domingo, 31 de maio de 2020

[Drama] Rich Man, Poor Woman (Remake)

Original: 리치맨; RR: Richimaen
Gênero: Comédia romântica
Ano: 2018
Episódios: 16
Direção: Min Doo-sik
Roteiro adaptado: Hwang Jo-yoon, Park Jung-ye
Elenco: Kim Jun-myeon (Suho)
Ha Yeon-soo
Oh Chang-suk
Kim Ye-won

Sinopse: Um homem que não consegue distinguir rostos conhece uma mulher inesquecível. Lee Yoo Chan (Suho) é o criador e presidente da empresa de TI Next One, a qual se tornou o lugar mais desejado para trabalhar. Ele sofre de uma doença que o impossibilita de reconhecer rostos, o que o torna vigiado e desconfiado pela maioria das pessoas.

Kim Bo Ra (Ha Yeon Soo) é o orgulho de sua cidade natal, a ilha Jeju, e mudou-se para Seul para fazer faculdade. Com a formatura se aproximando, o sonho dela é trabalhar para a Next One. Quando Bo Ra conhece Yoo Chan, eles mudarão suas vidas de formas inesperadas?

Baseado em: Rich Man; by Naoko Adachi, Masami Nishiura and Ryô Tanaka

Onde encontrar: DramasKFun e Suho Brasil

Eu ponderei muito se ia ver essa versão porque vocês sabem que tenho um pé atrás com remakes coreanos de dramas japoneses, minhas duas primeiras experiências foram péssimas o suficiente, mas como eu não tinha caído de amores pela versão japonesa de Rich Man acabei dando uma conferida nesse remake e, bem, deu na mesma.

As histórias são praticamente as mesmas, então vou focar nas diferenças, okay? Se quer conferir o plot central leia a resenha da versão original aqui. Então, novamente acompanhamos um CEO jovem de uma empresa de TI, com as devidas adaptações coreanas, a empresa aqui foi abreviada para Next In, como o drama é maior, houve um desenvolvimento de personagens mais aprofundado, afinal estamos falando de seis horas a mais para "encher linguiça" né, coleguinhas, então claro que tem algumas coisas aqui que não tem na versão original, geralmente são essas partes que dão medo quando os coreanos colocam o dedo em um plot original de outro país.

Vamos começar pela irmã do vice- presidente, na versão original ela era uma chef de cozinha, aqui ela é uma curadora de museu e abre sua própria galeria de arte no prédio da Next In, além disso, ela e o irmão são filhos de uma importante empresa de TI que, na versão original, queria comprar e financiar o projeto do Toru, aqui a situação é quase igual, mas tem o diferencial do filho do presidente que tem toda uma questão com o pai. E, ao contrário da sua versão japonesa, a Tae Ra descola um romancezinho tanto com o presidente da Next In quanto com outro personagem que foi inserido aqui. Ou seja, além do vice presidente, ninguém fica na friendzone.

E por falar no presidente, a história dele também sofreu grandes mudanças. Enquanto na versão original Toru procurava pela mãe que o abandonou, aqui, Yoo Chan procura Bo Hong, seu primeiro amor que foi embora sem dar explicações. Esse contexto novo ficou bem mais dramático que o abandono da mãe na versão original e teve um desfecho bem trágico também. Além disso, a personagem principal também se passa pela outra, mas com a diferença que, logo em seguida, ela assume sua identidade verdadeira ao contrário da versão original em que ela fica fingindo ser a outra por um tempo.

Pelo que me lembro, as mudanças mais drásticas foram essas. A personalidade do Yoo Chan é tão ruim quanto a do Toru, mas ele fica menos imbecil um pouco mais cedo, e vejam que eu disse menos imbecil, ele ainda é um babaca. O drama segue quase sendo original e vem fazer um CTRL C na versão original mais perto dos últimos episódios. Se eu acho que vale a pena? Até dá pra passar o tempo, mas não me agradou muito não... sei lá, as atuações foram boas, mas achei as personagens bem irritantes, mesmo o casal secundário que foi inserido não me ganhou. Deixo que vocês tenham o próprio julgamento.

sábado, 30 de maio de 2020

[Livro] City of Fantasy

Original: 幻城, pinyin: Huànchéng
Autor: Guo Jingming
Gênero: Fantasia, Ação, Drama, Romance
Capítulos: 29

Sinopse: Ka Suo era o príncipe mais velho do Império da Neve (tribo de gelo). Após uma guerra com a Tribo do Fogo, que era seu inimigo por gerações, Ka Suo e seu irmão mais novo, Ying Kongshi, se tornaram os únicos dois príncipes restantes da Tribo do Gelo. Apesar do sonho de toda a vida de liberdade, Ka Suo teve que assumir o trono e teve que se tornar o rei para assumir a responsabilidade de reconstrução e proteção da Tribo do Gelo. O sonho do irmão mais novo, Ying Kongshi, era libertar Ka Suo; depois de testemunhar Ka Suo perdendo sua amada mulher por causa da luta pelo trono, Ying Kongshi escolheu assumir o trono de seu irmão, mesmo ao custo de matar todas as pessoas que tentaram impedi-lo... Ka Suo não percebeu a situação e matou Ying Kongshi por engano, assim a tragédia começou. A fim de obter o lótus que poderia reviver as pessoas de Yuan Ji, o governante do mundo, Ka Suo, e seus companheiros partiram.

Tinha começado a ver Ice Fantasy no ano que lançou por causa da minha irmã, ainda não estava habituada com dramas chineses e como ela já estava mais adiantada que eu, decidi ler o livro que minha amiga Jane estava traduzindo, mas por estar desabituada a ler novels acabei abandonando a ideia e não concluindo nenhum dos dois. Contudo, o destino que colocou Mo Dao Zushi no meu caminho me trouxe para ser revisora desse livro que atualmente está sendo postado na minha conta do wattpad e logo voltará devidamente revisado para o blog repaginado da Jane. E, como preciso ler pra revisar, acabei colocando o drama na meta também já sabendo que são duas mídias absurdas de tão diferentes.

Então, no livro acompanhamos Ka Suo (e a história é narrada por ele) o jovem príncipe da tribo do gelo, como filho mais velho ele está destinado a assumir o trono do império da neve, mas não é isso que ele quer, com a mente cheia de sonhos, Ka Suo preza mais que tudo na sua vida o amor do seu irmão mais novo Yin Kong Shi e sua liberdade. A tribo da neve é inimiga da tribo do fogo há muitos anos e uma guerra acaba eclodindo devastando boa parte do império de neve. Para salvar os filhos, o pai deles os envia com um guarda de confiança para o mundo mortal onde estarão à salvo. 

Por trinta anos, Ka Suo e Shi vivem no reino mortal disfarçados, até que uma bela feiticeira da tribo do gelo aparece se apresentando como Li Luo para escoltá-los de volta para casa. A relação de Shi e Ka Suo ficou ainda mais estreita graças a sua convivência no mundo mortal, o garoto era a pessoa que Ka Suo mais amava, contudo, agora seu coração dividia esse afeto com Li Luo. Mas como feiticeira, Li Luo não tinha um sangue puro e, dessa forma, nunca poderia ser esposa de Ka Suo. Não bastasse isso, ele estava prometido em casamento para a princesa do reino das sereias, Lan Sang.

Vendo a tristeza do seu irmão por ter de casar com alguém que não amava e abdicar da sua liberdade por causa do trono, Shi decide agir para subir ao trono no lugar do irmão e, para isso, não mede esforço ou se preocupa com escrúpulos desde que Ka Suo possa ser livre e feliz já que a possibilidade de casar com Li Luo não existe mais uma vez que o pai deles a matou. Contudo, quando Ka Suo descobre as coisas horríveis que o irmão fez ele o acaba matando mesmo que seu coração se destrua com isso. É quando, em um sonho dado a ele pela avó, ele entende o real motivo de Shi ter agido como agiu.

Aos 350 anos, Ka Suo sobre ao trono do império da neve, mas essa posição não quer dizer nada para ele, pois todo o poder nada significa quando ele está sozinho. Seu amado irmão e a mulher que ele amava não existem mais, assim como Lan Sang, a mulher que o amava com sua alma, também foi morta por causa dele. É nessa idade que Ka Suo descobre um segredo terrível sobre sua vida passada: ele havia sido um feiticeiro poderoso que fora punido por quebrar um tabu, acorrentado em uma rocha, ele falava com um pássaro da neve sobre seu desejo de ser livre e, em sua próxima vida, ser um príncipe da tribo do gelo para assim alcançar a liberdade que tanto queria. Atendendo ao seu pedido, o pássaro se suicida na rocha para libertá-lo das correntes e o feiticeiro se joga do penhasco.

Entender a conexão entre esse sonho e a morte de Shi leva Ka Suo a um estado mental ainda mais instável, para piorar ele acaba descobrindo que tudo que conheceu e aprendeu desde que era criança não era exatamente a verdade e o mundo que ele conhecia aos poucos vai se desconstruindo em uma pilha de segredos e mentiras que podem ser a chave para trazer de volta à vida seu amado irmão Shi e a mulher que ele ama, Li Luo.

