terça-feira, 20 de junho de 2017

[Chinês] 大,小,热,冷 SUJEITO + 很 + ADJETIVO / NEGAÇÃO DO ADJETIVO

Em chinês, quando se descreve um adjetivo a um substantivo, é necessário usar advérbio que conecte os dois elementos. Estes advérbios podem ser os seguintes: 很 (Hěn) muito, 非常 (fēicháng), extremamente, etc. A estrutura frasal é:
SUJEITO + ADVÉRBIO + ADJETIVO
中国
Zhōngguó hěn dà
A China é muito grande.

OBS.: É importante ressaltar que em mandarim não se admite o uso do verbo 是 neste tipo de oração, é fundamental o uso de um advérbio. O advérbio de intensidade 很 é frequentemente usado neste tipo de oração.

A forma negativa da estrutura frasal anterior é:
SUJEITO + 不 + ADJETIVO
中国
A China não é grande.

Palavras Novas:

大 (dà) grande
小 (xiǎo) pequeno
热 (rè) quente; calor
冷 (lěng) frio
很 (Hěn) muito

Ideogramas da lição:
dà - grande


彳(chì) - passo, pegada.
艮 (gèn) - colina
演习
我的狗很大。(Wǒ de gǒu hěn dà.)
Meu gato é muito pequeno.
我的桌子很大。(Wǒ de zhuōzi hěn dà.)
A cama dele é muito pequena.
公园很大。(Gōngyuán hěn dà.)
今天很热。(Jīntiān hěn rè.)
早上很冷。(Zǎoshang hěn lěng.)
Ao meio dia faz muito calor.
Eu tenho mito frio.
A escola não é grande.
Eu não tenho frio.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

[Anime-Se!] Lovely Complex Anime + Filme

Título Original: ラブ★コン RR: Rabu★Kon
Ano: 2007
Autor: Aya Nakahara
Direção: Konosuke Uda
Gênero: Shoujo, comédia, romance
Temporadas: 1
Episódios: 24
Nota: *****

Sinopse: Uma comédia romântica que conta a história de dois estudantes do ensino médio que estão desesperadamente à procura de um amor. Koizumi, uma jovem muito charmosa e engraçada, e Otani um rapaz bonito e carismático. Mas ambos possuem um pequeno impedimento ao procurarem a pessoa certa: Koizumi é alta demais e Otani baixo demais. Eles sempre andam juntos, são até apelidados de All hanshin-Kiojin (uma dupla de comediantes japonesa). Com o passar do tempo todos seus amigos vão formando casais e só os dois continuam solteiros. Quem sabe um dia os All hanshin-Kiojin arranjem alguém que os ame de verdade.

Ah, sim! Finalmente vou falar de Lovely Complex! Minha irmã estava me enchendo pra ver esse anime desde o ano passado, então, essa semana que passou a gente acabou vendo o filme e eu ri muito, decidi terminar Noragami que só faltavam cinco episódios e tirei o domingo pra maratonar o anime (terminei 1:30 da manhã!) e valeu muito a pena! Mas vamos do início.
Risa Koizumi é uma jovem cheia de vida e super engraçada que deseja ardentemente encontrar um namorado, o único problema é que ela tem 1,70 metro! Por isso, de modo algum ela aceita sair com rapazes mais baixos que ela. Em contrapartida, Atsushi Otani sofre com o problema contrário, ele tem 1,56 e de jeito nenhum sairia com uma garota mais alta que ele. Os dois estudam na mesma sala e são conhecidos por viverem em pé de guerra, mas também estarem sempre em sintonia perfeita (eles falam ao mesmo tempo com muita frequência), por isso são sempre colocados como representantes de turma e têm um apelido engraçado, all hanshin-kiojin nome de uma dupla de comediantes do Japão.
Otani é apaixonado por uma das amigas de Risa, mas a menina têm uma quase fobia de garotos. Enquanto Risa é caidinha por um novato na escola de quem Otani promete se tornar amigo para ajudá-la se ela fizer o mesmo com ele. Assim, os dois se empenham em juntar os pares sem sequer perceber que eles próprios têm muito em comum e são igualmente malucos. Acaba que os dois amigos por quem eles estavam apaixonados se apaixonam formando um casal e acabando com qualquer esperança dos amigo-inimigos. 
Derrotados, em meio a uma briga eles acabam desafiando um ao outro para descobrir quem consegue um namorado primeiro. Se ela ganhar, Otani promete comprar qualquer jogo que ela queira e, caso ele ganhe, ela tem de lhe comprar um par de tênis de basquete. Assim, começa uma correria desesperada para conseguir um namorado enquanto seus dois casais de amigos que já namoram começam a insistir que eles se tornem um casal, não apenas por serem muito parecidos e viverem brigando como um casal casado há anos, mas por terem muito em comum como a paixão musical por Umibozo, um rapper japonês (ficcional creio eu).
E de fato é quase o Umibozo que junta os dois! Mesmo tendo muito em comum, nem Risa nem Otani dão o braço a torcer em relação a se gostarem, contudo, a convivência e, principalmente a atitude de Otani no natal, começam a fazer Risa pensar no ami-nimigo (acabei de inventar isso) como um garoto e, quando menos se dá conta, está apaixonada por ele. E não fosse problema o bastante ela mesma custa a acreditar que isso está acontecendo, mas aconselhada (vulgo pressionada/forçada/intimada) por sua melhor amiga Nobu-chan a dizer a ele a verdade ela confessa seus sentimentos e BAM! Ele leva na brincadeira.
Incapaz de acreditar que Risa realmente gostaria dele Otani pensa que ela estava brincando o que acaba machucando muito os sentimentos dela. Porém, quando finalmente encara que ela não estava brincando começa a questionar os próprios sentimentos concluindo que não é capaz de vê-la como namorada, inicialmente Risa pensa que é porque ela é muito mais alta que ele e encara que, comparada a ex namorada de Otani ela não tem a menor chance. Contudo, quando um professor belíssimo que se parece muito com o namorado do jogo que Risa é fã aparece na escola e começa a dar-lhe atenção, Otani começa a perceber que não gosta quando ela olha em outra direção que não a sua e que isso não tem somente a ver com seu ego. Contudo, admitir seus sentimentos e, sobretudo, entendê-los parece ser uma tarefa difícil demais e ele não tem tempo para isso uma vez que está a um passo de perder Risa para outro.
Em contrapartida, a própria Risa dá duro para conquistar o coração do baixinho que se tornou mais especial do que ela poderia imaginar, mas a tarefa parece exigir cada vez mais dela ao ponto de perder todas as suas esperanças. Ela terá forças para desistir de vez de Otani e seguir em frente em busca de outra pessoa para dar seu coração? E Otani será capaz de admitir que está apaixonado pela gigantona que ele só via como amiga?
Não há palavras para dizer como esse anime é amorzinho! Eu dei altas gargalhadas com ele e, mesmo que não tenha chegado a me fazer a proeza de chorar, doeu bem muito algumas cenas. As caras e bocas principalmente da Risa e da Nobu são de matar a gente de tanto rir, no geral o anime é bem leve e super fofinho! Mas não se limita a isso, a mensagem por trás da história é o ponto chave de tudo. Nós temos uma protagonista alta, nem um pouco "delicada" ou "feminina" de acordo com os padrões sociais e um protagonista baixinho e comum, nada saradão ou metido a briguento e é essa divergência real de gente como a gente que faz a história ser tão tocante. Cada um deles vive sob o próprio complexo de aparência e inferioridade e eles se apoiam para amenizar isso.
Me identifiquei muito com algumas das dificuldades enfrentadas pelas personagens do anime, acompanhar o crescimento e o amadurecimento deles e dos seus sentimentos não é apenas divertidíssimo, mas muito bonito de se ver. Ele se equipara bem a Kimi ni Todoke por ser divertidíssimo e contar com um casal que pena muito pra finalmente se assumir. No caso aqui mais pelo Otani ser lento como uma competição de corrida entre lesmas. Mas, ao contrário de Kimi, Lovely Complex não nos deixa nem um pouco frustrados contando com beijinhos super fofos entre os protagonistas! Vale muito a pena ver, é sério! O final do anime não é cem por cento fechado, mas é bom e acho que conclui bem.

