sábado, 25 de maio de 2024

Você anda com pressa?

 Se o luto é um sentimento difícil de passar, ao mesmo tempo nos torna mais reflexivos acerca da nossa própria existência. Às vezes, penso que precisamos passar pela angústia excruciante da perda para nos lembrar que estamos aqui de passagem, sem saber a validade do nosso bilhete.

Passando por isso esses dias, comecei a perceber certos traços novos na minha conduta que não me agradaram em nada. Tenho ficado cada vez mais impaciente, seja para ler um livro longo, ver uma série com mais de dez minutos, continuar tarefas por longos períodos, enfim, focar. Eu nunca fui uma pessoa de atenção fixa por tempo demasiado, confesso, mas parece que ultimamente esse traço tem piorado e não gosto disso.

Não lembro a última vez que vi um drama cujos episódios tinham mais de dez minutos. Estou levando semanas para ler livros com duzentas páginas, alguns concordo que é a narrativa que não ajuda, mas outros é porque minhas prioridades estão se direcionando para os lugares errados. Estou preparando meu espírito para mudar isso.

Com a tecnologia, noto que estamos abandonando muita coisa. Não temos mais, de fato, tempo de qualidade para nada. Estamos cada vez mais online e esquecendo que a vida acontece offline. Particularmente, detesto deixar tarefas acumularem, mas esse tempo me fez perceber como tenho errado comigo mesma e perdido tempo com coisas que muito pouco me acrescentam e isso tem afetado não somete meu foco, mas minha capacidade de absorver com qualidade as coisas que consumo e as atividades que mais prezo, como a escrita.

Quero fazer jogos de palavras com a minha mãe. Me desligar dentro da minha própria história, ver um filme com pipoca junto da minha irmã, visitar uma amiga que não vejo há muito tempo. Preciso retomar as rédeas da minha vida e ficar mais tempo longe do celular.

E você? Sente também que está sendo engolido pelo mundo virtual e abandonando aos poucos o real? Concordo que é mais fácil, o mundo não está muito agradável de se olhar, mas o céu nunca é o mesmo, as nuvens nunca estão iguais e mesmo que se repita, o nascer e o pôr do sol nunca são iguais. Ainda há beleza para se ver. Enquanto nos lembrarmos de não normalizar a maldade do mundo, de valorizar aqueles que amamos e deixá-los cientes da importância que tem para nós, não com palavras, mas com atitudes, conseguiremos ver beleza no mundo e, ainda mais, dentro de nós.

[Bíblia] Josué

 

Josué é o primeiro dos chamado Livros Históricos que iniciam após o Pentateuco cujo último livro é o Deuteronômio. Dá continuação a este começando com os eventos após a morte de Moisés, quando o povo vai, de fato, entrar na terra prometida. Escolhido por Deus e instituído por Moisés, ele toma a missão de liderar o povo na ocupação da nova terra, tal como o extermínio dos povos ferozes.

Segundo a introdução, esse livro se passa no fim do século XIII a. C. os israelitas, lentamente, vão combatendo os povos e ocupando a terra, isso vai se dando em várias batalhas com seus altos e baixos. Nesse livro, há o primeiro protagonista feminino vindo de uma prostituta chamada Raab que salva espiões hebreus e é poupada por Deus do extermínio junto com sua família.

Outro episódio digno de nota é a abertura do Jordão no meio, comparada à abertura do mar vermelho. Dessa eu não sabia, foi uma grata surpresa ver o prodígio se repetindo. 

Deus ordena que Josué circuncide de novo o povo, tão logo passam pelo Jordão e entram em Jericó. Eles celebram a páscoa e começam a planejar a tomada de Jericó, essa se dá de forma interessante, as muralhas da cidade caem após os hebreus circundarem-na com a arca da aliança por sete vezes, assim, eles tomam Jericó.