Com um grupo de quatro ilusionistas talentosos e a irmã de Xin Jiu, Ka Suo parte rumo a Montanha Han Xue a fim de encontrar Li Jian o possuidor do elixir da flor de lótus que pode trazer as pessoas que ele ama de volta à vida. Para tal, Ka Suo precisa atravessar quatro grandes guardiões e mesmo assim Xin Jiu lhe adverte que as chances de conseguir encontrar com Li Jian são poucas, especialmente porque ele é extremamente poderoso. O grupo parte e os dois primeiros guardiões são derrotados, um deles, inclusive, era a avó de Ka Suo. Quanto mais avançam, mais o jovem rei descobre segredos do seu mundo de neve e alimenta a esperança de salvar seu irmão.

Ao contrário dos dois primeiros guardiões, Die Che, a guardiã da parede do suspiro, é uma poderosa ilusionista da tribo de música xamânica, com uma trágica história que se assemelha a de Ka Suo, ela se mostra uma oponente difícil e a vida de Ka Suo como a de seus companheiros é ameaçada. Mesmo tendo recebido os poderes de Shi e da sua avó ao derrotá-la, Ka Suo enfrenta muita dificuldade para passar por Die Che, mas com a ajuda de Chao Ya ele consegue matar Die Che e destruir a parede do suspiro.

O mesmo, entretanto, não acontece enquanto se encaminham para o Guardião do Norte. Após a batalha contra Die Che, Xin Gui fica muito fraca e o grupo tem de voltar para as ruínas do palácio Po Tian onde passam um mês até que a menina se recupere o bastante para seguir a viagem. Xing Zhou, a guardiã da norte, parece o último boss do jogo que é quase impossível de matar, mesmo Ka Suo tendo recebido os poderes de Shi e da avó dele, fico me perguntando como é possível ele ser tão mediano, Shi era o ilusionista mais forte da tribo do gelo, ele só morreu porque se deixou matar pelo irmão, verdade seja dita. A avó de Ka Suo era a astróloga mais poderosa, ele recebeu essa soma de poderes mais o seus próprios, como diabos ele não pode passar por Xing Zhou é algo que só Habaek sabe!

No fim isso acaba sendo Harry Potter, o nome que leva o crédito é ele, mas sempre tem uma Hermione por trás que é quem resolve a coisa toda. No caso de Xing Zhou é Pian Peng que derrota a astróloga antes que ela assassine Yue Shen e Ka Suo. Fico passada, Xin Gui eu até entendo que, mesmo muito poderosa, ela tem a doença lá e tals que vai drenando a vida dela, mas Ka Suo não tem justificativa, ele apenas tem muito poder e parece não saber usar. É frustrante! Pelo menos geral tá viva até aqui, menos Xin Gui, tadinha. No fim ela acabou salvando o dia, mas não conseguiu salvar a si mesma.

Eles finalmente alcançam o território do guardião do oeste, mas as coisas não começam bem, logo de cara Liao Jian cai duro, envenenado. Ninguém tá entendendo nada (nem nós kkkkkkk) e eles não tem o que fazer mesmo então enterram o homem e vão em frente. Chegam numa espécie de aldeia que parece muito com o mundo mortal e precisam achar um príncipe que pode lhes dizer como achar o guardião, mas a tarefa não é fácil e a gente fica num capítulo meio Agatha Christie "quem é o assassino" tá, parei. A coisa é que não é eles que acham o guardião, é o guardião que acha eles e a coisa se complica com um monte de gente morrendo até eles acharem o traidor entre eles e, minha gente, te falar que essa pessoinha é dissimulada, viu? Ka Suo, como sempre, é mais a donzela em perigo que o heroi em ação, e mais briga onde o povo luta e ele dorme.

Aí vem outro super tapão na cara com um plot twist, e digo a vocês que se tem algo que esse autor faz como ninguém é criar plot twist, e conhecemos o tão aguardado Yuan Ji, ou devo dizer, aguardada. Confesso que, até esse ponto da história as coisas estavam parecendo meio "oi?" porqueas coisas se complicavam e resolviam de modo quase instantâneo. Não tinha muita animação, ainda fico me perguntado como esse livrinho rendeu aquele dramão de 62 fucking episódios. Inclusive, pelo pouco que vi do drama e ouvi minha irmã falando, o fundo não tem nada a ver com as calças, mas vou falar do drama em outra ocasião porque tenho que terminar de assisti-lo para poder ter uma opinião a respeito.

Negócio é que, ao contrário de Mo Dao Zushi, Huan Cheng tem menos desenvolvimento da história e das personagens, a escolha do autor em nos fornecer flashbacks para tentar gerar empatia com eles nem sempre funciona, sabe? A sensação que dá é que o livro é "enxuto" demais, na falta de um adjetivo melhor. E o final, meus amigos, é de você querer rasgar o livro no meio! Especialmente porque estava na cara que tudo podia ter seguido um curso diferente, mas não, o autor tinha que dar uma de Tong Hua e ferrar com a história. Na boa, dizer que é frustrante não cobre o sentimento.

Sei que vou me arrepender amargamente disso, mas vou ver o drama em sequência para passar a raiva por completo. Já sei que é bem diferente do livro e quero descobrir se é uma coisa boa ou ruim (tá, eu sei que é ruim porque eles parece que fizeram um negócio tão ruim quanto). Vou escrever postagens separadas pra isso aqui não ficar maior que já está. Então, até a próxima!

[Música] Baekhyun, Suga e Monsta X

Eu já tinha comentado por aqui que havia parado de acompanhar as bandas, é um fato, ainda fico dando uma olhada no que o Monsta X lança, mas o último álbum deles em inglês não me agradou muito, ficou muito backstreet boys. Negócio é que eu não entendo nada de música, o que eu coloco nesses posts são as minhas impressões sobre os álbuns, cada pessoa sente a música de um jeito diferente e eu expresso o que senti ouvindo esses albuns e o que achei deles. Há uma razão para eu ser tão chata no que diz respeito à música que escuto.

Minhas playlists atuais têm se resumido em boa parte a OST's de dramas chineses e a repetir à exaustão The Seed da Aurora que eu queria muito pregar na cara de cada pessoa desse planeta. Tenho variado pouco, talvez seja em parte pelo humor mesmo. Mas bem, já estava esperando o álbum novo do Monsta X desde o fim do mês passado, eles iam lançar no dia 25 desse mês e eu estava com expectativas. Quando fui atrás acabei achando os últimos lançamentos do Baekhyun e do Suga que lançaram sequências de seus albuns solo.

Lançamento: 22.05.2020
Gênero: Rap / Hip-hop
Tracklist:
01. 저 달 (Moonlight)
02. 대취타 (Daechwita)
03. What do you think?
04. 이상하지 않은가 (Strange) (Ft. RM)
05. 점점 어른이 되나봐 (28) (Ft. NiiHWA)
06. Burn It (Ft. MAX)
07. 사람 (People)
08. 혼술 (Honsool)
09. Interlude : Set me free
10. 어땠을까 (Dear my friend) (feat. Kim Jong Wan of NELL)

O que eu gosto no trabalho do Suga é que, mesmo inspirado nos rappers americanos ele tem identidade e sabe expressar isso muito bem na sua música. Gostei muito do primeiro album dele, mas o D-2, apesar de ser muito bom, não me conquistou tanto quanto seu predecessor.

As músicas desse CD ainda seguem o ritmo rap, mas ele brincou com outros estilos que funcionaram bem, tem umas músicas que parecem o Eminem, alguns feats que ofereceram um tom extra no disco e a faixa de trabalho 대취타 é bem chiclete, mas não consegui sentir a energia do primeiro disco, o que não anula a qualidade desse novo trabalho, apenas não me pegou como o outro. 


Delight
Lançamento: 25.05.2020
Gênero:  R&B / Soul
Track List:
01. Candy *Title
02. R U Ridin’?
03. Bungee
04. Underwater
05. Poppin’
06. Ghost
07. Love Again

Desde a primeira vez que ouvi o EXO o vocal do Baekhyun me ganhou de cara. Ainda lembro de todas as notas fantásticas dele arrepiando minha pele quando ouvi MAMA pela primeira vez ou mesmo em El Dorado e Wolf onde ele brilha ainda mais. Gosto muito do timbre agradável e suave que a voz dele tem e da forma como ele consegue passear por notas agudíssimas de modo tão natural.

Quando ele lançou o primeiro disco solo fiquei um pouco decepcionada, apesar de ter gostado do album, não era bem o que eu estava esperando, não achei que ele explorou todo seu potencial, mas quando esse segundo disco saiu percebi que a praia dele parece ser mesmo ficar ali na calmaria do Soul embora eu ache que a voz dele se destacaria mais no pop.

Delight, assim como seu predecessor, é tranquilo e fica em músicas com um ritmo descontraído, mas numa vibe mais discreta. Poppin' e a faixa de trabalho Candy são os detaques do disco. O estilo não muda muito de um cd para o outro embora eu tenha achado o delight um pouquinho mais alegre e intimista que o outro. Enfim, é um bom álbum, mas que não entraria muito na minha playlist usual.