Título Original: ラブ★コン RR: Rabu★Kon
Ano: 2006
Autor: Aya Nakahara
Direção: Kitaji Ishikawa
Gênero: Shoujo, comédia, romance
Elenco:  Ema Fujisawa, Teppei Koike,  Nami Tamaki, Yusuke Yamazaki,  Hiro Mizushima

Se tivessem feito um dorama ou webdrama teria sido muito mais proveitoso. Como filme, Lovely Complex perdeu a maior parte do seu charme e dos personagens que contribuem para a carga cômica da obra. Eles mudaram e apressaram muita coisa pra caber em uma produção tão curta e apesar da adaptação ter ficado boa, foi o que aconteceu com Kimi ni Todoke também as melhores partes foram cortadas. Inclusive, até a família da Koizumi foi mexida, no anime ela mora com os pais e um irmão e trocaram o irmão dela por uma irmã mais velha sinistra. Cenas como o beijo do terraço, minha favorita, foi cortada no filme. na verdade basicamente todos os beijos do anime foram cortados no filme.
Achei boas as atuações na parte cômica os atores tiveram uma química até boa e gente, eu mal posso acreditar que o Teipei Koike que interpretou o Otani tem 31 anos! Que cara de 15! Enfim, o mesmo que eu disse em Kimi ni Todoke digo aqui, poderia ter sido melhor sim, acho que é uma história boa demais para ser condensada em um filme.

sábado, 17 de junho de 2017

[Anime-Se!] Noragami

Título Original: ノラガミ /RR noragami
Gênero:  Ação, Aventura, Comédia, Romance, Sobrenatural
Ano: 2014/2015
Direção: Kotaro Tamura
Temporadas: 2 (total: 25 eps e 4 OVA)
Noragami - 12 episódios + 2 ova
Noragami Aragoto - 13 episódios + 2 ova
Nota: *****

Sinopse: Hiyori Iki era uma estudante comum do ensino médio até ser atropelada por um ônibus enquanto tentava salvar a vida de um rapaz de moletom chamado Yato. Esse incidente causou a transformação de Hiyori em meio-fantasma. Em seguida, ela descobre que Yato é na verdade um deus, e ela acaba sendo levada para dentro do mundo dos deuses enquanto tenta se manter no reino dos vivos.

Gente, eu precisava vir falar desse anime que terminei hoje mesmo porque ele é muito bom! Não lembro a última vez que fiquei tão empolgada com um anime desse jeito! 
A história gira em torno de Yato, um deus desconhecido que acaba de perder sua regalia (uma alma que serve ao deus como arma depois que ele lhe dá um nome) por ser um nômade sem templo e sem reconhecimento. Ele acaba sendo salvo de ser atropelado por uma estudante colegial chamada Hiyori Iki, mas esse salvamento acaba custando a ela um preço: sua alma constantemente vive saindo do seu corpo. 
Com isso, ela passa a ser próxima de Yato, uma vez que solicitou a ele a solução do seu problema. Pouco se sabe sobre o passado de Yato, a única coisa de que Hiyori se inteira é que ele dissemina ayakashis, espécies de almas demoníacas que possuem pessoas e corrompem deuses levando-os à morte. Em uma batalha, ele acaba salvando uma alma de ser devorada por um ayakashi e a toma por regalia, batizando-a de Yukine na sua forma normal e de Sekki em sua forma de arma.
Yukine não lembra de nada do seu passado, não sabe como morreu ou quem era e, no começo, a convivência entre ele e Yato não é nada fácil. Hiyori é uma grande ajuda para os dois uma vez que os mantêm unidos e é quem ajuda Yukine a tolerar o jeito infantil e as vezes impulsivo de seu mestre. Uma amizade intensa se forma entre os três, mas os perigos que cercam o mundo dos deuses pode pôr a vida de Hiyori em risco uma vez que, se a causa que ela tem em seu modo espiritual for cortada ela morre. 
Yukine começa a desejar uma vida mortal que não pode ter e sempre que ele tem pensamentos ruins ou comete crimes, Yato acaba sofrendo com isso, pois os pecados de uma regalia corrompem o corpo do seu mestre e ele pode acabar morrendo. Não bastasse isso, antigos inimigos de Yato começam a surgir colocando sua vida em xeque e usando Hiyori - seu novo ponto fraco - para machucá-lo. Os três vão precisar de toda sua união e coragem para enfrentar os perigos que vem pela frente, principalmente porque, se Hiyori se esquecer completamente dele, há a possibilidade de Yato deixar de existir.
O anime é muito bom pra quem gosta de uma coisa leve, engraçada e um pouco romantica também embora não seja o foco. Yato é um deus muito maluco, mas conforme vamos conhecendo o seu passado descobrimos um pouco mais sobre o seu jeito. Yukine é bem chato no começo, chega uns episódios que a gente fica realmente com raiva dele, mas no fim acaba se tornando um dos melhores personagens. Hiyori é uma fofa, corajosa, inteligente, determinada e leal. Há também as personagens secundárias que contribuem para deixar o anime ainda mais divertido sem contar que temos uma dose extra da religião politeísta japonesa. De longe um dos animes mais legais que já vi, super recomendo mesmo!

[Chinês] Adjetivos e Advérbios (introdução)

O quanto você gosta de estudar Chinês?

Em Chinês, os advérbios 很 (Hěn),    非常(fēicháng) e  太 (tài) possuem uma graduação hierárquica onde:

非常 mais intenso que 
mais intenso que 非常

É importante salientar que 很 não expressa necessariamente a intensidade de "muito"em português, em geral o advérbio 很 é usado para completar a estrutura de uma oração. Onde um adjetivo necessita ser acompanhado de um advérbio. Por exemplo: 你很漂亮 (nǐ hěn piàoliang) esta frase pode ser traduzida como você é muito bonita, mas esta mesma frase dita em chinês não quer dizer necessariamente que você é muito bonita, podendo ter o sentido de que você é apenas bonita.
INTENSIDADE
IDEOGRAMA
PINYIN
TRADUÇÃO
Leve
你很漂亮
nǐ hěn piàoliang
Você é muito linda
Médio
你非常漂亮
nǐ fēicháng piàoliang
Você é extremamente linda
alto
你太漂亮了
nǐ tài piàoliangle
Você é linda demais.

House of Dissapeared, Suddenly 17 e A Bela e a Fera!

Título Original: 시간위의 집 Shiganwiui Jib lit. casa sobre o tempo
Lançamento: 6 de abril de 2017
Direção:  Lim Dae-Woong
Gênero: thriller, mistério
País: Coréia do Sul
Elenco: Kim Yunjin, TaecYeon e Jo Jae-Yun

Sinopse: Há 25 anos, Mi Hui (Kim Yoon Jin) era uma dona de casa comum, casada com Chul Joong (Jo Jae Yoon) e tinha um filho. De repente, seu marido morreu e seu filho desapareceu. Tudo isso aconteceu em sua casa. Mi Hui foi presa nos últimos 25 anos. Ela agora é libertada da prisão e volta para a casa onde tudo aconteceu. Mas ocorrências estranhas começam a acontecer. O Padre Choi (Taecyeon) é atencioso e é o único a acreditar na versão Mi Hui dos eventos. Ele se aproxima dela com genuína preocupação e tenta o seu melhor para desvendar o segredo do que realmente aconteceu há 25 anos em sua casa.

