segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

[TAG #Escrita] Quem e como fala?


Olá, povo!

Hoje é segunda feira, portanto, é dia da TAG #Escrita. Como no último post eu falei dos elementos pré-texto hoje a gente vai aprofundar um pouco a questão dos personagens e falar um pouco sobre a voz -1ª ou 3ª. Só lembrando que eu não sou nenhuma especialista nem nada, o que eu escrevo aqui é puramente minha própria experiência e algumas pesquisas de apoio que eu faço para os posts, okay? Então, vamos lá, pega um lanche que o post vai ficar grande!

OS PERSONAGENS

Para mim, uma das coisas mais difíceis é criar personagens. Isso porque não é simplesmente uma pessoa que faz uma ação, mas é a pessoa que vive aquilo que você idealizou e, como tal, ela precisa representar essa história, ter uma vida própria e uma personalidade que gere empatia - que é o mais difícil - ou pelo menos simpatia ao leitor. O mesmo acontece com os antagonistas que tem como intuito gerar o sentimento contrário. Esse despertar de sentimentos no leitor é o que eu acho mais complicado de reproduzir, porque criar um personagem marcante, que realmente faça ele sentir alguma coisa é especialmente complicado, por isso é necessário trabalhar os personagens com uma atenção especial.
Como eu mostrei no post passado, eu faço uma ficha do personagem, além de ser mais viável para mover na história caso eu precise rever algum detalhe, eu vou ter sempre em mãos um esboço prático de quem é o meu personagem. Bem no comecinho eu criava apenas criaturas sem muita vontade própria que se moviam conforme o acontecimento ou conforme eu agiria no seu lugar. O primeiro personagem que eu criei realmente alheio a mim mesma foi a Anelliese de Free e incrivelmente em 2012! Ela é um personagem que se move de acordo com a sua vontade, toma suas próprias decisões sem que eu a manipule, eu sei quem ela é e durante todo o processo de criação eu podia saber o que ela faria a cada acontecimento e que caminho ela escolheria independente da minha própria vontade, mas eu levei anos para conseguir isso (Considerando que eu comecei a escrever com 7 anos) e decorreu de muita prática e leitura constante.
O primeiro passo é você ver como os personagens dos livros que você mais gosta se movem, como eles vivem as histórias que você queria viver, o que eles tem que você precisa criar. O processo de escrever é, como disse Austen Kleon, roubar uma ideia e torná-la algo inédito à sua própria maneira. O segundo passo é entender que o seu personagem, apesar de uma criação sua, é uma pessoa totalmente desvinculada de você, ele tem seu próprio pensamento e sua própria maneira de agir, é um ser independente. No momento que você puser isso em mente vai perceber o processo de criar uma personagem com outros olhos. Vejam que eu nunca disse que seria fácil, só disse o que eu faço. Isso requer muita prática e o velho método de tentativa e erro.
Vejam um exemplo de uma ficha de personagem minha preenchida:
Livro: ROMEO
Nome: Juliane Simons
Data de Nascimento: 1985/10/17 (23 anos)
Data de Transformação: -
Local de origem: Tennessee
Cor do Cabelo: Ruivo
Cor dos Olhos: Azuis
Altura: 1,67
Descrição Física: Magra, longos cabelos ondulados que descem até mais ou menos a linha da cintura, o rosto é arrendondado com olhos grandes e expressivos, lábios cheios e boca pequena. O nariz é relativamente afinado conferindo ao rosto um aspecto delicado e, ao mesmo tempo, levemente atrevido. As sobrancelhas são arqueadas e os cílios longos.
Habilidades especiais: -
Educação/Ocupação: Formou-se em literatura na Universidade de Harvard. É professora.
Hobbies: Ler
Veículo: -
Relacionamento de família/clã:É filha de Fabian Simons, que foi assassinada quando Julie ainda era criança, e Patrick James. Mora com a companheira de faculdade e melhor amiga Judith Scott.
História Pessoal: Julie nasceu em Unsun (cidade fictícia) no Tennessee, filha de uma artesã e um advogado. Aos oito anos encontrou a mãe morta sob uma poça de sangue na cozinha de casa, o pai entregou-a para uma tia em Chicago, apesar do que aconteceu ela nunca questionou o passado e cresceu detestando o pai que sequer ligava para o que acontecia com ela. Formou-se em literatura na universidade de Harvard onde conheceu Judith Scott, uma inglesa cheia de vida que convidou-a para dividir o apartamento. Quando recebeu a notícia do acidente do pai com possibilidade de morte, Julie viaja para Unsun e dessa vez, diante das perseguições e mistérios que rondam a cidade, ela se propõe a descobrir o que esconde por trás da morte da mãe.
Julie é uma personagem obstinada, meio teimosa e que convive com um medo muito grande de que pessoas se machuquem por sua causa por isso vive superprotegendo todos à sua volta. É um pouco indecisa e tem o péssimo hábito de achar que pode fazer tudo sozinha.
Dá para ver que é um resumo bem sucinto da personagem, a personalidade dela é algo que se molda na minha mente e nos meus dedos conforme eu vou colocando-a no meio dos acontecimentos. Mas eu sei quem ela é, o que ela faria ou fará em cada situação e isso me possibilita movê-la de acordo com a vontade dela, mas isso requereu muita prática e livros e mais livros de tentativas meio frustradas. Como mencionei, um exercício muito bom é escrever com um personagem do sexo oposto. A primeira vez que eu fiz isso foi na também saga Free, com o par de Anelliese, Ferdinan, que tinha voz no enredo, quando você dá voz à uma personagem com sexo oposto ao seu consegue desprender-se um pouco de si mesmo porque sabe que o outro sexo não agirá do mesmo modo que você, ele tem ações e pensamentos diferentes do seu gênero. Uma das minhas missões mais recentes com esse tipo de linguagem mista foi em Powerfull que escrevi como co-autora. Eu era responsável pela voz de Matt e Sharon meu casal na trama de 6 personagens. Acompanhe um trecho diferencial de vozes para ambos:
Maldito pneu! Justo agora tinha que estourar? Pensei enquanto permanecia na cadeira do fundo do ônibus desfrutando das músicas nos meus fones de ouvido. Em uma das poltronas do meio, estava ela. Jessica Mountbatten. Ela estava a viagem toda dando olhadas não muito amigáveis na minha direção, provavelmente nossos santos não se comunicaram muito bem à primeira vista, por mais que eu tentasse ignorá-la para manter a calma ela insistia. Aquilo definitivamente não ia prestar. Ela era demasiado bonita, os cabelos castanhos longos ondulados nas pontas, o rosto típico de uma patricinha americana, mas até que era estilosa, menos mal. Aquilo diminuía minha vontade de vomitar. A nossa chegada ao instituto provavelmente atrasaria em meia hora ou mais, decidi tomar um pouco de ar como a maioria dos esquisitões dentro do ônibus estava fazendo. Havíamos parado em uma estrada de Londres, de um lado floresta e do outro... Bem, do outro também. Era ladeada por enormes árvores e depressões, eu tinha de admitir que era um lugar lindo.
Para minha sorte todos ali eram um conjunto de nerds com QI acima de 190, então não haveria bullying por conta de diferenças intelectuais, de contra partida, talvez as nossas discussões pudessem ser mais interessantes se contarmos com o ponto de vista de todos nós podermos fazer algo que a maioria das pessoas não pode. Enquanto eu observava a paisagem e tentava me concentrar na pureza do oxigênio que invadia minhas narinas ele se aproximou. Nome, Mathew Iron. Habilidade, velocidade sobre humana. Não era o tipo de pessoa com a qual eu me relacionava, na verdade eu não me relacionava com ninguém – Careta. - ele era bonito, os cabelos castanhos levemente desalinhados, usava óculos, o que eu admitia achar um charme, um rosto afilado e era de certa forma forte, mas não o bastante para parecer um armário com pernas. (Sharon)
 Sharon é uma personagem meio arrogante, totalmente geniosa, antissocial e introvertida. Ela tem uma segurança exagerada de si mesma por causa de todos os impactos que sofreu no passado. Ela foi uma criação minha para a história, assim como o Matt foi a criação de um leitor cuja personalidade eu moldei de acordo com a ficha que ele enviou (era uma fic interativa). Então veja um dos diálogos dele;
Foi tudo tão rápido, quando pisquei os olhos Sharon e Jessica estavam suspensas no ar em uma briga para garoto nenhum colocar defeito ambas eram absurdamente poderosas e eu fiquei ainda mais perplexo e encantado por aquela loira marrenta. Calleb e Carl levaram Jessica para o ônibus, aparentemente ela não estava ferida, mas ainda estava desacordada. Não demorou muito mais que vinte minutos para que o pneu fosse trocado e continuássemos nossa viagem rumo ao instituto, Sharon ainda permanecia no mesmo lugar ouvindo músicas pelo fone e com os olhos fechados como se não tivesse acontecido absolutamente nada.
Eu observava os demais dentro do ônibus, Calleb dormia a maior parte do tempo, Lauren permanecia quieta, mas eu deduzi que não havia uma só gotícula de suor que seus belíssimos olhos não estivessem vendo, Andrew era um prolixo nato e pelo pouco que pude observar de Jessica ela era muito simpática e ativa, o que eu não conseguia entender era o que ela tinha contra a Sharon, eu observei a garota o caminho inteiro, ela não deu uma única palavra com ninguém, ficava parecendo uma estátua olhando pela janela enquanto ouvia sabe-se Deus o que. De qualquer forma a convivência entre nós estava prometendo! (Matt)
Conseguem perceber a diferença de linguagem entre eles? O modo como falam e pensam é diferente e de acordo com a personalidade deles. Matt é mais alegre e ativo que Sharon, por ter tido um passado relativamente melhor que o dela seu comportamento é como o de um garoto normal, sociável, cheio de energia e feromônios. Mover essa diferença entre os personagens é um desafio que precisa ser praticado diariamente.

