sábado, 31 de agosto de 2019

[Livro] O Homem de Giz

Original: The Chalk Man
Ano: 2018
Autor: C. J. Tudor
Gênero: Mistério, Suspense

Sinopse: Em 1986, Eddie e os amigos passam a maior parte dos dias andando de bicicleta pela pacata vizinhança em busca de aventuras. Os desenhos a giz são seu código secreto: homenzinhos rabiscados no asfalto; mensagens que só eles entendem. Mas um desenho misterioso leva o grupo de crianças até um corpo desmembrado e espalhado em um bosque. Depois disso, nada mais é como antes.

Em 2016, Eddie se esforça para superar o passado, até que um dia ele e os amigos de infância recebem um mesmo aviso: o desenho de um homem de giz enforcado. Quando um dos amigos aparece morto, Eddie tem certeza de que precisa descobrir o que de fato aconteceu trinta anos atrás.

Não consegui ler o livro do projeto Relendo e Resenhando do mês de Agosto, de modo que vou mantê-lo no mês de Setembro desejando que as coisas saiam melhores... o mês de Agosto foi muito difícil para mim, muita coisa aconteceu ao mesmo tempo e me vi totalmente fora da razão, me desculpem. Espero que setembro seja melhor.

Bem, O Homem de Giz foi a escolha do Clube do Livro de Agosto, tinha visto esse livro outras vezes, mas por alguma razão nunca havia realmente me interessado em lê-lo de modo que, de alguma forma, foi uma surpresa boa. Não digo que é um livro fantástico, mas a história cumpre o papel de nos entreter e fazer as pulguinhas saltarem atrás da orelha.

A trama é narrada por Eddie Adams que alterna sua narrativa entre a infância e a vida adulta. É assim que somos apresentados à Elisa, a bela menina que sofre um acidente tenebroso num carrossel e ao senhor Halloran um homem albino e misterioso. Assim como conhecemos os quatro amigos de Eddie, Gav, Hoppo, Mikey e Nicky. Cada um à sua forma tem um papel na trama sombria do homem de giz. Quando um corpo é encontrado no bosque e uma série de pistas com homens de giz é espalhada para os quatro amigos, um complexo quebra-cabeças começa a ser montado e segredos do passado envolvendo as crianças e seus pais começam a ser desenterrados.

Eddie é cleptomaníaco, Mikey é mentiroso, Nicky tem problemas com o pai, o pastor da cidade, e por causa disso se mutila. Gav é o "ostentador" dos cinco e Hoppo o que tem mais problemas financeiros. Os cinco ficam ligados pelo corpo sem cabeça e desmembrado no bosque e quando cada um recebe uma carta com um homem desenhado a giz juntamente com um giz descobrem que a história não acabou. Quando Mikey acaba morto do mesmo jeito que seu irmão mais velho na adolescência, Eddie tem certeza que o assassino está por perto rastreando cada um dos seus passos e precisa descobrir a verdade antes que seja a próxima vítima.

Gostei do livro. Como falei, não chega a ser incrível, mas é muito bom, a trama é envolvente e apesar de alguns recursos meio forçados (como querer fazer a gente acreditar que o senhor Halloram é o homem de giz) as respostas não ficam exatamente na cara. Inclusive, a revelação do último capítulo me deixou bem surpresa. Uma das meninas do clube disse que o começo da história parece muito com IT, mas como eu nunca li esse livro não posso fazer comparações. Acho que vale a leitura.

[Drama] The bride of the water god

Original: 하백의 신부; rr: Habaek-ui shinbu
Gênero: Romance, Drama, Fantasia, Comédia
Direção: Kim Byung-soo
Roteiro: Jung Yoon-jung
Ano: 2017
Elenco: Shin Se-kyung
Nam Joo-hyuk
Lim Ju-hwan
Krystal Jung
Gong Myung

Baseado no manhwa de  Yoon Mi-kyung

Onde encontrar: Kingdom Fansub


Sinopse: Quando o deus da água narcisista Ha-baek (Nam Joo-hyuk) visita a Terra para encontrar uma pedra poderosa o suficiente para ajudá-lo a reivindicar o seu trono, ele busca a ajuda de seu servo e a noiva destinada, o psiquiatra So-ah (Shin Se-kyung), cuja família está destinada a servir o deus da água por gerações. O problema é que ela não tem crença nos deuses e, inicialmente, confunde-o por sofrer de delírios. As coisas ficam ainda mais estranhas quando o Deus do vento Bi-ryeom (Gong Myung), a deusa da água Mu-ra (Krystal Jung) e o semi-deus Hu-ye (Lim Ju-hwan) aparecem complicando as coisas.

Comecei a ler o manhwa ano passado, mas por alguma razão não terminei, estava gostando muito, por sinal e quando anunciaram o drama em 2017 eu tinha ficado muito interessada, mas ia terminar o manhwa antes de assistir, mas abandonei o plano e esse ano decidi colocar na meta de dramas para ver. Confesso que não gostei muito.