Um dos israelitas, contudo, comete um crime escondendo espólios da terra destruída contra a vontade do Senhor, atraindo a ira de Deus sobre Israel. Assim, tanto Acã — o infrator — como sua família, seus animais e tudo que lhe pertencia foram apedrejados e depois queimados. Bárbaro? Sim, mas estou percebendo que o Antigo Testamento inteiro é bem violento... 

O livro encerra com a morte de Josué sem o povo ter ainda conquistado toda a terra. 

Um fato importante aqui é que Deus ordenou precisamente que se matasse todos os povos que ocupavam a terra prometida. Os judeus não deveriam se misturar, fazer acordos de paz ou deixar viver um só. E é por isso que as coisas começam a desandar como veremos nos livros a seguir. A desobediência é um traço do DNA humano ao que parece e, por isso, estamos assim hoje. Antes da morte de Josué, ele reparte a terra conquistada entre as doze tribos e os levitas. Tinha tudo pra dar certo? Tinha.

Mas não deu.

[Livro] A Pequena Loja de Venenos

Original: The Lost Apothecary

 Ano: 2022

Autora: Sarah Penner

Gêneros: Ficção histórica, Ficção Doméstica

Sinopse: UMA HISTÓRIA ESQUECIDA. UMA REDE SECRETA DE MULHERES. UM LEGADO DE ENVENENAMENTO E VINGANÇA.

Com um suspense palpitante, duas linhas do tempo e personagens inesquecíveis, A pequena loja de venenos é uma ficção histórica estonteante sobre segredos, sonhos e as formas extraordinárias com que as mulheres podem salvar umas às outras apesar da barreira do tempo.

No século XVIII, a Londres vitoriana escondia uma pequena botica que atendia a uma clientela peculiar. Nella, uma curandeira respeitada no passado, vendia venenos a mulheres que precisavam se livrar dos homens ameaçadores de suas vidas. Porém, quando uma garotinha de doze anos entrou no caminho da boticária, o futuro de seu trabalho foi posto em risco.

As consequências desse encontro ecoam através do tempo e chegam até aos dias atuais, reverberando em Caroline Parcewell, uma aspirante a historiadora cuja vida está de ponta cabeça. Com um casamento em ruínas e uma vida infeliz, Caroline encontra refúgio no mistério que envolve uma série de assassinatos por envenenamento séculos antes, um achado que a levará até Nella e sua loja. Após descobrir um frasco de boticário em uma caça relíquias no Tâmisa, a vida dela se entrelaçará com a da boticária em uma maravilhosa reviravolta do destino.


Na segunda passada (13) aconteceu uma tragédia familiar e fiquei essa semana praticamente inteira tentando reunir os pedaços que sobraram do meu coração. Não vou dizer que está tudo cem por cento, quando esse tipo de coisa acontece, parece errado qualquer sentimento de felicidade e algo que me ajudou bastante a passar por isso foi esse livro. Fiquei vidrada na história — tão logo tive cabeça para me concentrar nele de novo — e pude relembrar como a literatura tem sido meu grande suporte em todos esses anos da minha vida. Peguei a recomendação desse livro da Helaina do blog Mente Hipercriativa, amei a resenha dela e fiquei com muita vontade de ler, surgiu a oportunidade na feira de livros da minha cidade ano passado e comprei (não muito em conta, mas valeu cada centavo).

A história é narrada por três pontos de vista, o de Nella, uma boticária do final do século XVIII que é especializada na criação de diversificados venenos para mulheres que desejam se livrar de seus maridos abusadores, Eliza, uma menina de doze anos que trabalha para a casa de uma família rica e, nos dias atuais, de Caroline, uma mulher dos EUA enfrentando um problema no casamento. Da última vez que li um livro narrado por três mulheres só tive raiva (A garota no trem) então fui ler esse livro confiando no processo, no caso a resenha da Helaina que, por sinal, tem um fabuloso gosto literário.

