domingo, 11 de agosto de 2024

[Bíblia] Crônicas

 O livro de Crônicas começa com um balanço da população desde o Gêneses até os reis e, depois, ocupa-se em fazer um apanhado dos principais feitos dos reis de Israel a começar com Davi a partir da morte de Saul.
 
Com poucos adendos à história apresentada nos dois livros dos reis, o livro vem como uma revisão dos principais pontos e evoca reflexões acerca do serviço a Deus e à sociedade. Até aqui fica bem clara não apenas o declínio do caminho humano desde que Israel passou a ser governada por homens, os escolhidos de Deus eram falhos, como os próprios Davi e Salomão, seus descendentes em boa parte se arrastavam à corrupção atraindo a ira de Deus. Ainda assim, por mais irado e magoado, o Senhor continuava insistindo neles e na sua redenção. Isso me faz pensar na própria igreja que é composta e liderada por pecadores e, como tal, propensa a falhas como é provado na história e isso nos leva ao segundo ponto: longe de Deus perecemos e não há nada que seja bem-sucedido.

Essa é outra mensagem fixa nos livros até aqui. Reis afastados de Deus e entregues ao mundo eram abandonados, mas aqueles que permaneciam fiéis encontravam prosperidade em tudo que se propunham, porque seus planos eram entregues a Deus e estavam sempre com o olhar voltado para Ele. A bíblia prepara bem o caminho da vinda de Cristo com sinais sutis. Jesus foi um divisor de águas na história do mundo, mas apesar de suas obras também não foi ouvido ou aceito, contudo, ao contrário dos profetas, deixou não só ensinamentos perpétuos, mas soldados que serviram de exemplo para a posteridade: os apóstolos.

Essa etapa do caminho de Israel é como um reflexo da gênese que formou a sociedade que posteriormente receberia o Messias, mas não seria capaz de reconhecê-lo ou negaria por meio das "autoridades" que eram a voz do mundo. O povo segue os passos do líder e o histórico dos reis apresentados em crônicas não é promissor.

O poder cega e fica claro na história que os homens não são capazes de lidar com ele. Tão logo se veem com poder sobre outros começam a se achar superiores e esquecem quem está acima deles. O coração humano é volúvel e facilmente compelido ao mal, somos fracos. Quanto mais nos afastamos de Deus em prol de nós mesmos, mais atraímos nossa própria ruína e a pior parte é que sequer nos damos conta disso!

O que eu sinto muito forte acompanhando essa jornada do "povo escolhido" é como isso reflete de modo assustador em toda a história da humanidade, de modo mais gritante ainda na atualidade. A idolatria, a apostasia, o vazio de empatia e compaixão. O mundo como seus ancestrais incita a ira de Deus e busca a própria condenação.

Outra coisa que me fascina é a simbologia bíblica. Mesmo muito antes da vinda de Cristo, os sinais de seu sacrifício e o significado já se mostram. Aqueles que clamam ao Senhor e são fiéis aos seus mandamentos são protegidos de todo o mal e suas preces são ouvidas. Isso não quer dizer que não haverá problemas ou que Deus sempre vai dizer sim a tudo que pedimos. Às vezes, precisamos passar duras provações para nossa fé ser fortalecida e, como Cristo, aprendermos a obediência aos planos do Pai. É na dor que Deus nos lapida e testa a força do âmago do nosso coração. Ele nos diz para não temer, mas confiar.

Com todo o vai e vem dos reis de Judá e Israel, fica claro que, independente de se irar com os pecados abomináveis dos reis, do povo, Deus continua tentando chamá-los com insistência à salvação e abençoa seus planos quando o escutam. É outra mensagem clara até aqui Ele nunca desiste de nós. Precisamos escolher com critério aqueles que ouvidos e seguimos. Os líderes levavam o povo ao pecado e a falta de critério e discernimento fazia com que o povo se deixasse levar por quem lhes guiava. Hoje, a voz dos padres e do papa está lentamente enfraquecendo, abafadas pelos gritos cegos e vazios do mundo. Que possamos ser criteriosos e filtrar as coisas que nos chegam para não sermos afastados da presença e preceitos do Senhor.

Israel ficou cativo na Babilônia até o edito de Ciro, rei da Pérsia e avô de Xerxes (Assuero) libertando-os do cativeiro.






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