Lançameto: 26.05.2020
Track List:
01. FANTASIA *Title
02. FLOW
03. ZONE
04. Chaotic
05. Beautiful Night
06. IT AIN’T OVER
07. Stand Up

ESSE É O MONSTA X QUE CONHEÇO E AMO!

Quando as primeiras notas de Fantasia começaram a tocar eu tive certeza que meu amado Monsta X ainda estava lá para mim do jeito que sempre amei.

Vocês sabem que eu sou louca por esses meninos e já tinha comentado que temia que eles acabassem pegando o mesmo caminho do BTS e mudando ao ponto de ser irreconhecível, mas esse album foi muito MONSTA X RAIZ, é cheio de energia, vibrante, com músicas maravilhosas e vocais ainda mais incríveis! Mesmo com todos os problemas que a banda enfrentou desde a saída do Wonho que deixou todas nós de coração partido, eles voltam com esse disco que é simplesmente um presente para as fãs, mostrando que não importa as dificuldades eles continuam lá mais fodas que nunca.

Fantasia é dançante, viciante e com as faixas chiclete que são marca registrada da banda, nesse caso a faixa título é sem dúvida uma daquelas que está no seu repeat e fica tocando na sua cabeça quando não está ouvindo. Zone e It ain't over também. Dei pulinhos e gritinhos de felicidade quando ouvi esse album maravilhoso e renovei ainda mais meu amor por esses meninos talentosos e lindos.


[Relendo&Resenhando] Silêncio

Original: Silence
Autor: Becca Fitzpatrick
Série: Hush Hush #3
Gênero: Fantasia, Romance, Suspense
Ano: 2011

Sinopse: Nora Grey não consegue se lembrar dos últimos cinco meses. Depois do choque inicial de acordar em um cemitério e descobrir que ficou desaparecida por semanas, ela precisa retomar sua rotina, voltar à escola, reencontrar a melhor amiga, Vee, e ainda aprender a conviver com o novo namorado da mãe. Em meio a tudo isso, Nora é assombrada por constantes pensamentos com a cor preta, que surge em sua mente nos momentos mais improváveis e parece conversar com ela. Alucinações, visões de anjos, criaturas sobrenaturais. Aparentemente, nada disso tem a ver com sua antiga vida. A sensação é de que parte dela se perdeu. É então que o caminho de Nora cruza o de um sexy desconhecido, a quem ela se sente estranhamente ligada. Ele parece saber todas as respostas… e também o caminho até o coração de Nora. Cada minuto a seu lado confirma isso, até que Nora se dá conta de que pode estar apaixonada. De novo.

"A ignorância era o pior tipo de humilhação."

Acho que até a Becca ficou com raiva da Nora em Crescendo e decidiu dar uma "resetada" na personagem afim de deixá-la menos irritante, e veja que eu disse menos, ela ainda é irritante pra caramba.

Após os eventos finais de Crescendo, Nora acorda no cemitério sem lembrar de nada do que aconteceu na sua vida desde praticamente o começo daquele ano. Ela não lembra como fora parar ali e nem porque se sente tão confusa e paralisada. Desnorteada, ela acaba sendo encontrada por um homem que afirma que faz três meses que estão procurando por ela e, em desespero, ela percebe que não se lembra de nada desde cinco meses atrás.

Dessa forma, a garota tem que redescobrir a sua vida nos últimos cinco meses em meio ao desespero de não lembrar quem a sequestrou (e querendo muito fazer essa pessoa pagar por isso) e descobrindo entre outras coisas que sua mãe está namorando o pai da sua arqui-inimiga Marcie Millar. No meio de toda essa confusão, enquanto tenta recuperar sua vida, Nora acaba sendo atacada por um grupo de rapazes e conhece Jev, um estranho que a salva e por quem ela sente uma estranha espécie de ligação.

Ele é bem vago com relação aos garotos que a atacaram e parece insistir em mantê-la longe, mas quanto mais ele insiste que ela se afaste, mais ela afunda no meio dos segredos dos quais sua amnésia a salvou e sua vida começa a correr mais perigo, pior ainda é a sensação de que tanto sua mãe quanto Vee estão escondendo alguma coisa dela.

É apenas quando reencontra Scott que Nora se inteira da verdade sobre os meses que esqueceu, ela é reinserida no mundo de nefilins e anjos caídos em guerra a apenas alguns meses do chesvan. Sua mãe, namorado Hank Milar que é o líder dos nefilins, está correndo sério perigo e a única maneira de salvá-la é mantendo silêncio sobre o que sabe. Ela acaba indo atrás de Patch, que agora se chama Jev, para pedir ajuda já que ele é o único que pode chegar perto de Hank.

Assim, Nora descobre o que aconteceu durante o tempo que esqueceu e quem a sequestrou, além de lembrar que o pai de Marcie é também seu pai biológico. Furiosa e enojada, ela une forças com Patch para destruir Hank, mas as coisas podem se mostrar muito mais complicadas do que parecem e ela vai descobrir que a morte de Hank pode acabar sendo sua pior saída.

Mesmo Nora continuando tão irritante como sempre, esse foi o menos chato dos três. Me irrita um pouco como ela fica irracional sempre que tem a ver com Patch, especialmente quando ele diz com todas as malditas letras que não tem nada acontecendo, chega a dar vergonha alheia. Mas pelo menos aqui ela é um pouco menos idiota. Só um pouco porque ela tem que estragar tudo e complicar as coisas sempre ou não seria Nora.

Deu para ter um pouco mais de simpatia pela personagem dada a sua situação complicada, ainda que essa simpatia deixasse de existir quando ela voltava a cometer uma estupidez atrás da outra depois de descobrir a verdade. Teve um pouco mais de ação aqui também embora, talvez por eu lembrar por alto dos eventos, não ter me empolgado muito. Percebi que não curto tanto essa trilogia quanto achei pela primeira vez que li, talvez pelo volume de leitura que tive desde então ou apenas porque a história parou de funcionar comigo mesmo.

Contudo, inegável que é um bom livro, bem escrito e com personagens bem construídos. Cumpre bem a proposta a que veio e envolve a gente na leitura, entretanto não foi uma segunda experiência tão boa para mim. Sei lá, talvez seja a idade hahaha. Vou descobrir quando reler o Fallen.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Retirada de Sombras ao Sol

Há alguns meses eu fiz um post aqui falando sobre a publicação recente de Sombras ao Sol na Amazon. Havia sido um longo processo de reescrita e passei quase três meses fazendo a revisão porque não encontrei ninguém que se dispusesse a me ajudar. Contudo, da mesma forma que não encontrei um revisor também não achei ninguém com tempo para fazer a leitura teste. Então, decidi publicar assim mesmo, com a chegada da quarentena acabei pedindo a uma amiga para dar uma olhada nele e o resultado foi mais ou menos o que eu esperava: coisas para consertar.

Sombras ao Sol é um projeto muito antigo, nem lembro quando comecei a rascunhar os primeiros capítulos, mas certamente é de uma data bem anterior à 2010 quando eu de fato dei atenção ao projeto. Por isso, baseada nessas questões levantadas pela leitora teste (inclusive, tem outra pessoa que pedi para ler o livro e ainda não tive resposta), retirei a publicação para poder rever essas partes que necessitam de ajuste e refazer algumas cenas.

Assim, quem se interessou pelo livro, peço um pouco mais de paciência para a nova publicação. Quero muito entregar algo que proporcione a melhor experiência de leitura para vocês.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

[Drama] 2Gether The Series

Original: เพราะเราคู่กัน
Direção: Chatkaew Susiwa
País: Tailândia
Ano: 2020
Gênero: Comédia romântica, Drama
Episódios: 13
Elenco: Vachirawit Chivaaree, Metawin Opas-iamkajorn

Sinopse: Tine (Metawin Opas-iamkajorn) tem um admirador gay na escola chamada Green (Korawit Boonsri). Para tirar Green de vista, seus amigos o convencem a fazer de Sarawat (Vachirawit Chivaaree) seu falso namorado. Depois que sua primeira tentativa falhou, Tine se junta ao clube de música em que Sarawat é membro. Eventualmente, Sarawat concorda com a oferta de Tine, mas chega a um ponto em que pergunta quando o relacionamento falso terminará. A ambiguidade de seu relacionamento mais tarde leva a um conflito entre Tine e Sarawat.

Onde Encontrar: Lianhua Fansub, Meow Fansub, P'tieris Fansub

Tine tem boa aparência e talvez seja um pouco confiante demais nisso (e com um pouco eu estou sendo irônica), mas nem mesmo a boa pinta o ajuda a ter sorte nos relacionamentos, ele já teve várias namoradas, mas nenhuma conseguia se encaixar no seu "perfil" e por isso os namoros não duravam muito e ele logo colocava um fim. 

