sexta-feira, 29 de agosto de 2014

#Livros Não Conte a Ninguém - Harlan Coben (Resenha Livro + Filme)

O LIVRO:
Sinopse: David Beck e sua esposa Elizabeth comemoram o aniversário de seu primeiro beijo quando uma tragédia interrompe o clima de romance: Elizabeth é brutalmente assassinada. O caso acaba sendo resolvido e o assassino, condenado. No entanto, David não consegue superar a morte de Elizabeth. Depois de oito anos, ainda se lembra de todos os detalhes. Mas é no dia do aniversário de morte de Elizabeth que a história realmente começa. Uma estranha mensagem aparece no computador de David, uma frase que somente ele e a esposa conhecem. De repente ele depara com o que parecia impossível - em algum lugar, de alguma maneira, Elizabeth está viva. Ele é advertido para que não conte a ninguém e envolve-se em um sombrio e mortal mistério, sem saber que já está sendo seguido por alguém que o tentará deter antes que descubra toda a verdade

O que eu achei: Antes tarde do que nunca, hein galera? Esse autor foi indicação de um amigo, era o único livro dele que havia na loja quando fui comprar em uma viagem, levei mais tempo do que deveria para ler simplesmente pelos acasos do destino, muita coisa acontecendo e eu fiquei cada vez menos focada na leitura. Mas enfim consegui terminar. Devo confessar que normalmente não pego temas que fujam ao meu estilo literário, mas gostei muito desse livro embora em determinadas partes eu tenha tido vontade de atirá-lo pela janela.
A trama acompanha David Beck, um pediatra que vive a dor da perda de sua esposa, Elizabeth que ele crê ter sido vítima de um serial killer chamado killroy. Mas logo estranhas mensagens começam a surgir e David se vê na mira do FBI como o assassino de Elizabeth, além do mais a trama se entrelaça com um misterioso assassino de aluguel asiático chamado Eric Wu que leva terror e frieza à trama. Beck, convencido que sua esposa está viva, começa a correr contra o tempo desafiando a polícia e a lógica para descobrir a verdade por trás da trama de mortes que sucede. Ajudado por sua melhor amiga Shauna, uma famosa advogada e um traficante de drogas, o pediatra vai atrás da verdade para provar sua inocência e salvar sua vida.

O clima de mistério é constante, a trama é narrada em primeira e terceira pessoa explorando diferentes pontos de vista o onisciente e o do pediatra. Você consegue formar uma linha de raciocínio para possíveis suspeitos, mas a verdade no final do livro realmente surpreende. O desfecho é inesperado e te pega de surpresa. Vale muito a pena ler se você gosta de ação, mistério e suspense. Valeu muito a pena ler, eu recomendo.


O FILME: Em 2006 uma produtora francesa fez a adaptação do livro de Coben e eu procurei para assistir. Como toda adaptação eles mudaram coisa que só no filme como o nome dos personagens, que ao invés de ser David e Elizabeth, é Alex e Margo. Eu já não curti muito a ideia de ser um filme francês, adoro a França, mas os filmes franceses são muito explícitos se é que vocês me entendem. Por isso eu evito. Mas, para a resenha ficar mais completa eu assisti. O traficante de drogas, que no livro é negro, aparece branco no filme. É algum preconceito Francês ou eles são daltônicos? Shauna, que é uma modelo plus-size aparece no filme com o físico da Cameron Diaz. Preconceito contra os gordinhos também? Trocaram o asiático por uma mulher, véi. Fala sério! Fora isso há algumas mudanças cronológicas e algumas cenas que fogem muito ao livro, mas no geral, apesar de tudo, até que o filme é bem fiel. Estou começando a aprender que adaptações realmente tem pouco ou nada a ver com a obra da qual são originadas, raras vezes encontramos algo que valha mesmo a pena dizer que foi feito de um livro. O filme não é ruim, eles mudaram todos os nomes para o Francês, os lugares também, e afora essas mudanças esdrúxulas de personagens a trama ficou bem parecida. No quesito explícito da coisa, o filme é (Graças a Deus) bem discreto, não há nenhuma cena realmente impactante ou desconfortável, que foi algo que me deixou um pouco apreensiva para ver uma vez que há cenas no livro que fariam um estômago fraco como o meu explodir se aparecessem no filme com riqueza de detalhes.  O final do filme é bem diferente do final do livro e esse fator me irritou um pouco, eles não contaram "a verdade" então, até o meio do filme se você assistir até que dá pra entender legal o livro, mas o final mente. Você precisa ter lido para descobrir a verdade e saber porque está "errado". 
Link do filme: http://www.cinefilmesonline.net/2014/05/filme-nao-conte-a-ninguem-dublado.html
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Então é isso blogueiros. Me desculpem a grande demora em postar a resenha, é que com o livro da editora e mais um monte de problemas que coloquei no outro post a coisa realmente não andou. Mas tentarei ser mais responsável com a próxima leitura. Grande abraço a todos vocês, tudo de melhor e até mais!


