sexta-feira, 31 de julho de 2020

[Livro] Nada

Original: Nothing
Ano: 2011
Autor: Janne Teller
Gênero: Ficção

Sinopse: Fortemente comparado a O Deus das Moscas, Nada é um livro bastante polêmico, chocante e que convida à reflexão.
Pierre Anton acha que nada vale a pena, a vida não tem sentido. Desde o momento em que nascemos, começamos a morrer. A vida não vale a pena! O rapaz deixa a sala de aula, sobe a uma ameixieira e lá fica. Os amigos tentam fazer de tudo para o tirar de lá, mas nada resulta. Decidem então pôr em prática um plano: fazer uma «pilha de significado».

Mas cada um começa a desafiar os outros para que faça sacrifícios cada vez mais sérios e à medida que as exigências se tornam mais radicais, tudo aquilo toma uma dimensão mórbida e os acontecimentos precipitam-se para um final arrasador. E se, depois de todos aqueles sacrifícios, a pilha continuar a não ser capaz de fazer descer Pierre Anton?

Eu ainda não sei o que posso dizer sobre esse livro. Terminei de lê-lo, mas há um turbilhão de emoções e pensamentos loucos dentro de mim. A história fala sobre um garoto entre os 12 ou 13 anos que. um dia, sai da escola porque ele descobriu que nada importa e que não vale a pena porque tudo é inútil já que o fim é o mesmo. Por aí você já tira que esse livro é niilismo puro e Pierre leva isso ao extremo, ele contorce as verdades das pessoas, desarma suas crenças e aniquila sua construção pessoal com algumas poucas palavras em um dia quente de volta às aulas. Mas Pierre faz muito mais que isso, ele planta uma ideia na cabeça daquela turma, uma ideia que vai levá-los a extremos que nós nem cogitamos pensar quando começamos a ler.

"Uma perda de tempo — gritou um dia. — Porque tudo só começa para acabar. Você começa a morrer no instante em que nasce. E isso vale para tudo."

Assim, ele apenas sobe no galho de uma ameixeira e fica contemplando o nada e gritando suas ideias niilistas. A turma de Pierre se sente confusa, chateada e a narradora, Agnes, apesar de se sentir dividida com relação ao que pensa, não expõe suas ideias por medo dos demais amigos. Até que, decididos, eles acordam que vão tirar Pierre daquela árvore, mas todas as suas tentativas são inúteis, ele rebate facilmente seus argumentos e só aumenta as confusões internas do grupo que decide como única saída encontrar um significado que refute a ideia de Pierre e, dessa forma, o derrote. 

Dessa forma começa um tira tira daquilo que é mais importante para cada um e, nesse ponto, os sacrifícios vão tomando proporções assustadoras! Começa com um objeto de valor emocional e evolui para coisas que envolvem crimes absurdos como sacrilégio, mutilação, estupro, violação de túmulo entre outros. Conforme o livro avança a gente vai lendo aqueles absurdos sem conseguir conceber que é uma guria que, na época, tinha fucking 12 anos com mais um monte de adolescentes da mesma idade cometendo atrocidades dignas de um filme de terror.

Quanto mais a "pilha de significados" cresce, mais Agnes, a narradora, começa a se questionar se aquilo vai funcionar e mesmo sendo contrária a várias das atitudes de seus amigos, ela nunca tem coragem o bastante para se opor ao que a maioria decide. 

"(...)por que todo mundo age como se aquilo que não é importante fosse muito importante enquanto estão ocupados fingindo que as coisas realmente importantes não são importantes?"

A gente vai vendo aquelas "crianças" fazendo e refazendo interpretações das palavras de Pierre, indo à loucura e a leitura vai se tornando mais e mais incômoda. Gente, esse povo comete crimes e saem impunes. Acho que a história se passa na Dinamarca, não sei qual é o tipo de lei que tem lá, mas te falar que foi bem complicado terminar esse livro sem um pouquinho de revolta. Eu decidi ler Nada depois de assistir alguns vídeos da Beatriz Palludeto em que ela fala quase sempre desse livro e, apesar de ser válida como uma experiência diferente de leitura (às vezes a gente precisa sair um pouco da zona de conforto, ler algo novo, variar) e um livro que abrange campos como ética, filosofia, interpretação de texto (sim) e causa e consequência, não acho que seja um livro pra todo mundo.

Nada foi um livro angustiante, pesado, denso, frenético e intenso, uma companhia bem inusitada e não muito amigável para um dia meio deprimente como costumo me sentir nos meus aniversários haha. Mas ainda assim, foi interessante.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

[Relendo&Relenda] Fallen (+Filme)

Original: Fallen
Autor: Lauren Kate
Ano:2011
Série: Fallen #1
Gênero: Romance, Fantasia

Sinopse: Algo parece estranhamente familiar em relação a Daniel Grigori. Solitário e enigmático, ele chama a atenção de Luce logo no seu primeiro dia de aula no internato. A mudança de escola foi difícil para a jovem, mas encontrar Daniel parece aliviar o peso das sombras que atormentam seu passado: um incêndio misterioso levou Luce até ali. Irremediavelmente atraída por Daniel, ela quer descobrir qual é o segredo que ele precisa tanto esconder... mesmo que isso a aproxime da morte.

Lucinda Price, Luce, é a mais nova integrante do grupo de desajustados da Academia Sword and Cross para "jovens problemáticos". Depois do que aconteceu no verão e culminou na morte de alguém, era muito difícil para Luce explicar que não era piromaníaca ou louca. Especialmente depois de ter contado aos pais, na infância, sobre as sombras que via — e que só ela via!

Mesmo contrariando sua vontade, ela deixa os pais e acata a ordem judicial que a expulsou de uma das melhores escolas preparatórias do país e a colocou naquele colégio interno para delinquentes. A escola misturava o pior de reformatório com cenários de filme de terror, e logo de cara ela se vê privada de qualquer comunicação externa, vigiada em todos os lugares e sozinha. Assim que chega, Luce é recepcionada por Ariane, uma garota completamente pirada, mas muito simpática, que lhe apresenta a nada mole vida em Sword and Cross. Contudo, é ao ver Daniel Grigori pela primeira vez que a garota descobre que sua estadia naquele lugar — tal como sua vida — poderá tomar rumos completamente diferentes.

Há algo em Daniel. Alguma coisa que Luce não consegue explicar, mas que a atrai para ele como um ímã, mas ele não parece nem um pouco disposto a ajudá-la a descobrir o que é essa sensação de conhecimento que ela sente, ao contrário, Daniel trata Luce com indiferença e como se ela fosse um incômodo. Ainda assim, a menina parece não ter saída além de se sentir completamente rendida a ele. Em contrapartida, Cam, um problema com duas pernas e pose de bad boy, é o completo oposto de Daniel e está mais que disposto a conquistar o coração de Luce, embora uma parte dela se sinta repelindo-o.

Conforme os dias vão passando, ao lado de Penn, a única pessoa realmente normal naquele antro de insanidade, Luce vai atrás de respostas sobre Daniel enquanto coisas estranhas começam a acontecer. O comportamento errático dele tampouco ajuda-a a entender o que de fato Daniel quer dela, ao mesmo tempo que uma luta entre ele e Cam se desenrola. Quanto mais se aproxima da verdade sobre os estranhos eventos que a circundam, Luce pode acabar descobrindo que a verdade tem o poder de decidir se ela vive ou não.

Lembro quase nitidamente de quando li Fallen pela primeira vez ali por volta de 2011 ou 2012, foi indicação da minha irmã que havia lido emprestado de uma amiga da escola e insistiu muito para que eu lesse também. Fiquei completamente absorvida e hipnotizada pela narrativa da Lauren, o modo como ela arranjava as palavras e tornava-as bonitas, a maneira como as cenas pareciam saltar das páginas me encantou. A história também era interessante, flertava ali com o suspense e um lado mais obscuro, ao mesmo tempo que oferecia o prato do romance sobrenatural que estava em alta com os vampiros, mas pendia para o lado dos anjos.