Quando entra no time das líderes de torcida da faculdade, ele recebe uma carta de declaração, mas acaba que sua "admiradora" é Green, um insistente e pegajoso garoto que está mais que determinado a ter Tine como namorado, não importa quantas vezes este recuse a oferta. Ele bola os mais diversos tipos de planos para se livrar do garoto, mas nada dá certo até que um dos seus amigos sugere que ele finja um namoro falso com um garoto e precisa ser um que convença Green de que ele não pode competir. Esse garoto é Sarawat. 

Sarawat é o príncipe belo da faculdade. Todas as meninas em peso, de calouras a veteranas, são apaixonadas por ele. Contudo, há o problema de ele ser extremamente antissocial, o que dificulta a aproximação de Tine. Convencer o garoto a fingir o namoro não é muito fácil, mas Tine acaba conseguindo, só que o relacionamento falso começa a abalar seus sentimentos.

Green sai de cena, mas será que Tine quer mesmo que Sarawat se afaste dele? Em meio a músicas e muitos segredos, os dois vão se descobrir numa história de amor há muito predestinada.

Te confessar que, depois de Why R U? acho que eu fui com muita sede ao pote nesse drama. Primeiro porque fazia tempo que eu estava querendo ver um BL e eu sempre fico garimpando muito para achar um que me interesse, segundo porque eu havia colocado algumas expectativas um pouco exageradas em cima dele não só pelos comentários, mas pelo próprio plot em si.

A relação do Tine e do Sarawat é bem melhor que a maioria dos dramas do gênero, nisso eu tenho que tirar o chapéu, não é obsessiva e nem abusiva, não rola umas coisas que esses dramas curtem colocar como "estupro" e nem tem um plot muito complicado com uma mana desocupada que faz tudo para atrapalhar o casal. Mas não tive como terminar esse drama sem sentir que faltou alguma coisa.

Sei lá, parece que esqueceram de desenvolver a história. Ele tinha bons atores, um plot bom, mas ficou meio sem sal. Isso porque Sarawat é a coisa mais fofa desse planeta terra e se teve algo que me fez chegar ao último episódio foi ele! Só que tudo parecia passar sempre muito rápido, de modo atropelado e, do nada, eles colocam um plot secundário nos dois últimos episódios que ficou tipo "como é?!" E o que foi aquele H5?! (Entendedores entenderão).

É um bom drama, levinho, engraçado (se você considerar a lerdeza sem precedentes do Tine como um componente de comédia) com um bom entrosamento dos atores e bem fofo, mas a gente termina com a sensação que viu um bromance e não um BL. Sérião mesmo. Eu não to dizendo que queria, sei lá, umas cenas hot nem nada, mas pelo menos uns beijinhos convincentes ou mesmo uns abraços mais demorados, né? Não superou em nada minhas expectativas, mas ainda assim recomendo pra quem quer ver algo mais fofo.

[Livro] A Boa Filha

Original: The good daughter
Autora: KARIN SLAUGHTER
Gêneros: Ficção, Mistério, Suspense
Páginas: 464
Ano: 2017

SINOPSE: Quando eram adolescentes, a vida tranquila de Charlotte e Samantha Quinn foi destruída por um terrível ataque em sua casa. Sua mãe foi assassinada. Seu pai – um famoso advogado de defesa de Pikeville, Geórgia – ficou arrasado. E a família foi dividida por anos, para além de qualquer conserto, consumida pelos segredos daquela noite terrível. Vinte e oito anos depois, Charlie seguiu os passos de Rusty, seu pai, e se tornou advogada – mas está determinada a ser diferente dele. Quando outro caso de violência assombra Pikeville, Charlie acaba embarcando em um pesadelo que a obriga a olhar para trás e reviver o passado. Além de ser a primeira testemunha a chegar na cena, o caso também revela as memórias que ela passou tanto tempo tentando esconder. Agora, a verdade chocante sobre o crime que destruiu sua família há quase trinta anos não poderá mais permanecer enterrada e Charlotte precisa se reencontrar com Samantha, não apenas para lidar com o crime, mas também com o trauma vivido.

Quero começar dizendo que estou orgulhosa de mim mesma por ter conseguido chegar ao final desse livro. Sério, não tenho ideia de como não abandonei ele na página 10! Abandonei Dias Perfeitos do Raphael Montes por muito menos. A história de cara já começa com um soco no seu estômago e não te dá muito tempo para respirar, ao contrário, quando você pensa que superou ela vem e te chuta.

Seguimos as irmãs Quinn, Samantha e Charlotte (Sam e Charlie), quando eram adolescentes, sua casa foi incendiada por algum cliente insatisfeito do seu seu pai, Rusty, que era praticamente advogado do diabo porque defendia todo tipo de pessoa: estupradores, assassinos, ladrões, traficantes e por aí vai. Tanto a esposa dele, Harriet (conhecida como Gamma) quanto suas filhas não concordavam muito com a sua linha de defesa, mas a perda da casa foi a gota d'água e a relação entre Gamma e o marido ficou abalada, ainda que os dois não tivessem terminado. 

Há pouco tempo, Rusty tinha salvo do corredor da morte um estuprador cuja vítima tinha se suicidado, a cidade de Pickeville (que é descrita como o fim do mundo à esquerda) já não gostava muito dele e depois dessa sua popularidade só piorou, mas ele não se importava com o que as pessoas pensavam, segundo sua filosofia todos mereciam uma segunda chance, nem que fosse para ficar o resto da vida atrás das grades, mas todo mundo podia se regenerar (confesso que essa filosofia dele em alguns momentos me soava inconcebível, sério mesmo).

Contudo, essa filosofia humanista (se é assim mesmo que chama) estava prestes a ser testada da pior forma possível. Charlie, Gamma e Sam estavam preparando o almoço quando dois homens invadiram a casa, um deles era Zachariah Cullpepper um pedófilo que havia estuprado várias crianças e adolescentes e que o próprio Rusty livrara da cadeia! (Tipo assim, esse tio era louco, só acho). Zachariah devia muitos honorários advocatícios para Rusty e decidiu pagar as dívidas liquidando o cara. Porém, para sua surpresa ele não estava em casa, apenas a esposa e as filhas. Quando Sam o reconheceu o destino delas estava selado. Gamma foi assassinada na frente delas em uma falha tentativa de salvar as filhas (isso não é spoiler, gente, acontece nas primeiras páginas, juro), mas o sadismo do homem não podia ser mesurado.

O irmão dele, pelo que presumiram as meninas em choque com a morte brutal da mãe (e ressalto aqui que a autora fez questão de dar detalhes dessa brutalidade), tentou conter o estuprador assassino, mas era tarde demais ele já havia decidido matar as duas. E seu plano deu certo.

Vinte e oito anos se passam e o casamento de Charlie está por um fio quando ela traiu o marido com um homem desconhecido em uma noite de bebedeira num bar. Ainda morando em Pickeville e trabalhando como advogada ao lado do pai (mas não na mesma linha que ele), Charlie ainda vive sob as cicatrizes e traumas deixados por aquele passado que a martiriza. Ela está prestes a rever o homem desconhecido com quem dormiu porque acabou pegando o telefone dele no lugar do seu e eles marcaram na escola de ensino fundamental onde ele lecionava.

O que nenhum deles esperava era que um tiroteio fosse colocar fim à vida de duas pessoas bem naquela manhã. Charlie acaba sendo envolvida na confusão, a atiradora, uma jovem de dezoito anos com algum tipo de atraso mental. Rusty acaba pegando o caso e Charlie se torna uma testemunha ocular dos acontecimentos. Entretanto, o caso parece ser muito mais complexo do que parece e quando Rusty é atacado, Sam acaba sendo trazida de volta para a cidade na qual jurou nunca mais pisar.

A relação entre as irmãs desmoronara após o ocorrido no passado. Juntas novamente, elas vão precisar se conhecer de novo e desenterrar segredos obscuros envolvendo a tragédia que destruiu suas vidas enquanto tentam decifrar o enigma envolvendo os assassinatos na escola.

Gente, eu nem sei como explicar esse livro. Acho que peguei ele quando tinha acabado de ler No Coração da Floresta, pensei que ia ser um suspense, um thriller, mas nunca me passaria pela cabeça que ia ser tão pesado assim. A autora, como eu disse, não poupa detalhes, então a gente vê as cenas grotescas com o máximo de descrições que a nossa mente sensível não precisava e, não fosse o bastante, ela ainda repete as cenas duas a três vezes sob pontos de vista diferentes ou com algum detalhe adicional que omitiu de propósito da primeira vez conforme o ponto de vista da personagem em questão. É horrível. Você mal se recupera do mal estar e lá vem o diabo da cena novamente fazer você quase vomitar.

A história tem prende, isso não dá para negar, mas achei os capítulos muito compridos, às vezes ficava meio cansativo, especialmente quando ela ia descrevendo a história de tudo, de um prédio, de uma casa, às vezes isso agregava informação à história e em outras era um bombardeio de informações desnecessárias. Também é cheio de plot twists, quando você acha que está começando a entender alguma coisa ele vem e começa a rir de você "não, querida, o buraco é mais embaixo!" e você fica com cara de tacho. Aplausos pra essa tia. As personagens foram construídas de modo fantástico, elas saltam das páginas e a gente consegue sentir a dor, o desespero e as marcas traumáticas impressas em cada uma e como elas lidam com isso. O pai delas foi uma das figuras que mais me deixou no telhado, ele era adorável e, ao mesmo tempo, eu queria esganá-lo.