A história segue Habaek, o deus da água destinado a ser rei, mas para isso, o sacerdote o envia para a terra com a missão de encontrar as três pedras dos deuses e levá-las de volta ao  reino da água, para isso ele deve encontrar os três deuses que estão lá, Moora a deusa da água, Bi Ryeom o deus do vento e i deus da terra (cujo nome esqueci, desculpa), mas as coisas começam mal assim que ele chega uma vez que, além de estar sem os seus poderes a serva dos deuses que deveria acolhê-lo e cuidar das suas necessidades não está disposta a ajudá-lo.

Yoon So Ah é uma mulher cheia de cicatrizes de uma infância conturbada, o pai cuidava de várias de rua e, por isso, dava pouca atenção para ela, na adolescência ele saiu de casa para ficar com outra mulher e ela nunca foi capaz de perdoá-lo por isso. Formada em psiquiatria, sua clínica passa por tantas dificuldades quanto possível porque ela não gosta do seu trabalho tal qual não gosta da Coréia. Por isso, quando Habaek aparece anunciando ser o deus da água e dizendo que ela é sua serva a última coisa que ela quer é mais um peso nas suas costas. Além disso, a arrogância e o egocentrismo do deus da água não ajudam nem um pouco.

Habaek descobre que o deus da terra desapareceu e que os dois deuses remanescentes perderam as pedras dos deuses, a essa altura ele já está na casa de Soo Ah, mas sua relação com ela não anda das melhores embora eles comecem a se importar um com o outro. Quando Hu Yue, o ceo de uma empresa de publicidade aparece e mostra interesse em Soo Ah as coisas se complicam por ele ter uma relação conturbada com os demais deuses e esconder um segredo sombrio. Moo Ra, por sua vez, não gostando nada do caminho que a relação entre Habeak e Soo Ah está tomando prepara todas as suas armas para separá-los.

Lembro que dos poucos volumes que li, oito de vinte, gostei muito, a história era cheia de mistérios, intrigas, luta pelo trono, maldições e amores trágicos. Sem contar que era uma trama histórica, acho que esse foi o ponto que mais me fez não curtir o drama, eles fizeram como uma espécie de spin off do manhwa, não achei que o Nam Hyuk e a Se Kyung tiveram química, tirando a Moo Ra e o Bi Ryeom que praticamente roubaram a cena, achei as atuações bem fraquinhas e o enredo bem mais ou menos. O final é feliz, mas bem previsível, mesmo as partes cômicas para mim foram poucas que surtiram efeito. Enfim, é mediano, vou terminar de ler o manhwa porque ao que parece é muito melhor.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

[Livro] A Sombra do Vento

Ano: 2001
Autor: Carlos Ruiz Zafón
páginas: 565
Gêneros: Drama, Suspense, Literatura gótica
Série: O Cemitério dos Livros Esquecidos #1

Sinopse: Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento", do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu. Na verdade, o exemplar que Daniel tem em mãos pode ser o último existente. E ele logo irá entender que, se não descobrir a verdade sobre Julián Carax, ele e aqueles que ama poderão ter um destino terrível.

Muitas coisas impediram que eu terminasse esse livro no prazo, a primeira delas foi o concurso público que prestei no domingo, era para tê-lo terminado na segunda e, bem nesse dia, recebi a notícia do falecimento do meu avô e ainda não consegui ordenar direito a minha cabeça. Acho que de todas as bagunças internas que passamos ao longo da vida, a mais difícil delas é lidar com o buraco que nos abre a partida de alguém que amamos... em especial porque esse é um vazio que nunca se fecha mesmo com a anestesia do tempo. De alguma forma, A Sombra do Vento vai tratar desse tema, sobre a vida, sobre a perda, sobre a essência do presente, do agora.

Esse é o terceiro livro de Zafón que eu leio e cada vez ele se consolida mais como um dos meus autores favoritos dada a sua forma única de contar histórias, isso porque nunca temos apenas uma história, mas um emaranhado de tramas que se converge num costurado de enredo tão bem amarrado que nos arremata da realidade de uma maneira que poucos livros são capazes. Mergulhamos na vida dessas personagens que se descortina para nós de modo gradual e tão completo que é como se lêssemos vários livros dentro de uma mesma história.

Tudo começa quando, no final da infância, Daniel Sempere é levado pelo pai para conhecer o Cemitério dos Livros Esquecidos, como uma forma de ajudá-lo a superar a perda da mãe. É nesse lugar cercado de livros e mistérios que Daniel encontra A Sombra do Vento livro de um autor desconhecido chamado Julian Carax. Imerso nas páginas fascinantes da narrativa do escritor, Daniel se vê fascinado e interessado em descobrir o homem por trás das palavras, é aí que imerge no mistério envolvendo Julian de quem pouco se sabe e muito se especula. A sua descoberta pelo romance, extinto de todas as livrarias e bibliotecas do mundo, o leva a conhecer Clara Barceló ― cujo tio quer comprar o livro a todo custo e qualquer preço ― por quem o jovem Daniel de quinze anos se apaixona, e Fermín Romero, um homem de passado nublado que vive nas ruas e se torna um amigo fiel quando Daniel e seu pai o empregam em sua livraria.