Exercício:

  • Considere a seguinte situação: 

Desligou. Enfrentar Shirllene era a menor de suas preocupações no momento. A garota havia sido a única que ficara ao seu lado enquanto os outros alunos trancavam-na dentro de armários ou enchiam-no de lixo, quando não jogavam farinha no seu cabelo ou a empurravam de propósito. Devia aquilo a ela por mais que fosse duro ter que se despedir.
    — Não chegue depois de dez. — Pediu o pai. — Você precisa dormir bem.
      — Não se preocupe, eu vou ter mais de dez horas para dormir a caminho da Coréia. — Ironizou.
        — Filha... isso é para o seu próprio bem. — Disse ele, cansado. — Já conversamos sobre isso.
          — Nós não conversamos. O senhor falou e eu ouvi.
            — Depois de tudo que aconteceu aqui, como ainda pode querer ficar? — Havia pesar e incredulidade na voz dele.
              — Eu não acredito em finais felizes, pai. Quem pode te garantir que na Coréia do Sul vai ser diferente?
                — Vai ser diferente porque por mais que queira mentir para si mesma você está diferente.
                  — Estou saindo.
                    Pegou a bolsa e saiu de casa antes que a discussão continuasse. Era só um ano e meio. Só precisava de mais um ano e meio e iria finalmente para a faculdade, se conseguisse passar em uma universidade americana ou Inglesa conseguiria voltar para casa. 
                    • Reescreva a passagem na voz de um garoto em 1ª pessoa e de uma garota também em 1ª pessoa. Dependendo do seu gênero você vai ver que não é tão fácil quanto pensa principalmente considerando esse enredo incompleto. Mas imagine o que há por trás disso. Se quiser, me manda nos comentários ou por e-mail, vou adorar ler ;) katharynnygabriella.n@gmail.com
                    QUEM CONTA A HISTÓRIA?

                    Criar personagens não é o pior dilema de quem vai escrever uma história, decidir quem vai contá-la é outra coisa que gera problema. Não dá para dizer qual das duas vozes é a mais adequada, há coisas que você precisa pesar para decidir em que pessoa contar sua história. Há autores que não conseguem, sob nenhuma hipótese, narrar em 1ª pessoa e outros em 3ª isso varia muito do que te deixa confortável e do que você quer dizer. Particularmente, eu narro dos dois jeitos, normalmente é a história que me pede uma voz ou outra, eu a trabalho inicialmente dos dois jeitos e vejo qual fica mais de acordo com o que eu quero dizer. Para clarear um pouco mais, vamos fazer uma comparação entre as vozes nos aspectos gerais.

                    Primeira-pessoa (eu)

                    O narrador é um personagem participante da história. Esse narrador, que pode ou não ser o protagonista, compartilha seus pensamentos e emoções durante a história, mas não conhece (e portanto não pode compartilhar) os pensamentos e emoções de outros personagens. A narrativa na primeira-pessoa aprofunda o conhecimento do leitor sobre o personagem-narrador, já que mostra muito sobre sua personalidade através da forma como ele escolhe narrar os acontecimentos do enredo. Suas falas ganham um status de autenticidade, já que não existe um narrador anônimo intermediando o contato do leitor com o personagem. O foco da narrativa na primeira-pessoa é influenciar o leitor a interpretar a história a partir do ponto de vista deste personagem.
                    Dom Casmurro, Crepúsculo, O Morro dos Ventos Uivantes e O Pequeno Príncipe usam esse tipo de narrador.

                    Segunda-pessoa (você)

                    O narrador reconhece a existência do leitor referindo-se a ele diretamente ou mesmo o tratando como um personagem que deve aceitar seu papel na história passivamente. O foco da narrativa na segunda-pessoa é permitir que o leitor se sinta fazendo parte da história, diminuindo a distância entre ele e o narrador.
                    Pode-se dizer que As Vantagens de ser Invisível usa esse tipo de narração uma vez que nos sentimos o amigo de Charlie.

                    Terceira-pessoa (ele)

                    Nesse ponto de vista, o narrador não participa da história. Ao invés de um personagem, é o próprio escritor quem está contando a história para o leitor. O escritor não precisa se limitar a narrar a partir do ponto de vista de um único personagem e pode mostrar diferentes percepções sobre os acontecimentos do enredo ao longo do texto. O narrador na terceira-pessoa pode ser seletivo (quando expressa onisciência em relação a apenas um personagem) e múltiplo (quando expressa onisciência em relação a vários personagens). O grau de conhecimento que o narrador expressa sobre os personagens pode variar entre neutro (conta a história sem fazer comentários sobre o que está narrando) e instruso (quando além de narrar, ele também comenta o que pensa sobre os acontecimentos do enredo e as emoções e pensamentos dos personagens). O foco da narrativa na terceira-pessoa é permitir que o leitor tenha uma visão mais plural da história. Ela nos dá mais flexibilidade para entrar e sair da mente dos personagens, para narrar detalhes da história de uma forma mais criativa.
                    Os Instrumentos Mortais, Fallen, Sussurro e Alice no País das Maravilhas adotam esse estilo narrativo.

                    Ponto de vista alternado

                    Alguns escritores optam por narrar na terceira e na primeira pessoa em uma única história, alternando entre um narrador onisciente, mais distante, e um narrador-personagem, mais próximo. Outros escritores usam apenas a narrativa na primeira pessoa, alternando entre dois ou mais personagens-narradores. O foco da narrativa de ponto de vista alternado é permitir ao leitor tomar contato com a história a partir de diferentes pontos de vista e compará-los para tirar suas próprias conclusões sobre o que está sendo narrado.
                    Dezenove Luas, Entre o Agora e o Nunca são exemplos de livro com esse tipo de narrativa. Harlan Coben é um escritor que utiliza muito o tipo alternante entre primeira e terceira pessoa.


                    Quando eu escrevi Sombras ao Sol, achei que limitar a história na visão de Sofia seria ideal para o enredo que eu imaginei, do mesmo modo que, quando escrevi Dear Diary alternei a narração entre os dois personagens como forma de demonstrar o universo de cada um como uma maneira de aproximá-los do leitor e justificar suas atitudes, eles não sabiam porque o outro agia de tal maneira, mas o leitor tinha esse conhecimento e, dessa forma, podia acompanhar como cada uma das personagens se descobria. Já para Folhas Mortas eu utilizei uma alternância em terceira pessoa predominante com enxertos de primeira pessoa, porque a história me permitia essa alternância. Para escrever Avalanche e Dragão Azul eu utilizei a terceira pessoa porque a onisciência do narrador cairia melhor com o tipo de enredo que eu me propus. Pode parecer uma besteira, mas escolher a voz com que contamos a história faz toda a diferença na composição final do livro.

                    Já sabem, qualquer dúvida, comentários!
                    O post de hoje se encerra por aqui, espero que tenham gostado. Para que o post não fique mais gigante do que já está vou deixar para continuar na próxima segunda quando falaremos de Adequação da Linguagem, Sinopse e Título e, como as meninas do Apaixonadas por Palavras me pediram, também vamos dar uma introdução aos diálogos.
                    Lembrando que amanhã tem a Tag #Japonês!

