feitas – até demais eu diria. – e os personagens realmente te prendem, alguns te intrigam. A passagem entre presente e passado lembra um pouco Diário de Uma Paixão. Mesmo assim, o livro não funcionou comigo, o final é relativamente surpreendente embora um pouco previsível, mas eu não gostei. Não foi nada do que eu esperava que fosse. Não sei o que me chamou tanto para esse livro, eu o desejava a muito tempo, devo admitir que possivelmente fora o fato de ter Robert Pattison e Reese Witherspoon, que são dois atores que eu amo, na capa já que eu descobri o livro a partir do trailer do filme, mas só consegui comprá-lo ano passado. E por falar em filme...
Em 2011 foi feita a adaptação do livro tendo como protagonistas Robert Pattison, Christoph Waltz e Reese Witherspoon. Como em toda adaptação de livros para o cinema eles mudaram demais o enredo, tiraram personagens, trocaram alguns nomes, alteraram detalhes, enfim... Mas o filme é muito bom, as atuações são fantásticas inclusive a da elefanta que é maravilhosa roubando a cena mesmo. O livro sempre é melhor do que o filme, mas nesse caso (como extraordinariamente em Orgulho e preconceito) eu preferi o filme. 
E é isso gente, decidi não me estender muito porque de fato a minha opinião não foi muito positiva e a minha mãe sempre diz: se não tem nada de bom para falar sobre alguém, não fale nada. Eu recomendo o filme, e o livro também principalmente para pessoas que gostam de animais e que desejam aprender umas palavrinhas em polonês :/ - acho que a guerra nazista ta me perseguindo! - ambos tem seu lado bom e muitas vezes as palavras tem efeitos diferentes sobre cada pessoa (exceto é claro o incômodo de ler pênis e trepar mais de duas vezes :p). Até a próxima!!!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A Menina que Roubava Livros - O Filme

Direção: Brian Percival
Ano: 2014
Roteiro: Michael Petroni

Tive a oportunidade de apreciar a adaptação cinematográfica do livro A Menina que Roubava livros, que completei a leitura no final do ano passado. A previsão de chegar nos cinemas brasileiros é dia 24 de Janeiro, mas como eu amo a internet, alguma alma bondosa colocou o filme online ainda essa semana ou foi semana passada. O filme foi bem o que eu esperava dele, quando a gente lê um livro e sabe que ele vai virar filme esperamos que tudo que está no livro esteja no filme, dessa maneira se dependesse de nós as adaptações cinematográficas teriam, no mínimo, nove horas de duração cada uma. Eles realmente cortaram muita coisa do livro, resumiram outras e mudaram algumas, mas de uma maneira geral o filme está fiel ao livro, mesmo que parcialmente. Eu gostei muito da adaptação, assisti o idioma original e a atuação de todos foi muito boa mesmo, o final que era a minha expectativa maior, foi relativamente diferente do livro, eu esperava todas aquelas declarações que Liesel fez no livro e não aconteceu, mas mesmo assim, principalmente no que se refere a Rudy, emocionou muito. Valeu a pena esperar e ver. Parei de criar grandes expectativas com as adaptações afinal nunca serão boas como o livro. Recomendo o filme.

Para quem quiser ver o filme legendado, ele está disponível no Mega Filmes HD AQUI