A investigação pela vida de Julia Carax envereda Daniel e Fermín por um passado sombrio pouco antes da guerra explodir nas ruas de Barcelona onde Julian Carax se descobria um filho ilegítimo e se apaixonava por Penélope Aldaya, cujo amor estava marcado a destruir suas vidas para sempre. Enquanto se embrenha pelas descobertas do passado de Julian e Penélope e descobre a teia de intrigas, mentiras e traições que envolvem personagens obcecados e vtimados por um passado obscuro. Quanto mais fundo vai dentro da vida de Caráx, mais Daniel se vê como parte e como alvo dos inimigos do escritor que fazem-no questionar suas atitudes e podem mudar drasticamente o seu futuro.

  O mais mágico em Zafón é que a gente nunca lê uma história só. Geralmente, o passado das personagens em livros que habituamos ler se mescla de forma fragmentada na trama, de modo que sabemos aquilo que precisamos para entender seu contexto presente, mas com Zafón isso não acontece. Ele nos mostra a história de cada personagem de maneira total e no momento certo para nos inteirarmos, nos apegarmos e sofrermos suas lutas e seus infortúnios, de forma que a empatia que sua narrativa, por vezes poética e por vezes crua, nos desperta é tal que submergimos no mundo daquele personagem e nos desprendemos do nosso próprio mundo.

Além disso, o universo apresentado é de tal verossimilhança, tal como suas personagens imperfeitas e impecavelmente construídas, que é muito fácil esquecer que os acontecimentos não são reais ou mesmo não imaginar todo o filme do que vamos lendo na nossa mente. A trama, costurada de maneira a nos deixar ávidos e cheios de adrenalina, mescla o drama e a tragédia de Shakespeare e Sêneca com elementos de aventura, ação, mistério e um toque de horror. Zafón nos cativa com uma história sobre amor, sacrifício, obsessão e ódio que nos leva a refletir sobre a brevidade da vida e o poder das nossas escolhas. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

[Música] Monsta X - Phenomenon

E finalmente saiu o álbum novo do Monsta X, o Phenomenon é o segundo álbum japonês dos meus bebês e minhas expectativas não podiam ter sido melhor atendidas!! 

Eu tinha feito um post logo que saiu o vídeo promocional da música título X-Phenomenon, que foi apenas um surto na minha cabeça depois de eu ter ficado um pouco apreensiva com Who Do You Love que também tinha sido lançada recentemente. Meu medo era que acontecesse com o Monsta X o mesmo que houve com o BTS, a mudança de estilo ser brusca ao ponto de sequer parecer a mesma banda.

Felizmente, o Phenomenon mandou minhas preocupações para o espaço chegando com toda a energia e o característico estilo vibrante do Monsta X que conheço e amo desde a primeira vez que ouvi. Meus bebês não decepcionaram nem um pouco entregando músicas inéditas e versões em japonês de músicas dos seus álbuns coreanos anteriores Are You There e We Are Here. 

Como eu esperava, é um disco cheio da energia que é marca registrada dos meus meninos, cheia de vocais maravilhosos, muito pop dançante e a mistura de pop com pegadas de thecno e dance music. PERFEITO, apenas. Não consigo parar de ouvir. De novidade temos as maravilhosas My Beast, Black Swan, Flash Back, Swish e Carry On que é a única mais baladinha do álbum. Ainda conta com versões em japonês de Shoot Out e Alligator. Gente tá só amor esse CD, sério! Meu amor pelo Monsta X foi mais uma vez renovado, são os reis do Kpop, apenas. Deixo aí embaixo as versões japonesas com vídeo oficial desse álbum cujos vídeos são ainda melhores que as versões coreanas, eles parecem que fazem uma versão mais sexy para os vídeos japoneses, dá pra não amar?



Já disse e digo de novo, meus amores merecem mais atenção dos amantes de Kpop, são maravilhosos, talentosos e com músicas incríveis e cheias de energia. Deveriam ter mais foco.

Universo NOGG 2019


No domingo passado (18) aconteceu o tão esperado NOGG de 2019 que teria uma parceria com a TV Asa Branca esse ano e, gente, o evento foi ENORME, a FAFICA lugar onde até então acontecia foi vendida de modo que o evento aconteceu no Polo de Caruaru, mas o espaço foi pequeno para o tanto de gente que tinha, quase caí da cadeira quando descobri na segunda que eram quase três mil pessoas lá dentro.

