Original: The Orphan's Song
Autora: Lauren Kate
Gêneros: Ficção, Romance histórico
Ano: 2020
Páginas: 322
Sinopse: Veneza do século XVIII. Época em que os amantes erguiam seus disfarces sob pontes para trocar um beijo e quando a música era a maior de todas as artes. Em uma era de excessos, duas crianças abandonadas no Incuráveis, um hospital convertido em orfanato, cujo conservatório se dedica a ensinar música aos órfãos, sonham em ter uma família e um lugar que possam chamar de lar.
A rigidez dentro dos muros do Incuráveis não é capaz de aprisionar o coração da sonhadora Violetta. À medida que a corista cresce, arde dentro dela o anseio de desbravar o mundo que avista apenas do telhado do orfanato. É ali que seu caminho se cruza com o de Mino, um talentoso violinista também sedento por escapar do claustro e viver a vida que lhe foi negada até então. A conexão entre eles é imediata. Uma amizade nasce sem qualquer esforço… assim como algo mais.
Uma vez do lado de fora dos portões do Incuráveis – e longe do olhar férreo da abadessa -, não tarda para que Violetta e Mino descubram que a realidade é muito menos brilhante que os sonhos. E muito mais cruel, já que o destino se encarrega de conduzi-los para direções contrárias. Letta e Mino se perdem um do outro… e de si próprios.
Um par de cenas não descritivas de sexo e um bocado de lágrimas e já chamam isso de "romance adulto"? Não. É um par de jovens que não sabe o que querem de verdade e ficam se embrenhando em pseudo-felicidades e mentindo para si mesmos. Dizer, a série Fallen até começou bem, cenário instigante, conflito com potencial e personagens que, sob uma primeira impressão, geravam curiosidade. Mas o desenvolvimento começou a lentear, lembro que das duas vezes que me propus a ler sempre ficava "empacada" no quarto livro e achei o desfecho tão insosso que fechei o volume com a sensação de perda do meu tempo. O aguardado Livro de Cam também se mostrou uma senhora decepção para os fãs (pelo menos uma boa parcela deles).
Ainda assim, decidi dar outra chance para a autora com sua segunda aposta no mercado, Teardrop e, confessar, o primeiro volume nem é tão horrível, a ideia era boa, tinha potencial, mas parece que ela esqueceu como se escrevia e a sequência ficou risível de tão ruim, difícil de ler e com um final esdrúxulo para dizer o mínimo! Poucas vezes eu li um livro tão ruim. Mas, como nem só de livros bons vive o homem, ainda dei uma outra chance para ela, ano passado li seu primeiro romance, A Traição de Natalie Hargrove, que era para ser inspirado em Macbeth de Shakespeare o que eu achei um insulto, porque as personagens fracas e superficiais de Kate não chegam aos pés da genialidade e construção do bardo. O resultado é uma trama adolescente sem sal, com um conflito patético e um desfecho ainda mais ridículo. Quem foi que disse a ela ser uma boa ideia pegar uma peça tão sombria e transformar num romanceco adolescente sobre baile de ricos? Meu Deus!
Em 2021 eu já tinha tentado ler A Canção da Órfã, na verdade, quando esse livro foi anunciado pela editora eu fiquei maluca porque a sinopse prometia muito! A capa era até bonitinha, mas depois de passar pela experiêcia pavorosa de Teardrop achei que a autora finalmente ia se redimir. Bem, pelo menos comigo não foi o que aconteceu. Eu acabei abandonando o livro em pouco mais de sessenta páginas que não conseguiram driblar minha falta de paciência para o enredo maçante. Todavia, achei que era apenas o momento errado para ler o livro, às vezes acontece já que as histórias têm seu próprio momento para nos encontrar, deixei ele no livreiro enquanto amadurecia a ideia de lê-lo novamente. E o que aconteceu foi a descoberta de que, talvez, eu seja um tanto masoquista por me forçar a finalizar um livro que eu não estava gostando. Mas, a gente não pode e nem deve "falar mal" de coisas que não conhece.
Certo, A Canção da Órfã não é um livro ruim no sentido literal da palavra, pelo menos comparado com Waterfall o livro é digno de um prêmio! Mas gente, que livro lento. Jesus! A história se passa em Veneza, ali pelos anos 1500, conta sobre um orfanato onde, apesar das restrições, uma soprano e um violinista se apaixonam.
Quando criança, em uma noite insone, Violetta vê o momento em que uma mãe, abrigada pelas sombras, abandona seu filho de cinco anos no orfanato onde ela morava. A mulher cantou uma música que nunca saiu da mente da menina, e fora ela que colocara o pequeno garoto na cozinha para ser encontrado pela copeira. Anos depois, sob a tensão de ser ou não admitida no coro da igreja, ela se refugia em seu esconderijo no telhado e acaba conhecendo Mino, um garoto que, contrariando as regras do orfanato, aprendeu a tocar violino. O fascínio dela por ele é quase imediato, tal como o dele por ela e os dois começam a se encontrar escondidos e até mesmo compõem uma música juntos.
Contudo, o destino se encarrega de colocá-los em caminhos diferentes quando Violetta não aceita o pedido de casamento de Mino por saber que nunca poderia cantar fora da igreja graças à proibição que todas as coristas eram forçadas a aceitar e por não se achar capaz de ser mãe e dar a ele a família que tanto almejava. Assim, ele vai embora e começa a viver nas ruas enquanto ela é admitida como soprano principal do coro e começa a trabalhar para a igreja. Ainda assim, mesmo conseguindo o que tanto queria, não era feliz. Mino, por sua vez, começa a viver como um mendigo até conhecer Ana, com quem se envolve e, posteriormente, se casa formando sua própria família.
Mesmo separados, os dois continuam se gostando. Violetta começa a se aventurar além dos muros do orfanato em busca de uma vida sem leis, mas seu caminho e o de Mino vão acabar se encontrando outra vez quando os fantasmas do passado começarem a assombrá-los e os perigos do presente espreitarem a primeira oportunidade para destruí-los para sempre.
Eu tentei arduamente, a cada página, me conectar com esses personagens, mas realmente não deu. Violetta era chata, mimada, intragável e parecia viver com "fogo sob as saias". Mino não sabia o que queria da vida, não tinha nada e se lamentava, conseguiu tudo e continuava se lamentando. Nada nunca tava bom. Era frustrante. Além disso, o recurso usado para juntar o casal principal me soou tão forçado que se eu já não shippava os dois no começo foi aí que não shippei mesmo! E o final do livro é a cereja do bolo, não bastasse todo o clima pesado que a história teve ela achou mesmo que aquele final ficou com cara de feliz? Sério, não vou ler mais nada dessa mulher, eu e ela não nos entendemos. A quem gostou do livro, minhas felicitações, comigo não funcionou. Chato demais.