A premissa desse filme parecia muito interessante, curto o gênero suspense então peguei o dia da minha irmã e nos dispusemos a começar nossa sessão cinema com ele. A história se passa em uma residência parcialmente afastada da cidade em que Mi Hui mora com o marido e dois filhos, um deles sofre de uma doença rara no coração. Certa noite, alguém invade a casa dessa mulher em um momento que o marido - que tinha chegado bêbado em casa e fora posto para fora por ela - não está. Apavorada com a segurança dos filhos ela chama a polícia de cujo departamento, inclusive, seu marido faz parte da polícia, mas quando eles só encontram as digitais dela dentro da casa sem qualquer sinal de arrombamento, ninguém acredita no que aconteceu.
Há alguma coisa dentro da casa, durante a premissa passam alguns flashbacks do passado e temos uma noção média do que aconteceu ali, contudo, não sabemos o que houve na noite fatídica que o filho mais velho de Mi Hui desapareceu e seu marido foi assassinado. A família vinha passando por problemas com a infidelidade de Chul Joong e a morte precoce de seu filho mais novo Ji woon. Acusada dos crimes, Mi Hui no fim da vida quer desvendar o mistério do que aconteceu na casa que um dia chamou de lar e ter a chance de descobrir o paradeiro dos espíritos que levaram embora seu filho mais velho.
Eu achei o filme meio confuso e sem nexo em algumas partes, sinceramente. Os sustos não são grandes e pra mim só valeu a pena pra ver o Taecyeon mesmo. Não digo que é um filme previsível, ao contrário, a história é tão confusa que nem dá pra prever o que vem a seguir, no fim não sei se eu não prestei atenção ou o que foi, mas não entendi ainda a origem do mal na casa, não explica o porque daquela fenda. 

Onde achar: Mahal Dramas (necessário cadastro)
Trailer:



Título Original: 28岁未成年/ 28 Suì wèi chéngnián
Lançamento: 2016
Direção: Zhang Mo
Gênero: Comédia, romance
País: China
Elenco: Ni Ni, Wallace Huo, Darren Wang

Sinopse: A obsessão da noiva por um casamento perfeito coloca uma tensão em seu relacionamento e, incapaz de resistir a suas demandas, o noivo finalmente a convida para sair e rompe com ela. Em um estado de coração partido, ela descuidadamente ingere um objeto mágico, que transporta a mente de 28 anos para quando ela tinha apenas 17 anos de idade. Então, ela revisita seu passado e aprende o que é preciso para se amar novamente.

Liang Xia e Mao Liang estavam juntos ha dez anos e ele nunca a propôs casamento. No dia da quarta cerimônia de casamento da sua melhor amiga, as duas armam um plano para pressioná-lo a fazer o pedido, mas Xia é rejeitada na frente de todo mundo. Mao só liga para o trabalho e para agradar seu chefe de quem é um completo puxa saco. Desesperada para salvar seu relacionamento e sentindo-se diminuída, ela acaba comprando uma caixa de chocolate que promete deixá-la eternamente mais jovem e, assim, reconquistar seu parceiro, mas o que acontece é que ela acaba voltando no tempo para quando tinha 17 anos e, durante cinco horas (que é a duração do efeito mágico do chocolate) a pequena Liang como é chamada assume o controle e transforma a vida de Liang Xia de 28 em uma bagunça.
Ela acaba se envolvendo em uma espécie de quarteto amoroso com Yan por quem sua eu de 17 anos é apaixonada e Mao a quem sua eu de 28 quer reconquistar. Nesse entremio, Xia se lembra das coisas que queria fazer aos 17 anos e do que planejou para o próprio futuro, mas acabou deixando de lado para se dedicar apenas a Mao Liang apagando sua própria existência em prol de um homem que não lhe dava o mínimo valor. Por isso, sua eu de 17 anos vai fazer o que for preciso para ensinar uma boa lição a adulta chata que ela não quer mais ser.
Gente, esse filme é legal e irritante ao mesmo tempo! Liang Xia é uma babaca submissa de 28 anos que não sabe viver longe da barra da calça do babaca do Mao Liang que é um puxa saco descarado do chefe e vive em prol da autopromoção. Eu fiquei meio irritada o filme quase todo com ela por causa disso, ela é passiva demais, como se na vida dela a única coisa significativa fosse o trouxa do Mao. Aí, a eu de 17 anos dela conhece um carinha no metrô chamando Yan que tudo que quer é transar com ela e, quando ela se recusa, ele arruma uma que queira. Por aí já prova que essa mulher desde sempre teve um dedo podre pra homem.
Achei bacana a mensagem de se redescobrir e de colocar prioridades para si mesmo, lembrar das coisas que realmente importam e se desprender da infantilidade e inocência sem deixar para trás sua essência. Contudo, na maior parte do tempo é uma mulher sem qualquer amor próprio correndo atrás de um homem que não lhe dá o mínimo valor.

Onde encontrar: LINK PRA DOWNLOAD
Trailer:


Título Original: Beauty and the Beast
Data de lançamento: 16 de março de 2017
Direção: Bill Condon
Elenco: Emma Watson, Dan Stevens, Luke Evans mais
Gêneros: Fantasia, Romance, Musical
País: EUA

Sinopse: Moradora de uma pequena aldeia francesa, Bela (Emma Watson) tem o pai capturado pela Fera (Dan Stevens) e decide entregar sua vida ao estranho ser em troca da liberdade dele. No castelo, ela conhece objetos mágicos e descobre que a Fera é, na verdade, um príncipe que precisa de amor para voltar à forma humana.

Esse a história é conhecida de todo mundo né? Nem vou me deter no enredo. O que eu tenho pra dizer dessa adaptação live action da Bela e a Fera é simplesmente: não gostei. Pronto.
Alguns pontos são positivos sim, o figurino da época exagerado, com aquelas perucas extravagantes bem a cara da França foi muito bem elaborado de fato, a ambientação foi boa e houve umas cenas que não tem no desenho que achei legal também a pegada cômica nao funcionou no filme todo, mas em algumas partes ficou legal. No entanto achei as atuações muito vazias, sério, sem emoção nenhuma! Eu conheço os trabalhos da Emma Watson e fiquei bestificada com a atuação dela nesse filme, mecânica, como se tivesse feito por fazer, o Dan Stevens que eu conheço das adaptações de Jane Austen e sei que é um excelente ator, também não me convenceu como príncipe fera, ainda que em algumas cenas tenha se saído bem.
Aquela cena final foi uma das piores. Lembro que na primeira vez que assisti o desenho, eu devia ter por volta de uns nove anos acho, eu chorei litros. Mas no filme ficou podre, sem emoção nenhuma, zero. Os efeitos especiais eu também não achei tudo isso. Foi bem o que aconteceu com Cinderella e Caminhos da Floresta, fizeram maior expectativa, só vi o povo fazendo barulho, mas quando fui ver rolou a maior decepção.  Basicamente isso. Não recomendaria.
Trailer:

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Arang and The Magistrate


Título original: 아랑사또전, Arang satto jeon
Gênero: Mistério, histórico, fantasia
Criador: Jung Yoon-jung
Direção: Kim Sang-ho
Jung Dae-yoon
Episódios: 20
Ano: 2012
Elenco: Lee Jun Ki
Shin Min-a
Yeon Woo-jin

Sinopse: Um nobre chamado Kim Eun-oh (Lee Jun Ki) vem para a cidade à procura de sua mãe depois de ouvir um boato de que ela está hospedada na aldeia de Miryang. Ele tem a habilidade especial de ver espíritos, mas finge que não, porque ele fica irritado quando os espíritos vêm até ele pedindo um favor.
Arang (Shin Min-ah) perdeu todas as suas memórias, quando ela se tornou um fantasma e é incapaz de descansar em paz até que ela descobre como ela acabou morto. No entanto, depois de aparecer a três magistrados, nenhum deles sobreviver ao medo de vê-la. Quando ela descobre que Eun-oh é capaz de vê-la, ela implora por sua ajuda.
Na primeira, Eun-oh rejeita pedido dela. No entanto, ele muda de idéia depois de ver que Arang é de alguma forma de posse do hairpin que ele deu a sua mãe em sua última reunião. Ele acredita que se ele ajuda-la, Arang vai recuperar suas memórias e dar-lhe informações sobre sua mãe. Ele exasperada (então carinhosamente) apelidos dela "Amnésia" e como a cidade está recém-instalados magistrado, ele junta-se com ela para investigar as circunstâncias de sua morte, que pode envolver o nobre misterioso Joo-wal e têm ramificações sobrenaturais.