Contudo, nem tudo são flores. Apesar de toda a energia do NOGG que conhecemos e amamos estar praticamente quadruplicada com o aumento da população nerd, algumas coisas me deixaram bem frustradas, como já disse, para esse monte de gente o espaço ficou muito pequeno de modo que o calor lá dentro estava infernal, mas as duas coisas que mais me desanimaram foi que o Karaokê ficou inviabilíssimo uma vez que reservaram uma área minúscula bem no meio de todo o barulho, era quase impossível ouvir qualquer coisa. A outra coisa foram as lojinhas que não esperavam que o evento fosse ser tão grande e não variaram tanto, de modo que era muita procura pra pouca variedade. Eu tive sorte que pelo menos esse ano achei minha tão desejada camisa do Monsta X. Mas de compra esse ano foi quase nada porque não tinha mesmo escolha, a maioria das lojinhas só levava coisa do BTS era de me dar nos nervos. Segue o que comprei:
Três NOGGs depois finalmente encontrei uma camisa do Monsta X do meu tamanho!

mousepad

caderninho do pikachu e canetinha kawaii
Fora isso só trouxe um chaveiro do Monsta X e uma camisa do Final Fantasy, não rolou a tradição da camiseta do InuYasha porque não tinha lá (sad!). Variedade era zero, sem contar que tinha menos barraquinhas e o espaço para elas era tão diminuto que mal dava para os vendedores sem mexerem. Foi bem frustrante essa parte. 

Para um evento do porte do NOGG esse ano, achei que tinha muito pouco cosplay. Se tinham 500 cosplays ali era muito, e acredito que nem tinha isso tudo, devia ter uns 100 é que a gente não conseguiu achar todo mundo mesmo e muitos dos nossos amigos não fez cosplay esse ano (sad²).








Esses eram alguns dos cosplays que a gente encontrou logo que chegou no evento. Como era muita gente não era apenas ruim de tirar as fotos, era ruim de achá-los também. Mas se há algo que eu não posso reclamar é que o investimento foi bem pesado esse ano, além de oferecer petiscos para os noggueiros, havia um stande dando fotos personalizadas do evento de graça, bastava ter um instagram desbloqueado e tirar a foto colocando a tag do NOGG, havia uma área para descanso (que eu não vi e por isso voltei morrendo de cansaço pra casa aff!) e o guarda volumes era pra todo mundo (nos outros eventos era só para os cosplayers). Sem contar que, por ser dentro do polo, ficou bem mais cômodo almoçar direito graças aos restaurantes que além de serem bons estavam com promoções e minha irmã e eu ainda demos uma volta nas lojinhas.

No fim, apesar de todas as frustrações, o evento foi muito bom. A gente conseguiu se divertir, passou um tempo legal junta e com nossos amigos queridos, compramos algumas coisinhas, vimos a palestra com o Chales Emmanuel dublador do Rony de Harry Potter. Valeu a pena. Espero que ano que vem eles possam organizar melhor o espaço, como separar o Karaoke e os jogos de cartas do barulho central de modo que dê para os participantes jogarem melhor. Além de ter mais lojinhas vendendo e mais cosplayers circulando. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

[Livro] A Magia do Inverno

Original: Wichwood
Autora: Tahereh Mafi
Ano: 2017
Gênero: Fantasia, Conto de Fada

Sinopse: Nossa história começa em uma noite congelante… Laylee mal consegue se lembrar dos tempos felizes antes de sua mãe morrer. Antes de seu pai, levado pela dor, perder o juízo (e o caminho), e ela ser abandonada como a única mordeshoor restante na cidade de Whichwood, destinada a passar seus dias esfregando a pele e a alma dos defuntos nos preparativos para suas vidas após a morte. Ficou fácil esquecer e ainda mais fácil ignorar não apenas sua crescente solidão, mas a forma como suas mãos exaustas, assim como seus cabelos, estão se enrijecendo e se tornando acinzentados. No entanto, alguns estranhos conhecidos irão aparecer e o mundo de Laylee irá virar de ponta-cabeça enquanto ela redescobre a magia, a cor e o poder de cura da amizade. Exuberante e encantadora, a aclamada Tahereh Mafi tece uma nova aventura mágica neste mundo persa fantasiosamente sombrio, trazendo ao público novamente Alice Queensmeadow e Oliver Newbanks, protagonistas de Além da Magia.

A segunda resenha de Agosto saiu bem fora da data, mas com a viagem domingo passado eu acabei me perdendo um pouco nas coisas, muita coisa ficou pra esse mês e tudo ficou bem apertado, além do mais acabei adoecendo colocando em xeque qualquer energia que me restava. Mas bem, vamos ao que interessa.

Ano passado li Além da Magia e, ao contrário do que esperava (com sinceridade não estava dando muito naquele livro não) gostei bastante, é como um conto de fadas moderno que tenta reviver o melhor do estilo dos Grimm sem perder a autenticidade. Para esse ano, decidi colocar o segundo volume da duologia para ver se seria tão bom quanto seu predecessor e fiquei bem dividida quanto ao que achei da história.

Seguimos Laylee, uma modershoor que seria como um grau de ceifador responsável por encaminhar os mortos a otherwhere cujo nome é autoexplicativo, né? Ela é uma adolescente de treze anos cuja mãe morreu ha um tempo e, tão desesperado ficara com a morte dela, o pai desbandou-se pelo mundo a procura da morte para "reclamar" por ter levado sua esposa tão cedo da sua vida. Assim, Laylee ficou sozinha para realizar todo o trabalho e lidar com a hostilidade de toda a wichwood que, além de não reconhecer o importante trabalho que ela faz, a tratam como uma pária.