Essa dualidade é algo que o livro faz muito bem. Ele levanta questões morais que deixam a gente debatendo consigo mesmo durante a leitura e depois dela e se teve uma coisa que me fez continuar lendo contrariando todos os motivos que quase me levaram a desistir (porque eu sou mole pra caramba) foi a forma como ele me fez enxergar minha relação com o meu pai que não é das melhores. Enquanto eu via a Samanta se reaproximando do pai dela acabava me vendo nela com relação ao meu pai e isso me fez repensar minhas atitudes para com ele. A coisa mais difícil a se fazer quando quer perdoar alguém é aceitar os defeitos que fizeram você se afastar daquela pessoa, porque o perdão, como já ouvi em algum lugar, tem a ver conosco e não com o outro.

Não é um livro pra qualquer um. Ele tem alguns gatilhos e é bem visceral. Pessoas mais sensíveis podem passar mal (e é aí que eu vejo que meu nível de sensibilidade deve ter se equilibrado com a velhice). Mas para aqueles que tem um estômago mais forte, está recomendado.

domingo, 17 de maio de 2020

[Dorama] Rich Man, Poor Woman (original)

Original: リッチマン、プアウーマン
Ano: 2012
Direção:  Masaki Nishiura, Ryo Tanaka
Roteiro: Naoko Adachi
Episódios: 11
País: Japão
Gênero: Romance, Drama, comédia
Elenco: Oguri Shun, Ishihara Satomi, Aibu Saki

Sinopse: Oguri Shun é Hyuga Toru, uma espécie de jovem Steve Jobs, um empresário bilionário de sucesso, que conduz uma empresa de IT. Como todo gênio, Hyuga Toru tem suas excentricidades, mas suas maiores fraquezas são de fundo emocional, entre elas ter sido abandonado pela mãe na infância.

Seu mundo perfeitamente controlado é sacudido pela chegada de Sawaki Chihiro (Ishihara Satomi). Chihiro é uma estudante universitária inteligente e esforçada, mas que não vem tendo sorte em arrumar emprego, no mercado super disputado de Tóquio. Hyuga chama Chihiro para ajudar em um projeto importante, com a intenção de descartá-la em seguida, mas a honestidade e dedicação da jovem acabam conquistando o coração do empresário temperamental.

Onde achar: Subarashii Fansub

Eu ia deixar pra resenhar esse drama quando assistisse ao remake coreano dele, na verdade eu sequer sabia da existência dele até pesquisar o remake coreano que eu não sabia que era remake. E agora que eu vi estou com medo de ver o que os coreanos fizeram com o enredo porque eu tenho um péssimo histórico de remakes coreanos de J-dramas (cof cof BOF, Playfull Kiss). Então, caso eu não vá ver o remake vou resenhar logo esse aqui enquanto a história está fresca na minha memória.

Ele vai contar a história de Natsuo Makoto, uma jovem estudante universitária que está procurando emprego sem sucesso. Ela acaba descobrindo que a Next Inovation está contratando e decide tentar a vaga, mas o CEO da empresa, Toru Hyuga, é um homem arrogante e rude que acaba humilhando-a na frente de todos os outros candidatos. Ela acaba dando o troco e mente dizendo que seu nome é Sawaki Chihiro apenas para impressionar o homem. Funciona. Quando criança, Toru foi abandonado pela mãe sem qualquer explicação e Sawaki Chihiro era o nome da mãe dele.

Graças a Makoto, Toru consegue um grande projeto da criação de um programa de internet que auxilie os cidadãos a acompanhar seu histórico fiscal e previdência pela internet sem precisar recorrer à prefeitura. Contudo, ele acaba descobrindo a verdadeira identidade dela e uma grande confusão é armada, especialmente porque seu sócio, Asahina, também está interessado na garota e a irmã de Asahina, Yoko, em Toru. Esse quadrado amoroso vai se complicar ainda mais pelo fato do CEO não entender nada sobre amor uma vez que ele não foi amado durante seu crescimento.

Makoto vai, aos poucos, com paciência, mudando o jeito rude de Toru, mas quanto mais próximos os dois ficam, mais o coração dela sofre pelo amor não correspondido, especialmente quando está bem claro que ele está em um relacionamento com Yoko. Quando a empresa de Toru passa por um golpe e ele é destituído do cargo, Makoto terá de escolher ficar ao lado dele mesmo sem ser correspondida ou seguir com a sua vida.

Te dizer que a atitude do Toru nos primeiros capítulos quase me fez dropar esse drama, especialmente porque a Makoto ficava quase o tempo todo com a energia de uma banana para se defender, às vezes ela retrucava, mas na maior parte do tempo só abaixava a cabeça e chorava e eu ficava tipo: minha filha, abra a p**** dessa boca, manda esse cara ir pros quintos, pelamor! Mas não adiantava nada, logo ela estava debaixo da asa dele e eu me perguntava se ela sofria de algum tipo de falha cerebral.

A relação dos dois, embora comece desse jeito bem torto, vai evoluindo devagar e o problema deixa de ser a estupidez do Toru para sua incapacidade de verbalizar seus sentimentos. Em especial quando ele enfrenta a traição da pessoa que mais confiava. Seus sentimentos pela Makoto vão sendo construídos com lentidão, mas de uma forma quase fofa, e a guria tem um problema sério com indireta, mas tudo bem. 

Não gostei muito do drama, sendo franca. Apesar de ele ter seus momentos bons e as atuações estarem maravilhosas, a história não me envolveu de um jeito que eu ficava sedenta pelo capítulo seguinte. As personagens também não me cativaram muito. Talvez eu só esteja em uma vibe meio ruim. Contudo, valeu a pena assistir, especialmente porque eu estava com saudade das produções do Japão e do jeito que eles desenvolvem o casal de modo tão sutil.  Vale a conferida sim. Se eu vir a versão coreana volto para falar sobre ela.

[Leia Comigo] Ardente Desejo - Desisti.

Gente do céu, deu não. Eu estava ficando sem paciência já e decidi abandonar o livro. Sabe, desde que consegui abandonar o primeiro livro senti na pele como é uma experiência dual, triste e libertador. A gente não é obrigado a ler algo que não está causando uma sensação agradável, abandonar livro é um direito do leitor. Um direito doloroso, mas é. Eu dou chance à história até chegar num momento que eu vejo que aquilo não vai me levar a lugar nenhum além de um surto de ódio ou um gatilho emocional e leitura é prazer, se você não está gostando melhor parar mesmo porque talvez aquele livro não seja para você, acontece.

A história de Ardente Desejo segue Felícia, uma guria comum de ensino médio, super nerd que sofre bullying e, mesmo sendo filha de médicos, se veste pior que Carrie, a estranha. E Devan (que a autora parece querer chamar de Devon às vezes) o típico super popular mulherengo que nunca conheceu o amor e tals. Eles estudam na mesma escola (claro) e são de polos completamente opostos, continuariam assim até um dos amigos de Devan apostar seu carro que ele não levaria Felícia para a cama. O cara, mesmo sendo super rico e podendo comprar metade dos EUA, aceita a oferta e começa a dar em cima de Felícia.

Até aí nada do que a gente não saiba, a coisa já não estava muito boa porque esse livro é narrado em primeira pessoa e por isso, acho que a autora achou que podia escrever de qualquer jeito. Bem, não pode. Mas começa a piorar a partir daqui. A Felícia que tem toda aquela pose de "não vou ser derrubada pelos populares" cai na de Devan tão fácil que eu comecei a duvidar da capacidade nerd dela. Sério! No fim das contas, ela se deixa ser enganada, dorme com ele, fica grávida, vai para outro estado fazer faculdade, tem gêmeos e volta cinco anos depois toda triunfal como engenheira civil para trabalhar na empresa de Devan e buscar vingança.

Negócio gente é que as personagens não tem sintonia, sabe? Elas são rasas e não há uma maneira amena de dizer isso. Você nota pelos diálogos e pelo modo como elas narram a história. Uma hora dizem uma coisa e dez parágrafos depois agem de forma contraditória ao que disseram e você fica tipo "oi?". Volto a dizer que o problema desse livro foi, possivelmente, o erro de achar que o primeiro rascunho estava finalizado. Ela não releu e não reescreveu a história e apenas foi lá e publicou. 

Inclusive, fiquei sentindo certo medo dos meus próprios livros. Mesmo que Sombras ao Sol tenha sido relido e reescrito à exaustão, A Bela Adormecida tenha sido revisado por outra pessoa e O Morro dos Ventos Uivantes e das Noites Sangrentas tenha passado pelo crivo do meu orientador, não tive como não ficar pensando se as pessoas sentem com as minhas histórias o que eu senti lendo esse livro... é triste. Espero que não. Sei que tenho minhas deficiências, mas eu tento o máximo estudar e dar o máximo do que posso para criar alguma coisa que faça os meus leitores se conectarem.