E me recordo com perfeição que Daniel Grigori foi o primeiro personagem por quem me apaixonei e a quem imaginei com todos os detalhes propostos pela autora. Especialmente porque, ao contrário de Crepúsculo, não havia qualquer vínculo imagético com algum ator, então a idealização perfeita do personagem na minha mente ganhou proporções que sou incapaz de pôr em palavras. Fallen se tornou uma surpresa grata para minha pré-juventude. A mecânica da história, perpassando um ciclo vital e o próprio tormento de Daniel, tão bem representados pela autora sob a visão de Luce, davam um ar de verossimilhança ao personagem e só aumentava nossa queda por ele.

Anos depois, revisitando essa obra, me vejo mais uma vez apaixonada pelo modo como a Lauren escolheu contar essa história, mais uma vez caída por Daniel e minha primeira impressão de leitura se manteve. A diferença foi que eu consegui ver aspectos técnicos do livro que, antes, me escapavam pela pouca experiência literária e pelo próprio conhecimento leigo em escrita. Ainda assim, nada diminuiu meu amor pela história ou a beleza inegável desse romance. E continuo recomendando fortemente a série para quem quer que não a conheça. Foi uma das releituras mais prazerosas que já fiz em especial após o sofrimento que foi reler Hush Hush. Fallen é apaixonante!

Ano: 2016
Direção: Robert Scott Hicks
Roteiro: Michael Alen Ross
Elenco: Addison Timlin
Jeremy Irvine
Harrison Gilbertson

Quando foi anunciada a adaptação do livro o fandom ficou em polvorosa, começaram a fazer dreamcasts e imaginar como ficaria tal cena, confesso que mesmo eu na época fiquei muito entusiasmada com a produção, mas o começo do nosso sonho não andou muito bem. Primeiro começaram as enrolações com a produção que ia sair num ano e acabou sendo adiada. Aos poucos, a escolha de elenco foi revelada e o choque de algumas escolhas foi levantando discussões dentro do fandom, a principal delas circulava em torno de que diabos é esse Cam?! 

Mesmo que o Harrison seja um bom ator (e ele é), não foi nem perto do Cam que estava sendo esperado. Confesso que, particularmente, não me incomodou muito isso, em especial porque nunca fui do team Cam, então para mim quem interpretava o personagem era irrelevante. E logo Jeremy Irvine e Addison Timlin foram anunciados como o casal principal do longa. Passou-se muito tempo até saírem imagens do filme ou interação entre os atores, mas naquela altura não estava mais tão empolgada com o longa. E só vim ter acesso a ele ali por volta de 2017. Tal como aconteceu com A Hospedeira, não foi outra coisa além de uma bela decepção.

 Eu já falei aqui no blog outras vezes sobre adaptações, que, pressupõe-se pelo nome que vai apenas moldar o livro em uma determinada "caixa" de produção, nesse caso, audiovisual. O que, não precisamente, quer dizer que vai ser fiel à obra original e é bem o que aconteceu com A Hospedeira e foi repetido com louvor aqui em Fallen, eles pegaram a ideia geral da história e transformaram em algo que podia ser moldado de acordo com a ideia de uma obra audiovisual. 

Não entendo nada de cinema, vou dizendo logo pra depois não vir alguém cometar que eu estou dando pitaco fora da minha ossada. Mas eu pesquisei e, nos EUA, um filme de baixo orçamento, também chamado de independente, é aquele produzido com menos de US$ 10 milhões, bem, o Fallen teve um orçamento de 40 milhões de verdinhas, então, meus amigos, não tinha desculpa para não adaptarem a obra direito. Chega a dar uma dor ver um filme com um elenco bom desperdiçado em um roteiro fraco.

Claro, muitas coisas na produção ficaram legais e, se você assistir como algo independente e desvinculado do livro, vai adorar. Contudo, para quem leu é inevitável a comparação e a coisa cai no mesmo que A Hospedeira, eles mudaram coisa demais e o filme acabou se tornando um triângulo amoroso escolar sem emoção bem no estilo daquelas séries teens dos anos 2000. Apesar de eles terem pegado boa parte das cenas do livro, até mesmo o modo como elas foram apresentadas ficam dando um nó na nossa cabeça quando a gente leu de um jeito e vê de outro especialmente porque não custaria porcaria nenhuma adaptat da forma correta. Quer um exemplo? A cena de Daniel e Luce na piscina que não acontece no livro, mas acontece numa academia que ficava no mesmo prédio da piscina. 

O "piquenique" dela com Cam que acontece no cemitério que nem tem no filme! E então vem aquelas cenas que não estão no livro e a gente se pergunta pra que estão ali como aquela festa bizarra na floresta, aquela cena de Luce e Cam na moto! Além de outros detalhes pequenos que tornavam ainda mais distante nossa proximidade com a produção, como o fato de Luce ter o cabelo bem curto e ali ela estar como quem acabou de sair do salão de beleza. Entre outras milhares de coisas que foram modificadas e, por mais que algumas funcionem, chega a ser irritante como a gente vê que o roteiro poderia ter sido melhor e saiu parecendo ter sido escrito por um estudante de cinema no primeiro ano.

Sem contar que o filme mal se pagou, o retorno obtido foi apenas 41 milhões! Além disso, o desenvolvimento de personagens foi péssimo, soou caricato e não encaixou muito na proposta do livro. A gente nem consegue comprar muito a ideia de Daniel hora dar uma de Edward e dar as costas depois de salvar Luce, hora soar como Stefan e dar em cima dela do nada. Não houve um arranjo que nos leve a entender a dimensão real do sentimento deles e a culpa não é dos atores, eles entregam o melhor que conseguem baseados num roteiro que parece ter sido escrito com um resumo do livro na wikipédia.

Infelizmente foi como me senti quando vi o filme pela primeira vez e agora logo depois de completar o livro. Triste, mas real. A produção não agradou muito os fãs da série e as chances de uma sequência do longa é bem difícil. Até porque, no final do filme eles dão uma verdadeira enxurrada de spoiler do segundo e terceiro livros.

terça-feira, 28 de julho de 2020

[Livro] Flores para Algernon

Original: Flowers for Algernon
Ano: 1966
Autor: Daniel Keyes
Gênero: Ficção científica

Sinopse: Aos 32 anos, Charlie trabalha na padaria Donners, ganha 11 dólares por semana e tem 68 de QI. Porém, uma cirurgia revolucionária promete aumentar a sua inteligência, considerada gravemente baixa. O problema? Enxergar o mundo com outros olhos e mente pode trazer sacrifícios para a sua própria realidade. E resta saber se Charlie Gordon está disposto a fazê-los.

"Muita sabedoria, muita tristeza. Quem multiplica o saber, aumenta a sua angústia."  - Andrei Rublev (1966)

O livro e´escrito em primeira pessoa em formato que podemos encarar como diário apesar de se tratar de um "relatório de progresso" como bem diz o personagem. O protagonista, Charlie, tem algum tipo de "atraso" cognitivo que diminui sua capacidade de raciocínio, resposta e prejudica a assimilação de conteúdos, é vulgar e pejorativamente chamado de retatdo mental, embora eu ache isso ofensivo. Ele está relatado uma série de exames aos quais é submetido para se candidatar a uma inovadora cirurgia que o tornará "inteligente".

Esses primeiros relatórios do Charlie são escritos exatamente do jeito que ele fala, sem qualquer pontuação e com a ortografia vocabular, ou seja, cheio de erros. Para algumas pessoas isso pode ser um pouco incômodo, para mim foi bem difícil porque eu meio que lia "corrigindo" o texto e isso era um pouco cansativo, mas faz parte e encaixa na proposta do livro. A gente tem, com essa ferramenta, uma visão da condição do personagem. O Charlie é muito fofinho, apesar de ter 32 anos, enxerga o mundo como uma criança e essa inocência meio que rouba nosso coração nos primeiros capítulos.