É quando suas esperanças e sua vida estão à beira do precipício que surgem Alice e Oliver. Para Alice, Laylee representava o desafio fruto de sua Entrega. Para Oliver, inicialmente, ela representava uma nova aventura. Para Laylee, há tanto tempo sozinha, os dois representavam uma chance de adiantar seu trabalho acumulado. Não bastasse isso, lhe restava pouco tempo de vida. Depois de trabalhar tantos anos a fio, sem descanso e sem ajuda, abandonada pelo pai e perturbada pelo espectro da mãe, Laylee Layla Fenjoon estava morrendo sem cor.

Claro que, de início, é difícil para a modershoor aceitar a ajuda que Alice e Oliver estavam lhe oferecendo, Laylee passou tanto tempo longe das pessoas, sem receber qualquer tipo de afeto, que esqueceu como se relacionar com as pessoas. Dentro do seu coração só havia solidão e rejeição. Alice começava a ficar preocupada quanto ao que precisava fazer para realizar sua missão enquanto Oliver se via cada vez mais encantado com a geniosa e forte garota que vivia na barreira entre o mundo dos vivos e dos mortos. As coisas parecem se complicar quando a doença de Laylee avança mais rápido e seus mortos, aos pensar que foram abandonados, decidem causar o caos no mundo dos vivos.

Oliver e Alice, junto ao seu novo amigo Beyanmin e sua mãe Madajoorn precisarão correr contra o tempo para salvar Laylee da morte, do julgamento da cidade e, sobretudo, de si mesma.

A primeira coisa que quero falar sobre esse livro é que demorei um pouco para gostar dele. Levou um tempo para que me inteirasse melhor de Wichwood e de sua magia, contudo, o tom mais sombrio da história me agradou bastante. Em geral, morte é um assunto meio batido e até "cabuloso" dependendo da forma como é abordada, mas Mafi deu aquela cara de conto de fadas com filme de terror que se encaixou muito bem. Cenas como a que os fantasmas arrancam as peles dos mortais (literalmente) chegou a causar náuseas. Toda a mitologia dos mundos é muito bem construída e, não fosse pela narração estilo "vovó pondo neto pra dormir" seria fácil esquecer que não era um conto de fada dos Grimm.

Também precisou aplaudir as analogias super válidas que ela faz no livro como o pai de Laylee indo buscar a morte (também literalmente), afundado na depressão da perda da esposa. Ou mesmo a evolução de Laylee que exemplifica traumas de infância, as consequências da alienação parental, o processo de evolução da depressão (magistralmente mostrado conforme a cor vai desaparecendo do seu corpo que está se tornando acinzentado), a forma como vivemos mecanicamente para o trabalho e quão ingratos somos na maior parte do tempo ao ponto de sermos cegos para as coisas bonitas do mundo que nos cerca.

Mesmo que, num primeiro momento, a história pareça rasa e até mesmo bobinha, conforme vamos conhecendo melhor as personagens e nos inteirando do enredo percebemos quão densa e cheia de significados ela é. Não gostei tanto quanto do primeiro, mas ainda assim me agradou bastante. Sem contar que descobrindo novas facetas dos poderes de Oliver e Alice que ficaram ou nubladas ou não ditas em Além da Magia. Recomendo.

domingo, 11 de agosto de 2019

[Livro] Os Cinco do Ciclo

Autor: Elias Flamel
Páginas: 556
ISBN: B075GZJBLR
Ano: 2017

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Sinopse: Yosef de Keltoi. Presenteado na infância, por uma de suas mães, com um tesouro de muitas páginas. Cresceu com pouco, encontrou o seu amor e ao lado dela teve que instigar uma revolução entre trabalhadores do campo. Sua vitória não foi perfeita, pois falhou contra os deuses que tanto venerava. Assim, o líder de uma vila pequena, e quase oculta entre os quatro cantos do mundo, vive o começo da sua velhice. 

Não reclama de ter vivido muitos ciclos e é servo de um império que pintou de rubro nações que ousaram ser grandes. Sempre preocupado com o seu povo e com a sua família. Qual vem primeiro? É uma pergunta que necessita de tempo e páginas para ser respondida. Hitalo, o mais velho dos seus filhos, exige mais firmeza com os homens do campo. No auge da juventude, o divertido e criativo Yohan deseja provar para o seu pai que é um homem feito. Morgiana, companheira de luta, enxerga muito além do que os olhos podem ver e deseja alertar o seu amado Yosef a respeito de algo muito difícil de fugir. 

Yosef parte para Numitor, sua viagem tem como destino a capital de todo o império, lar dos homens de togas brancas que praticam um culto conhecido pelas eras. E esses mesmos homens possuem legiões em seu poder. Era para ser somente mais uma viagem dos tributos, mas o homem comum ouve boatos que colocam em risco o seu lar, a sua cultura e as suas crenças. Uma ajuda é mais que necessária, mas aqueles que são os mais poderosos e dotados de uma sabedoria milenar começam a pedir socorro. Só Yosef, o líder, pode salvar o que tanto ama.