                    Então, até a próxima!

                    sábado, 27 de fevereiro de 2016

                    As Luzes de Setembro - Carlos Ruiz Zafón

                    Ano de Publicação: 1995
                    País de Origem: Espanha (escritor)
                    Série: Névoa #3
                    Sinopse: Durante o verão de 1937, Simone Sauvelle fica de repente viúva e abandona Paris junto com os filhos, Irene e Dorian. Eles se mudam para uma cidadezinha no litoral da Normandia, e Simone começa a trabalhar como governanta para Lazarus Jann, um fabricante de brinquedos que mora na mansão Cravenmoore com a esposa doente.
                    Lazarus demonstra ser um homem agradável, trata com consideração Simone e os filhos, a quem mostra os estranhos seres mecânicos que criou: objetos tão bem-feitos que parecem poder se mover por conta própria. Já Irene, fica encantada com a beleza do lugar e por Ismael, o pescador primo de Hannah, cozinheira da casa. Os dois logo se apaixonam.
                    Todos estão animados com a nova vida quando acontecimentos macabros e estranhas aparições perturbam a harmonia de Cravenmoore: Hannah é encontrada morta, e uma sombra misteriosa toma conta da propriedade.
                    Juntos, Irene e Ismael, desvendam o segredo da espetacular mansão repleta de seres mecânicos e sombras do passado,enfrentam o medo e investigam as estranhas luzes que brilham através da névoa em torno do farol de uma ilha. Em As luzes de setembro, aquele mágico verão na Baía Azul será para sempre a aventura mais emocionante de suas vidas, num labirinto de amor, luzes e sombras.

                    O que eu achei: O livro já te ganha no primeiro capítulo, o jeito como Zafón narra é envolvente e deixa você sempre ansioso para o que vai vir no próximo parágrafo. Além de ser uma história bem diferente do que estamos acostumados a ver, somos arrebatados por uma história cheia de um significado profundo e muita tensão, há alguns momentos realmente de apreensão que você pensa que não ha como a personagem sair viva daquela e ainda tem uma pegada meio Agatha Christie que você não sabe quem está dizendo a verdade.
                    A trama se desenvolve a partir da viuvez de Simone Sauvelle. Logo ela se vê sozinha com seus dois filhos, Irene e Dorian, e com todos os órgãos possíveis levando embora seus bens. Sem saber o que fazer é  acolhida por um amigo e cogita a ideia de voltar a ser professora para sustentar a si e aos filhos quando recebe uma proposta tentadora e irrecusável de ser governanta na casa de Lazarus Jann, um rico fabricante de brinquedo que vive em uma propriedade reclusa da Normandia. Vendo naquilo a possibilidade de guinar sua vida e garantir o futuro dos filhos ela aceita imediatamente e se muda com os filhos para a casa que Lazarus cedeu à família na Normandia.
                    Cravenmoore, como era chamada a propriedade do fabricante de brinquedos, era uma construção sombria e cheia de máquinas assustadoras que, muitas vezes, tomavam a aparência humana tão real que causava arrepios, as funções de Simone eram muito básicas e Lazarus ainda garantiu que cuidaria do futuro acadêmico dos dois filhos dela. Eles não podiam estar mais felizes com a sorte que lhe sorria e, ainda no dia seguinte, Simone começou a trabalhar em Cravenmoore. Inicialmente demorou um pouco a acostumar-se aos estranhos pedidos de Lazarus, mas decidiu não se envolver em assuntos que não lhe apeteciam. Enquanto isso, Dorian encontrava na região bucólica um prato cheio para seu amor por cartografia e passava horas desenhando a região e mapeando cada área. Já Irene, após tornar-se amiga de Hannah, cozinheira de Lázarus, apaixona-se por Ismael, primo de Hannah, cuja paixão é o mar.
                    Tudo parecia ir bem até certa noite Hannah acordar assustada com um barulho na ala proibida de Cravenmoore e levantar-se para ir olhar, lá ela encontra um estranho vidrinho de aparência belíssima que imediatamente lhe chama atenção. Sem resistir, ela o abre e liberta uma estranha sombra que passa a persegui-la, no dia seguinte o corpo de Hannah é encontrado no bosque. A notícia abala a todos, Ismael passa dias recluso em uma casa no velho farol para preocupação de Irene que desejava consolá-lo, quando finalmente se reencontram dias depois ele lhe conta o que fizera durante seu período de luto e mostra um diário antigo de uma mulher que, aparentemente, morreu perto do farol, seu nome era Alma Maltise, a narrativa de Alma logo chama a atenção de Irene e os dois imergem na história e na tentativa de descobrir o que aconteceu a ela.
                    Lazarus desperta certo interesse em Simone que não lhe é indiferente, mas teme que, caso leve seus sentimentos adiante, algo ruim aconteça. Dorian passa a ser perseguido pela sombra e logo também Irene e Ismael que investigam a morte de Hannah. Simone é levada pelo estranho mostro e na tentativa de resgatá-la a vida de todos fica em risco, Lazarus sabe que é o único que pode parar a estranha criatura, segredos sombrios são revelados, um passado triste vem à tona e a história de um amor verdadeiro e intenso cobre o desfecho triste e belo da obra.
                    O livro ainda traz algumas reflexões muito boas acerca da vida, do autoconhecimento, das relações familiares e afetivas. Apesar de o final ter me desapontado um pouco, sei que foi necessário e é realmente surpreendente. O livro é de uma leitura muito fácil e gostosa, há momentos de gelar a alma realmente e dois romances com progressos distintos e desfechos relativamente adequados.

                    Por enquanto as resenhas dos próximos livros vão demorar um pouco porque vou me dedicar inteiramente aos projetos que tenho para fazer na faculdade. Então, pode ser que demore até a próxima resenha. Beijocas, blogueiros até a próxima!

                    Novos Álbuns: NUEST e GOT7

                    Oooooooooooooi, pessoinhas!

                    Depois de um tempo sem postar - porque não tinha mais cd novo - a tag música está de volta e eu vim falar dos novos albuns desse ano, saiu um do NUEST intitulado Q is. e um do Got7 Mori ↑ Gatteyo.  Vamos falar um pouco sobre eles.
                    Eu já ouviu todos os albuns que o NUEST' lançou até hoje, embora tecnicamente só  um se descontar singles e minis. O trabalho novo deles, desde o vídeo do 4º mini album intitulado Q is não me impressionou muito não, eles pegaram uma coisa mais calma se comparado ao single Face, meu favorito. A melhor musiquinha é mesmo 여왕의 기사 (Overcome) segunda faixa do álbum e música do vídeo de divulgação. Mas comparada com o single I'm Bad se não me engano o último lançado antes desse album, a batida deles está bem mais "romântica" e isso me fez desagradar um pouco já que eu gosto mais das agitadinhas. Ainda assim é um bom disco, bem tranquilo e com a pegada popzinha que a gente tanto curte.



                    Faixas:
                    01. 나의 천국
                    02. 여왕의 기사
                    03. 사실 말야
                    04. 티격태격
                    05. ONEKIS2
                    여왕의 기사 (MV)


                    Partindo para essa banda incrível que é o GOT7 que eu conheci ainda esse ano e já ouvi todos os álbuns, sendo, até então, Got Love meu favorito, eis que o novo álbum da banda vem em Japonês (*-*) e muito melhor que a encomenda! Além de ser cheio de energia e muito bem equilibrado, o Mori ↑ Gatteyo ainda traz as versões de Girls Girls Girls, do primeiro mini álbum,  A, do Identify,   하지하지마 também do Identify e Just right do álbum de mesmo nome, em Japonês. É um verdadeiro presente para os ouvidos! Dou destaque especial para Yo モリアガッテ Yo, Got ur Luv e a Around the World que foi lançada como single antes do álbum, a voz deles está cada vez mais cheia de energia e as músicas impecáveis e bem distribuídas ao longo do álbum que mescla as baladas com músicas super alto astral! Valeu muito a pena ouvir e finalmente escutar o Got7.
                    Faixas:
                    01. SHAKING THE WORLD
                    02. Yo モリアガッテ Yo
                    03. GOT ur LUV
                    04. LAUGH LAUGH LAUGH
                    05. BE MY GIRL
                    06. AROUND THE WORLD
                    07. LOVE TRAIN
                    08. JIBBERISH
                    09. O.M.G
                    10. ANGEL
                    11. STAY
                    12. SO LUCKY
                    13. Girls Girls Girls -Japanese ver.-
                    14. A -Japanese ver.-
                    15. Stop stop it -Japanese ver.-
                    16. Just right -Japanese ver.-

                    quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

                    [TAG: #Escrita] - Primeiros Passos

                    Eae, "pessoar"! 

