Título Original: 君の名は
Direção e Roteiro: Makoto Shinkai
Elenco: Ryunosuke Kamiki
Mone Kamishiraishi
Género: drama romântico, fantasia científica
Ano: 2016
Sinopse: Mitsuha é uma garota do ensino médio que mora na cidade de Itomori, na região montanhosa de Hida, Japão. Entediada com a vida no campo, deseja ter uma vida mais agitada, querendo mudar-se para Tóquio. Com sua avó e irmã mais nova, ela faz kuchikamizake saquê e o leva como oferenda ao túmulo da família em uma montanha fora da cidade.
Taki, um garoto do ensino médio que vive em Tóquio, começa a trocar de corpo com Mitsuha por várias vezes. Eles percebem que isso não é um sonho quando seus amigos e familiares dizem que eles agiram muito estranhamente recentemente. Um dia, ambos decidem começar a se comunicar, deixando bilhetes. Um dia as trocas param causando curiosidade em Taki sobre o motivo, motivando-o a procurar sobre o povoado de Mitsuha, o que o leva a uma terrível descoberta, que o motiva a ir mais a fundo em suas pesquisas.
Já tinha um tempo que minha irmã enchia o meu saco pra eu assistir esse filme, mas como eu descobri que tinha uma novel, queria ler antes de ver a adaptação, contudo, fui protelando por um bom tempo e acabei nem lendo nem assistindo. Nesse domingo de páscoa, finalmente coloquei esse livro no kindle e, na procura de algo rápido para ler durante a tarde, acabei me pegando com ele.
Tal como aconteceu com Branca de Neve e o Caçador, Kimi No Na Wa foi escrito depois que o filme já estava pronto, como diz o próprio Makoto Shinkai no prefácio da obra. Dessa maneira, vou falar dos dois de maneira simultânea já que a história é a mesma. Apesar de não crer muito que ninguém conheça a história, vou fazer um apanhado geral do enredo como forma de introdução.
Nós acompanhamos, primordialmente, Mitsuha, uma adolescente de 17 anos que mora em um povoado rural chamado Itomori, o lugar é tão isolado que não dá nem pra prever o clima. Na escola, Mitsuha tem dois amigos, Teshi e Saya, apesar de não ser exatamente popular, ela é uma boa aluna. Sua família é a responsável pelo santuário xintoísta do povoado há gerações, o pai dela é o prefeito, mas não mora com ela e sua mãe morreu quando ela era criança. Mitsuha não gosta de viver em Itomori, seu sonho é se formar logo no ensino médio e se mudar para Tóquio.
Contudo, um dia, inesperadamente ela acorda no corpo de Taki, um garoto da mesma idade que ela estudante de uma escola em Tóquio que trabalha em um restaurante italiano. Quando volta para o seu corpo, ela não consegue se lembrar o que aconteceu e pior não sabe que Taki também passou um dia inteiro no corpo dela.
Ao descobrirem sobre a troca, incapazes de controlar quando acontece, os dois começam a interferir na vida um do outro enquanto vão se conhecendo um pouco melhor de maneira muito inusitada. Entretanto, quanto mais perto parecem, mais longe se encontram. Taki deseja conhecer Mitsuha, ele sente uma ligação inexplicável com aquela garota do interior, mas o pouco que sabe sobre ela não é suficiente para encontrá-la, especialmente quando as memórias que tem quando acorda desaparecem.
Em uma pesquisa frenética pela cidade cujo nome ele esqueceu, sua busca por Mitsuha mistura passado e presente envolvendo uma tragédia que pode mudar suas vidas para sempre.
Como o próprio autor e roteirista afirmou, livro e filme se complementam de alguma forma. No livro somos limitados pela visão dos protagonistas, e eu achei isso bem confuso já que não divide muito bem quem fala o quê, é quase como se ele tivesse novelizado o roteiro de modo que a estrutura da história ficou um pouco estranha e no início é bem confuso, levou um tempo para que eu me acostumasse. Já no longa, aparecem algumas cenas que não são mostradas no livro, porque a visão se expande para terceira pessoa, por isso recebemos algumas informações que não aparecem na novel.
É uma história curtinha, apesar dos capítulos serem um tanto grandes, achei bem legal a forma como a lenda do fio vermelho aparece sutilmente ligada à trama central dos dois protagonistas e, acima de tudo, o mistério que é muito bem construído ao longo da história, com a ligação entre eles e a linha temporal que os separa. Foi realmente magistral.
O final, apesar de ser bom se olharmos de uma perspectiva clara dentro do enredo apresentado, me deixou um pouquinho frustrada. Não sei, queria algo mais fechado, mais substancial. Ainda assim, não tira em nada a beleza da história e da animação que é belíssima. Não curti muito a trilha sonora, não sei por que. Mas recomendo muito, ambos livro e filme.
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