Então, hoje já com a cabeça menos cheia, consegui terminar esse drama que, não minto, não me agradou muito como prometeram não. Bem, vou começar falando um pouco da história. Ela começa com Arang fugindo de ceifadores após tentar roubar uma carruagem junto de outros fantasmas errantes, no drama, quando um fantasma fugia de um ceifador ele ficava vagando na terra e, caso atacasse um humano, os ceifadores eram capazes de localizá-los, caso não, eles podiam viver incógnitos entre os mortais. Ela passa por Kim Eun Oh, um jovem errante que está em viagem para uma pequena aldeia em busca de sua mãe desaparecida, ele está acompanhado de Deol Sea, seu escravo, que não sabe sobre a capacidade do seu amo de ver fantasmas. Portanto, Eun Oh vê Arang e o ceifador, mas finge que não vê e vai embora deixando os dois sozinhos.
Uma inesperada tempestade pega ele e seu servo no meio do caminho forçando-os a se abrigar numa choupana abandonada, Arang, que fugira do ceifeiro, abriga-se no mesmo lugar para desespero de Eun Oh que faz um esforço sobre-humano para não deixá-la perceber que ele pode vê-la e ouvi-la. Contudo, seus planos falham quando ele chega à aldeia e ela flagra-o dando um fora insensível em um grupo de fantasmas que pede sua ajuda. Kim Eun Oh é assim, ele não costuma ajudar outras pessoas, se faz de cego diante das injustiças e não se importa com ninguém, não pede desculpas e nem agradece. Contudo, Arang consegue lhe fazer prometer que, se ele virar magistrado da cidade, ele lhe ajudaria a lembrar do seu verdadeiro nome. Ela arma todo um plano com a ajuda de uma xamã sem poderes espirituais fortes e torna Eun Oh o magistrado da cidade (contra a vontade dele, por sinal). 
Inicialmente ele se nega a ajudá-la, mas acaba cedendo e procura o nome dela nos registros não encontrando nada. Com a ajuda da antiga zeladora do local ele descobre que o verdadeiro nome de Arang é Lee Seo Rim, a filha do antigo magistrado que desapareceu ha três anos. Arang não se lembra do seu nome e de nada relacionado a sua vida antes de morrer, por causa de um prendedor de cabelo que ela carrega consigo, Eun Oh descobre que se ajudá-la a lembrar como morreu encontrará sua mãe. Assim, as investigações começam e uma série de crimes relacionados a um ministro rebaixado do governo começam a aparecer. Por trás dele está uma mulher misteriosa na pele da mãe de Eun Oh e um jovem rapaz sombrio e frio. Choi Ju Wal, filho adotivo do ministro a quem odeia. Ele é ordenado a matar para ela uma jovem pura toda a lua cheia do ano bisexto para que a estranha mulher sele a alma da garota e, assim, fortaleça seus poderes sombrios.
Os sentimentos de Arang e Eun Oh evoluem conforme eles embarcam juntos na busca pela verdade, Arang faz um acordo com o imperador de Jade e ele lhe dá dois meses para descobrir a verdade sobre sua morte e, assim, ir para o céu. Do contrário ela estaria condenada a eternidade no inferno. Assim, ao selar o acordo, ela volta à terra como mortal e com a ajuda da xamã e de Kim Eun Oh começam a buscar a solução do enigma de sua morte, cada vez mais perto de Choi Ju Wal, o antigo noivo de Seo Rim, e a mãe do magistrado, agora transformada em um monstro.Para encontrar as respostas que ligam o seu passado e a sua morte à mãe de Eun Oh, Arang vai ter de enfrentar seus maiores terrores e desafiar o Imperador de Jade que parece estar presente nos bastidores de todo o futuro deles juntos.
As peças envolvendo o mistério de Arang foram muito bem montadas e, em grande parte das vezes, ele é muito engraçado. O tempo inteiro somos levados a levantar uma leva de teorias a respeito da morte de Arang, principalmente quando a mãe possuída do magistrado entra em cena, a ligação dela com a irmã do ceifador, Moo Yeon, diretamente com Choi Ju Wal o filho adotivo do ministro corrupto que está ligado a Seo Rim por um passado que ele não lembra se fecham com perfeição, contudo, o drama pecou em deixar algumas fios sem nó. O entrosamento do Joon Gi com a Min Ah foi muito bom, foi o segundo trabalho dela que eu vi e o primeiro dele. Gostei do desenvolvimento da história e não tenho reclamações com as atuações apesar de não ter sido um drama que me emocionou em nenhum momento, como aconteceu com Rooftop Prince, o final de Arang e o Magistrado foi muito confuso então, eu vou dizer aqui o que eu entendi que aconteceu, novamente, como alerta de spoiler, vou deixar as letras claras e vocês selecionam o texto para ler, hao ma? SPOILER ALERT: Quando Eun Oh encontra o imperador de Jade (aquele lindo) depois de descobrir a verdade sobre a morte de Arang (que ela mesma se matou quando entrou no meio de Ju Wal e da mãe de Eun Oh levando uma facada dela no coração) ele descobre que no fim o imperador havia meio que traído Arang uma vez que ela nunca seria capaz de descobrir essa verdade e estaria condenada ao inferno de toda maneira. Então, ele faz um acordo, o de ir para o inferno no lugar dela em troca da salvação da alma de Arang. Assim, ele dá a vida por ela, mas é poupado pelo imperador de Jade e vive no céu. No final, duas crianças se encontram e Eun Oh menininho encontra a pequena Arang, mas aparentemente não se lembra dela. Depois, mostra eles grandes e ela reclamando que ele não deveria ter bebido da água do rio do esquecimento. Dá a entender que, os dois morreram de fato na terra e ficaram juntos no céu, embora isso deixe aberta a lacuna de que seres celestes não podiam se relacionar, motivo pelo qual a fada Moo Yeon, que era apaixonada por seu "irmão" Moo Yong querer desesperadamente ser humana. SPOILER END. Bem, foi o que eu entendi pelo menos. Ainda assim, se entendi certo, não achi o fim tão satisfatório assim, sem contar que as coisas foram muito apressadas, um mal da maioria dos dramas. 

PERSONAGENS


Kim Eun Oh (Lee Joon Ki) - Negligenciado pela mãe, cega de vingança, desde criança, Eun Oh cresceu sob a tutela do pai. Quando era criança, a família da sua mãe foi acusada de traição por um ministro corrupto chamado Choi e morta, a mãe dele foi a única que escapou e rebaixada a escrava. Assim, para que o filho crescesse como um homem de bem mesmo ilegíitimo, ela o forçou a viver com seu pai, um importante homem do imperador. Sempre que procurou a mãe, Eun Oh foi rechaçado, por isso ele procura com a intenção de pedir desculpa pelas coisas ruins que lhe disse na última vez que a viu. Ao se tornar magistrado da cidadela, começa a investigar as crueldades de Choi e desmascara-o colocando-o na cadeia e vingando a família da mãe com sua morte. Apaixona-se por Arang quando ela é ainda fantasma, graças a ela torna-se um homem mais sensível, justo e compassivo.

Arang/Lee Seo Rim (Shin Min Ah) - Como Lee Seo Rim, ela era uma dama passiva e doce que se apaixonou por Choi Ju Wal a primeira vista. Pedindo ao seu pai para casar-se com ele. Contudo, não fazia ideia da natureza sombria que seu amado escondia por ser um subjugado de Moo Yeon. Assim, acabou encontrando a morte e se tornando um fantasma amnésico que vaga pela terra sem saber nada sobre si mesmo. Como Arang, é forte, destemida, esperta e de gênio forte. Por vezes eu perdi a paciência com ela, por ser teimosa e voluntariosa acaba se metendo em confusões desnecessárias e pondo a vida de Kim em risco. 