                    Começando hoje a nossa tag nova, vamos conversar um pouco sobre o processo de escrever, indo desde o comecinho. Vale salientar que esse processo é maleável, muda de autor para autor e cada um se adapta ao modo como acha melhor e como dá no seu tempo. Os posts da tag #Escrita vão ser feitos às segundas! Mas como eu falei ontem na tag japonês, enquanto eu não organizo a rotina, vou fazendo assim mesmo. 
                    Hoje a gente vai conversar um pouco sobre os primeiros passos que antecedem a escrita do livro, o primordial deles, é ler rsrsrsrs. Se a gente prestar atenção, 80% dos problemas de ortografia podem ser sanados com a leitura constante, por exemplo, peguemos a palavra assado. Eu sei que essa palavra é escrita com /ss/ e não com /ç/, mas não porque eu conheço a regra que explica isso, mas porque eu já li tanto a palavra que ela se fixou no meu inconsciente, do mesmo modo acontece com outras palavras como flecha, ansiedade, assíduo, vaso e outras mais complicadas. Muitos dos meus iniciais problemas com acentuação também foram sanados pela leitura, não porque eu tenha decorado todas as regras que regem as oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas, mas porque a leitura me deixou habituadas a elas.
                    Bem, para começar vamos falar um pouco sobre o tema. Sempre há aquele tema com o qual a gente se identifica, mas vale ressaltar que é sempre bom tentar se aventurar por outros temas, por exemplo, eu não sei mesmo escrever histórias do gênero sobrenatural, com vampiros, lobisomens, essas coisas, mas eu já tentei e concluí livros com esses temas. Não é algo que você tenha que se prender, por exemplo "Vou fazer um romance", até porque toda história é, de alguma forma, híbrida. Sempre vai ter aquele elemento que traz tua obra para um gênero e para outro. Mas ter em mente um tema é um primeiro passo para começar. Decidido sobre o que queremos escrever, pensamos então nas personagens, quem vai viver essa história por nós? Pensar nas personagens exige certo trabalho à parte, é muito difícil nos deligarmos de nós mesmos para dar vida a elas, e isso é muito importante, a menos que seja uma biografia precisa-se ter em mente que a personagem é uma espécie de "ser vivo", ela tem opinião, caráter, atitudes distintos dos nossos, então vale a pena ressaltar que as personagens:
                    • Parecem reais, tem uma cadência própria;
                    • Conversam com você, ou seja, você troca ideias com elas;
                    • Têm sua própria personalidade e tomas as próprias atitudes;
                    • Seguem um caminho com várias possibilidades de escolha que determinam seu desfecho.
                    Montar bem a personalidade da personagem com quem vamos trabalhar é importante para saber que caminho ela escolheria de acordo com as escolhas que ela faria e qual desfecho esse caminho vai levar. Criar alguém completamente alheio à nós é muito difícil, pelo menos para mim é, muitas das coisas que alguns dos meus personagens iniciais faziam era exatamente o que eu faria, agora com o exercício constante é que estou tentando mudar isso, dar a eles uma vitalidade, um espaço próprio. Uma dica muito útil para se desprender do personagem é criar um com o sexo oposto ao seu. O exercício de pensar como um homem ou uma mulher faz com que você comece a medir as atitudes da personagem de acordo com ela mesma e não com o que você é. Eu adotei uma medida chamada Caderno de Fichas para as minhas personagens, nela eu os organizo por história e fica mais fácil quando eu escrevo mais de uma história ao mesmo tempo e esqueço alguma característica daquele personagem. Segue o modelo:
                    1. Livro
                    2. Nome
                    3. Data de nascimento
                    4. Data de transformação (se houver)
                    5. Local de Origem
                    6. Cor dos Olhos
                    7. Cor dos Cabelos
                    8. Altura
                    9. Descrição Física
                    10. Habilidades especiais
                    11. Educação/ocupação
                    12. Hobbies
                    13. Família/clã
                    14. História pessoal
                    Isso ajuda a deixar as personagens organizadas e me ajuda a ter controle sobre elas quando estou escrevendo mais de uma história para não cometer nenhuma "gafe", sem contar que saber tudo isso da sua personagem também vai fazendo você se separar um pouco dela, você vai imaginando-a de uma forma mais longe de você, com uma luz própria e ela vai nascendo devagar conforme a ficha vai sendo preenchida. Vai se tornando mais real.
                    Outro ponto é o famoso outline, que eu raramente faço embora todo mundo alegue que é fundamental para quem escreve. Eu costumo fazer esses resumos para histórias que eu ainda não vou escrever, que vão ficar "na gaveta" até eu ter um tempo, para isso eu tenho um caderno para anotar, o chamado "Caderno de ideias" que você certamente deve ou deveria ter. Nele você pode anotar ideias para histórias, diálogos, cenas, etc. O outline seria mais ou menos um resumo detalhado de toda história, um esqueleto do que vai acontecer no enredo, sabendo o que acontece do início ao fim do livro, como um resumão, existem vários autores que planejam seus livros inteiros. Ou seja, fazem um outline da história e só depois começam a escrever cena a cena, capitulo a capítulo. E existem aqueles que simplesmente começam com um personagem ou uma situação e vão descobrindo a história conforme vão escrevendo. É claro que existem também aqueles que usam um meio termo. Aqueles que planejam algumas partes ou começam sabendo apenas aonde querem chegar, mas não os detalhes do trajeto.
                    Eu faço mais parte do segundo e terceiro grupo. Muitas vezes, uma única palavra me da a ideia de uma história inteira e eu simplesmente sento e escrevo para ver onde vai dar. Outras vezes eu sei onde a história vai terminar, então vou escrevendo e vendo o que acontece até chegar ali. São raras as vezes que eu faço uma outline, mas isso funciona pra mim, há pessoas que não saem do primeiro capítulo se não souberem com precisão, o que vai acontecer. Como eu disse, o processo é variável de autor para autor. Olhando por um ângulo, ter uma outline é positivo para o caso de acontecer o que eu chamo de "enredo trancado" que é quando você chega em um momento que não sabe o que vai acontecer com o personagem, o que ele vai fazer, o que vem a seguir, mais ou menos quando a gente tranca um jogo de dominó. Com a outline poderia se ver um meio de desbloquear a história. Ainda assim, sou daquelas que acha que se eu sei quem é minha personagem e o que ela faria em tal situação, sei o que eu devo fazer com ela. Porém, há certas histórias que eu realmente tenho necessidade de escrever uma outline porque ela me pede isso, vão acontecer processos mais complexos dos quais eu preciso de um controle de apoio, mas isso é bem raro.
                    Por fim, para fechar o post de hoje, quero salientar a importância da leitura no processo. Todo bom escritor é, antes de mais nada, um ávido leitor. Não há saída. E não digo ler só o seu gênero, mas espalhar-se para todos os gêneros possíveis! Particularmente eu procuro ler sempre de tudo um pouco, mas não consigo ler literatura erótica por escolha minha mesmo. Acho que nunca li um livro desse gênero propriamente dito e não sinto curiosidade, porque não acho que ele vá me acrescentar nada no que diz respeito ao meu próprio gênero. Mas isso é uma opinião minha, não tenho nada contra quem lê ou escreve esse tipo de livro. Outra coisa importante para dizer é que nenhuma história é "pura", sempre, independentemente de quão original ela seja, vai ter algo influenciado por outras histórias, nós pegamos o nosso universo e os quebramos em características, nossos livros são as modificações dos fragmentos dessas características, então nenhuma história nasce sem nenhuma influência, portanto, nenhuma história é "pura" embora todas sejam únicas.
                    Em um último conselho, faça o que todos os escritores fazem depois de ler: escreva. Esse é o tipo de ofício que aquele ditado popular cai como uma luva: A prática leva à perfeição.

                    Até Segunda, pessoas! Qualquer dúvida, comentário :)

                    quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

                    [TAG: #Japonês] - A Escrita Japonesa


                    こんにちわみなさん!

                    Como estão? Bem, os posts de Japonês serão feitos às terças-feiras, mas enquanto eu não coloco a nova rotina nos eixos, vou adiantar já o primeiro post da Tag Japonês e hoje nós vamos conhecer os tipos de escrita do idioma. Muita gente - digo por mim - antes de ter contato real com o Japonês, olha para palavras ou frases escritas no idioma e acha que é uma coisa do outro mundo, impossível de assimilar quando, na verdade, com um pouco de dedicação e estímulo no momento que você passa a conhecer a dinâmica da língua vê que não é um bicho de sete cabeças. Como eu disse no post de apresentação, são o HIRAGANA, KATAKANA, KANJI e há também o romanji, mas ele não faz parte da escrita japonesa, já vou explicar porque, primeiro vamos conhecer sobre elas. Antes de iniciarmos nosso conhecimento, vamos entender o que é Kana, que pode ser um termo a vir ser usado em algum momento. Kana é o termo geral para as escritas silábicas japonesas hiragana (ひらがな) e katakana (カタカナ). Assim como o antigo sistema japonês conhecido como man'yogana, os kanas foram desenvolvidos para simplificar os caracteres de origem chinesa conhecidos no Japão como kanji (漢字), que se pronuncia hànzì em chinês, como uma alternativa de escrita (básica ou simplificada) e em adição a este último. Bem, esclarecido isso, vamos aos demais.

