terça-feira, 30 de abril de 2019

[Relendo&Resenhando] Aventuras Inéditas de Sherlock Holmes

Título Original: THE FINAL ADVENTURES OF SHERLOCK HOLMES
Autor: Arthur Conan Doyle
Gênero: Horror e mistério, Policial Contos

Sinopse: Os fãs do maior detetive da literatura mundial encontrarão neste livro doze histórias de Sherlock Holmes que normalmente não constam da obra de Arthur Conan Doyle com o seu mais famoso personagem. Peter Hanning, especialista em Sherlock Holmes, defende que Conan Doyle (1859-1930) nos legou, além de quatro novelas protagonizadas por Holmes, não apenas cinqüenta e seis contos, mas sessenta e oito contos no total. São essas doze histórias "extras" que o sherlockiano compilou, organizou e que compõem Aventuras inéditas de Sherlock Holmes. Os contos são verdadeiras histórias de aplicação da lógica dedutiva à solução de crimes e mistérios, à la Sherlock. São eles: A verdade sobre Sherlock Holmes, O mistério da casa do tio Jeremy, Bazar no campus, O caso do homem dos relógios, O caso do trem desaparecido, O caso do homem alto, Os apuros de Sherlock Holmes, O caso do homem procurado, Alguns dados pessoais sobre Shelock Holmes, O caso do detetive medíocre e O aprendizado de Watson. As histórias são acompanhadas pela peça em um ato O diamante da coroa, que nos mostra Holmes e Watson no inusitado formato teatral.

Hanning, o organizador, lançou mão do mesmo espírito investigativo do protagonista para, em uma deliciosa introdução, esmiuçar cada uma das histórias, contextualizando-as dentro da obra do autor e justificando a sua pertinência no total de títulos com o célebre detetive, trazendo à tona informações e curiosidades sobre aquele que é um dos três personagens mais conhecidos da literatura inglesa, junto a Hamlet, de Shakespeare, e Robinson Crusoé, de Daniel Defoe.

Saindo aos 42 do segundo tempo, eis que vos trago o livro de Abril do projeto Relento e Resenhando, como mencionei nos últimos posts, esse mês foi bem complicado pra mim, de modo que acabei atropelando um monte de coisas e não consegui cumprir minhas metas, então, precisei abandonar o livro que estava lendo para não atrasar o projeto.

Quando li este livro pela primeira vez não gostei. Acho que já estava na faculdade quando minha irmã o comprou para mim e tudo que tinha lido de Sherlock Holmes (Um Estudo em Vermelho e O Signo dos Quatro) fora no normal médio, pelo menos dois ou três anos antes. Então, meu contato com essa obra não foi muito bom de modo que, ao pegar para ler, vi que havia colocado um não gostei bem veemente no skoob. Porém, essa releitura, à luz das obras que li recentemente e do contato um pouco mais profundo com o autor, me levou a um novo patamar. Eu realmente percebi nesse livrinho o que não consegui notar na primeira vez que o li. Para qualquer fã de Sherlock, esse livro é quase obrigatório na coleção.

Ao longo das páginas o próprio autor vai nos contando não somente acerca da concepção de Sherlock Holmes (que, pasmem, partiu de um professor de faculdade dele hahahaha), mas de todo o processo criativo em si, inclusive, dando uma pequena aula sobre o método dedutivo e sobre a criação de histórias de detetive. Seguimos sua trajetória como autor e as principais dificuldades que ele encontrou no caminho para levar Sherlock Holmes ao mundo. Inclusive, o motivo pelo qual ele decidiu pôr fim à vida do personagem. Quando li essas partes comecei a pensar não apenas sobre o processo criativo em si, mas sobre o peso que algo criado pode ter sobre o seu criador, diante das coisas pelas quais Doyle passou ao criar um personagem tão icônico que se tornou real na mente das pessoas ao ponto de ele mesmo ser confundido com a sua cria, me fez pensar sobre o peso que um livro tem sobre seu autor a partir da perspectiva do público. É uma senhora responsabilidade.