Ao tentar, é exposto o seu passado manchado, ele reencontra velhas amizades e conhece desejos guardados dentro do peito de um dos seus filhos. Sua vontade de ter o que tanto deseja fará Yosef se embrenhar pelas ruas do império. Será preciso conviver com ladrões, fardados de rubro, uma sociedade que ama a prata e o ouro e terá de lutar até mesmo contra a fúria da natureza. 

Não costumo atender pedido de leitura, em especial porque eu programo as leituras do ano todo em Dezembro e vou fazendo modificações apenas com o ritmo que consigo manter em cada mês, contudo, quando o autor decidiu entrar em contato comigo e pedir que lesse o livro dele, seis meses atrás, duas coisas me fizeram ceder: a primeira a paciência dele em esperar o meu tempo e respeitar meu cronograma para encaixar o livro dele; a segunda o fato de conhecer a realidade de ser autor independente num país que ainda lê tão pouco, em especial autor de fantasia que é um gênero difícil e pouco consumido, infelizmente. Então, olhando minha velocidade de leitura, que ia sofrendo alterações conforme os estudos de concurso vão se tornando mais exigentes, acabei conseguindo encaixar o livro dele este mês (respeitando a ansiedade de saber o que se acha da sua história uma vez que, sendo autora, também passo por isso).

A primeira coisa que me surpreendeu, na falta de uma palavra melhor, no livro foi o fato de, ao contrário do que pensei quando vi a capa, se tratar de uma fantasia crítica que nada tem a ver com magia. Diria, inclusive, que se encaixaria numa espécie de fantasia distópica cujo epicentro é a crítica clara ao fanatismo religioso que bebe nas fontes históricas da humanidade. Com uma mistura de toda uma cadeia mitológica que permeia a história do mundo, Flamel soube inserir sua própria mitologia e fazê-la ter sentido dentro da história que conhecemos e estudamos na escola. Acredito ter sido esse um dos acertos mais notáveis desse livro.

Nós acompanhamos a história de Yosef, um homem já de certa idade que vive em uma espécie de ilha (e essa é uma conclusão minha, porque na falta de mapa não dá para ter muita certeza da geografia da história) que serve ao império de Numintor, ao meu ver, uma quase escrachada analogia ao império Romano, inclusive, o mito da fundação de Roma é mostrado de maneira muito inteligente na história.  Ele é o líder do povo de Keltoi, ao lado de sua esposa Morgiana, sua ama Guilda e seus três filhos Hítalo, Yohan e Julian, nessa ilha, o povo adora aos cinco do ciclo que são cinco deuses semelhantes a outras crenças politeístas como a celta, por exemplo, contudo, em uma de suas aborrecidas viagens ao império para levar seu tributo ele fica sabendo sobre fantáticos religiosos que estão dizimando as crenças tidas por pagãs em nome do monoteísmo adotado pelo imperador e, em breve, imposto sobre todas as terras sob seu domínio.

Yosef, desesperado pelo provável fim do seu povo e atormentado por pesadelos que encara como pedidos de socorro dos deuses que adora, decide convocar o conselho da cidade para decidir o que devem fazer. Dagda, o agricultor mais velho da ilha, aconselha que todos devem ir embora e se estabelecer em outro lugar, mas a ideia é logo rechaçada por Hítalo que sugere que eles devem lutar para proteger sua crença. Yohan, por sua vez, sugere ao pai que vá pedir proteção ao império uma vez que, como parte do domínio, eles têm dever de protegê-los. No fim, Hítalo decide seguir seu caminho como uma rota alternativa em busca de armas e pessoas para proteger Keltoi, Yosef segue para Rômula, sede do império, em busca de um senador que possa proteger seu povo.

No seu intento ele conta com a ajuda de Lucien, um livreiro e estudioso que trabalha como escriba no senado, para infiltrá-lo na tribuna e, assim, conseguir conversar com o único dentre os senadores que pode apoiar o salvamento de Keltoi dos fanáticos. Contudo, o que vê lá dentro só faz com que Yosef tenha certeza da mancha de corrupção e ganância que engole aqueles que ocupam o poder e são ofuscados pelos privilégios advindos do suor das classes dominadas.

"Os senadores brigam por brigar e só ouço palavras cuspidas. Não querem uma solução, querem mostrar que lutam, querem se defender. Exibem-se para os seus adversários? Para as imagens dos imperadores nas paredes? Ou para os deuses desse culto chamado política?" (Cap. 33)


Por vezes, a intenção do autor em fazer críticas tanto ao fanatismo religioso que apagou tantas crenças tidas como pagãs é claro, não somente isso, mas o uso comercial atribuído à religião por aqueles que detém o poder, além de uma quase analogia muito válida ao nosso sistema político atual que tem o desejo de se tornar uma teocracia forçada "goela abaixo" em todo o país. Além disso, faz-se criticas sociais muito pertinentes sobre as desigualdades além de mostrar um retrato alegórico da Roma em seus últimos séculos após Cristo, inclusive, um fato que eu achei bem curioso nesse livro é que a história se passa justamente após a crucificação de Cristo quando o monoteísmo começava a se espalhar, considerando que, segundo historiadores, a crucifixão aconteceu em 33 d.C e sendo Keltoi um vilarejo fictício tal qual Numintor, fiz uma estimativa do período em que a história se passa.