                    Hiragana: É o silabário básico, para escrever こんにちわみなさん (kon'nichiwa mina-san) que significa olá pessoal, foi utilizado esse silabário, ele é de uso recorrente no idioma por isso é o primeiro que precisamos aprender bem! É usado para todas as palavras para as quais não exista kanji, ou este exista mas seja pouco usado. Também é usado para substituir os kanji e nas terminações dos verbos e dos adjetivos. O japonês é escrito como é ouvido; Exceto as partículas de sentença, que possuem uma segunda leitura. É o caso de は (ha) que é lido wa quando ele é uma partícula, a partícula へ (he) que também é lido e e a partícula を (wo) que é lida como o. É de primordial importância que se aprenda o Hiragana, vai ser de muita ajuda na comunicação em Japonês e na facilitação de entender a pronúncia dos kanjis.
                    Tabela Hiragana
                    Katakana: É o silabário designado a escrita de palavras estrangeiras, pense comigo, quando escrevemos uma frase que tem um estrangeirismo como por exemplo: "Observei o estilo bad girl que ela usava" nós destacamos o termo "bad girl" porque está escrito em inglês, do mesmo modo, os Japoneses utilizam a Katakana para escrever termos estrangeiros que não fazem parte do seu idioma, por exemplo televisão que veio do inglês television e em Japonês é escrito テレビ (terebi). Os traços do Katakana, ao contrário do Hiragana, são mais retos. Dos alfabetos japoneses, este é o mais antigo e foi desenvolvido para simplificar os kanjis de origem chinesa que chegaram antes do começo da isolação cultural japonesa, que se manteve inflexível até o fim da Era Edo.
                    Estes caracteres, ao contrário dos kanji, não têm nenhum valor conceitual, senão unicamente fonético usado para representar onomatopeias, nomes científicos de plantas, animais e minerais, palavras e nomes estrangeiros, além de enfatizar certas expressões em textos .
                    Exemplos:
                    ミスター (misutaa, do inglês mister)
                    スーパーマーケット (suupaamaaketto, do inglês supermarket.)
                    Tabela da Katakana


                    Kanji: Muito provavelmente, de todo o estudo do Japonês o Kanji seja o que mais assusta os estudantes (digo por mim mesma!), ao contrário dos silabários anteriores, os Kanjis desempenham papel fundamental na comunicação escrita japonesa, além de serem palavras e não sílabas.  são caracteres da língua japonesa adquiridos a partir de caracteres chineses, da época da Dinastia Han, que se utilizam para escrever japonês junto com os caracteres silabários japoneses katakana e hiragana. 
                    Os kanjis são ideogramas que expressam coisas concretas e abstratas, através de radicais (partes indivisíveis dos kanjis) que dão a sugestão de que somadas formam a palavra (às vezes o radical é o próprio kanji, ou a palavra é formada por mais de um kanji). Há três tipos de kanjis: Pictográficos (São desenhos de objetos e fenômenos do cotidiano), ideográficos (Representam o abstrato (sentimentos, ideias, números, etc.) e os Complexos.

                    O Romanji é empregado na transcrição fonética da língua japonesa para o alfabeto latino (ou romano). Em outras palavras é um "jeitinho brasileiro" de ajudar na leitura e no aprendizado dos silabários e dos kanjis. Porém, é preciso dosar a regularidade com que é usado, quanto mais da língua própria usamos, melhor o aprendizado.
                    Há ainda outra ferramenta muito usada em sites para iniciantes que é o conhecido furigana você certamente vai ouvir sobre ele, também conhecido como rubi é o nome dado à forma de adicionar hiragana a um ideograma kanji. O furigana dá a pronunciação literal do kanji em questão usando o hiragana que é escrito normalmente em pequenas letras por cima ou ao lado do kanji. Geralmente utilizado para kanjis com variações ou kanjis antigos não conhecidos na atualidade. 
                    Exemplo:


                    かん
                    Daí a importância de aprender o Hiragana.

                    Por enquanto, eu não estou vendo os Kanjis, os únicos que aprendi foram 私 (watashi) que significa "eu" e 先生 (sensei) que significa "professor".  Para quem é bom de memorizar, o professor Luis Rafael diz que é possível aprender o Hiragana e o Katakana em uma semana cada um, talvez porque eu aprenda em um ritmo mais lento, não consegui essa façanha, mas a dica dele é válida e eu vou ensinar esse método dele e outros que eu uso para aprender.
                    Ainda não comecei a aprender a Katakana, porque mesmo que eu tenha memorizado toda a Hiragana, ainda há algumas sílabas que ainda estou "enganchada" então prefiro não avançar para o próximo silabário até garantir que eu aprendi bem o primeiro. Para isso, algumas dicas são bem legais:

                    Flashcards: No site goconqr é possível criar cartões de estudo online que, se quiser, você pode imprimir. Os cartões facilitam o acesso ao silabário, você pode estudá-los em qualquer lugar.
                    Músicas: Assim como o inglês, aprender japonês com música é a melhor coisa do mundo! A ideia para quem está começando é básica, procurar o romanji da música e transcrevê-lo para Hiragana. No começo, você vai ter muita dificuldade, mas logo conforme for estudando, as coisas se tornam mais fáceis.
                    App de celular. Há um monte. Como eu tenho um android baixei nele o Obenkyo que é bom porque tem testes e ainda serve para futuros estudos com o Katakana e os Kanjis. Tem também o Hiragana Learn, entre muitos outros, só soltar no playstore: learn japanese que vai sair uma infinidade.
                    Animes e J-Dramas: Talvez essa seja um pouco avançada, mas funcionou comigo além de me trazer um pouco de vocabulário, a dica é ouvir uma palavra e copiar o romanji como você o escuta e depois transcrevê-lo para Hiragana (ou escrever direto na Hiragana) e pesquisar no tradutor (sim, o do google!) se tem o mesmo sentido que você ouviu no anime ou drama.
                    O Teclado Virtual LEXILOGOS: muito útil, é um teclado virtual que permite a escrita nos silabários e pesquisa de kanjis. Um bom auxiliar!

                    TAREFA DE CASA!

                    1. Ouvir a primeira aula do curso da NHK (Clique AQUI)
                    2. Escrever, a partir do diálogo da aula, sua própria apresentação a alguém ;)
                    3. Fazer o exercício de transcrição da música com o vídeo abaixo.

                    Se ficou alguma dúvida em alguma coisa, me manda um comentário que eu vou tentar esclarecer, tá bom? De início é isso, foi o que eu aprendi assim que decidi estudar Japonês, então, nos vemos depois!

                    またね!

                    Referências bibliográficas: 
                    https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_japonesa