 Atrelado a isso, acompanhamos alguns contos inéditos envolvendo o detetive mais amado de todos os tempos, alguns deles nem parecem fazer parte do universo Sherlockiano, mas não deixam de ser tão sagazes e envolventes quanto. Peguei-me divertindo-me com essas aventuras curtas, mas bastante distrativas e seus enigmas que, num primeiro momento, parecem impossíveis de se acreditar como um trem inteiro que desaparece ou um homem que some sem deixar vestígios. E a forma como Holmes ou Doyle na pele de outra personagem, desenrola o nó nos deixa sentindo-se tolos desatentos hahaha. Foi uma revisita muito válida e estou amando esse projeto. Se você é um fã de Sherlock e quer conhecer um pouco mais da sua vida, criação e morte, esse livro é certamente um prato cheio para você.

Mais que recomendado!

domingo, 28 de abril de 2019

[Dorama] Love Rerun

Título Original: ラブリラン (Rabu Riran)
Direção: Kyohei Fujimura
Roteiro: Yuko Nagata, Rieko Obayashi
Ano: 2018
País: Japão
Gênero: Romance
Episódios: 10
Elenco: Anne Nakamura, Yuki Furukawa, Aimi Satsukawa, Nana Katase, Ryohei Otani e Aya Omasal

COmpleto no Mahal Dramas e Céu Asiático


Sinopse: Minami Sayaka (Nakamura Anne) é uma designer e trabalha para uma empresa. Ela tem 30 anos, é solteira e não teve nenhuma experiência amorosa por nutrir um amor não correspondido por 15 anos pelo amigo de infância Sagisawa Ryosuke (Otani Ryohei). Uma manhã, Sayaka acorda e dá de cara com Machida Shohei (Furukawa Yuki), um colega de trabalho que ela mal conhece. Ela entra em pânico e Shohei revela que eles estão em um relacionamento e morando juntos. Aparentemente, Sayaka perdeu a memória dos últimos 3 meses. Ela se pergunta como isso aconteceu...

Eu tinha começado esse drama ano passado porque estava como revisora das legendas, mas a tradutora do japonês acabou sumindo e então, esse ano, o Mahal colocou os dez episódios de uma vez de modo que decidi trocar o que eu ia assistir (Hanadan next season) que não estava fluindo para finalizá-lo. As coisas nesse mês de Abril foram bem complicadas, acabei me atrapalhando inteira e não consegui cumprir as metas que havia estabelecido para o mês, então vou tentar recuperar o tempo perdido em Maio. Mas vamos ao drama.

A história gira em torno de Sayaka, uma designer de 30 anos sem qualquer autoestima e experiência no amor. Um dia, ela acorda no chão de um apartamento que não reconhece e descobre que perdeu a memória dos três últimos meses da sua vida. Mais que isso, está morando junto de Machida Shouhei, seu colega de trabalho mais novo, e teve sua primeira vez com ele, mas os dois haviam terminado a relação e ele queria que ela deixasse seu apartamento. Para piorar, o apartamento que era de Sayaka foi cedido à sua melhor amiga grávida e, por isso, ela não podia voltar para casa.

Ela acaba fazendo um acordo com Machida. Ele a deixa ficar no apartamento até que ela recupere a memória e, depois, ela vai embora. Sayaka não consegue se lembrar de como se apaixonou por Machida quando seu amor da vida sempre foi Ryo, seu melhor amigo desde a infância. Ela o procura uma vez que ele é a única coisa constante da qual sua mente recorda, mas seu amor de longa data está noivo de Mizuki com quem mora junto. Ainda assim, Sayaka se declara pra ele, mas recebe em troca uma recusa carinhosa.

Na sua luta para recuperar a memória, ela começa, aos poucos, a se recordar da sua vida com Machida enquanto convive com ele e percebe que seus sentimentos por Ryo podem não ser tão fortes quanto ela pensava, porém além do seu melhor amigo de infância, a ex namorada de Machida aparece disposta a reconquistá-lo, os fragmentos de memória de Sayaka surgem aos poucos e ela se vê encurralada ao se descobrir apaixonada por Machida.