Os especialistas aceitam usá-lo no experimento, mas o cientista responsável hesita ao não poder garantir o sucesso do experimento e tampouco as consequências caso ele dê errado. Porém, incentivado pelos colegas de pesquisa, ele acaba cedendo. Mas, para tristeza de Charlie, ao contrário do que ele imaginava, ele não acorda mais inteligente, mas vai precisar passar pelo processo gradual de aquisição de conhecimento. Assim, nós começamos a ver mudanças no personagem também, além de começar a reter informações, Charlie começa a questionar ordens e se tonar menos otimista do que era antes da cirurgia.

É revoltante também quando ele começa a contar a forma como as pessoas o tratam, zombando dele, tratando-o com escárnio porque ele não sabe perceber e imagino quão triste ele ficou quando descobriu. Conforme Charlie vai evoluindo, sua inteligência é impulsionada ainda mais pelo seu desejo de aprender e se tornar inteligente, ele começa a questionar tudo à sua volta e a querer explicações cada vez mais complexas.

Seus sentimentos pela professora Kinnian também começam a se modificar e, conforme as memórias de seu passado se descortinam, começamos a descobrir sua infância de rejeição e repressão por parte da mãe e, em boa parte, omissão por parte do pai.

A evolução de Charlie avança em uma velocidade extraordinária, ele começa, sem perceber, a se tornar um tanto quanto egocêntrico e obcecado por sua inteligência deixando as pessoas a sua volta desconfortáveis perto dele. Parte de si não se importa porque ele percebe que a amizade daquelas pessoas era falsa, que o tempo todo eles riam dele e não com ele.

 Nesse ponto o livro deixou-me meio dividida. Entendi o ponto de vista do Charlie e boa parte da sua revolta era bem justificada, especialmente com seus colegas de trabalho da padaria, mas quanto mais inteligente ele se tornava, mais ia crescendo sua arrogância, mesmo que ele não percebesse de imediato e, quanto mais sabe, mais aquela inocência, gentileza e carisma vão se dissolvendo e o personagem vai se tornando só chato.

Mas, como diz o ditado "quanto maior a altura, maior a queda", o livro traz uma reflexão bem profunda sobre inteligência emocional X inteligência cognitiva e a importância dessas duas andarem lado a lado em perfeito equilíbrio, mas, sobretudo, levanta o questionamento: vale mesmo a pena ter um super cérebro? Entender tudo sobre tudo, mas esse conhecimento sugar de você a beleza da vida e a inocência da felicidade? O livro ainda aborda temas como preconceito social, traumas, relacionamentos familiares e a relação do homem com o conhecimento e com a crença. A ausência da sensibilidade no campo científico e, para os mais sensíveis, isso pode ser bem incômodo especialmente quando sempre se referem a Charlie como um rato de laboratório. Tanto é que, em determinado momento, Charlie começa a se comparar e se equiparar a Algernon.

Flores para Algernon é um livro intenso, pode parecer, mas não é nem um pouco levinho, o fato de ser escrito em forma epistolar nos aproxima mais de Charlie e nos coloca dentro das suas emoções, de modo que suas inseguranças e medos são palpáveis e passam a ser compartilhadas conosco, mescladas com as nossas próprias emoções. Certas partes do livro não foram fáceis de ler, deu um nó na garganta, mas acho que é um daqueles livros necessários, sobretudo em um mundo com praticamente zero empatia e consciência social. O final é triste, de certa forma pelo menos, mas achei que casou com a história e me deixou pensando por muitos dias sobre muitas coisas.

Mais que recomendado! Sei que tem um filme também, mas optei por não assistir.

sábado, 25 de julho de 2020

[Receita] Arroz Frito

E aí, pessoas, como estão?

Não sei vocês, mas sempre que estou vendo dramas a coisa que mais me dá — depois dos surtos, claro —, é fome. Atire a primeira pedra quem nunca ficou com vontade de comer kimchi, jajamyeon ou ramen enquanto estava vedo drama. E o que me deu vontade de comer foi arroz frito. A primeira vez que vi essa receita em drama foi em Mars, depois ela reapareceu em Bride of the Century e, mais recentemente, em En of Love. Então, movida pela curiosidade, eu fui ao youtube procurar como se fazia o bedito arroz frito.

Claro que, provavelmente, a receita asiática é diferente, mas não tem nada mais frustrante que você querer fazer uma coisa e não achar ingrediente tal, não concorda? Por isso, eu peguei a receita base do arroz frito e usei o que eu tinha na geladeira. É super fácil de fazer, rápido e fica muito, muito bom! Então vem comigo e bora cozinhar!

Ingredientes:

Arroz cozido
ovo (eu uso 1 ovo para cada 5 colheres de arroz)
pimentão vermelho ou amarelo
cebola
tomate
coentro e cebolinha
alho
pimenta do reino (pode tirar se não gostar)
sal
manteiga, óleo ou azeite

Variações:
Bacon
frango
salsicha

Preparo

Eu faço essa receita meio de olho, então vai ser mais que experiência minha depois de várias tentativas e erro. A primeira coisa é preparar o arroz. Vamos trabalhar com a receita pra uma pessoa, okay? Então, em uma bacia você quebra um ou dois ovos e dá uma batidinha leve só pra quebrar as gemas. Tempera com sal e pimenta (eu coloco um pouco de cominho também) aí coloca o arroz dentro, o suficiente para se envolver bem em todo o ovo, ou seja, o bastante pra você comer. Aqui pode ser o arroz que você quiser, eu prefiro usar arroz integral. Feito isso, deixa descansando.

Em uma panela antiaderente (tem que ser antiaderente mesmo ou pode grudar tudo), você coloca o alho picado, a cebola e da uma refogada com o óleo, a manteiga ou o azeite. Eu uso azeite que dá um gosto melhor. Coloca depois o pimentão e a tomate. Eu uso pouca tomate que é só pra quebrar um pouco o sal, mas tudo aqui você pode usar da quantidade que for melhor pra ti. Aí coloca também o coentro e a cebolinha tudo dentro e deixa dar uma refogada leve, como a tomate, o pimentão e as folhas soltam água, se houver necessidade põe um pouco mais de azeite ou o que estiver usando porque tem que ficar uma quantidade boa pra fitar o ovo do arroz.

Variação:

Se você estiver usando bacon, nesse passo você dá uma fritada no bacon antes do alho e da cebola, quando ele soltar a gordura aí você refoga o alho e a cebola nessa gordura. Pode ser preciso adicionar um pouco de azeite ou outra coisa para ser suficiente de fritar o arroz dependendo da quantidade que você for fazer.

Se usar frango deixa pra colocar ele por último e experimenta colocar um pouquinho (só um pouquinho mesmo) de extrato de tomate quando estiver refogando as coisas, fica muito bom.

Se for usar salsicha dá uma assada nela junto com o alho e a cebola.

Depois você coloca o arroz com ovo dentro e vai mexendo em fogo médio até que o ovo frite. Quando o ovo estiver bem fritinho pronto, só comer. Fica muito bom mesmo, é bem prático de fazer e não precisa daquela coisa toda de molho de soja, óleo de gergelim ou coisa assim. Se tiver na geladeira, experimenta colocar um pouco de milho verde também, fica muito bom!

Bom apetite!

sexta-feira, 24 de julho de 2020

[Livro] A Casa de Vidro

Autor: Anna Fagundes Martino
Gêneros: Fantasia histórica, Fantasia romântica
Ano: 2020
Páginas: 81

Sinopse: Flores não crescem do nada - ou crescem? Para Eleanor, era o mistério que não conseguia responder: qual era o truque daquele jardineiro contratado para cuidar da estufa em sua casa e que transformara o lugar em uma floresta imaginária. Sebastian, o tal estranho, parece um homem como qualquer outro - exceto pelas perguntas desconcertantes que faz, ou pelo fato de que as plantas obedecem seus comandos de maneira muito intrigante...