Após uma tragédia na sua juventude, Nella ficou com o coração endurecido e, a até então loja de salvar vidas da sua mãe, foi mascarada por um lugar secreto onde ela fabricava venenos para mulheres que desejavam com desespero se livrar de um marido abusivo, um pai impiedoso, um irmão cruel, enfim, qualquer homem que as estivesse coagindo. E esse era um pacto que tinha consigo mesma, seus venenos sempre seriam usados contra homens, nunca contra mulheres. Ela documentava cada veneno vendido com o nome, a forma de ministração, o nome da vítima e do encarregado de buscá-lo.

Tudo muda quando, um dia, uma adolescente de não mais de doze anos aparece na sua loja para buscar um veneno previamente encomendado por sua patroa. Chegando lá, a menina explica que é para o seu patrão que começou a agir de maneira estranha com ela. Nella explica bem as condições e a ministração do veneno, deixando a garota consciente do que estava fazendo, mas Eliza, a jovem servente, é uma garota relativamente madura para sua idade, embora haja muito que não compreenda, matar uma pessoa está perfeitamente claro na sua mente.

A menina torna a aparecer alguns dias depois em busca de um remédio para afugentar fantasmas, pois acreditar estar sendo assombrada pelo fantasma do falecido patrão quando, na verdade, está apenas menstruando pela primeira vez. E chega em má hora, pois Nella está esperando outra cliente. Por alguma razão, naquele dia, ela sente algo errado, mas não consegue explicar o motivo. O que ela mais temia estava prestes a acontecer, uma mulher da nobreza aparece em sua loja para encomendar um veneno para a esposa do marido.

Diante da recusa veemente de Nella em vender a poção, atirando no fogo suas longas horas de trabalho, a mulher a ameaça com a justiça caso ela não refaça o veneno em pouco menos de cinco horas. Com a ajuda de Eliza e assolada por uma doença que a está matando, Nella corre contra o tempo para preservar as muitas mulheres que ajudou ao longo da vida, assim como aquela menina que insiste em ficar ao seu lado.

Enquanto isso, nos dias atuais, Caroline viaja sozinha para Londres no que deveria ser sua viagem de aniversário de casamento. Após descobrir a infidelidade do marido, precisa lidar com o rumo que sua vida tomou e repensar sua vida ao lado dele após dez anos de relação. Sozinha, ela começa a pesar todos os anos que viveu ao lado do marido e percebe o tipo de relação nada saudável que estava tendo, mas era cega demais para perceber. 

Após encontrar um frasco misterioso em uma espécie de caçada de relíquias organizada por um senhor que encontra à porta de um bar, ela embarca numa busca incansável para descobrir a origem do objeto e a história por trás dele enquanto tenta lidar com sua relação em decadência e redescobre a essência de ser ela mesma pela primeira vez em muito tempo.

O livro é viciante. A gente passa pelos capítulos que nem percebe, os que eu menos gostava eram os da Caroline, ela reúne tudo que eu não gosto em uma personagem. Talvez pelo fato de, graças a Deus, eu nunca ter sido casada sou incapaz de mostrar alguma empatia pela relação dela com o marido escroto, no lugar dela só penso que chutaria o traseiro dele, mandariam catar favas e seguiria minha vida muito melhor sozinha. Não tenho ideia do que é ter uma relação com uma pessoa por dez anos, especialmente o que seria abandonar um sonho de uma vida porque alguém não quer fazer parte dele. 

Sempre tive em mente que casamento era parceria. Apoio mútuo. Não um complemento das partes, mas, antes de tudo, um comum acordo de amizade e devoção. Talvez por isso eu tenha sido solteira a vida toda. Consigo entender bem mais os sentimentos de Nella e, mesmo sendo muito errado o que ela fazia, era empática com os motivos que a levaram a ir por aquele caminho, sobretudo considerando que a época não era nada favorável com as mulheres, não que hoje seja muito diferente. E Eliza, por mais errado que seja, em algumas partes eu ria da inocência dela, achava tão bonitinho. Me dava alguma nostalgia também de ver o mundo sob a ótica inocente dela, acreditando em magia.