Tem muito autor bom na nossa casa, gente. Na boa mesmo, livros tão bons quanto os americanos ou de outros países, Pedro Bandeira, Socorro Acioli, Elias Flamel, Fabio Shiva, Marielly Santos, são exemplos de autores famosos e, esses últimos, independentes, que escrevem bem e criam personagens verossímeis. Não estou dizendo que a Raissa não tem talento, estou dizendo que ela não está lapidada. A história tem potencial, mas ele não foi de longe explorado e precisa de lapidação na sua construção como contadora de história mesmo.

Então é isso. Eu quero, sinceramente, pedir desculpas pra autora por não ter gostado do livro dela e não ter conseguido terminar de ler e por ter escrito essa "resenha" negativa sobre ele. Vocês que acompanham meu blog sabem que eu não gosto de fazer isso e não costumo fazer isso, mas como eu tinha começado a falar do livro e tinha feito dois domingos de acompanhamento não queria ter deixado vocês sem nada e só ter desistido do livro sem dar satisfações.

Vou continuar com esse projeto de livro de domingo, mês que vem vou tentar de novo e ver se dá certo. Vejo vocês na próxima resenha!

sábado, 16 de maio de 2020

10 Livros para a Quarentena


Olá, gente!

Espero que todos vocês estejam bem e saudáveis. A quarentena tem mexido com as pessoas de diferentes formas, especialmente com aquelas que não gostavam de ficar em casa e agora se veem "confinadas" por questões de segurança. Como eu sempre fu bem caseira a experiência para mim estaria sendo ainda mais maravilhosa não fosse a tristeza caótica na qual o mundo afundou.

Eu acredito piamente que os livros são as melhores janelas para outros mundos (ou mesmo versões melhoradas do nosso) e podem ser mais que uma terapia nesse período, mas um alento. Se você não gosta de ler (o que eu duvido um pouco já que está lendo esse post) é uma excelente maneira de começar e se você já é um leitor acredito que esse período pode estar sendo bem leve pra você se estiver acompanhado de um bom livro.

Como o momento é delicado, mais do que nunca precisamos de coisas que nos tirem da realidade e nos proporcionem bem estar, essa é a chave. Fiz uma listinha com dez livros que já li e acho que podem ajudar tanto quem não gosta de ler e está se sentindo sufocado dentro de casa quanto quem já é leitor e está precisando de um "respiro". Tentei ser o mais variada possível nos gêneros e procurei os livros mais levinhos com temas suaves, mas não são livros rasos. Então, mesmo que já tenha lido algum deles, considere reler se estiver se sentindo angustiado ou ansioso.

Tem resenha de todos eles aqui no blog, só caçar na listinha miúda da aba de resenhas literárias, mas bora parar de enrolação e começar.

1. Os Adoráveis - Sarra Manning

Vejo muito pouca gente falando desse livro (talvez a capa não faça jus a ele). Lançado em 2013, Os Adoráveis vai usar o clichê da nerd x popular elevado a um novo nível. Nele a gente conhece a blogueira Jeane que é uma garota de atitude e opinião própria, ela é a redatora do Adorkable, um blog para pessoas cult e de estilo. A última pessoa por quem uma garota como ela poderia se interessar seria Michael, o descendente de coreanos que é altamente popular na escola, mas uma série de eventos vai forçar esses caminhos a se cruzar e uma improvável paixão acabará surgindo. Achei esse livro muito gostosinho e de leitura bem fácil. Acho que vale uma conferida. 

2. Antes de Dormir - S.J. Watson

Esse é um daqueles livros que você não consegue largar. Foi um dos poucos livros da minha vida que eu li numa sentada só, sério. A história segue a Christine, uma personagem que tem uma espécie de amnésia e toda vez que ela dorme o cérebro dela reinicia. Ela é casada com o Ben, mas acaba desconfiando das atitudes dele para com ela após encontrar algumas pistas que deixou para si mesma. Quando começa a investigar lutando contra sua própria condição, Christine vai acabar embarcando em uma luta pela sua própria vida. Quem gosta de thriller não vai conseguir largar esse livro e ele está na lista exatamente porque vai te tirar da realidade.

3. O Castelo Animado - Diana Wayne Jones

Conta a jornada da Sophie em um mundo cheio de feiticeiros. Ao descobrir que a madrasta a estava explorando, Sophie decide ir embora de casa, mas é amaldiçoada por uma feiticeira ao corpo de uma velhinha de 90 anos. Na busca de quebrar a maldição ela contará com a ajuda de Howl, um poderoso feiticeiro mimado que esconde um passado conturbado. Esse é um daqueles livros que parecem bem infantis, mas tem uma história muito bonita sobre autodescoberta e superação. Fofinho e divertido vale a conferida assim como sua adaptação pelas mãos do brilhante Hayao Myazaki.

4. A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista - Jennifer E. Smith

Super curtinho, é um livro que trata sobre família, sobre amar imperfeições e não perfeições, leve e fofo vai contar de um encontro do destino em um avião e um amor improvável que nasce em uma conversa de voo. Apesar de ser um tiquinho clichê, é super levinho e vai dar aquele calorzinho no coração além de levantar umas questões bem válidas. Uma fábula moderna sobre o amor que vale a sua leitura.

5. O Projeto Rosie - Graeme Simsion

A história gira em torno de Don Tillman, um geneticista meticuloso e insensível que criou um projeto para encontrar uma potencial parceira para se casar e, como diz ele, "reproduzir". Contudo, sua limitação em relações sociais lhe impede de ter uma interação eficiente não somente com mulheres (mas principalmente com elas). Fofo e super engraçado esse livro está cheio de lições sobre relacionamentos reais e sobre a importância da autenticidade. Vale a pena.

6. Fortaleza Impossível - Jason Rekulak

A história é narrada por Will/Billy um garoto de 14 anos que sonha em ser programador de jogos. Ele e seus melhores amigos Clark e Alf ficam em polvorosa quando sai uma revista Playboy com fotos de Vanna White, uma apresentadora de um show de sucesso nos anos 80 acontece que, mesmo querendo desesperadamente ver as fotos, eles não podem comprar a revista porque são menores de idade. Assim, o livro vai contar a mirabolante jornada deles na tentativa de roubar a revista e como Will vai acabar se apaixonando pela filha do dono da loja. Um livro para quem gosta de jogos, nerds e ainda tem um joguinho muito massa disponível na internet que vai dar saudade dos tempos que a internet ainda engatinhava.

7. Em Algum Lugar nas Estrelas - Clare Vanderpool

A história acompanha Jack Baker, um garoto que perdeu a mãe para um aneurisma e se viu sozinho com um pai militar que lhe era praticamente um desconhecido. Ele é levado para um colégio interno e sente como se o mundo estivesse conspirando para seu desaparecimento uma vez que insiste em mostrar que ele é um peso inútil sobre a terra, e é exatamente aí que ele conhece Early Auden. Early tem um irmão que aparentemente desapareceu, mas ele jura que pode encontrá-lo graças a história das estrelas contada nos números de pi (sim, o símbolo matemático!). Um livro lindo de morrer e super sensível que vai te arrebatar desse mundo para um universo mágico e cheio de aventuras!

8. Passarinha - Kathryn Erskine

E claro que eu não podia fazer uma lista de livros para fugir da realidade sem colocar Passarinha, o livro mais lindo e com a personagem mais fofa da literatura contemporânea. A história segue Caitlin (também conhecida como menina que você quer pôr num potinho) que acabou de perder o irmão e tenta procurar um desfecho, um sentimento que vai ajudá-la a superar a dor da perda. Nem preciso mais panfletar esse livro né, é o que eu mais recomendo na vida e se você ainda não leu apenas CORRE porque você precisa ler isso, sério mesmo. Quando terminar você vai agradecer ao mundo por ter lido algo tão espetacular.

9. Além da Magia - Tahereh Mafi

Ele vai contar a história de Alice e sua mágica aventura na busca de seu pai em uma terra perigosa e sem leis onde a única forma de sobreviver é sendo muito esperto e usando o que há de bom no seu coração. Junto com Oliver, Alice vai embarcar numa jornada para descobrir a si mesma e a beleza do mundo de suas próprias cores. Esse é outro daqueles livros que parecem ser bem infantis, mas são bem mais profundos do que a superfície mostra. Amor e autodescobrimento de uma maneira muito singular, mais que recomendado.

10. Razão e Sensibilidade - Jane Austen

E eu encerro essa lista com um clássico da Jane Austen super sensível e cheio de ótimas tiradas irônicas. Vai contar a história das irmãs Dashwood, a sensata Elinor e a sensível e impulsiva Marianne em suas lutas pelo amor verdadeiro. Vocês sabem que eu sou apaixonada por esse livro, meu favorito da Jane, se não conhece nada dele recomendo que comece por esse. Uma viagem ao passado com personagens fascinantes e um amor doce e sincero que vai nascendo e progredindo como deve ser, no curso da vida.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

[Livro] A Sereia

Autora: Kiera Cass
Gênero: Literatura fantástica
Ano: 2016
328 páginas

Sinopse: Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar — pois a voz da sereia é fatal —, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.