Então, esse foi um dos livros que eu baixei no site da Amazon pelo app do kindle num dia que estava de bobeira olhando as ofertas. A capa é bem bonita e eu gostei do título, já fui imaginando uns enredos para ele, mas acho que o problema foi essa expectativa prévia.

A noveleta (grande demais para ser um conto e pequena demais para ser uma novela. Nunca vou entender essas classificações literárias, sério.) conta a história passada no início do século XX, ali por 1900, e trata de dois tempos diferentes, passado e presente. No passado, ela segue Eleanor no período de luto pela mãe e cujo pai conseguiu um jardineiro chamado Sebastian que, aparentemente, consegue trazer qualquer planta que ela queira de modo misterioso.

Com a aproximação dos dois, porque Eleanor está incomodada com o luto e com o seu papel social enquanto mulher, ela acaba ficando encantada com Sebastian e é isso. No presente, Eleanor é viúva e tem um filho chamado Mark que é oficial do exército na guerra contra a Bélgica. Aparece então uma garota chamada Stella que diz ser a filha dela e aos poucos passado e presente se intercalam para culminar num final triste.

O que eu acho que aconteceu aqui foi: um plot bom desenvolvido no gênero errado. A autora nos apresenta o que parece ser uma raça alienígena ou mítica, mas não sabemos nada sobre ela. O que são, de onde vêm, do que são capazes realmente. As personagens são apresentadas de maneira tão rápida e frugal que não dá tempo a gente se apegar ou torcer por elas, tem um casal que se apaixona, mas só, não tem exatamente um empecilho, um clímax, um ponto B pra chegar.

Um ponto forte da história é a escolha de palavras da autora. Ela escolheu um tom bem poético que confere ao texto uma sonoridade lírica e eufônica gostosa de ler, no entanto, esse segue sendo, ao meu ver, o único ponto forte da obra. Há algumas reflexões muito bem vindas e umas passagens boas que acabam não brilhando tanto quanto poderiam porque a narrativa é muito rápida para o que a ideia precisava. Ainda assim, segue sendo praticamente o único ponto forte. Tem algumas boas reflexões e passagens que não brilham tanto quanto poderiam porque a trama é muito veloz e não dá tempo digerir.

A gente termina o livro meio se perguntando que tipo de metáfora é aquela tão genial que a gente não entendeu. Dá para tirar algumas hipóteses e fazer algumas inferências sim, mas tudo muito pessoal e eu opto por não discorrer desse lado aqui. Não me empolgou muito, tinha hora que eu me perguntava o que, exatamente, estava lendo. Não que isso desmereça a construção do texto em si, como mencionei, é um texto bem fluído e poético, mas enquanto história, não me empolgou muito, o que é uma pena. Sempre me sinto triste quando leio um nacional e não me apaixono.

Era para eu ter terminado o Fallen, mas eu passei uma semana bem complicada e não quis mesmo ler além de não conseguir fazer nada. Aí acabei optando por esse livro que estava na meta e era curtinho. Essa semana agora eu vou tentar finalizar o Fallen e volto com o relendo e resenhando.

terça-feira, 21 de julho de 2020

[Drama] Angel Destiny

Original: อุบัติรักเทวา  Ubath Rak Thewa
País: Tailândia

Episódios: 26
Ano: 2016
Gêneros: Comédia, Romance, Fantasia
Elenco: Pichaya Nitipaisalkul
Thaviyonchai Sasira
Plaithuan Sikrintarn
Thananchaiyakarn Thanijachinya

Sinopse: Um anjo é mandado para a Terra na condição de que se ele conseguir juntar 300 mil casais em amor verdadeiro, ele poderá retornar para o céu. Quando ele se encontra na missão de unir os seus últimos quatro casais, ele se depara com quatro irmãs e a missão de uni-las a alma gêmea de cada uma no prazo de 3 meses. Caso ele não consiga cumprir com a missão, ele será banido para a Terra por toda a eternidade. Mas enquanto ele está no progresso da sua missão final, acaba se apaixonando por uma das irmãs.

Onde Achar: Em breve no Mahal Dramas

Esse foi um daqueles doramas que eu comecei a ver com uma super expectativa, em especial porque o enredo lembra um pouco o de Angel's Last Mission: Love, aí pensei na possibilidade de ele corrigir os "erros" da produção coreana e, bem... acertou em uns pontos e errou em outros.

A história começa no Japão feudal (embora todo mundo fale tailandês, mas okay, relevemos) onde Toshya, um samurai, se apaixona por Riko. Contudo, ele é enviado para a guerra e acaba sendo morto. É então que ele é abordado por pessoas estranhas que dizem ser anjos e um deles declara que, a partir daquele momento, Toshya será um anjo do amor. Ele, claro, se recusa querendo voltar para Riko, mas como já está morto obviamente sua vontade não pode ser atendida.

Em sua missão como anjo do amor, Toshya tem que juntar uma determinada quantidade de casais para, enfim, poder ir para o paraíso. Ele trabalha arduamente para completar sua missão e quando por fim está perto de finalizar resta-lhe juntar mais 3 casais, mas essa promete ser a tarefa mais difícil. Ele tem a missão de cuidar da felicidade de três irmãs, May, Mean e Mai. Na família delas há uma tradição de que as mais novas só podem se casar depois das mais velhas, a caçula de todas, Mint, é namorada de Trairong (também conhecido como macho escroto pau no c*), mas mesmo que esteja cega por ele não pode se casar antes das mais velhas.

A mais velha, May, é uma sovina que só se preocupa com dinheiro. Apesar de ter um bom coração, ainda não se deu conta que existem coisas mais importantes na vida. A segunda na fila, Mean, é uma linda jovem que foi traída pelo noivo e desde então não confia mais nos homens. Forte, não precisa de homens para defendê-la, mas seu temperamento pode ser um problema. A terceira, Mai, é uma mulher delicada e tradicional, bem do tipo "bela, recatada e do lar", apesar de contar com alguma firmeza de caráter. Mint, a mais nova, é uma mulher inteligente (embora não use a inteligência em mais da metade do drama!), mas com um temperamento também meio problemático.

As quatro trabalham para a rede de hotéis do pai, a TKS, May é a diretora do setor econômico, Mai a diretora de recursos humanos, Mean a diretora de marketing e Mint a de relações públicas. Todas são altamente competentes em suas áreas de atuação. O drama começa quando Mean e Mint estão em viagem de negócios ao Japão para conseguir investimentos para o projeto de um novo hotel, é quando Mint acaba sendo salva por um jovem japonês de ser atropelada e, sem querer, os dois acabam se beijando. Esse jovem é Toshya que ela acaba confundindo com um pervertido.

Com a ajuda de Yui e Zero, uma fada e um anjo do amor, Toshya usa essa oportunidade para se aproximar das irmãs e se passa por um gerente do hotel japonês em que elas se hospedaram para agir como um funcionário de intercâmbio na Tailândia. Negócio é que Mint fica no pé dele crente que ele é um tarado. A empresa familiar das irmãs conta com a presença do irmão do pai delas, Thod, um homem ganancioso que, com a ajuda do cunhado Waiwit, e da filha, Gles, faz de tudo para atrapalhar a vida das irmãs e destruir a empresa do irmão. Todos os seus planos são frustrados por Toshya e seus amigos.

Enquanto tenta aproximar as três irmãs de suas almas gêmeas, Toshya acaba se aproximando de Mint, uma atração inexplicável que desperta a ira possessiva de Trai. Com a ajuda de Toshya, cada irmã vai fazendo seu rumo na direção da sua alma gêmea, enfrentando as intrigas causadas por Gles, a mãe delas que é bem interesseira e as dificuldades da vida, mas Mint e Mean são as que enfrentam maiores dificuldades, a primeira por não conseguir aceitar seus sentimentos por Rut e a última por não conseguir decidir seus sentimentos entre Trai e Toshya. Há ainda o problema do próprio Toshya que, como anjo do amor, está proibido de se apaixonar por uma mortal, caso aconteça, a mortal morrerá (bem como era em Angel's Last Mission).