É isso, essas foram as minhas impressões de Arang and the Magistrate. No total o drama levou média 8,6.

[Chinês] Imediatamente 马上

马上 (Mǎshàng) carrega o sentido de "imediatamente; de imediato; em um instante; já vou". É geralmente usado antes de um verbo. Sua estrutura é:

SUJEITO +  马上 + VERBO + OBJETO
我                 马上                     脸
              mǎshàng                 liǎn
Eu                já vou       lavar          o rosto


Novas palavrinhas:

刷牙 (Shuāyá) - Escovar os dentes
洗 (xǐ) - lavar, banhar-se, tomar banho
脸 (liǎn) - rosto
做饭 (zuòfàn) - cozinhar
马上 (Mǎshàng) - imediatamente, já, logo

Ideogramas desta lição:

xǐ 
componentes:
先 (xiān) - primeiro
氵(shuǐ) água: este radcal possui uma aparência que lembra ligeiramente água salpicada. Os caracteres compostos por este componente estão diretamente associados a água.

liǎn
Componentes:
月 (yuè) - lua
人 (rén) - pessoa
一 (yī) - um
ツ s/s
一 (yī) - um
zuò
Componentes
亻(rén) - homem
十 (shí) - dez
口 (kǒu) - boca
攵 (pū) - tocar, bater

行使


  1. 起床以后,我常常刷牙。Qǐchuáng yǐhòu, wǒ chángcháng shuāyá.
  2. 刷牙以后,我洗脸。Shuāyá yǐhòu, wǒ xǐliǎn.
  3. 刷牙以后,我马上洗脸。Shuāyá yǐhòu, wǒ mǎshàng xǐliǎn.
  4. 洗脸以后,我马上吃早饭。Xǐliǎn yǐhòu, wǒ mǎshàng chī zǎofàn.
  5. 吃早饭以后,我马上上班。Chī zǎofàn yǐhòu, wǒ mǎshàng shàngbān.
  6. 下班以后,我马上做饭。Xiàbān yǐhòu, wǒ mǎshàng zuò fàn.
  7. Logo depois de lavar o rosto eu tomo café da manhã.
  8. Antes de dormir eu costumo escovar os dentes.
  9. Logo depois de escovar os dentes eu lavo o rosto.
  10. Logo depois de lavar o rosto eu cozinho.
  11. Logo depois de jantar eu durmo.


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Aula de Chinês - desculpas!

Olá, pessoas. 
Viram que essa semana eu não postei aulas de chinês, não foi? Sinto muito por isso e por não ter dado explicações logo também. Estou passando por um momento um pouco delicado e, apesar de estar tentando manter o blog atualizado, está difícil escrever e manter a concentração. Como não tenho conseguido estudar, não coloquei aula essa semana. 
Nesse domingo eu vou viajar para o evento NOGG, como posso chegar tarde em casa, não vou garantir que a aula da segunda está garantida, mas tentarei pelo menos postar na terça. Creio que até lá estarei me sentindo melhor. Desculpem mesmo por isso.

Até mais!

Rooftop Prince


Título Original: 옥탑방 왕세자; RR: Oktab-bang Wangseja
Aka: Attic Prince
Ano: 2012
Gênero: Romance, comédia, viagem no tempo
Episódios: 20
País: Coreia do Sul
Roteiro: Lee Hee-myung
Direção: Shin Yoon-sub
Elenco:  Park Yuchun
Han Ji-min
Jeong Yu-mi
Lee Tae-sung
Lee Min-ho
Jung Suk-won
Choi Woo-shik
Lee Moon-sik

Sinopse: Quando o Príncipe Herdeiro Lee Gak é transportado 300 anos no futuro para os dias atuais de Seul junto com três empregados, eles acreditam ser o seu dever resolver o assassinato da Princesa para poderem voltar para Joseon. Eles chegam no telhado do apartamento de Park Ha, uma mulher alegre de 20 e poucos anos, que eventualmente acredita nesse quarteto estranho e se torna a protetora deles. Enquanto Park Ha educa os quatro sobre a vida no século 21, Lee Gak encontra Hong Se Na, que parece ser a reencarnação da sua esposa. Assumindo a identidade de Yong Tae Yong, Lee Gak aos poucos começa a desvendar o assassinato de Yong Tae Yong e começa a chegar mais próximo de resolver o assassinato da Princesa. Ao se ver apaixonado pela Park Ha, ele percebe que talvez a Princesa talvez não fosse tão perfeita...

Eu fui dormir cinco e meia terminando esse drama, tudo porque meus níveis de ansiedade estão no vermelho de tão altos. Eu quis ver esse dorama por causa de todas as recomendações, mas acabou que não foi tudo o que falaram não, apesar de no fim eu não ter odiado como achei que odiaria. Tudo começa 300 anos atrás, no período Joseon na Coreia, o príncipe herdeiro Lee Gak acorda com um tumulto no palácio e descobre o corpo da sua esposa, a princesa herdeira, boiando no lago de lótus. Sabendo que ela foi assassinada depois de haver comido um caqui envenenado, ele começa a investigar a noite em que ela morrera, no meio das investigações é perseguido por assassinos e acaba magicamente transportado no tempo para o telhado de uma casa em Seul.
Voltando um pouco no tempo temos as irmãs Bu Yong e Hwa Yong filhas de uma  influente família na corte de joseon, o rei abriu a seleção para a escolha da princesa herdeira e o pai decidiu que Bu Yong seria aquela a competir pelo trono fato que deixou Hwa yong furiosa e cheia de inveja. Mais nova, Bu Yong não consegue ver o espírito perverso da irmã que arm um cruel plano para tirar a irmã do caminho e concorrer para princesa, desse modo, ela usa um ferro quente (que era uma pequena lança com ponta triangular achatada esquentada em brasas vivas e passada sobre a roupa para tirar amassados) para queimar o rosto da irmã e  tirá-la da seleção ocupando seu lugar. Assim, é eleita como a princesa herdeira e casa-se com o príncipe Lee Gak na época também uma criança. Bu Yong, agora impedida de se casar para sempre por causa da cicatriz no rosto, vira dama de companhia da irmã no palácio e esconde seu amor secreto pelo príncipe que respeita sua inteligência e gosta muito de conversar com ela.
Kim So Hyung tá em todo drama é? Gente '-'
Na atualidade, Park Ha luta por sua sobrevivência vendendo frutas em Nova Iorque e trabalhando à noite em um bar. Enquanto ela vende frutas alegremente durante o dia é flagrada por Yong Tae Yong o rico herdeiro de uma família coreana que passa férias no país e tem como paixão o desenho. Ele esboça Park Ha atrás de um cartão postal quando uma borboleta amarela pousa delicada em seu ombro. A partir daquele momento ele se apaixona completamente por ela. Em um bar a noite, com seu meio irmão Tae Moo, ele deixa para ela o cartão com o desenho que fez e um convite para encontrá-lo naquela noite, mas nunca aparece ao encontro. A verdade é que Tae Moo, invejoso e rancoroso, bate nele em um barco no alto mar e deixa-o lá sem socorro abandonando o irmão e o barco à deriva. Mais tarde o barco é encontrado, mas Tae Yong não. Park Ha então volta para a Coreia em busca do pai que descobre ter falecido é quando encontra a madrasta e a irmã adotiva Hong Se Na. Ao vê-la, Se Na teme que ela recorde o que aconteceu no passado e revele a verdade, mas descobre que ela perdeu a memória do que aconteceu antes dos nove anos de idade.
Quando decidiram morar juntos, a mãe de Se Na e o pai de Park Ha apresentaram as duas, mas Se Na sempre odiou a nova irmã e fazia de tudo para machucá-la. Deixando-a sem comer para que tentasse cozinhar sozinha e sofresse um acidente, colocando coisas na mochila dela quando estavam em lojas para que ela fosse acusada de roubo e, mesmo que seus pais sempre a repreendessem pelo comportamento horrível, seu ódio por Park Ha não diminuía. Até o dia que ela decidiu se livrar da irmã de uma vez por todas, colocando-a na traseira de um caminhão e fingindo ir comprar leite. O caminhão partiu e ela não fez nada para impedir que Park Ha fosse levada embora para fora da cidade e, depois que o caminhão sofreu um acidente, por ela estar sem identificação alguma, foi levada à adoção.
Se Na também esconde do seu namorado, Yong Tae Moo, sua verdadeira origem pobre. Dizendo que sua mãe é uma professora universitária na Inglaterra quando na verdade é uma vendedora de peixe no mercado. Park Ha se estabelece em Seul quando, certo dia, ouve barulhos estranhos na sua casa e, ao sair, encontra quatro homens trajando roupas do período joseon na sua sala. Sem entender nada, ela decide deixá-los na frente de um museu por não acreditar que eles são realmente do passado. Mas quando os quatro - o príncipe Lee Gak, seu eunuco Do Chi San, o erudito Song Man Boo e o guarda Woo Yong Sul - são presos a polícia leva-os de volta para ela que decide assumir a responsabilidade por eles. Após muita confusão que eles fazem sem conseguir se adaptar à era moderna, ela acaba pegando afeição ao grupo, até seu caminho se cruzar com a avó de Tae Yong que é igualzinho ao príncipe Lee Gak ainda desaparecido.
Para desvendar o mistério do assassinato da princesa herdeira, Lee Gak assume o papel de Tae Yong que descobre ser sua reencarnação, Se Na é a reencarnação da princesa herdeira e Park Ha a reencarnação de Bu Yong, ele vai aos poucos ligando os pontos e descobrindo que a morte da princesa pode estar no emaranhado de joguetes de poder que acontece na modernidade e, se ligar as reencarnações as vidas passadas, será capaz de resolver o enigma e assim voltar para Joseon. Contudo, ele se vê apaixonado por Park Ha o que pode comprometer seus planos de conquistar a princesa herdeira na modernidade e chegar ao seu assassino. Mas as peças do quebra cabeça estão longe de se montar e ele vê sua vida e  a de Park Ha correrem perigo no momento que descobre que Tae Yong pode ter sido assassinado por Tae Moo e o corpo do verdadeiro Tae Yong aparece em Chicago. 