Confesso que eu fiquei um pouco frustrada com o final desse drama, as coisas aconteceram de modo atropelado como os dramas coreanos as vezes costumam fazer e isso me irrita. Não apenas as escolhas de Machida e Sayaka que por vezes me davam nos nervos, mas a enrolação mesmo, além de achar que podiam ter esticado o final um pouquinho. Contudo, no geral, é um drama muito bom e o mistério em torno da memória de Sayaka deixa a gente ávido pra descobrir o próximo capítulo. Num cômputo geral, eu gostei.

[Livro] No Coração da Floresta

Original: If You Find Me
Autor: Emily Murdoch
Páginas: 272

Sinopse:  se tudo o que você soubesse fosse uma mentira? E se a pessoa que deveria te proteger não tivesse condições nem mesmo de cuidar de si mesma? Carey é uma jovem de 15 anos com uma história de vida difícil. Levada às escondidas pela mãe para um parque nacional quando ainda era uma criança, tudo o que ela e a irmã menor conhecem é a floresta. Elas só têm uma a outra, considerando que a mãe, viciada em drogas e mentalmente instável, muitas vezes desaparece por dias sem fim. É durante um desses sumiços que repentinamente as meninas se vêem diante de dois estranhos, que as tiram da floresta e as levam para um mundo novo e surpreendente de roupas, meninos e aulas. Agora Carey precisa enfrentar a verdade por trás do seu passado e decidir se vale a pena revelar um terrível segredo, que, caso descoberto, pode colocar em risco a segurança e a nova vida das duas irmãs.

Então, gente, esse livro não está na minha meta desse ano, mas eu fui convidada por uma amiga a participar de um Clube do Livro e acabei entrando por experiência, esse era o livro de Abril. Esse mês as coisas desandaram feio aqui, não consegui cumprir meu cronograma esperando uma cirurgia que não aconteceu e tudo ficou a maior confusão. Por sorte o concurso para o qual estou estudando foi um pouco mais adiado e vou poder recuperar o tempo.

Mas bem, o livro conta a história de Carey e Jenessa, duas irmãs que vivem em um trailer sob as privações de uma floresta densa. A mãe das duas, Joelle, é uma viciada em drogas que aparece vez ou outra para dar-lhes suprimentos. Em um primeiro momento temos uma visão bem parcial da vida delas e da razão de estarem ali, mas já fica bastante claro que algo muito ruim aconteceu com as duas uma vez que a irmã menor, Jenessa, não fala por ocasião de um mutismo seletivo (condição psicológica caracterizado pela recusa em falar em determinadas situações, mas em que o indivíduo consegue falar em outras. Frequentemente está associado com um elevado nível de ansiedade, mas também pode estar ligado a um trauma psicológico.) e Carey, que narra a história, deixa claro que a menina não era assim antes da "noite da estrela branca".

É o mistério envolvendo essa noite que nos prende ao livro. Quando o pai de Carey aparece na floresta com uma assistente social, munido de uma carta escrita por Joelle em que dizia expressamente ter abandonado as filhas, a adolescente vê seu mundo desmoronar nesse momento, primeiro porque não confia no pai que supostamente batia nela e na mãe, segundo porque sabe que caso vá embora possa ser separada de Jenessa que é praticamente sua filha. Ela só aceita ir embora com os dois quando tem a garantia que não será separada da irmã e assim a história segue a adaptação das duas ao mundo "civilizado" e tudo do qual Carey ficou longe por tanto tempo e Jenessa nunca conheceu.