Te contar que no começo desse drama eu não estava dando muito não, me irritava um pouco o jeito que a Mint pegava no pé do Toshya. E aquele noivo dela era tão falso que tinha um letreiro piscando na testa dele, mas ou ela era cega demais ou fingia que não via. A mãe delas também me irritava muito, só queria que as filhas cassassem por interesse, me dava um ódio e eu achava ainda pior que elas, um monte de adultas, não se impunham. Tentei levar pelo lado cultural e tudo mais, mas ainda assim era bem frustrante.

Uma coisa legal era que, logo que o Thod armava um plano, o Toshya, a Yui e o Zero logo desfaziam as coisas, era divertido ver eles se darem mal. A Gles era quem mais me irritava, a mulher vivia com coceira no meio das pernas e tinha a inteligência de uma parede. Meu Deus! Eu ficava possessa como o Toshya não dava logo um chega pra lá nela. Inclusive, o Thos e o Waiwit eram aqueles vilões bem caricatos. Pra um drama de 2016 achei que algumas cenas ficaram bem mal gravadas, os efeitos especiais não eram de todo ruim, mas tinha umas cenas que soavam meio teatro e não combinavam com a produção, por vezes, algumas atuações também não convenciam muito.

O roteiro como um todo é bom, mas não achei que ele foi bem explorado. Pareceu que foi personagem demais para episódio de menos. Em especial se considerarmos que esse drama foge um pouco do padrão tailandês contando com apenas 45 min de episódio. A trama foca mesmo em Mint e dá ênfase a Mean. As outras duas irmãs ficam ativas em alguns dos primeiros episódios e depois elas fazem poucas aparições e seus companheiros somem. A Mean e o Rut ainda aparecem um pouco até o fim. E por falar em fim, mesmo o final sendo feliz eu fiquei bem frustrada. Como isso pode soar um spoiler para alguém, vou marcar esse próximo parágrafo e aí vocês pulam, okay?

[SPOILER] Após a "briga final" em que Mint foi sequestrada, junto com Thos e Gles, por Trai e Waiwit, Toshya vai atrás dela com Zero e Yui, aí acontece aquele clichê do tipo "se você não apanhar ela morre" e por fim ele acaba levando um tiro para salvar a Mint. Okay até aí. Negócio é que ele diz a ela que é um anjo, que 500 anos atrás eles se apaixonaram e são almas gêmeas e tals, mas ele morre. Aí o drama dá um pulo de 1 ano e o Toshya tá no Japão como filho do dono de um hotel com quem a TKS quer fazer negócio, mas ele não lembra de nada, passa o episódio 25 todo assim, aí no fucking final do 26, ele bate a cabeça e a anja do amor lá devolve as memórias dele e eu fiquei tipo queeeee?! Gente, foi bem desnecessário! Podiam ter resolvido o negócio todo no 25 e dado um final redondinho no 26, só acho. Ele quebrou a regra, continuou anjo e ela humana e eu fiquei sem entender se o final foi um fim Goblin (com cara de bom, mas ruim) ou se foi um final bom. Além do mais, termina cheio de pergunta sem resposta. O Trai morreu mesmo? O Thod e a Gles, qual o fim deles? E as outras irmãs, como ficaram? Tiveram filhos? Fiquei frustrada. [FIM DO SPOILER]

Apesar dessas questões, eu gostei do drama sim. Vai deixar saudade, o ator que faz o Toshya é lindo! A Mean foi a minha personagem favorita. Adorava as cenas dela. Há um equilíbrio bom entre comédia e drama o que torna a produção levinha e gostosa de assistir. Contudo, há a questão de ter muitas perguntas sem resposta no final o que tira um pouco do prazer da experiência para quem não curte final aberto como eu. No momento, não há esse drama legendado em português, apenas em inglês e espanhol, contudo, como dito lá em cima, o Mahal Dramas vai disponibilizá-lo em breve com legendas em português. E por enquanto é só!


segunda-feira, 20 de julho de 2020

[Livro] Bem Casados

Original: Savor The Moment
Páginas: 288
Autor: Nora Roberts
Série: Quarteto de Noivas #3
Gênero: Romance
Ano: 2014

Sinopse: A chef confeiteira Laurel McBane precisou batalhar muito para realizar sua maior aspiração profissional — ser uma doceira premiada. Agora seus bolos de casamento são a própria perfeição, obras de arte surpreendentes que complementam as belas fotografias de Mac e os arranjos de flores de Emma.

Após ter conseguido superar um histórico familiar complicado, ela tem o cuidado de não deixar que nada fique no caminho de seu trabalho. Por isso se irrita tanto quan do Del, o irmão de Parker, tenta opinar em seus assuntos. Como cultiva um amor secreto por ele há muito tempo, Laurel acha ainda mais difícil aceitar que Del a trate apenas como uma amiga.

Mas certa noite uma discussão acalorada e um beijo ardente mudam tudo. Laurel constata que a realidade é ainda melhor que seus sonhos e Del percebe a mulher incrível que sua visão de irmão mais velho não o deixava enxergar.

Quando a amizade se transforma em algo mais, os dois precisam ter muito cuidado para não estragar o que tinham antes e, ao mesmo tempo, aproveitar a oportunidade que lhes foi dada: ser os protagonistas de uma grande história de amor.

Ao contrário de Emma e Parker, Mac e Laurel estudaram em escola pública e enfrentaram grandes dificuldades para conseguir seguir seus sonhos. Laurel, ainda mais, com um escândalo familiar que marcou-a para sempre mesmo que ela não tivesse culpa das ações de seu pai.

Desde sempre, Laurel foi apaixonada por Delaney Brown, o irmão mais velho de Paker. Contudo, além de Del vê-la apenas como uma irmã - sendo irritantemente protetor com ela - a diferença social entre eles, aos olhos de Laurel, sempre foi um impedimento para que ela se declarasse para ele. Mesmo agora, tendo se tornado uma confeiteira de renome, o estigma de sua posição social e seu passado começam a incomodá-la secretamente conforme se vê cada vez mais atraída por ele.

Após um dia difícil, ela acaba exagerando no vinho ela acaba se exaltando com ele e lhe dá um beijo. Os dois ficam um pouco estranhos depois do ocorrido e Del passa a ver Lauren com outros olhos, não mais a sua "garota" com um olhar fraternal, mas a mulher por trás da melhor amiga da sua irmã. Contudo, a situação ainda é um pouco difícil de digerir, especialmente por ele nunca ter admito a si mesmo que a via com outros olhos.

Os dois decidem tentar namorar para ver no que dá, a coisa é que por mais que Laurel tente deixar as diferenças entre os dois de lado, ela nunca vai parar de se sentir inferior a Del e a pior parte é que nunca diz a ele como está se sentindo. As pessoas a veem como inadequada para ele e por mais que ela diga a si mesma que não se importa com a opinião alheia, aquilo machuca.

Enquanto seguem seus caminhos tentando se encontrar nesse relacionamento, os laços com seus amigos vão se estreitando ainda mais e Parker vai experimentando o que pode ser o início de alguma coisa.

Confesso que, em termos de personalidade, quando li Álbum de Casamento, minha personagem favorita era Parker. Eu gosto muito como a Nora faz a interação entre elas e como elas têm essa coisa vulnerável, mas não passiva. Quer dizer, a Mac no livro um era bem passiva, mas a situação não deixava a gente ter muita raiva dela. Embora o fato de ela ceder àquela mãe vagabunda dela tirasse a gente do sério.

Eu pulei Mar de Rosas porque não achei pra comprar, toda vez que eu ia nas Americanas tinha todos os livros menos ele. Vou ter que apelar pro ebook. Então, acabei colocando Bem Casados na meta, até porque dá para ler os livros fora de ordem. Não curti tanto essa leitura quanto a primeira, não sei se pelo fato de a Laurel não ser uma personagem muito interessante pra mim, ou se pelo Del ser meio... não sei, lento?