E aí, pessoas, como estão? Espero que bem, tenho visto que a quarentena está "enlouquecendo" muita gente. Vamos para a segunda leitura de maio que, até agora, está caminhando bem desde que eu restabeleci uma rotina para mim, sei que tem muita gente que não curte a ideia, mas para quem sofre com ansiedade rotina pode ser uma ajuda muito grande para manter a cabeça focada.

Já tem um tempinho que eu tinha pegado Sereia, acredito que foi meses depois que li A Seleção, mas fui empurrando com a barriga em especial porque os últimos livros da série me deixaram com os pezinhos bem atrás com a Kiera Cass. Mas, para a meta desse ano decidi colocar os livros que já estavam criando teia de aranha no tablet (e tem mais do que eu gostaria) e esse acabou entrando na lista. 

A história vai seguir Kahlen, uma jovem de dezenove anos (e finalmente o YA fugiu da maldição do 16!) que está com os pais e os irmãos em um navio numa viagem em família. Eles eram um dos poucos que não foram afetados pela grande depressão e viviam confortavelmente. Kahlen está meio entediada enquanto a mãe se arruma até que um som chama a atenção das duas, é uma música. De repente, tanto Kahlen quanto a mãe sentem uma desesperadora vontade de ir ao mar e o fazem assim como os demais tripulantes do navio, mas a consciência do afogamento vem depressa e ela implora pela vida, uma voz fala com ela e pergunta o que ela daria para viver. Ela responde qualquer coisa.

E se arrepende duramente disso.

Oitenta anos se passam e agora Kahlen vive com duas belas jovens, Miaka e Elizabeth, ela é uma sereia e serve à Água, tendo que usar seu canto hipnótico para afundar navios e alimentá-la. Durante o período de cem anos esse será o seu dever e ela mal espera que acabe. Kahlen não gosta de matar. Cada vida que ela tira para a Água fica cravada como um espinho no seu coração, ainda assim, ela sente o conflitante amor pela Água que é como uma mãe para ela. Contudo, é uma mãe possessiva e rígida. Tudo ia bem (dentro do possível com a consciência de oitenta anos de assassinato pesando para ela) até Kahlen conhecer Akinli. 

Ela visitava com frequência a biblioteca da Universidade de Miame para pesquisar sobre as vítimas dos naufrágios que ela e as irmãs provocavam para alimentar a Água (sim, gente, a água come o povo) de alguma forma, saber sobre a vida daquelas pessoas a ajuda a se sentir minimamente melhor já que esquecer é impossível. Akinli é um belo jovem que trabalha nessa biblioteca enquanto não decide um curso para fazer. O encanto entre os dois é quase imediato, mas isso é recorrente quando se tem a beleza de uma sereia, contudo, Kahlen sente que o garoto enxerga além dela, a forma como ele a trata está além do encanto com a beleza de uma sereia e isso a intriga. Especialmente pelo modo gentil como ele a trata quando ela gesticula que não pode falar.

A voz de uma sereia é mortal. Por isso, tanto Kahlen quanto as irmãs, Elizabeth e Miaka, usam língua de sinais quando estão em público ou interagem com as outras pessoas. Akinli, embora não fale a língua de sinais, está sempre com um bloquinho à mão para que Kahlen possa se comunicar com ele e demonstra muito interesse tanto na sua condição quanto na pessoa dela. Mais encontros acontecem e o coração da sereia sente que alguma coisa está mudando com relação aquele rapaz e a Água jamais permitiria isso. Suas sereias não podem amar ninguém além dela. Desse modo, ela decide ir embora de Miami sem se despedir.

Meses se passam e um novo naufrágio está marcado para dali alguns meses, Kahlen já se sente sufocada só de pensar nas novas pessoas que terá de matar. Uma nova irmã surge para elas, Padma, uma garota indiana que foi assassinada pelo pai apenas por ser uma garota (não sei aí quem lembra de Caminho das Índias, mas apesar da novela só mostrar o lado rico da coisa, as mulheres não são exatamente as mais felizes naquele país machista) e renasce como sereia cheia de um profundo ódio pela família. Contudo, Kahlen lhe garante que, tal como ela, Padma vai esquecer tudo sobre seu passado. Ela mesma quase não lembra de nada sobre sua família e só recorda brevemente o rosto da mãe porque parece com ela.

Só que a mágoa de Padma não desaparece. A própria Kahlen não está conseguindo superar a depressão pelo afastamento com Akinli, não importa o quanto tente ela não consegue se livrar dos sentimentos e da memória do garoto. O dia do canto chega e, pela primeira vez em oitenta anos, Kahlen falha por um momento ao descobrir que está afundando um cruzeiro com uma festa de casamento. O maior sonho dela era se casar e construir uma família e destruir o sonho de uma pessoa que conseguira realizá-lo se torna esmagador para ela. 

Após receber uma bronca das irmãs e da Água, ela acaba fugindo a esmo e indo parar bem na cidadezinha do Maine onde Akinli mora. O reencontro traz com ainda mais violência todos os sentimentos que Kahlen tentou conter durante os meses que passou longe dele. Contudo, não é apenas a sua condição de sereia que a impede de viver esse sentimento, se a Água descobrir sobre ele os dois acabarão mortos, entre a cruz e a espada, Kahlen vai ter de fazer escolhas difíceis antes que a Água tire a vida daquele que ela ama.

Eu ouvi muita gente falando mal desse livro, sério. Inclusive, quando fiquei até receosa de ler depois de tanta resenha negativa que eu vi! Concordo que não é a obra prima da Kiera Cass, aliás, pensa numa mulher que sabe criar personagens chatas, meu Deus! A Kahlen não é pior que a Eadlyn (acho que, na literatura, mais chata que essa guria só a Ever de Os Imortais e a Nora de Hush Hush), mas te falar, a criatura tem horas que parece ter esquecido o cérebro em casa. Mano, ela vai fazer uma coisa errada, ela SABE QUE TÁ ERRADA e vai assim mesmo. Chega falta a paciência.

Nos primeiros, sei lá, doze capítulos eu estava começando a me perguntar se tinha desenvolvido algum problema com empatia porque eu simplesmente não conseguia me conectar com a história ou com as personagens, pelo menos — e eu dou crédito a ela por isso — os capítulos não são enormes como eram os d'A Química (gente, sério, tinha hora que faltava a paciência), aí não dá tempo da gente querer jogar o livro pela janela. Mas só vim conseguir simpatizar com as personagens, juro, pelo capítulo 19.

Logo no início tem uma notinha da autora falando que a história foi inspirada no mito grego das sereias, achei isso interessante, a mitologia que ela usa foge do convencional das caudas longas, conchas nos seios ou nudez e toda aquela lista de coisas que geralmente vem quando a gente ouve a palavra sereia, aqui, a Água é uma espécie de entidade e é quem faz a maior parte do trabalho. Mesmo achando um tanto quanto fútil ela trocar as caudas de sereia por vestidos que mais parecem assinados pelo Gianni Versace não nego que é uma quebra de protocolo bem vinda.

A questão da voz delas também foi um ponto que achei bacana. Os últimos capítulos do livro, ali a partir do 25, foram os que mais gostei. O amor da Kahlen com o Akinli tem sua carga de fofura e eu gostei mais dele do que dela, das personagens eu simpatizava de verdade era com a Miaka, acho que ela seria melhor protagonista que a Kahlen. Mas sem dúvida o que melhor foi trabalhado nesse livro foi a Água. A relação dela com as meninas era de uma dicotomia quase fascinante. Ao mesmo tempo que essa entidade tinha um afeto genuíno por suas criaturas — para não dizer servas —, sua possessividade obsessiva tornava a relação por vezes abusiva por parte dela, pois tolhia a liberdade de escolha, porém, quando a gente parava para analisar que ela era uma entidade indivisível — e portanto incapaz de ter um semelhante — parte desse comportamento se tornava compreensível ainda que não aceitável.

Sendo bem franca eu acho sim que vale a leitura, além dessa nova perspectiva para o mito da sereia, é um romancinho interessante que tem lá suas qualidades. Não acho que ele merece todo o hate que sofreu, para um NA ele cumpre o seu papel de forma eficiente e entretém bem. O final me deixou meio dividida, mas foi pertinente com a história e crível dentro do universo que ela criou. Recomendo.

domingo, 10 de maio de 2020

[Drama] Signal - Versões Coreana e Japonesa

Original: 시그널; rr: Sigeuneol
Ano: 2016
Direção: Kim Won-seok
Roteiro: Kim Eun-hee
País: Coréia do Sul
Gênero: Policial, Fantasia, Drama, Crime
Episódios: 16
Elenco: Lee Je-hoon
Kim Hye-soo
Cho Jin-woong

Sinopse: Detetives do presente e um detetive do passado se comunicam através de walkie-talkie para resolver um caso que nunca foi solucionado.
A série será baseada no filme de sucesso Memories of Murder, de Joon Ho Bong, que foi baseado em um caso real em Hwaseong de assassinatos em série que ocorreram na década de 1980. O serial killer estuprou e matou dez mulheres e nunca foi pego, e é um dos casos reais mais populares de criminalidade que já foi recontada muitas vezes no cinema e na televisão, provavelmente porque permanece sem solução até hoje.