Fui surpreendida com o final e fiquei muito feliz. Recomendo demais, vale a pena cada centavo e você não vai conseguir fechar até chegar a última página. Obrigada, Helaina, por mais uma indicação impecável. Inclusive, vão conhecer o blog dela, tem livros, séries, curiosidades, uma infinidade de coisas! Mente Hipercriativa.

[Bíblia] Deuteronômio

Deuteronômio significa "segunda lei" e é praticamente um livro religioso e jurídico. Funciona como um tipo de prelúdio antes da entrada do povo hebreu na terra prometida que ainda não estava completamente "desocupada". Começa com diversos discursos de Moisés ao povo, fazendo um apanhado desde o êxodo até os números, um resumão da jornada e, ao mesmo tempo, um puxão de orelha naquele povo cabeça dura.

Ele reforça as leis estabelecidas e faz um alerta para que, encerrando-se sua vida, eles permaneçam obedientes. Reinstitui os dez mandamentos e reforça que não é por merecimento deles que Deus extingue aquelas nações para lhes dar a terra, porque eles são um povo cabeça dura, mas por causa das perversidades daqueles povos é que o Senhor os entregava nas mãos de Israel.

Há, além do reforço das leis do levítico, instituição de novas leis e punições. Moisés critica a conduta do povo que, por isso, não permitiu a ele e nem a Aarão entrar na terra prometida. Faz um ritual para a posse de Josué como seu sucessor e líder do povo na jornada de conquista da terra. Antes de morrer, contudo, Deus lhe permitiu subir ao monte para ver de longe a terra que ele dava a seu povo.

"(...) Eu conheço as disposições que animam esse povo desde o presente, antes mesmo que o tenha introduzido na terra que lhe jurei dar. (Deut. 31, 21)"

Deus já sabia tudo que o povo ia fazer após a morte de Moisés, não era um povo confiável, mas ainda assim Ele insistia em lhes dar chances. Me pergunto se, desde o início, Ele sabia o rumo que tomaríamos para chegar ao ponto que estamos hoje. Se naquela época o povo era rebelde e hipócrita, que dirá o de hoje que estão ainda piores que Sodoma e Gomorra? É por causa dessa nossa iniquidade que virá o tormentoso fim. Melhor dizendo, já está vindo.

Moisés abençoa as tribos e profere também uma maldição dirigida a todos que se desencaminharem atraindo sobre todo o povo a cólera do Senhor. E é em cima do mesmo monte onde viu a terra prometida que ele morre. Isso encerra o livro.

Das coisas que mais me chamaram atenção fica o reforço enfático na lei do "olho por olho" "Não terás compaixão: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé." (Deut. 19, 21) e também o destaque da lei do levirato em que, no caso da morte de um chefe de família sem deixar filhos, o cunhado deve se casar com a cunhada para continuar o legado do irmão (⊙_⊙) além da lei do divórcio (•ิ_•ิ)?  fiquei passadíssima quando vi! Inclusive, é um processo bem semelhante ao divórcio na China antiga, o homem escreve uma carta e dispensa a mulher que pode se casar de novo. Mas algo que me irrita muito é que sempre a mulher é errada, suja, ruim, menor. Nunca o homem. Eles podem tudo e são sempre perdoados com mais facilidade mesmo sendo os que cometem os piores crimes.

[Livro] Cem anos de Solidão — Li até a página 100 e...

Okay, não é como se eu tivesse desistido de ler — ainda —, mas quando o buzfeed colocou esse livro na lista de livros mais difíceis de ler, eu devia ter dado ouvidos e me preparado um pouco melhor.

Embora tenha um começo instigante até certo ponto, a melhor palavra para descrever esse livro é confuso, isso para dizer o mínimo. São várias linhas do tempo acompanhando as gerações da família Buendia onde todos os malditos homens se chamam José Arcádio ou variantes disso, chega um momento que você não sabe mais quem tá vivo, quem tá morto ou quem é quem.