Com o tempo cada vez mais curto para conseguir respostas, Lee Gak vai aprendendo mais sobre as pessoas e acaba descobrindo a verdade por trás de sua perversa princesa e o cruel destino que o tirou do caminho daquela por quem estava realmente destinado a se apaixonar. Uma coisa que deixou todo mundo muito confuso foi o final do drama cuja cena é essa aí em cima, ficaram sem entender se Lee Gak realmente voltou de Joseon ou o que. Bem, eis minha explicação, como vai ter spoilers eu vou deixar pra quem já assistiu, selecione o texto pra ler: No penúltimo capítulo Lee Gak e Park Ha se casam fazendo um voto de amor eterno. Quando Lee Gak some e volta para Joseon, o verdadeiro Tae Yong, na atualidade, volta do estado vegetativo. Porque o príncipe desvendou a verdade da morte de Bu Yong no passado e se lembrava de absolutamente tudo sobre a modernidade e nunca esqueceu de Park Ha, sua reencarnação, que já estava destinada a ela e se apaixonara no momento que a viu, pode ter guardado consigo resquícios das memórias de quando ele estava como príncipe na modernidade. Quando troca a roupa de Tae Yong pela de Lee Gak não quer dizer que é o principe que voltou de Joseon, lembrem-se do desenho que ele mandou para ela, o príncipe não sabia desenhar, significa que eles compartilham a mesma alma e que essa alma e esse coração que amaram Park Ha quando viajou para o presente permaneceu imutável. Assim, quem está com ela na última cena é Tae Yong e não Lee Gak. Pelo menos foi a saída mais lógica. No fim, apesar de toda raiva que me fez, porque vou dizer, é daqueles dramas estilo Hotel King, o mal se dá bem a maior parte do tempo, eu gostei por causa dos últimos episódios. Apesar do final meio metafórico, foi um final fechado e bonito.

Os Personagens:

Lee Gak/Tae Yong - Como um jovem artista, Tae Yong é um rapaz despreocupado que quer ver o mundo e desenhá-lo. Não se preocupa com a empresa que a avó insiste que ele administre e não se importaria de passar o poder para o meio irmão. É um bom rapaz. Como príncipe, Lee Gak é mimado e arrogante, acostumado com a reverência e a nunca ser contradito em Joseon, encontra certa resistência com um mundo moderno onde ele não tem poder e ninguém o reverencia. Ainda assim, apesar desse lado muitas vezes irritante, ele tem uma sagacidade incrível, é justo, por vezes ingênuo em algumas coisas, defende aquilo que acredita e, durante sua jornada como Tae Yong podemos acompanhar sua evolução para um homem mais humilde.

Bu Yong/Park Ha - Como irmã da princesa herdeira, Bu Yong, que sempre esconde o rosto atrás de um lenço por causa da cicatriz, é inteligentíssima, doce, recatada e com um enorme coração. Sempre prezou o bem estar da irmã e apesar do seu amor pelo príncipe, ficava feliz pela irmã sem nunca ter visto sua natureza cruel e calculista. Como Park Ha é uma jovem esforçada, por vezes me irritei com ela por ser passiva demais e aguentar desaforos calada, mas isso mudou um pouco do meio pro fim do dorama e ela ganhou mais atitude, ainda que em certas ocasiões agisse como uma burra total. Ela realmente ama a madrasta e faz tudo pelo bem estar dela, mesmo sendo duramente tratada pela irmã adotiva, ainda se vê disposta a ajudá-la quando ela precisa sem nunca expor o mau caráter dela para a mãe ou as outras pessoas. É efusiva e muito honesta.

A diversão do drama fica por conta dos súditos do príncipe o eunuco Do Chi San, o guarda Woo Yong Sul e o erudito Song Man Boo. O primeiro é bom com contas domésticas, o segundo garante a segurança e o terceiro, altamente inteligente, é responsável pelos enigmas principalmente por sua memória incrível e habilidade com desenho.
Vê-los se adaptando à era moderna é divertidíssimo, principalmente dado as suas personalidades e habilidades próprias. Eles garantem a parte da comédia e no começo do dorama foram eles que garantiram que eu continuasse assistindo.
Hwa Yong/ Hong Se Na - Não importa no presente ou no passado, ela não presta. Como princesa herdeira se juntou em um complô para assassinar o príncipe, não se casou com ele por amor, mas pela posição e para conquistar aquilo que seria da irmã a quem passou a odiar quando foi selecionada pelo pai no seu lugar para a seleção da princesa. Como Hon Se Na, é uma mulher fria, calculista, mentirosa, ambiciosa e falsa. Finge ser de uma família rica, tem vergonha da mãe por ser vendedora de peixe e odeia Park Ha desde criança. É capaz de qualquer coisa para ter o que deseja e faz de tudo para tirar da irmã tudo que ela conquista, roubando, enganando, mentindo e chantageando. Ela é o bom resumo de vaca.