Nesse livro houveram algumas passagens engraçadas, mas ainda assim não conseguiu me prender muito. Além disso, o final deixou muito a desejar. Ficou aquela sensação de livro acabado às pressas. Não me conectei muito com a história. talvez seja porque eu estou num período meio ruim, ou porque dos três primeiros esse seja o mais fraquinho, não sei. Ainda assim, recomendo para quem está procurando uma leitura mais levinha.

terça-feira, 14 de julho de 2020

[drama] HIStory: Trapped e Ru: Taiwan Express

Original: HIStory 3 - 圈套 [Quan Tao]
País: Taiwan
Direção: Ching Jung Lee
Roteiro: Lin Pei Yu
Gênero: Romance, Ação, BL, Comédia
Ano: 2019
Episódios: 10 [45min] ou 20 [25min]
PG: +15
Elenco: Jake Hsu, Chris Wu (não é o do EXO), Andy Bian, Kenny Chen

Sinopse: A cooperação entre a polícia e as pessoas cria uma nova sociedade harmoniosa. Policiais que estão cheios de justiça são transformados em proteção pessoal de gângsters. Mas um policial fica preso no submundo, enquanto desenvolve sentimentos por um líder de gangue.
Um policial e um líder de gangue foram mortos com um tiro. Qual o segredo por trás deste caso? O único sobrevivente, Tang Yi, é agora o líder da gangue. Ele está se esforçando para encontrar o assassino, definindo uma armadilha. Mas o policial, Meng Shao Fei, cai gradualmente na "armadilha do amor" estabelecida por Tang Yi.
Onde Achar: Lianhua Fansub, Pi Fansub

Há quatro anos Meng Shaofei está na cola de Tang Yi, um dos maiores líderes de gangue da cidade que pode estar ligado ao assassinato da policial que o treinou. Shaofei não sabe a razão do assassinato e desconfia que Tang Yi tem as respostas que procura, por isso faz de tudo para prendê-lo, mas nunca tem sucesso porque além de esperto, Tang Yi é escorregadio como um sabonete molhado.

Contudo, um assassinato recente coloca a vida do chefe de uma das maiores gangues em risco e Shaofei, vendo nisso uma chance de se aproximar do gangster e descobrir o que ele sabe. Porém, a proximidade acaba aproximando-os de maneiras que nenhum dos dois imaginava, Shaofei começa a descobrir um lado de Tang Yi que pouquíssimas pessoas viram. Os dois poderão superar os segredos do passado? Há chance de um policial se dar bem com um criminoso?

Dizem que esse é o melhor HIStory, concordo que a história é boa e as personagens bem construídas, mas ele me frustrou (e a minha irmã também) em alguns aspectos, especialmente aquele final. Foi crível? Foi, mas não achei satisfatório. Contudo, a gente gostou sim, é uma história divertida, tem um ótimo alívio cômico e a quimica dos dois casais foi excelente, especialmente o segundo casal que era a fofura do drama e quase matou a gente de fofura.

Mas ainda que o final tenha sido, de alguma forma, feliz, achei bem sacana o que fizeram. Ainda assim, recomendo, se não como o melhor HIStory, mas como o da história mais legal.

Original: 路(ルウ)~台湾エクスプレス~
Ano: 2020
Diretor: Matsuura Zennosuke
Roteirista: Tabuchi Kumiko
Gêneros: Negócios, Romance, Vida
País: Japão
Episódios: 3
Elenco: Aaron Yang, Haru, Iura Arata, Danny Liang

Sinopse: Em 1999, uma empresa de comércio geral em Tóquio comemora porque Shinkansen do Japão ganha direitos de negociação prioritários para o Taiwan High Speed Rail. Tada Haruka trabalha na empresa de comércio geral há 4 anos e é enviada a Taiwan para trabalhar. Quando Tada Haruka era estudante universitária, ela visitou Taiwan pela primeira vez durante o verão. Durante esse período, ela conheceu o jovem taiwanês Eric e ele mostrou a ela Taiwan por um dia. Ela perdeu o contato com ele depois disso e não conseguiu encontrá-lo novamente. Ela então selou seus pensamentos sobre ele em sua mente. 6 anos depois, Tada Haruka chega a Taiwan novamente.

Onde Achar: Em breve no Banzai Dramas

Esse drama conta várias histórias que se desenvolvem durante a construção do primeiro trem de Taiwan. Tada Haruka trabalha em uma empresa que ganha a licitação para construir esse trem e viaja para Taiwan deixando no Japão seu noivo. Seis anos atrás, ela conheceu Eric, um taiwanês que a ajudou e por quem ela se apaixonou, mas o destino fez com que se separassem e depois de todo esse tempo eles se reunem novamente. Poderá os sentimentos de outrora prevalecerem aos atuais?

Em plano de fundo temos uma jovem estudante que é engravidada no Canadá e acaba sendo forçada a voltar para Taiwan para ter mãe solteira. Com essa volta, um dos seus amigos acaba se tornando mais próximo dela do que nunca imaginou. Um senhor que deixou uma forte mágoa em Taiwan, volta após a morte da esposa em busca de redenção. 

Esse foi um drama bem diferente. Gostei bastante da forma como as histórias foram retratadas e a maneira delicada como ele tem cara de vida real e mostra que os sentimentos transcendem o tempo. O final ficou... né? Com aquele gostinho agridoce, mas valeu, foi feliz.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

[Livro] Os Segredos de Colin Bridgerton

Original: Romancing Mr. Bridgerton
Autora: Julia Quinn
Gêneros: Romance de amor, Romance histórico, Ficção regencial britânica
Ano: 2014
Páginas: 336
Série: Bridgertons #4

Sinopse: Há muitos anos Penelope Featherington frequenta a casa dos Bridgertons. E há muitos anos alimenta uma paixão secreta por Colin, irmão de sua melhor amiga e um dos solteiros mais encantadores e arredios de Londres. Quando ele retorna de uma de suas longas viagens ao exterior, Penelope descobre seu maior segredo por acaso e chega à conclusão de que tudo o que pensava sobre seu objeto de desejo talvez não seja verdade. Ele, por sua vez, também tem uma surpresa: Penelope se transformou, de uma jovem sem graça ignorada por toda a alta sociedade, numa mulher dona de um senso de humor afiado e de uma beleza incomum. Ao deparar com tamanha mudança, Colin, que sempre a enxergara apenas como uma divertida companhia ocasional, começa a querer passar cada vez mais tempo a seu lado. Quando os dois trocam o primeiro beijo, ele não entende como nunca pôde ver o que sempre esteve bem à sua frente. No entanto, quando fica sabendo que ela guarda um segredo ainda maior que o seu, precisa decidir se Penelope é sua maior ameaça ou a promessa de um final feliz.

Foi por muito pouco que não desisti da série Bridgerton no primeiro livro. Ainda hoje é o que menos gosto da série, na verdade, eu não gosto mesmo de O Duque e Eu. Contudo, que bom que não desisti, pois os livros seguintes foram realmente muito bons e o quarto livro da série não foi diferente.

A história começa mais ou menos a partir do último livro e acompanha a sofrida Penelope Featherington, melhor amiga de Eloise e apaixonada por Colin desde sempre. Porém, magoada por ele ao ouvi-lo, irritado, bradar que nunca se casaria com ela. Apesar da dor persistente no seu coração, Penelope não consegue desgostar dele e, tampouco, deixar de ser sua amiga.

Colin engata várias viagens pelo mundo ficando muito tempo longe da Inglaterra enquanto Penelope, invisível para a sociedade e escanteada pela própria família, já se conformou com seu triste destino de solteirona, apesar de ter a companhia de Eloise — que parece tão disposta a solteirice quanto ela — no fundo o desejo de ter sua própria família e, verdade seja dita, ficar longe da mãe lhe inflamam a alma. 