Onde encontrar: Subarashii Fansub e Urameshidowns

Baixei Signal na época em que estava finalizando Tunnel, gostei tanto desse último que queria ver algo na mesma vibe e a premissa desse drama era muito boa. Acabei adiando e agora, com a quarentena, convidei minha irmã para ver comigo (junto de outros trezentos dramas que estão ocupando espaço no meu PC a eras e eu ainda não vi).

O plot é um pouco semelhante a Tunnel, contudo aqui não é um detetive que atravessa o tempo, a história de Signal gira em torno de Park Hae Young, um jovem policial patrulheiro que por ser um profiler competente acaba vendendo algumas informações de celebridades para jornalistas e acaba sendo pego pela detetive Cha Soo Hyun, mas consegue ser liberado. Ele odeia a polícia porque, quinze anos atrás, seu irmão Sun Woo foi acusado injustamente de ter violentado uma garota e acabou se suicidando.

Quando sai da delegacia, ele acaba sendo bloqueado por um caminhão que estacionou atravessado impedindo-o de tirar seu carro, está prestes a telefonar para o dono quando ouve um barulho de rádio chamando seu nome. É um walkie talkie muito antigo. Intrigado, Hae Young atende ao chamado e fala com o detetive Lee Jae Han que lhe conta sobre o corpo de um homem acusado de sequestrar uma menina que estudava na mesma escola que Hae Young. A transmissão acaba depois de um minuto e, mesmo se sentindo maluco,  o policial vai até o local indicado pelo detetive, um hospital desativado, onde encontra os restos mortais do homem em questão.

Park Hae Young liga para a detetive Cha e informa sobre o corpo, mesmo contrariada a polícia reabre o caso para investigação quando pistas sobre o corpo apontam novas direções para o verdadeiro assassino da menina, Park Hae Young traça o perfil do criminoso e com a ajuda dele a detetive Cha consegue rastrear uma enfermeira que além de matar a menina também matou o homem que acusaram de sequestrar a criança. Com o êxito desse caso uma nova divisão é aberta para casos arquivados (um típico cold case coreano hahaha) e a detetive Cha é colocada como líder de equipe enquanto Park Hae Young se eleva a inspetor e é designado como o profiler da equipe.

Os casos que caem nas mãos da equipe são casos relacionados ao detetive Lee Jae Han e envolvem a detetive Cha uma vez que ela era subordinada dele. Park Hae Young, através das transmissões pelo walkie talkie percebe que pode mudar o passado e, assim, alterar o futuro salvando a vida das vítimas, ele então começa a dar pistas ao detetive Lee como uma forma de ajudá-lo a pegar o criminoso no passado e assim poupar a vida das vítimas no presente, contudo, cada vez que um caso é solucionado no passado uma morte inocente acontece no curso da história.

Investigando o detetive Lee, Park Hae Young acaba descobrindo que ele foi incriminado quando resolvia o caso que levou a morte de seu irmão Sun Woo, ele começa a desenterrar o passado junto com a detetive Cha para desmascarar um caso de corrupção envolvendo o superintendente da polícia coreana e um político corrupto, a luta contra o tempo para salvar não somente o detetive Lee, mas suas próprias vidas, pode resultar numa verdadeira bagunça temporal que cobrará um preço caro.

Confessar que quando comecei a assistir estava na maior empolgação, como disse o plot do drama ,além de ser semelhante ao de Tunnel, era muito interessante o detetive Park era inteligente, tinha um carisma que prendia nossa atenção e sua vulnerabilidade nos tornava empáticos com ele. Da detetive Cha eu realmente não gostei, em especial pelos flashbacks do passado, tinha hora que minha irmã e eu ficávamos nos perguntando como essa mulher conseguiu entrar pra polícia. O detetive Lee era ótimo, mas o cérebro dele parecia falhar algumas vezes o que era irritante, mas muito humano haha, a gente gostou muito dele, especialmente porque ele não era nada burro e a reviravolta que ele deu no final foi digna de aplausos.

Contudo, o problema do drama é justamente esse: a falta de final. Eu nem poderia dizer que o final é aberto porque ele é só inconcluso mesmo, acabou meio que do nada como se eles tivessem cortado o episódio antes de mostrar o desfecho e isso foi bem frustrante. A solução do caso principal ficou em aberto, coisa que também não gostei nada, os culpados foram apontados, mas a punição ficou em suspenso, não posso nomear esse último capítulo como outra coisa além de frustrante. O drama em si é muito bom, tanto como suspense quanto como fantasia, os casos são sombrios e as operações de tirar o fôlego, mas esse final realmente me deixa na dúvida se vale a pena indicar essas dezesseis horas ou não haha. Vou deixar isso a critério de vocês.

Num balanço geral eu gostei. Ganhou meu 8,0 ainda que, ao contrário de Tunnel, não seja um drama que eu planeje ver de novo porque para mim esse final foi bem frustrante. Contudo, se você não se importar com isso fica aí a dica de uma excelente série policial. São ao todo quatro casos que eles investigam, um deles descobri que era baseado em fatos reais de um assassino em série na Coréia e foi o mesmo caso investigado em Tunnel (sinistro).

Original: シグナル 長期未解決事件捜査班 RR: Shigunaru: Choki Mikaiketsu Jiken Sosahan
Ano: 2018
Direção: Akira Uchikata, Kosuke Suzuki
Roteiro: Masaya Ozaki
País: Japão
Episódios: 10
Elenco: Kentaro Sakaguchi, Kazuki Kitamura, Michiko Kichise

Sinopse: Depois de achar um misterioso walkie-talkie, o detetive Saegusa Kento (Sakaguchi Kentaro) consegue se comunicar com outro detetive, Oyama Takeshi (Kitamura Kazuki), só que ele se encontra no passado. Os dois se unem para resolver diversos casos que não foram solucionados. No entanto, eles logo descobrirão que alterar eventos do passado pode trazer graves consequências para suas vidas.

Onde encontrar: Mahal Dramas Fansub

Em 2018 o Japão lançou um remake do drama coreano dirigido por Akira Uchikata (Re: Mind) e protagonizado por Kentaro Sakaguchi (Color me true, Narratage, Kodaike no Hitobito, Gomen, Aishiteru). A história segue praticamente a mesma com a diferença de ambientação (claro!) e umas poucas modificações no roteiro. Por exemplo, a secretária que era o primeiro amor do detetive Lee na versão original, aqui se tornou uma garota que faz as vezes de protegida dele e é Midori, uma garçonete. O tempo também é diferente, enquanto na versão original ela cobre entre 1989 e 2015 aqui ela vai de 1997 a 2018.

Outra coisa que mudou um pouco foi a personalidade das personagens, achei a versão japonesa menos carismática nesse ponto, eu gosto muito das produções do Japão, não entendam mal, mas a versão nipônica do Park Hae Young não era complexa e carismática quanto sua versão original. Enquanto Lee Je-hoon nos entregava uma personagem forte, mas que exalava sua vulnerabilidade sem parecer óbvio, nós lidávamos com uma personagem complexa que sabia mesclar a dramaticidade do seu passado com um bloqueio emocional que vai sendo trabalhado ao longo dos episódios, o mesmo não aconteceu com Kentaro Sakaguchi cujo trabalho eu já conhecia de produções anteriores.

Ao contrário do inspetor Park, o sargento Saegusa apesar de compartilhar da mesma história não nos impacta como sua versão coreana. Ele é um bom ator, mas na maior parte do tempo ele ficou mais enérgico do que complexo. Pelo menos foi o que me pareceu. 

A história do drama também foi encurtada nessa versão ocultando o caso de morte de mulheres no qual, na versão coreana, Cha Soo Hyung foi uma vítima. Mesmo cada episódio tendo quase uma hora de duração, muita coisa foi modificada para um espaço de tempo menor e isso, mesmo não diminuindo a trama em si, serviu para dar uma esfriada na carga dramática que o drama tem (ou deveria ter).

Uma coisa que eu gostei muito, e aqui aplaudo as duas versões, foi a fidelidade histórica. Desde o figurino à tecnologia dos anos 80/90 foi retratado de forma muito válida, os computadores (que eu não tenho ideia de como ainda funcionava kkkk), os automóveis, isso ficou muito real e palpável o que tornava a nossa experiência bem verossímil. Aplausos.

O ponto da versão japonesa vai para o filme que continua a história. Não encontrei esse filme em canto nenhum e alguns sites dizem que ele está prometido para o ano que vem, acho meio improvável já que esse drama é de 2018, mas esperemos. Ao contrário da versão coreana que terminou naquele cenário meio "Mas que *%$#@".

Enfim, recomendo Signal para quem curte um bom drama policial, tanto a versão japonesa quanto a coreana valem a conferida. Inclusive, foi muito bom poder ver um drama japonês, parecia fazer eras que eu não assistia nada do lado de lá. Vejo vocês na próxima!