Yong Tae Moo - É o meio irmão de Tae Yong. Sempre teve inveja dele por saber que a avó deixaria a empresa para Tae Yong enquanto ele trabalhava como um louco para conseguir atenção. Tão calculista quanto Se Na faz de tudo para tirar o meio irmão da jogada, principalmente quando ele aparece vivo e bem pronto para reclamar sua posição na empresa. Enquanto tenta descobrir o que aconteceu realmente, é assombrado pelos fantasmas do seu crime.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

InuYasha on stage [Live Action]

Eu tive a chance de assistir a peça de InuYasha que eu estava louca pra ver desde que anunciaram. E não, eu não viajei para o Japão, eu assisti em casa mesmo. Ela tem mais ou menos duas horas e meia e segue os primeiros episódios do anime. Algumas personagens, é claro, foram cortadas da produção como shippou, Sangou (pois a peça só vai até antes de ela aparecer) e alguns figurantes. 
Em alguns momentos ela embaralha um pouco os episódios e fica um pouco confuso se você não viu o anime, mas se assistiu vai conseguir levar de boas. Achei as atuações boas, é uma peça de teatro, né, a gente não pode esperar a fidelidade máxima com o anime, embora a produção tenha se esforçado para deixar tudo o mais parecido, nem a vivacidade do desenho. Em alguns pontos fica sim um pouco artificial as expressões e as falas, mas ainda assim é muito legal ver.
Tem uns efeitos especiais muito Japão que não deixam os ataques ficarem perdidos no imaginário, mas tornam a coisa mais dinâmica visualmente. A caracterização das personagens foi um dos pontos que mais gostei, embora tenha sentido falta das garras de InuYasha, que estavam nas fotos promocionais, mas não apareceram na peça, e pensei também que ele ficaria descalço, acredito que essa parte foi mais por questão de segurança mesmo.
Algumas coisas, obviamente, tiveram que ser modificadas, apesar de não falar Japonês (e eu não falo) sei que houve acréscimo de diálogos que não tem no anime e entendi que eles tiveram de adaptar a coisa toda para uma apresentação teatral, não é tipo um filme, o texto é diferente, a dinâmica é diferente e há mais limitações, por isso não tenho o que falar de negativo, achei a peça muito boa! Fãs do anime certamente vão curtir.
Há uma dose de comédia, mais pela parte de Kaede, coreografias musicais acontecem em algumas partes também e eu fiquei impressionada em como eles se trocam depressa no palco. Tipo, a mudança de armas, de peruca, tudo é feito com uma agilidade assustadora que a gente mal percebe. Ponto pra eles!
Infelizmente, não há legendas. A peça estreou não tem muito tempo como vocês sabem e o DVD está previsto apenas para 29 de julho, então, quem quiser matar a curiosidade agora vai assistir em Japonês mesmo sem legenda. Os links para download e online estão na página InuYasha Brasil no facebook, vou deixar o link pra vocês. Como fã da animação, eu recomendo a peça, vale a pena ver sim!
Links aqui: InuYasha Brasil

Algumas cenas da peça:




[Anime-Se!] Sakurako-san no Ashimoto ni wa Shitai ga Umatteiru

Título Original: 櫻子さんの足下には死体が埋まっている
AKA: A Corpse is Buried Under Sakurako's Feet
Ano: 2015
Episódios: 12
Gênero: Mistério
Autora: Shiori Ōta

Sinopse: A série novel gira em torno de Shotaro Tatewaki e Sakurako Kujio. Shotaro é um estudante normal de ensino médio com um comportamento grave de gostar de mostrar sua namorada Sakurako. Sakurako é uma mulher extraordinariamente bonita em seus 20 e poucos anos, vem de uma família rica e ama "belos ossos." Os dois vivem na cidade de Asahikawa em Hokkaido, e se envolvem em vários incidentes sobre ossos. 

Esse anime é para os fãs de Sherlock Holmes! Como aconteceu com Kuzu no Honkai já resenhado aqui, eu conheci esse anime pelo live action. Contudo, infelizmente, não achei a adaptação legendada em PT pra assistir, por isso, não assisti além da metade do primeiro episódio (que, por sinal, tem uma hora!), vou ver se algum fansub se habilita a traduzir. Bem, mas vamos ao enredo.
A história gira em torno de Shotarou, um garoto do colegial que conhece Sakurako Kujio uma osteologista (especialista em ossos) antissocial e altamente inteligente que o recruta como assistente. O anime é uma adaptação de uma light novel (que eu não achei em canto nenhum pra ler) de oito volumes. Juntos, eles saem para procurar ossos que mais tarde Sakurako vai montar em seu escritório/laboratório, mas em uma expedição eles acabam encontrando um esqueleto humano que a Sakurako quer ficar de todo jeito, ela tem um poder de dedução incrível e consegue a partir da análise dos ossos e de pistas que só Holmes perceberia descobrir o que se esconde por trás de cada morte.
Junto a ela, Shoutarou se envolve nos casos mais sombrios, aparentemente insolúveis e às vezes até perigosos. Mas ele é incapaz de fugir daquilo tamanho o fascínio que se esconde em Sakurako, a razão pela qual ela é tão sombria e excêntrica e o que realmente a fez se interessar por ossos. Enquanto os casos avançam, Shoutarou acaba por descobrir o triste passado de sua mestra e como, até então, os casos se conectam a um perigoso assassino e ladrão de ossos.
Basicamente é isso, não posso contar muito senão vou acabar dando spoiler. Eu gostei muito do anime, ele tem umas pegadas muito boas, há cenas de tensão pura e a Sakurako é muito engraçada as vezes mesmo apesar do seu jeitão fechado que a gente acaba meio que entendendo ter a ver com seu irmão mais novo e seu tio. O lado Holmes dela é muito bem construído e por ser curtinho a gente acaba terminando o anime sem nem perceber. O final não é fechado, dá a entender que poderia haver uma continuação, mas não achei nada a respeito, sei que vão fazer uma adaptação para mangá. 
Não achei o dorama ainda, mas assim que algum fansub legendar e eu tiver a oportunidade de assistir, aviso.  

domingo, 4 de junho de 2017

A menina submersa: Memórias - Caitlín R. Kiernan

Título Original: The Drowning Girl
Ano: 2015
ISBN: 9788566636536
Páginas: 320 (físico)

Sinopse: A Menina Submersa: Memórias é um verdadeiro conto de fadas, uma história de fantasmas habitada por sereias e licantropos. Mas antes de tudo uma grande história de amor construída como um quebra-cabeça pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Um romance repleto de camadas, mitos e mistério, beleza e horror, em um fluxo de arquétipos que desafiam a primazia do "real" sobre o "verdadeiro" e resultam em uma das mais poderosas fantasias dark dos últimos anos. Considerado uma "obra-prima do terror" da nova geração, o romance é repleto de elementos de realismo mágico e foi indicado a mais de cinco prêmios de literatura fantástica, e vencedor do importante Bram Stoker Awards 2013. 
O trabalho cuidadoso de Caitlín R. Kiernan é nos guiar pela mente de sua personagem India Morgan Phelps, ou Imp, uma menina que tem nos livros os grandes companheiros na luta contra seu histórico genético esquizofrênico e paranoico. Filha e neta de mulheres que buscaram o suicídio como única alternativa, Imp começa a escrever um livro de memórias para tentar reconstruir seus pensamentos e lutar contra o que seria "a maldição da família Phelps", além de buscar suas lembranças sobre a inusitada Eva Canning, sua relação com a namorada e consigo mesma, que evoca em muitos momentos a atmosfera de filmes como Azul é a Cor mais Quente (Palma de Ouro em Cannes, 2013) e Almas Gêmeas (1994), de Peter Jackson. 
Não se assuste: é um livro dentro de um livro, e a incoerência uma isca para uma viagem mais profunda, onde a autora se aproxima de grandes nomes como Edgar Allan Poe e HP Lovecraft, que enxergaram o terror em um universo simples e trivial - na rua ao lado ou nas plácidas águas escuras do rio que passa perto de casa -, e sabem que o medo real nos habita. Caitlín dialoga ainda com o universo insólito de artistas como P.G. Wodehouse, David Lynch e Tim Burton, e o enigmático personagem Sandman, de Neil Gaiman, com quem aliás, trabalhou, escrevendo The Dreaming, spin-off derivado da obra-prima de Gaiman. A Menina Submersa evoca também as obras de Lewis Carrol, Emily Dickinson e a Ofélia, de Hamlet, clássica peça de Shakespeare, além de referências diretas a artistas mulheres que deram um fim trágico à sua existência, como a escritora Virginia Woolf. 
Com uma narração intrigante, não-linear e uma prosa magnífica, Caitlín vai moldando a sua obsessiva personagem. Imp é uma narradora não-confiável e que testa o leitor durante toda a viagem, interrompe a si mesma, insere contos que escreveu, pedaços de poesia, descrições de quadros e referências a artistas reais e imaginários durante a narrativa. Ao fazer isso, a autora consegue criar algo inteiramente novo dentro do mundo do horror, da fantasia e do thriller psicológico. 