                    terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

                    TAG #Escrita


                    E agora estreando a segunda TAG nova do blog vamos falar sobre escrita. Quando pensei em começar a falar sobre isso eu tinha em mente fazer mais ou menos o que eu vou fazer com a tag de Japonês, falar um pouco de como o processo funciona para mim, conversar sobre escrita de maneira geral e dar algumas dicas que eu acho que funcionam para todo mundo. Ainda não tenho certeza em que dia da semana essa tag vai aparecer porque ainda não fiz a agenda de postagem, preciso organizar minha rotina de estudo e otimizar meu tempo para que a tag se torne regular conforme meu avanço. Esse primeiro post é mais para apresentar e dar uma introdução mesmo, então vamos lá.
                    Primeiro, como eu já disse em outros posts sobre o assunto, não estou aqui para dar aula pra ninguém, vou apenas compartilhar ideias e a minha experiência, o Book of Days é bem pessoal, reflete a minha opinião sobre o que posto aqui, então tenham isso em mente antes de começar a acompanhar alguma tag.
                    Eu comecei a escrever com sete anos, escrevi em um livro de imagens que a minha mãe comprou pra mim, sempre gostei de ler, mesmo antes de aprender, viajava nas histórias que as minhas madrinhas liam para mim, minha primeira literatura foram os gibis da turma da Mônica e dos livros de atividade que a minha madrinha assinava. Elas foram as maiores incentivadoras que eu tive para leitura, como passava a maior parte do tempo na casa delas ler e estudar se tornaram tarefas importantes e sérias para mim desde cedo, e esse amor pela leitura foi muito natural, por isso eu sempre preferi mais esse lado das humanas que o das exatas porque era algo que desde sempre eu me identificava.
                    Meu primeiro livro de verdade surgiu ao onze anos, se chamava Minhas Palavras, era mais um conjunto de pensamentos que eu tinha sobre as coisas que me cercavam principalmente com relação à escola que era onde eu passava a maior parte do tempo. Ele ficou com mais ou menos umas 120 páginas, mas eu perdi. Aos doze anos veio A História de Pedro e Ana que era mais uma ficção sobre o sentimento que eu nutria por um dos meus primos, foi minha primeira "história séria", levei uns três meses para terminar, ela ficou com trinta e oito capítulos e tão dramática quanto uma novela mexicana, acho até que era um reflexo das novelas que eu costumava assistir.
                    Desde sempre, escrever veio de forma muito natural pra mim, fosse no caderno de redação da escola, nos relatórios da aula de história, nos textinhos que precisava escrever sobre alguma figura nas provas do primário, e a ideia de criar histórias só começou a ser levada a sério no papel depois que eu fui provocada por um dos irmãos da minha madrinha, o que menos gosto, haviam me perguntado o que eu queria ser quando crescesse e eu disse que queria ser escritora, até então isso era algo muito distante pra mim, eu estava na quinta série, ainda esperava para aprender a música nova do Sandy e Junior! Então ele disse a frase que eu nunca esqueci: "Quem quer escrever não precisa esperar pra virar escritor, pega um caderno e escreve se é que você sabe fazer isso", na hora eu fiquei tão chateada com ele, mesmo sem saber porque, que comecei a escrever A História de Pedro e Ana mais como uma forma de provar pr'aquele imbecil - e pra mim mesma - que eu podia fazer aquilo. Mas aí vinha aquela vergonhazinha de mostrar o resultado para alguém... acho que todo autor quando tá no começo sente isso, esse receio de se mostrar. Eu ainda não sabia se era porque a história estava muito ruim ou se porque eu não queria que ninguém descobrisse que eu gostava do meu primo.
                    Até os meus 13 anos, todos as histórias que escrevi eram de narrativa muito curta, sem desenvolvimento preciso ainda que os personagens tivessem uma aura própria eram mais o meu próprio reflexo de alguém. Isso porque eu ainda não lia com a frequência devida. Aos 13 anos isso mudou porque eu comecei a me dedicar mais à biblioteca da escola que sempre foi maravilhosa, as coleções Bianca e Sabrina se não me engano da editora Abril, eram meu parque de diversão, e, sim, desde sempre eu sempre li mais autores americanos, foi com eles que eu comecei a escrever. Mesmo que meu primeiro contato com os livros tenha sido com o brasileiro Maurício de Souza. A partir daí, a minha narrativa continuou um pouco pobre, mas as histórias começaram a ser mais elaboradas, a ter algo por trás, a serem construídas de forma mais "inteligente". Veja um exemplo do meu começo:
                    "Amy entra em casa e a mãe, que ocupada corta legumes, olha a filha apressada pegando coisas como uma desesperada: 
                    - Seu pai mandou mensagem...
                    Ela olha para a mãe: 
                    - Como ele está? "
                    Para você ver como até as torres mais altas começam de baixo. Não que eu seja uma torre alta, mas eu melhorei consideravelmente o trabalho de desenvolvimento. Falaremos mais detalhadamente sobre essas coisas pelos próximos posts. Mas já tenha algumas em mente se planeja escrever um livro (o que parece que é moda obrigatória no mundo de hoje):

                    1. Isso não é tão simples quanto você acha.
                    2. Você vai ter que suar a camisa pra caramba.
                    3. Leia tanto ou mais do que você trabalha.
                    4. Leia de TUDO.
                    5. É um processo contínuo e não depende de inspiração.
                    Ao longo dos posts eu vou falar de alguns programas legais que eu uso, como planejo as histórias (quando planejo é claro), como faço os roteiros (quando faço), a sinopse, enfim... de tudo um pouco, vou tentar postar semanalmente, e cada vez com um tema específico dando exemplos que podem ajudar e indicando textos e coisas que me ajudam. Então fiquem ligados na tag e no blog! Espero que curtam e que ela possa ajudar vocês.

                    Beijos e até a próxima postagem! 

                    Vamos estudar Japonês! (^_^')


                    こんにちわ みなさん!

                    Tudo bem? Espero que sim. Estreando uma tag nova aqui no blog, eu vou começar a escrever alguns posts falando sobre meu árduo caminho no aprendizado do Japonês, principalmente porque eu vejo que muita gente hoje se interessa pelo idioma. Vocês sabem que eu sou aficionada com idiomas, principalmente em músicas, tento aprender em todos que eu consigo e até sabia umas três músicas em japonês graças ao romanji, mas aprender Japonês para mim até então parecia impossível. 
                    Eu comecei a estudar Inglês aos doze anos, com livros, audiocursos e música, simplesmente porque eu gostava de inglês, adorava músicas em inglês e queria conseguir entender sem a necessidade de traduzir. Lembro que quando eu consegui entender minha primeira música somente ouvindo foi uma sensação única e desde então fui expandindo minhas músicas para outros idiomas, o segundo foi espanhol, embora eu tenta até tentado estudar uma vez, desisti, a gramática é muito parecida com a portuguesa o que, por si só, é um desestímulo grande. Ninguém pode dizer que a nossa gramática não é um pesadelo, é sim, mas um pesadelo necessário eu admito. Fiz alguns cursos de Inglês no meio do caminho, mas pelo custo acabei abandonando.
                    No meio do ano passado coloquei na cabeça que queria aprender Japonês, comecei a ver muitos animes e é impossível você não ir aprendendo uma palavra ou outra, eu sempre tinha um caderno ou uma folha comigo em que ia anotando os romanjis como eu ouvia e a tradução, a primeira que peguei, me lembro, foi ごめんなさい (gomen'nasai) que significa lamento, sinto muito, desculpe. É uma palavra muito recorrente nos animes e nos J-Dramas que também passaram a fazer parte dos meus dias. os K-Dramas ganharam mais espaço, mas mesmo que eu tenha ficado tentada a estudar Coreano também, senti que daria um nó no meu juízo se eu tentasse, então salvei apenas o alfabeto para memorizar. Mas, voltando ao Japonês, o anime que colocou a ideia na minha cabeça foi o já resenhado aqui Guilty Crown (Resenha AQUI) principalmente por causa da música エウテルペ (Euterpe) que me viciou imediatamente.
                    Então eu pensei que precisava começar de algum lugar, mas não tinha dinheiro para investir, então teria que fazer como fiz com Inglês, ser autodidata. O primeiro passo foi procurar cursos gratuitos de Japonês na internet, o que não é tão fácil quanto parece. Vou indicar dois que são realmente eficientes, pois tem uma dinâmica boa, são explicativos e oferecem um material bom.

                    O curso é completo, oferece textos e áudios, tem explicações detalhadas e ainda oferecem todo o material digital de texto e áudio para baixar.
                    Oferecido no Youtube é dado por uma professora nativa que fala um português fofíssimo. Ela explica divinamente, as aulas são completas e a apostila - apesar de velhinha - é muito eficaz.

                    Eu também me inscrevi no curso online Busuu, mas há muitos recursos bloqueados para usuarios pagos e não achei o sistema tão eficiente. Para quem pode pagar, eu recomendo o Curso de Japonês do Luís Rafael, infelizmente eu ainda não pude fazer, mas parece ser inovador. Ele tem um canal no youtube no qual dá dicas e pequenas aulas.