O império romano perdurou entre  27 a.C. – 476 d.C., se cristo foi morto no ano 33 d.C e, a partir daí o monoteísmo começou a ser disseminado, tomando como base tanto os conflitos políticos e a possível analogia ao império romano dada na história, presumi que o livro se passa ali pelos anos 305, uma vez que o imperador de Numintor convertera-se ao monoteísmo e, na história, Constantino foi o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo e ele foi imperador do Império Romano entre os anos de 306 a 337. Mas, como disse, isso são suposições minhas.

Num cômputo geral eu gostei bastante da história, Flamel se mostrou uma promessa da literatura  fantástica nacional, seus livros se equiparam facilmente a títulos como O Nome do Vento fonte na qual foi claramente inspirada, O Clã dos Magos e até mesmo O Caça-Feitiço. Por vezes achei o excesso de descrição um pouco cansativo, muitas vezes o personagem se estendia em divagações ou histórias paralelas, além de cenas que se alongavam demais e davam a impressão que a leitura não fluía, mas isso não tira o mérito da obra enquanto excelente composição literária brasileira. Os diálogos, a composição de cenários e mesmo as histórias de base das personagens foram muito bem trabalhadas, algumas mostram mais presença que outras, tanto pela sua expressividade quanto pelo seu próprio papel na trama.

Confesso que, no fundo, esperei um final diferente (quem me acompanha sabe que eu sou a defensora dos Happy endings), mas tanto a reviravolta nos últimos capítulos quanto os tristes eventos desencadeados no fim da jornada de Yosef fora plausíveis dentro da história construída e do universo histórico da trama ainda que este não tenha sido explicitado. Flamel faz uso de uma linguagem em sua maior parte simples e acessível, mas não deixa o leitor na mão ao apresentar-lhe algumas palavras e locuções novas, algo que sempre considero muito válido em um bom livro. Além disso, sua prosa por vezes poética consegue dar profundidade e formar um cenário mental durante a leitura o que tomo como essencial em um livro de fantasia dessa natureza, ainda que não seja tão embasada no gênero.

Antes de começar a leitura pensei que leria uma fantasia mais voltada para a magia e os elementos aos quais estou acostumada em minhas leituras, de modo que foi uma boa surpresa encontrar um livro com uma construção verossímil de uma terra e cultura alocadas num período histórico específico e que aborda temas ainda tão atuais seja por meio de analogias implícitas ou explícitas nas suas cenas e diálogos. A razão para ter recebido minhas três estrelas e não quatro foi justamente o fato de ter essas partes mais "esticadas" tal como é comum em O Nome do Vento (tinha uma que nunca esqueci em que Kvote ia matar um dragão e parecia que ele ia levar o livro todo só pra fazer isso, beirava a loucura na minha paciência!) e mesmo Os Cinco do Ciclo sendo um livro bem mais "enxuto" em comparação a prosa arrastada de sua fonte inspiradora, isso me incomodou um pouco. Concluo que, talvez, eu não seja uma leitora de fantasia e reitero que esse é meu ponto de vista o que não quer dizer, de forma alguma, que o livro é ruim.

Para os leitores de fantasia desde Tolkien a Assassin's Creed, recomendo fortemente Os Cinco do Ciclo, em especial se vocês gostam de histórias com certo cunho histórico e que evocam essas reflexões críticas acerca de política e religião de uma maneira mais lúdica (ainda que preservando a seriedade que o assunto pede) e sem deixar de lado a imparcialidade de suas personagens que assumem diferentes pontos de vista e apresentam muito bem suas discussões. O livro deixa a ideia que a  história terá uma continuação, pelo menos foi a impressão que eu tive no epílogo, me resta desejar boa sorte ao autor e parabenizá-lo pela construção de um enredo tão bem feito. E essa conclui a primeira leitura de Agosto! 

sábado, 10 de agosto de 2019

Sombras ao Sol Booktrailer e Lançamento!

É com muita alegria que venho anunciar que no dia 15 de Agosto, Sombras ao Sol chega à Amazon! Essa é uma história que eu havia começado no início da adolescência e rascunhado apenas algumas poucas folhas do que seria o primeiro capítulo. Deixei junto dos meus outros rascunhos inacabados (que são muitos!) e eventualmente acabei encontrando numa das minhas faxinas decidindo que era uma ideia que valia investir. Inclusive, na época que havia terminado esse livro foi quando li Ponte para Therabítia por indicação de um conhecido da faculdade.