Senti algumas analogias ao longo do livro, especialmente no que diz respeito a construção das sociedades desde os primórdios até a "modernidade" por assim dizer e, com isso, a evolução — ou não — do homem. A coisa é que minha edição tem folhas brancas e blocos de texto infinitos, o que sempre dá a sensação que o livro não avança, por mais fluida que seja a leitura até certo ponto também.

Decidi dar uma pausa e ir procurar outro livro, sem querer abandonar, vou dar outra chance pra ele quando me sentir mais disposta. Todo mundo deve falar bem desse clássico por alguma razão. No começo, o que me motivava era saber por que cargas d'água o tal coronel Aureliano tinha sido fuzilado e isso se explica quase no meio do primeiro arco. 

São várias histórias dentro da mesma família, umas coisas bem malucas que dão cara de fantasia com ficção histórica e devaneio de um autor chapado. Pelo menos era a impressão que eu tinha em boa parte da leitura dessas cem páginas hahaha. Cenas de erotismo, violência, pedofilia, incesto, definitivamente não é um livro para qualquer público.

Vou seguir com minhas leituras que, esse ano, seguem sem qualquer planejamento, e volto com a decisão de continuar ou não a leitura dele. Se prosseguir trago a resenha e as minhas impressões do livro como um todo. Esse mês de maio foi tenebroso pra mim, minha família perdeu uma pessoa importante, fiquei semanas sem conseguir fazer nada. Tudo atrasou.

domingo, 12 de maio de 2024

[Bíblia] Números — Parte 2

A história continua no ritmo do post anterior, o Senhor institui leis, o povo reclama, Deus os pune, Moisés intercede. Chegam a contestar o sacerdócio de Aarão, Deus prova que o escolheu, reclamam por água, Deus tira água de pedra literalmente falando.

Ocorrem as primeiras batalhas por território, Aarão morre, pois por ter pecado o Senhor disse que ele não habitaria a terra prometida. Seu filho Eleazar assume seu lugar como sacerdote, já que os outros dois filhos dele também tinham morrido por desobediência a Deus. Há o episódio da serpente de bronze quando o povo, mais uma vez, se volta contra Deus e ele envia serpentes de fogo contra eles, quando Moisés intercede, o Senhor ordena que faça uma serpente de bronze e a coloque sobre um poste, todo aquele que a olhasse seria salvo, um símbolo da vinda de Cristo, elevado na cruz pela salvação do mundo.

Os judeus continuam avançando e conquistando a terra como o Senhor havia prometido e eis que entra em cena Balaão de quem eu não tinha ouvido falar. Ele é recrutado pelo rei de Moab para amaldiçoar os judeus, mas Deus, contudo, o impede e ao invés disso abençoa Israel e profetiza o extermínio de todos os povos que ocupam a terra prometida.

Além disso, há algumas prescrições sobre cultura e rituais sacros, orientações sobre as leis reforçando alguns pontos do levítico e a questão da herança das mulheres que não tem irmãos em decorrência da morte do pai. Deus também faz novo recenseamento e ordena como a terra deve ser dividida entre as doze tribos.

Números é praticamente uma sequência do êxodo sem muitas novidades, a gente começa a pegar ranço do povo judeu, sendo bem franca, claramente com a faca e o queijo na mão, mas só sabem reclamar. Nisso, a gente começa a pensar no rumo que o próprio mundo tomou, nós hoje somos o que esse povo era no passado: rebeldes, distantes do Senhor, de coração endurecido e reclamões de carteirinha. Isso me entristece, sabe? Começo a analisar minhas atitudes e o rumo que dei pra minha vida e a me perguntar quanto desses judeus problemáticos há em mim. E fico ainda mais preocupada quando penso que a paciência de Deus é enorme, mas a ira dele, por mais breve que seja, é realmente assustadora...