                    Bom, mas para quem está pensando em começar a estudar Japonês e não é como eu que simplesmente vai tentar porque quer, precisa ter algumas coisas em mente. A dinâmica das línguas lolográficas (cuja escrita é feita em símbolos) é diferente, embora o Japonês não seja tão intimidador quanto pareça, vai dar sim um pouquinho de trabalho para aprender. Então, pense um pouco:

                    1. Por que eu quero aprender Japonês?
                    2. Em quê isso vai me beneficiar?
                    3. Quanto tempo eu quero ou posso gastar com isso?
                    Se desmotivar é muito fácil, as línguas lolográficas, ao contrário das romanas, demandam de mais dedicação e empenho, porque você tem que aprender obrigatoriamente todos os símbolos possíveis para que possa se comunicar com eficiência. Eu ainda estou beeem no comecinho, mas de cara já posso dizer que além de fascinante, o Japonês é uma língua linda, super divertido de escrever (a parte que eu mais adoro!), e de uma profundidade sublime. Além de ser uma aquisição espetacular par ao currículo - não é todo mundo que tem Japonês como segunda ou terceira língua! - entrar no Japão não é tão difícil quanto parece e as oportunidades que o país oferece são muito boas! Então, vale a pena aprender. 
                    O motivo de eu ter criado esse post é que não quero estudar sozinha, mas como sigo um ritmo bem lento queria divulgar aqui não simplesmente como eu faço para aprender - apesar de ainda me dedicar bem pouco - os materiais que eu uso, dar dicas de música, texto, entre outras coisas. E, se alguém se interessar em estudar comigo, manda um comentário pra gente formar um grupinho de estudo *U*.
                    No próximo post eu vou falar um pouco da escrita Japonesa, dicas de como eu a estudo e algumas ferramentas que realmente fazem diferença na hora de estudar!

                    またね!

                    domingo, 21 de fevereiro de 2016

                    Anime-Se! - Especial: Os Ecchis que não me orgulho de ter visto! (+18)

                    Oi, pessoinhas!

                    Então, já tem um tempo desde que eu postei o último Anime-Se! e já era mais que hora de voltar. Com o tempo meio limitado e minha recente péssima rotina de sono, não tenho tido como colocar minhas séries em dia, mas eu chego lá. Hoje eu estou trazendo dois Ecchi com o tema incesto que eu não me orgulho nem um pouco de ter assistido, acontece que, depois que eu vi Boku wa imouto ni koi wo suru eu comecei a achar que todos os animes de incesto iam ser "fofos" e me ferrei bonito com essa crença! Por indicação eu assisti a esses dois animes que vou falar hoje e foi uma experiência entre o chocante e o nojento! Nem vou falar de School Days que eu vi faz muito tempo (tanto que mal me lembro), mas cujo final eu infelizmente lembro até hoje e eu digo: não vale mesmo a pena! Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa:

                    Informações:

                    Título Original: ヨスガノソラ
                    Episódios: 12
                    Gênero: Ecchi, Incesto, RPG, Harem


                    Sinopse: A história é sobre o estudante Kasugano Haruka que se tornou orfão junto com sua irmã gêmea Kasugano Sora que perderam seus pais em um acidente de carro. Devido à tragédia, os dois voltaram para a cidade do interior chamada Okukosome e agora vivem na antiga casa o­nde o pai deles trabalhava como médico. Ainda em luto pela perda dos pais, Haruka passava todo tempo preso em casa sem conseguir se adaptar ao novo ambiente, mas, graças ao apoio do seu novo amigo Ryouhei, da vizinha Nao, da antiga amiga de infância Akira e de sua amiga Kazuha, ele consegue superar a tristeza e volta a viver feliz.

                    Yosuga no Sora foi o segundo anime do gênero que eu vi depois de Boku wa imouto ni koi wo suru, por recomendação dos demais no site que disseram que era muito bom. O anime é baseado em um jogo de RPG e é importante saber disso porque do contrário vai se perder um pouco quando estiver vendo (se você for mesmo querer ver isso!) ele conta a história de Haruka e Sora, dois irmãos gêmeos que ficaram órfãos e se mudam para uma cidade do interior na casa onde o pai deles trabalhava, moram sozinhos e Haru, como é chamado, cuida da irmã Sora que tem uma saúde frágil. Lá ele conhece várias garotas com as quais vai ter relacionamentos distintos, como eu disse, o anime foi baseado em um jogo de RPG, aqueles jogos que cada escolha do personagem gera uma consequencia e traça uma história, assim, cada capítulo do anime conta como aconteceria o relacionamento de Haru com cada uma das garotas sendo os três últimos reservados para o seu relacionamento com a irmã gêmea, Sora. Por isso a história no anime toma diferentes caminhos, voltando e recomeçando de algum ponto, o que quer dizer que, a cada novo capítulo é como se o capítulo anterior não tivesse acontecido.
                    Em cada um dos envolvimentos Haru acaba na cama (ou em qualquer outro lugar) com uma das personagens e esses momentos apesar de não serem exatamente explícitos, porque senão seria classificado como Hentai, são bem... como direi? São suficientes para você se perguntar se isso é mesmo um ecchi, então temos diálogos um pouco diretos demais e cenas bem desconfortáveis se você não é o tipo que vê sacanagem.
                    Uma das primeiras com quem ele se relaciona é (se não me engano, me perdoe se a ordem estiver errada), Kazuha Migiwa, ela é filha de um homem rico, mas não deixa isso lhe subir a cabeça em uma festa no santuário onde ela se apresenta, Haru a leva para o quarto dela e... bem, o resto vocês tiram por si próprios né?
                    A outra é Akira Amatsume, Filha de uma família devota, Akira sempre vive sozinha mas alegre na propriedade de um santuário. Akira é muito energética e contagia aqueles ao seu redor, com uma personalidade inocente, faz amizade com grande facilidade, Haru "pega" ela no quarto dela também. Nao Yorihime é vizinha de Haru e Sora, ao que pude entender ela já havia dado em cima dele antes quando os dois ainda eram pequenos e Sora viu tudo por isso a odeia. Ela é a última relação de Haru antes de Sora e ele pega ela no quarto dele com direito a visualização bizarra de Sora que, como vocês devem imaginar, não reagiu nada bem. De todas as outras, Nao é a única que parece realmente ter uma relação firme com Haru inclusive chegando a participar afetivamente dos episódios com Sora. A irmã de Haru é o último arco, inicialmente ele não sabe dos sentimentos dela, embora sinta algo por ela e note o quanto ela fica incomodada quando Nao está perto dele. Quando nasceram, Sora passou muito tempo no hospital por causa da sua saúde muito frágil, o que fez com que Haru deixasse de vê-la como irma quando ela voltou para casa, pois a convivência entre os dois foi muito pouca, a personalidade de Sora não é das melhores, ela é geniosa, manipuladora, egoísta e mimada.
                    Certa noite, quando vai beber água - e essa foi uma das cenas mais bizarras do anime! -, Haru vê a porta do quarto da irmã entreaberta e a escuta sussurrar o nome dele, quando ele para pra ver ela está... não há uma palavra mais sutil pra isso, se masturbando e chamando por ele. Inicialmente ele fica chocado com o que vê e depois ele fica excitado com aquilo. Sora acaba tendo febre e ele cuida dela, é quando os dois tem sua primeira vez (nesse sentido mesmo!) e não é agradável de olhar, vão por mim. Eles fazem o que podem para esconder isso na escola, mas os demais percebem que eles tem ficado muito juntos, e um dia quando Haru deixa o celular na sala e Kozue Kuranaga acaba encontrando, Nao se oferece para levá-la à casa de Haru para devolver e quando chegam lá as duas pegam Haru e Sora... em uma situação não muito bonita. Depois disso, Haru se recusa a tocar em Sora sentindo-se culpado pelo que estava fazendo, então Sora decide se atirar em um rio cuja lenda diz que eles podem renascer como outra pessoa, e ela espera renascer como alguém que possa amar o irmão livremente. Haru a impede e os dois quase morrem, mas Sora consegue salvá-lo.
                    De um modo geral esse anime é meio bizarro, eu já tinha visto Harens e Harens inversos, mas nada perto disso! Há muita coisa... "explícita" em Yosuga no Sora e pode deixar o expectador bem surpreso.

                    Mas se Yosuga no Sora foi impressionante pra mim, o próximo anime que vou falar me deixou tipo:
                    Gente, que p**** é essa?
                    Informações:

                    Título Original: あきそら (Literalmente Céu de Outono)
                    Episódios: 3 OVAS
                    Gênero: Incesto, Ecchi, Drama, Harem

                    Sinopse: Desde que ele era uma criança, Sora Aoi sempre trocaram palavras de "eu te amo" com a sua atraente irmã mais velha Aki. Agora, como ele vem de idade, ele acha muito mais difícil de trocar essas confortos como fizeram nos tempos mais simples. Quando Aki demonstra seus sentimentos em relação a ele para ir além do amor de uma irmã, Sora encontra-se questionar seus sentimentos por sua irmã. Percebendo seu afeto um pelo outro, eles consumam seu amor em segredo.