A esposa atual do seu pai, Melissa, acolhe as meninas com doçura e sincero afeto, ao contrário da filha dela, Delaney, cujo desprezo por Carey é imediato apesar de gostar de Jenessa. A adaptação não é fácil, em especial porque Delaney dificulta as coisas para Carey que se vê sobrecarregada com o peso das mudanças e o segredo que esconde consigo. Mesmo com todo o cuidado de Melissa que as trata como se fossem suas próprias filhas e o pai, agindo de modo carinhoso e paciente como Carey não conseguia se lembrar, seu passado aos poucos vai se descortinando na sua mente conforme os desafios aumentam, os sentimentos afloram e o dia de contar a verdade que tirou as palavras da sua irma se aproximam.

Confesso que no início o livro não me prendeu muito, não consegui me apegar às personagens apesar de entender suas condições, fiz algumas apostas já no início da leitura e elas se mostraram corretas no desfecho, acertei praticamente todo o mistério antes de ele ser revelado. Mesmo o livro tendo seus pontos positivos, achei que a história foi muito "enxuta", houveram várias coisas que ficaram a cargo da nossa imaginação porque não foram contadas, sei lá, a brevidade de tudo que hora parecia arrastado e hora parecia rápido demais acabou tornando minha experiência e leitura um pouco frustrante. Mas no geral gostei da história e do desenrolar, o capítulo final chegou a me revirar o estômago e quase chorei (quase!). É uma leitura rápida, mas sei lá, acho que poderia ter sido desenvolvida de modo mais amplo. 


sexta-feira, 12 de abril de 2019

[Anime] Childrem of the Whales

Título Original: クジラの子らは砂上に歌う RR: Kujira no Kora wa Sajō ni Utau Lit: Crias da baleia cantam na areia.
Direção: Kyōhei Ishiguro
Roteiro: Michiko Yokote
Ano: 2017
Episódios: 12
Gênero: Fantasia, distopia, suspense, drama, mistério

Sinopse: Chakuro é o arquivista de 14 anos da Mud Whale, uma ilha quase utópica que flutua na superfície de um infinito mar de areia. Nove em dez dos habitantes de Mud Whale foram abençoados e amaldiçoados com a habilidade de usar saimia, poderes especiais que os condenam a uma morte precoce. 
Chakuro e seus amigos já chegaram a explorar outras ilhas, mas nunca conheceram, viram ou até ouviram falar de um ser humano fora de Mud Whale. Até que um dia Chakuro visita uma ilha tão grande quanto a Mud Whale e encontra uma menina que mudará seu destino por completo.

Dizer a vocês que mesmo com as analogias muito pertinentes desse anime, além das excelentes críticas mostradas de modo sutil e inteligente, nem assim eu consegui gostar dele. Se você já viu alguma resenha de Made in Abyss (acho que é assim o nome) percebeu que apesar do gráfico lindo e da história "chibi" que parece inocente, aquele não é um anime para crianças. Bem, o mesmo se aplica a Children of the Whales, quem vai assistir pensando que é um lindo anime inocente sobre crianças em uma ilha está muito errado.

Estamos na era da areia. Os oceanos, tal como o deserto, se converteram em um mar de areia onde os poucos animais que se adaptaram agora vive e embarcações gigantescas e flutuantes movidas por nous (espécies de criaturas mágicas que se alimentam de emoções humanas). Pelo que pude entender, antes de iniciar a era da areia, o mundo passou pelo "apocalipse" onde os pecadores foram exterminados e a fase da empatia foi extinta quando os humanos perceberam que emoções eram cargas desnecessárias que apenas consumiam-nos e os impedia de viver da "forma correta". Contudo, a humanidade após esse apocalipse foi dividida em dois, os que tinham Thymia, uma espécie de magia concedida a eles em troca das emoções que "libertavam" para os nous e os chamados desmarcados, seres humanos normais que não tinham thymia.