Quando o solteiro mais cobiçado da Inglaterra retorna de sua última viagem, a cidade fica em polvorosa e as mágoas são deixadas no passado, Colin e Penelope reatam sua amizade enquanto se reaproximam. Porém, ambos estão diferentes do que eram quando se conheceram, ele começa a notar coisas que antes passavam-lhe despercebidas e, antes que se dê conta, percebe que se importa mais com Penelope do que imaginava.

Espirituosa, inteligente e perceptiva, Penelope é invisível aos olhos de todos menos de Lady Dunbary que, assim como os Bridgertons, nota as camadas da garota e deseja mais do que tudo que ela tenha um final feliz. A condessa tem mais afeto pela jovem que sua própria mãe. Quando ela descobre o segredo de Colin — desconhecido pela sua própria família — uma espécie de laço se aperta entre eles, mas ela também tem um segredo que pode transformar a relação deles para sempre.

No meio dos percalços da sociedade, das críticas mordazes de Lady Whistledawn e das confusões de seus corações, Colin terá coragem para deixar sua marca no mundo e ganhar o coração de Penelope? E ela estará disposta a encarar as consequências de seu segredo e auxiliar Colin a realizar seu maior sonho?

Ainda continuo gostado mais do livro de Anthony, O Visconde que me Amava, não sei, tive uma conexão com a personagem daquele livro e achei Anthony fascinante. Mas esse foi o segundo favorito ainda que eu tenha gostado bastante da história de Benedict, além de mostrar um pouco mais outros personagens igualmente espirituosos como Lady Dunbary, o livro tem ótimas tiradas cômicas que me faziam rir como uma louca na sala de estar de casa (tão louca que minhas mãe e irmã ficavam me olhando com preocupação!), sem contar que foi um livro que se tratava de escritores, então meio que rolou uma identificação.

Foi legal também ver um pouco mais de Eloise e sua tenacidade e gênio forte e Hyacint que, nas poucas cenas que apareceu, me arrancou altas gargalhadas. De todos acho que foi o livro mais levinho, sem contar que a história de Penelope é bem adaptável para a situação de adolescentes que sofreram bullying o que me coloca na lista de pessoas que se identifica muito com ela haha. Gostei muito e recomendo. 

sexta-feira, 3 de julho de 2020

[Livro] A Revolução dos Bichos

Original: Animal Farm
Autor: George Orwell
Número de páginas: 112
Primeira publicação: 17 de ago de 1945

Sinopse: Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século 20, 'A Revolução dos Bichos' é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos. Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.

De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stalin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética. Com o acirramento da Guerra Fria, a obra passou a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell repetiria o mesmo gesto anos mais tarde com seu outro romance 1984, finalizando-o às pressas à beira da morte para que o mesmo servisse de alerta ao ocidente sobre o horrores do totalitarismo comunista.

É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens. Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo. (Via Skoob)

É realmente assustador como esse livro é atual. Escrito ali por volta dos anos 40, a leitura encaixa tão bem na sociedade atual que o desconforto enquanto lemos chega a ser extenuante. A história segue uma fazenda onde um porco, um dos animais mais respeitados entre os demais, conta sobre uma realidade que, até então, passava despercebida pelos outros: a da exploração por parte dos humanos. Ele explana a necessidade de uma rebelião que traga liberdade e igualdade para todos, a ausência de uma fonte de poder que domine sobre os demais e ainda os alerta sobre a doutrinação que mascara a opressão e pode findar por escravizá-los.

Quando este porco morre, os ideais plantados naqueles animais que ouviram suas palavras permanece e, diante da constatação do tratamento absurdo recebido por parte de Jones, o dono da fazenda onde viviam, eles acabam se rebelando e tomando a fazenda para si, expulsando não só o dono, mas seus peões e sua esposa. Os animais, agora livres do explorador, comemoram e reavivam os ideais passados pelo porco como uma lei a ser seguida a partir do momento em que reconquistaram sua liberdade.

Contudo, essa liberdade logo se mostra uma ilusão que mascara uma nova servidão. Os porcos, como animais cuja inteligência se destacava, começam a assumir o "trabalho intelectual" e subjugar os demais através da propagação de sua ideologia, da ausência de conhecimento dada pela falta completa de educação dos outros animais que, ou desistiam no início do processo, ou não davam a importância devida à instrução ou se acomodavam com o recebimento de ordens sem criticar os meios e os fins. É claro que, uma massa acrítica é tudo que um governo corrupto necessita.

Os porcos, ao contrário dos demais, eram ávidos por conhecimento e usavam de todos os subterfúgios e da habilidade dialética de Garganta para manipular esse conhecimento em benefício próprio, além de deturpar a verdade para ludibriar os demais animais e fazê-los trabalhar e obedecê-los criando um sistema de regalia e poder concentrado tal como a divisão de trabalho das primeiras civilizações, logo os porcos acumulavam privilégios e começavam a se sentir superiores enquanto os demais animais iam perdendo o direito de usar seu raciocínio doutrinados por um sistema que se aproveitava de sua ignorância.

E tudo ainda piora mais quando, os dois porcos "cabeça" de todo esse processo começam a disputar o poder e, ao ver que um dos porcos estava ganhando mais a simpatia do "povo" dá um golpe e instaura um regime ditatorial. Então, nesse ponto, todas as primeiras ideologias que culminaram na rebelião vão caindo por terra e os valores sendo deturpados em benefícios do novo "líder".

Toda a mecânica do livro e o modo como os demais animais se tornam passivos e alheios à realidade que lhes cerca é não apenas assustadora, mas revoltante. Em um pulo somos levados a assistir um espelho fabulesco do mundo atual e das ameaças muito reais que rondam o Brasil neste ano de 2020. Cheio de referências históricas, o livro nos remete à reflexões acerca da nossa realidade e do papel protagonista que deveria estar nas mãos do povo, mas cai nas mãos de 1% porque as massas desconhecem seu poder pela falta de informação (e o desinteresse em obtê-la) que gera a manipulação e favorece o sistema corrupto que doutrina o povo de acordo com a sua vontade.

A experiência de leitura foi, ao mesmo tempo, boa e ruim. Acho que pelo momento em si uma leitura pesada assim não é muito bom pra mente, principalmente se, como eu, você tem tendência a depressão e sofre com ansiedade. Mas também foi boa porque eu queria mesmo ler algo diferente e não deixa de ser um livro muito pertinente. Ele causa incômodo porque a gente lê como aqueles animais estavam sendo ludibriados, doutrinados e escravizados, como os porcos faziam uma lavagem cerebral para eles acreditarem que eram felizes com aquela vida e como distorciam a realidade em seu próprio benefício. É assustador, inquietante e muito real. O fato de usar o recurso antropomórfico não atenua os acontecimentos e continua sendo uma leitura certas vezes difícil de digerir.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

[Drama] Senior Secret Love: Puppy Honey

Original: รุ่นพี่ Secret Love เรื่อง Puppy Honey
Ano: 2016
Temporadas: 2 (6ep/1 8ep/2)
País: Tailândia
Gênero: Comédia, romance
Direção: Champ Weerachit Thongjila

Sinopse: Porsche e Pick são dois veteranos do quarto ano de veterinária. Apaixonados por animais, eles possuem um clube universitário que cuida de cães e gatos abandonados. Acontece que o reitor decide cortas gastos e sacrificar alguns clubes. Para não verem seu trabalho chegar ao fim, Porsche decide solicitar para Emma, caloura da sua universidade e sobrinha do reitor, que o ajude a manter o clube funcionando. Ela, por sua vez, tem trauma de cães e não se interessa pelo pedido. Porsche, atraído pela jovem, decide conquistar o coração dela e a fazer superar o trauma. Enquanto isso Pick e o melhor amigo de Emma, Rome, começam a descobrir um sentimento especial entre ambos.