                    Perto desse anime, Yosuga no Sora é inocente!! Essa foi outra indicação de animes com incesto e nele conhecemos a relação incestuosa de Sora com a sua irmã Aki, ele também tem uma irmã gêmea chamada Numi.
                    Desde crianças, Sora e Aki sempre foram muito próximos, principalmente na hora de tomar banho, eles compartilhavam uma intimidade não muito além do permitido até então, mas quando Sora começa a olhar para a irmã de outra forma as coisas começam a ficar diferentes. Ainda assim ele tenta tratá-la normalmente, quando certo dia ela o convida para tomar banho com ele, e eu vou logo dizer, essa Aki é uma tarada sem escrúpulos, pode apostar! Nesse momento ela descobre que Sora se excitou por causa dela e... não sei se é bem a colocação correta, mas ela "masturba ele", se é que se pode fazer isso, enfim, ele fica muito envergonhado - apesar de ter realmente gostado disso - e passa a fugir dela.
                    Quando Aki finalmente o enfrenta ele assume o que sente por ela e os dois consumam o ato por assim dizer e é ainda pior que Yosuga no Sora! Os diálogos desse são muito mais "intensos" digamos assim, e só o fato de ter dois irmãos naquela posição é totalmente estranho, mesmo que o mesmo aconteça em Boku wa imouto ni koi wo suru, a coisa é mais leve, não tem essa carga sexual explícita e é mais focado realmente nos sentimentos dos personagens, Aki Sora é voltado para a safadeza da Aki que não tem limites, mas não para por aí! Depois de consumarem o fato mais vezes do que provavelmente o corpo humano pode aguentar, eles decidem manter o relacionamento em segredo tendo a certeza que ninguém vai aceitar, mas Nami sabe o que está acontecendo, embora não saibam que eles estão dormindo juntos, ela desconfia dos sentimentos deles e o que Sora desconhece é que Kana, a melhor amiga de Nami, é apaixonada por ele, e Nami é apaixonada por ela. A gêmea de Sora faz de tudo para armar um encontro para eles, mas acaba seguindo-os e vê quando Kana... bem... "ataca" Sora. Eu devo dizer que Sora, apesar de não ser inocente de nenhum modo, é realmente atacado nesse anime, pela tarada da irmã, Aki, pela tarada disfarçada de tímida da Kana e, por esse último motivo, desperta a fúria de Nami que é apaixonada por Kana e não consegue admitir, ela queria ser menino para poder dar a amiga o que Sora pode dar, se é que me entendem. Então, em um momento de fúria, ela ataca Sora e a gente acha que ela vai... bem... "cortar fora", mas na verdade o que ela faz é abusar dele, literalmente abusar! E ele deixa, tá? Cara, isso é bizarrérrimo! Acho que só perde pro sonho prá lá de tosco que a Nami tem com a Kana no qual ela tem um... sabe né? E consegue pegar a amiga e não é uma cena nada bonita.
                    Sora

                    Aoi Sora: Ele não é nenhum santo, realmente, mas é mais atacado no anime do que ataca. É mais novo que Aoi o que me faz crer que ela basicamente abusou sexualmente dele, ainda que com certo consentimento. Também é "atacado" por Nami e Kana. Sora tem uma personalidade tranquila, gosta de cuidar de Aoi e Nami, a primeira porque é inútil e a segunda porque é alguns minutos mais nova que ele. É muito tímido e não se impõe muito.

                    Aki
                    Aoi Aki: É a irmã mais velha de Sora e Nami, é uma excelente atleta e boa nos estudos, ainda que em casa seja totalmente imprestável, incapaz de limpar o próprio quarto, não sabe cozinhar e sua maior especialidade é tirar a blusa, andar seminua e atacar Sora em qualquer momento que possa.
                    Segundo a própria ela gosta do irmão desde sempre e tinha medo de que ele não gostasse dela também, mas basicamente ela atacou o guri no banheiro e em todas as vezes que estavam sozinhos. Amor bizarro.

                    Nami
                    Aoi Nami: É a irmã gêmea de Sora, ela o detesta em parte porque, dos dois, ela queria ser o garoto na relação, já que Kana, sua melhor amiga, é apaixonada por ele. Nami nunca revela sua sexualidade abertamente, ainda que saibamos que ela é lésbica. Vive brigando com Aki por "monopolizar" Sora e tratá-lo como um namorado.






                    Kana Sumiya: É a melhor amiga de Nami e apaixonada por Sora. Ela não sabe dos sentimentos de Nami por ela e é muito apegada à irmã de Sora por ela tê-la salvo de um rapaz que a estava intimidando. Apesar de ter essa carinha de tímida e meiga, ela ataca Sora também e é realmente nojento.




                    Aki Sora é classificado como Ecchi por não ter nada explícito da cintura pra baixo eu acho, porque pra mim é +18 do mesmo jeito! As cenas são chocantes de verdade e deixam você meio "Que foi isso?" ao contrário de Yosuga no Sora é um anime mais focado no psicológico dos personagem e no seu alto grau de tara uns pelos outros. Em 3 OVAS teve mais cama que em um ecchi comum tem colos desnudos.
                    Em nenhum dos dois casos eu veria de novo, certamente não assistiria isso com a minha irmã ou com qualquer pessoa que seja e se tivesse a opção "deletar cenas" no meu cérebro eu apagaria os dois com toda certeza! Mas fica aí o Anime-Se da vez!

                    Entre o Agora e o Sempre - J.A. Redmerski

                    Informações:

                    Título Original: The Edge of Always
                    País de Origem: EUA
                    Autor: J.A. Redmerski
                    Série: Duologia Edge
                    Páginas: 304
                    Gênero: YA, Romance, Erótico, Superação, Roadtrip
                    Ano de Publicação: 2013

                    Sinopse: Camryn Bennett e Andrew Parrish nunca foram tão felizes. Cinco meses depois de se conhecerem num ônibus interestadual, os dois estão noivos e prestes a ter um bebê. Nervosa, mas empolgada, Camryn mal pode esperar para viver o resto de sua vida com Andrew, o homem que ela sabe que vai amá-la para sempre. O futuro só lhes reserva felicidade... até que uma tragédia os surpreende. Andrew não consegue entender como algo tão terrivelmente triste pôde acontecer. Ele tenta superar o trauma — e acredita que Camryn esteja fazendo o mesmo. Mas, quando descobre que Camryn busca sufocar uma dor imensa de uma forma perigosa, fará de tudo para salvá-la. Determinado a provar que o amor dos dois é indestrutível, Andrew decide levar Camryn numa nova jornada carregada de esperança e paixão. O mais difícil será convencê-la a ir junto... Com Entre o agora e o sempre, a aguardada continuação de Entre o agora e o nunca, J. A. Redmerski concluiu a história de amor que encantou milhares de leitores.


                    O que eu achei: Adoraria que a autora parasse de dizer p****, c***, F***, m**** e outras lindas palavras a cada duas linhas do livro, ajudaria muito. Não que eu seja contra a linguagem dos personagens, longe de mim, para ser realista eles tem mesmo que ter a sua própria expressão, mas acho que a Redmerski exagera na dose ¬¬'
                    Camryn (nunca vou me acostumar com o nome dessa guria!) e Andrew parecem estar vivendo o melhor momento de suas vidas, ela está grávida de uma menina e os dois estão cada vez mais unidos, o problema é quando ela começa a achar que "ferrou" a vida dela inteira porque agora os dois não vão mais poder levar a vida como querem, ela tem uma complicação e perde o bebê - isso nem pode ser considerado spoiler porque tá bem na cara! - com isso, os problemas emocionais que ela tinha começam a se manifestar novamente e Andrew fica preocupado com ela, sem saída ele acaba obrigando-a a ir de novo em uma viagem para tentar salvá-la de si mesma e ajudar para que ela faça as pazes com seu passado, aí vocês podem imaginar, é mais ou menos o mesmo do outro livro, sexo (com aquela pitada de putaria) e novas aventuras.
                    A coisa toda nesse livro fica meio monótona, pelo menos foi o que eu achei, a primeira parte dele é meio arrastada, e os maus modos dos personagens enjoa um pouco, acho que até mesmo a liberdade de expressão tem que ter um limite. Há algumas partes engraçadas que dão um certo equilíbrio na história o que ajuda muito. Esse segundo livro eu acho que foi mais focado no psicológico dos personagens, fala um pouco mais da vida deles e principalmente do passado de Camryn, o final é bem promissor pelo menos.
                    E, sim, isso é tudo que eu tenho a dizer. Dei quatro no livro, foi bem o que eu esperava dele mesmo, não teve nenhuma surpresa.


                    Desculpem o sumiço ultimamente, os dias tem estado uma loucura, estudando pro concurso, escrevendo e ainda fazendo pesquisas para o projeto. Tá meio pesado e eu tenho dormido mal para ajudar no pacote. Na próxima resenha eu espero me dedicar melhor, até porque ao que parece o livro é muito interessante!
                    Beijos blogueiros e fiquem atentos às novidades!