A menina submersa - quadro de Saltonstall
Esse é um daqueles livros que você pega e pensa "é pequeno, consigo terminar rapidinho", ledo engano, companheiros. Não é daqueles livros que vira a noite lendo e acaba fácil. Ao contrário, eu levei dias lendo e ainda teve coisa que não entrou direito. Já quero começar dizendo que a sinopse vende mais que a própria história. Tem quem ame esse livro, mas sinceramente foi uma das leituras mais confusas, cansativas e problemáticas que já tive, então se você está procurando aqui razões para ler esse livro pode ser que encontre mais razões para não ler. De todo modo, vou expor os fatos e falar da minha experiência de leitura e então você tira suas próprias conclusões.
A menina submersa é contada sob a perspectiva de India Morgan Phelps (Imp), uma jovem que sofre de esquizofrenia genética, doença que levou sua mãe, Rosemary e sua avó Caroline a tirarem a própria vida. Imp desenvolve uma narrativa confusa sobre estranhos acontecimentos que permearam sua vida no ano de 2008 (se me lembro bem) envolvendo uma mulher chamada Eva Cunning. Inicialmente ela ilustra a história contando um pouco da própria infância, do abandono do pai ao descobrir a doença da mãe que, mais tarde, veio a ser internada em uma clínica psiquiátrica, passando assim a morar com a avó, Caroline, que também tinha problemas, com a morte desta ela passa uma temporada com a tia, Elaine até atingir a maioridade e ir viver sozinha. 
Imp tem uma namorada chamada Abalyn (nome estranho, por sinal), uma garota transgênero (só a notinha para quem não conhece o termo, um menino que fez uma cirurgia de mudança de sexo) que vivia até então com uma outra garota que, falando de modo educado, dispensou-a. Imp a acolhe em casa sem nenhuma real intenção amorosa a princípio, mas as coisas acabam acontecendo. Esse talvez tenha sido um dos pontos de ter feito todo mundo fazer o maior auê com esse livro porque, ultimamente - e já peço desculpas pela sinceridade, mas é como penso - pôr casais homosexuais em qualquer coisa é motivo de aplausos e consideração. Desnecessário, só acho. Mas voltando, as duas assumem um relacionamento e Imp conta a Abalyn sobre sua doença e um pouco sobre sua infância, por um tempo as duas se dão muito bem apesar, inclusive, das excentricidades de Imp, mas tudo muda quando em um dia de Julho aparece a tal Eva Cunning.
Inicialmente, a narrativa é muito nublada, ela usa de ambiguidade e dispara que há duas Evas, a de julho e a de novembro. Aparentemente - e simbolicamente como vamos descobrir - uma delas é uma sereia e a outra um lobo. Toda essa fantasia que Imp monta e que é respaldada (segundo a própria autora) pela louca de Carrol em Alice, pela tenebrosa história de Elizabeth Short, a dália negra e tantas outras referências que são implicita ou explicitamente listadas ao longo do livro, somos levados por uma mente caótica e dividida entre a realidade e a fantasia. A história toda é muito ambígua, desconexa e metafórica, a coisa toda já começa no quadro que, de algum modo, desencadeia a história, no qual apesar de chamar de menina submersa a mulher pintada não está submersa. 
Durante vários capítulos somos levadas pelo relacionamento de Imp com Abalym que vai sendo torcido aos poucos quando Eva Cunning penetra os pensamentos de Imp e começa a manipular sua realidade, consequentemente a nossa, vem por aí uma tentativa de suicídio, um surto pela ausência dos medicamento, histórias reais misturando-se com contos folclóricos e você acaba sem saber o que está e o que não está acontecendo, a própria India põe em dúvida a credibilidade do seu relato alegando, inclusive, estar mentindo diversas vezes durante a narrativa. Isso torna a leitura muito chata as vezes porque você não pode confiar em nada do que ela está te contando. O livro quase todo é narrado em pedaços desconexos, ela começa contando uma coisa aí dá um giro de 180 graus falando da descoberta da farinha no Egito (um exemplo hipotético) para depois voltar ao assunto inicial (e muitas vezes nem volta!).
Fecunda Ratis - Albert Perreault
As únicas informações que temos certeza serem verídicas é que Imp é uma pintora, ela gosta muito de pintar, mas também escreve alguns contos. A mãe e a avó dela realmente se suicidaram e ela faz acompanhamento psiquiátrico com uma mulher chamada Olgivy. Ela realmente tem uma namorada chamada Abalyn. 
Admito que o jogo de metáforas e símbolos foi usado de modo inteligente no livro, histórias como Chapeuzinho Vermelho e A Pequena Seria foram mistificadas, torcidas, desmembradas e inseridas na história de maneira perturbadoramente original. O livro mescla e brinca muito com isso, levando você a um estado de loucura sombria junto com a personagem até que, em determinado momento, você começa a questionar quem das duas é louca, ela ou a autora (e não consegui responder isso). Outro ponto bastante peculiar é que Imp, enquanto datilografa, conversa consigo mesma dando, muitas vezes, a impressão de que é outra pessoa que está escrevendo e que ela não é real. No começo eu estranhei isso, pensei que ela fosse um fantasma possuindo alguém, pensei que ela poderia estar contando a história a outra pessoa, enfim, demora um pouco até você conseguir compreender a dinâmica do livro.
Algumas coisas são explicadas no desfecho, outras continuam sem resposta e, no fim, você acaba passível de interpretação acerca dos fatos narrados se são ou não verídicos (e eu cheguei a conclusão de que não). De um modo geral, apesar da jogada psicológica e da linguagem quase totalmente voltada a metáfora e ao simbolismo, eu não curti o livro, não foi nem perto do que eu achei que fosse e só vem a reforçar o que me aconteceu com Caixa de Pássaros e A Garota no Trem, se todo mundo gosta a possibilidade de eu detestar é mais alta. Durante toda a leitura precisei fazer algumas pesquisas para conseguir compreender melhor os fatos apresentados, alguns deles, descobri, são ficcionais por isso, uma dica que dou pra quem for tentar ler esse livro é: busque fontes. Essas peças que ela prega muitas vezes podem conduzir você a um entendimento errôneo do desfecho.

Atualizado:
Uma coisa que esqueci de mencionar foi a grande metáfora do livro envolvendo o primeiro quadro, o de Saltonstall. Vi resenhas e comentários de algumas pessoas dizendo que pensaram que Imp era a menina submersa e só então viram que se tratava do quadro. Na verdade, pelo meu entendimento, apesar do quadro há uma simbologia por trás disso, o quadro é apenas um viés físico dessa metáfora. Imp está sim submersa, ela submerge no seu mundo de fantasia enquanto tenta alcançar a realidade ao mesmo tempo em que é assombrada por ela. Essa é uma das grandes jogadas simbólicas de A Menina Submersa, enquanto cada elemento da história parece totalmente deslocado da realidade eles são, na verdade, uma representação do subconsciente de Imp e do modo como ela encara o que e quem lhe cerca.

Passagens que achei interessantes:

Suponho que passamos muito mais tempo pensando sobre nossos pensamentos que as pessoas sãs. 
Se o modo que eu pensava e via o mundo significava que eu era esquizofrênica, a loucura tinha começado bem antes da puberdade. 
Nenhuma história tem começo e nenhuma história tem fim. Começos e fins podem ser entendidos como algo que serve a um propósito, uma intenção momentânea e provisória, mas são, em sua natureza fundamental, arbitrários e existem apenas como uma ideia convenientemente humana. 
Eu nunca poderia ser uma escritora. Não uma escritora de verdade. É terrível demais ter pensamentos que se recusam a se transformar em frases. 
Nunca gostei de casas quietas. Elas sempre parecem estar esperando alguma coisa. 
 Todas essas palavras são cadáveres agora, cadáveres de mariposas e borboletas. Pardais em vidros com tampa.