Assim, acabou surgindo em 2010 o primeiro rascunho do livro que eu coloquei no Nyah e recebi boas respostas. Naquela pressa de autor iniciante, acabei publicando a história no Clube de Autores do jeito que estava, com revisão de uma amiga, Roberta. Contudo, acabei por tirar o livro de lá e deixei-o guardado após minha leitora teste na época, Shirllene, afirmar que não havia gostado. Ela lia muito mais do que eu naquele tempo, então decidi dar ouvidos a ela e deixei a história guardada por um tempo com a intenção de amadurecer a ideia.

Conforme fui lendo mais e começando a pesquisar de verdade sobre escrita e elementos da narrativa, e praticando mais a escrita com as demais histórias (porque, como dizem, a prática leva ao aperfeiçoamento!) comecei a repensar a história, suas personagens e o enredo em si. Trabalhei melhor sua construção, coloquei outros personagens e transformei Sombras ao Sol ao que ele é hoje, um romance doce sobre amigos de infância que crescem e o sentimento silencioso que os uniu cresce com ele. Me sinto realizada com o resultado, embora tenha certeza que, no futuro, certamente vou acreditar que posso melhorá-la e fazer uma nova edição hahaha.  A gente sempre vai aprendendo mais, né? 

Então, pedi a linda da Mikaelle Silveira, uma super amiga e leitora responsável pelo Book Trailer de O Morro dos Ventos Uivantes e das Noites Sangrentas, para criar um book trailer conceitual para esse novo livro, e este é o resultado do trabalho, fiquei muito feliz e muito satisfeita uma vez que engloba os elementos chave da trama de Adam e Sofia! Confiram só:


Espero de coração que vocês gostem de Sombras ao Sol e se apaixonem pela história como me apaixonei por recriá-la e dar essa nova vida a ela. Tenho planos de escrever um livro chamado Primavera Antecipada que narra os acontecimentos sob o ponto de vista de Adam. Mas isso ainda é um plano futuro. Aí vai umas curiosidades:

  • Uma das principais influências quando tive a primeira ideia para o livro foi a novela Amigos X Siempre.
  • O modelo para Adam foi Kazehaya de Kimi ni Todoke.
  • A primeira versão da história foi escrita em um jogo de RPG que eu jogava na época.
  • O nome de Adam foi uma homenagem ao meu melhor amigo nesse jogo.
  • O nome Sombras ao Sol veio depois que vi o trailer de um filme antigo.
  • Boa parte da história foi feita sobre a letra de Us Against The World do Westlife e Whenever You Call da Mariah Carey com o Brian Mcknight.
  • Esse foi o primeiro livro em que usei uma personagem asiática, a Inohara, graças a influência dos dramas japoneses que eu havia começado a assistir em 2011.
É isso pessoinhas, estou de volta no Twitter, então me segue lá que qualquer novidade eu aviso primeiro lá. Aguardo vocês dia 15 na Amazon! 

Abração!

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

[Anime] Hataraku Saibou (Cells at Work)

Original: はたらく細胞
Episódios: 13 + Especial
Gêneros: Comédia, Biologia
Direção: Kenichi Suzuki
adaptação do mangá homônimo de Akane Shimizu

Sinopse: O corpo humano médio contém cerca de 60 trilhões de células, e cada uma delas têm trabalho a fazer! Mas quando você se machuca, os vírus ou as bactérias invadem, ou quando uma reação alérgica se inicia, todos, desde os glóbulos brancos silenciosos mas mortais até os neurônios inteligentes, devem trabalhar juntos para superar a crise!

Gente preciso começar dizendo que esse entrou no hanking dos meus animes favoritos da vida! Nunca pensei que um anime de biologia poderia ser tão incrível e, sobretudo, tão engraçado e didático!

O enredo gira em torno da "cidade" do corpo humano onde trilhões de células trabalham arduamente todos os dias para manter o equilíbrio. As principais são as células sanguíneas uma vez que o sangue percorre todo o corpo, conhecemos a hemácia que não consegue achar o caminho certo e está sempre se perdendo, o leucócito que vive com sede de matar, mas é um cara legal e as adoráveis plaquetinhas que são fofas até não aguentarmos mais! 

De modo didático e muito divertido, vamos descobrindo cada função das células que povoam nosso corpo e como elas reagem aos mais diversos tipos de infecção e doenças que desequilibram nossos sistema desde um simples arranhão a uma hemorragia severa. Vocês não tem noção de como esse anime é incrível, pessoal, vontade de dublar e dar a todos os professores de biologia para trabalharem com crianças e adolescentes na escola. Inclusive, apareceram células que nem na escola eu vi!

Uma segunda temporada foi confirmada e eu não estou me contendo de ansiedade para ver, sério! Shippei horrores o glóbulo vermelho com o branco e quase (QUASE) senti pena da célula cancerígena. Ele tem uma pegada um pouco violenta na morte dos invasores do corpo, mas ainda assim achei maravilhoso toda a criatividade da autora em ilustrar o funcionamento do corpo humano de modo tão lúdico. Sério, eu super recomendo!