A história é contada por Chakuro, um dos marcados que vive na chamada Baleia, uma embarcação que está há anos à deriva . Nesse anime, embarcações são verdadeiras ilhas flutuantes habitadas por pessoas. Particularmente nesta, os marcados tem uma vida curta e desconhecem por completo a existência do nous. Todos vivem suas vidas de maneira pacífica até o dia em que uma nova embarcação surge à vista. Ansiosos por explorar, eles formam um grupo para ir até a embarcação entre eles está Chakuro que é o arquivista da ilha. Quando chegam ao local ele acaba encontrando uma garota inconsciente, ela está aparentemente ferida, mas quando ele tenta ajudá-la acaba sendo atacado por ela e quase morto. Ainda assim, por causa do estado dela, ferida e sozinha, ele decide levá-la consigo para a baleia. A menina recebe o nome de Lykos, ainda que afirme que esse não é seu nome verdadeiro e nenhum deles poderia imaginar que, com ela, viria também o caos.

Apenas dias após a chegada de Lykos, a ilha é atacada por enormes embarcações de homens mascarados munidos de espadas e armas de fogo. Um verdadeiro massacre se inicia com mortes por toda o lugar, de marcados e desmarcados que simplesmente são assassinados sem saber a razão e sem poder oferecer qualquer resistência além de fugir. Seus agressores, cruéis e sem sentimentos, os chamam de pecadores e dizem que todos precisam ser exterminados. Contudo, a presença de Lykos detém o massacre antes que todos na ilha morram e sua identidade é descoberta como um soldado enviado junto com os outros - por ordem do irmão mais velho dela - para exterminar os pecadores. Então, os moradores de baleia se deparam com os mistérios que cercam seu "exílio" que, até então, era tido como a vida que conheciam, eles foram exilados pelo império porque, ao contrário dos demais, se recusavam a abrir mão dos seus sentimentos e viver sem empatia.

Lykos então começa a dar instruções acerca do que precisam fazer e, com a guerra batendo em sua porta, tudo que os moradores de baleia podem fazer é aprender a se defender de um inimigo que os odeia pelo simples fato de escolherem ser diferentes, serem eles mesmos. No meio da batalha cheia de perdas de ambos os lados, mais segredos se revelam e a possibilidade de um mundo fora do mar de areia é a esperança que mantêm os habitantes da embarcação exilada crentes em um futuro onde possam ser aceitos como são.

Não apenas a crítica ao regime teocrático, mas a brilhante crítica à alienação foram as coisas que mais me chamaram a atenção nesse anime e me fizeram seguir firme até o último episódio. Obviamente um anime de 12 capítulos não cobre nem metade de um mangá de 13 volumes, por isso o final é aberto e dá a entender que vem muito sangue por aí. Fique realmente chocada quando aconteceu o massacre na ilha, acho que qualquer pessoa que vai assistir o anime sem conhecer a obra fica em choque, porque o capítulo inicial não dá a entender que vá se desenrolar tal banho de sangue. Ele levanta reflexões muito pertinentes ao mundo que vivemos, ao modo como agimos e, imagino, a ilha a deriva pode ser exatamente uma analogia ao modo como nos isolamos em nossas bolhas sociais dentro da ilusão que tomamos por realidade. Além disso, o modo como o conselho mantêm os habitantes de baleia no escuro, não apenas omitindo fatos, mas escondendo em si a própria corrupção, tal qual o império para o qual seus ancestrais serviram e que acha-se ainda no direito de decidir quem vive e quem morre.

A parte dos sentimentos também achei interessante. Se por um lado exemplifica o que a sede de poder pode fazer e exigir de alguém, uma vez que em troca do thymia, os marcados abdicam do seus sentimentos, mostra quão enlouquecedor é ter sentimentos em um mundo que não vê cor, beleza ou tem qualquer sensação além do vazio e da apatia. Em contrapartida, mostra quão assustador seria o mundo com esse bando de psicopatas a solta governando (se bem que agora sabemos como é) e decidindo quem vive e quem morre sem levar nada em consideração apenas as próprias provas e crenças, provocando anarquia e terror naqueles que não se adequam ao seu regime. Ainda assim, a história do anime não conseguiu me imprimir nada além do choque das cenas horríveis de morte gratuita. Mesmo com essas e mais críticas analógicas brilhantes, não recomendo para pessoas que se impactem com facilidade.