Onde encontrar: Lianhua Fansubs

Fui assistir essa série na ilusão de matar a saudade de Off e Gun já que o relacionamento deles não foi dos mais felizes em Theory of Love e queria vê-los juntinhos num drama em que o Off não precisasse interpretar um idiota. Bem, eu fiquei muito frustrada.

Porsche (também conhecido como P'Cachorro) é um veterano de veterinária que lidera, ao lado do seu melhor amigo Pick, o clube Cães e Gatos destinado a ajudar animais abandonados. Contudo, o reitor da universidade está para fechar o clube e, desesperado para mantê-lo, ele pede ajuda a Eau, o sobrinho do reitor, mas o garoto se recusa a ajudar. Assim, eles vão atrás de Emma, a irmã de Eau, para recrutá-la para o clube. 

O problema é que Emma tem fobia de cachorros desde que um cão feroz matou sua gatinha AnAn quando ela era criança. Assim, Pick força o melhor amigo de Emma, Rome, a entrar no clube e convencer a amiga a fazer o mesmo. Porsche, inclusive, se fantasia de cachorro para ajudar Emma a superar sua fobia. 

Ela acaba aceitado entrar no clube, apesar do seu pavor de cachorros, e logo sua interação com P'Cachorro vai evoluindo para um sentimento muito maior que amizade. Enquanto isso, Rome tenta lidar com seus próprios sentimentos por Pick que é um idiota com PhD em escrotice.

Apesar de ter o fundo do BL esse drama se concentra em Porshe e Emma, triste, mas é verdade. A primeira temporada é até fofinha e engraçada, dá pra gente se divertir especialmente porque Porsche é bem alegre e carismático, a gente acaba torcendo por ele. Pick e Rome repetem o que mais tarde seria Third e Kai então as esperanças de vê-los atuar como um casal fofo praticamente morre na primeira temporada.

Essa segunda temporada eu achei completamente desnecessária. Podiam muito bem ter colocado uns dois episódios a mais na primeira e fechado tudo lá. Eles criaram outras rotas para Emma e Porsche, mas no final tudo acaba na mesma coisa e a gente ficou meio que "sério?!" a carga cômica caiu bem muito e a maior parte do drama foi um chove não molha que cansou. Sei lá, não curti muito. 

[Drama] Série En of Love

Original: รักวุ่นๆ ของหนุ่มวิศวะ - วิศวะมีเกียร์น่ะเมียหมอ
Ano: 2020
Episódios: 4
Gênero: Comédia, Romance, Drama, BL
Direção:  Niink Karnpicha Sinlertpattana, Ko Nantalit Tampacha

Sinopse: Gun Tossakan é um calouro muito brilhante e alto da faculdade de medicina que está apaixonado pelo popular estudante de Engenharia do terceiro ano e hazer chefe, Bar Sarawat, desde que ele estava no ensino médio. Embora naquela época Gun não pôde confessar seus sentimentos por causa da promessa que fez à mãe de não namorar até passar no ensino médio, uma vez que ele entra no destino universitário tem planos muito diferentes para ele. O mundo é pequeno, e uma universidade é menor. Ser estudantes populares na mesma universidade leva Gun e Bar a colidir uns com os outros de novo e de novo até Gun conseguir cortejar Bar. Ou talvez Bar também tenha uma confissão para fazer?

Conta a história de Gun e Bar. Quando Bar perde sem querer sua engrenagem do curso de engenharia se vê em um problema. O que ele não sabe é que o estudante mais bonito da universidade de medicina, Tossakan, achou sua engrenagem e está disposto a devolvê-la se ele aceitar dar em troca seu coração.

Bar nunca foi cortejado por um homem antes e não sabe lidar com a situação, mas se vê sem alternativa além de aceitar, contudo, conforme a insistência de Gun se aprofunda, o coração duro do engenheiro começa a mudar.

Como essas séries são muito miudinhas eu não posso falar muita coisa porque tudo pode ser spoiler. Essa primeira "temporada" eu achei meio, né? Não sei, por alguma razão não consegui engolir muito bem o casal principal, me soou um pouco forçado, isso em matéria de atuação, sabe? Não sei, talvez pelo fato dos atores ainda serem muito "brutos" por ser o primeiro drama deles, não gostei muito.

Outra coisa que eu acho importante frisar é que as histórias dessa série são baseadas em livros, por isso tudo que acontece aqui é muito resumidão e algumas coisas podem ficar bem fora de contexto pra quem não leu. Eu não sei onde encontrar todas as novels, sei que no wattpad tem a dessa primeira temporada, mas não sei as outras.

Pra quem está procurando alguma coisa levinha, meio engraçada e até um pouco fofa, acho que vale muito a pena dar uma conferida nas três temporadas de En of Love.


Original: โปรเจกต์ซีรีส์วาย : กลรักรุ่นพี่
Ano: 2020
Gênero: Comédia, Romance, Drama, BL
Episódios: 4
Direção:Niink Karnpicha Sinlertpattana, Ko Nantalit Tampacha

Sinopse: Uma história de amor que começa uma noite em uma boate - entre um estudante de engenharia, Mark, que está absolutamente bêbado e carregando o doloroso fardo de seu amor unilateral, e o menino a quem ele esbarra e erra como objeto de sua afeição, Bar Sarawut. Esta é uma história de amor imperfeita entre dois seres humanos imperfeitos.

A segunda temporada foca em Vee, um dos melhores amigos de Bar, e Mark que era apaixonado por Bar e ainda sofre com a rejeição dele por ter escolhido Gun. Em uma noite de bebedeira, Mark fica muito embriagado e dá em cima de Vee pensando que ele é Bar, tomado pelo momento, Vee acaba indo pra cama com ele. A coisa é que Vee tem uma namorada.

Conforme sua preocupação com Mark vai crescendo, Vee começa a notar que talvez o que sinta pelo júnior seja bem mais que apenas o carinho de um veterano.

Particularmente eu gostei bem mais dessa temporada, não apenas pelo envolvimento dos atores ser melhor e suas atuações também, mas pelo arco em si, acho que se fosse melhor desenvolvida daria um ótimo drama solo. Claro que tem umas coisas que não fizeram muito sentido pra mim como a reação do Vee em algumas situações e eu ficava tipo "como assim, parça?", mas dos três arcos esse é meu favorito.

Original: โปรเจกต์ซีรีส์วาย: เหนือพระราม
Ano: 2020
Gênero: Comédia, Romance, Drama, BL
Episódios: 03
Direção:Niink Karnpicha Sinlertpattana, Ko Nantalit Tampacha

Sinopse: Uma história de amor sobre como a playboy residente da faculdade de engenharia, Neua, secretamente se apaixona por Pra-Ram, um veterano do ensino médio e irmão mais novo de Gun Tossakan (TOSSARA) — e como ele ganha o menino e seu irmão mais.

Acho que das três essa é a que fica mais sem contexto pra quem não leu a novel. Ela vai acompanhar Neua e seu amor por Praram, um dos gêmeos e irmão mais novo de Gun Tossakan.

Neua que sempre foi um playboy e era apaixonado por Mark, que agora é namorado de Vee, se vê apaixonado pelo sorriso e a doçura de Praram, mas Gun, que é um irmão coruja, não vai facilitar as coisas para o garoto, além do mais, ele precisa enfrentar a desconfiança do próprio garoto na tentativa de ganhar seu coração.

Eu gostei da interação dos atores, achei até fofinho, mas das três histórias essa foi a que menos se desenvolveu. Além de só ter 3 capítulos, o final foi tão sem graça. Contudo, teve suas partes engraçadas e foi legal ver o Neua que aparentemente dava em cima de todo mundo sofrendo um pouco para conquistar o coração do Praram.

As três histórias podiam ter sido desenvolvidas de modo mais satisfatório, só acho, mas talvez pelo momento em si isso não foi possível, o que é uma pena. Ainda assim, recomendo muito En of Love para quem curte esses romancinhos com um toque de comédia e fofura.

Você encontra as três temporadas completas no Lianhua Fansub e no Meow Fansub