The Lost Girl.

domingo, 17 de agosto de 2014

Onde Terminam os Arco-Íris - Cecelia Ahern (Resenha)

Oi gente, finalmente voltei e trouxe comigo a resenha desse livro! Como eu falei para vocês eu estive bem doente nos últimos dias e, por causa disso, nem li nem escrevi nada. Houve alguns dias em que ainda consegui ler alguma coisa, mas conforme piorava só conseguia ficar na cama e chorar de tanta dor. Mas terminei-o hoje e já vou começar a ler o próximo! Espero que vocês gostem, ganhei esse livro do meu pai de presente de aniversário, escolhi ele no lugar de um celular novo. Foi um livro meio estranho, como aquele A Promessa... Mas enfim, vamos a resenha:
O Enredo: Rosie e Alex se conhecem desde o instante que entenderam-se por gente a primeira vez. Ambos eram inseparáveis e completamente ligados um ao outro, compartilhavam sonhos, alegrias, tristezas, medos, prometeram a si mesmos serem os melhores amigos do mundo. E cumpriram essa promessa, mesmo quando o pai de Alex mudou-se para Boston afastando os dois, eles mantiveram contato através de mensagens, cartas, e-mails e telefonemas, na festa de formatura, Rosie implorou que Alex viesse acompanha-la, mas ele não conseguiu chegar a tempo e ela acabou indo com Brian, bebeu além da conta e, aos 18 anos, nove meses depois, nasceu Katie. E assim, tudo na vida dos dois amigos que estavam visivelmente apaixonados e que tinham tudo para finalmente ficar juntos mudou brusca e completamente.

O que eu achei: Onde Terminam os Arco-Íris não foi apenas o livro mais estranho que eu já li, foi também o mais frustrante. Calma, não estou dizendo que o livro é ruim, Deus do céu, não é! Eu encontrei esse exemplar na estante virtual por uma tremenda sorte depois de ver o trailer de Love, Rosie (No Brasil: Simplesmente acontece “Tudo a ver!”) que vai ser baseado nesse livro e, por Deus, pela primeira vez na vida quero que esse baseado seja só baseado. É literalmente frustrante você saber que Alex ama Rosie, e que Rosie ama Alex, mas por idiotice alheia ou deles próprios só ficam juntos realmente 50 anos depois! 50! Parece Cartas para Julieta! Acompanhamos os dois casando, se divorciando, Alex tendo 2 filhos de duas mulheres diferentes, enquanto a filha de Rosie, Katie, fica sob constante vigilância enquanto cresce para não cometer o mesmo erro da mãe. É um emaranhado de acontecimentos, as vezes divertidos, as vezes frustrantes para quem está lendo e todos eles contados através de mensagens. Sério, são cartas, e-mails, telefonemas... Leva tipo dez a doze capítulos para que você se acostume e só no final você entende o porquê. Eu gostei do livro, sério é muito bom, mas não foi de longe o que eu imaginei que seria, espero que o filme traga um algo “a mais” como costuma, que realmente mude o que acontece no livro para algo menos frustrante... O final foi... Indescritível. Porque não tenho palavras para expressar o que senti, aconteceu algo semelhante com A Escolha, eu queria mais, esperava mais e não veio o mais. No demais é legal você acompanhar Katie crescendo e ao mesmo tempo em que se parece com a mãe é tão diferente, as vezes você a odeia, outras vezes a adora. É bom e até divertido ver ela seguir os passos que Rosie deveria ter seguido, ver as coisas acontecerem com ela como você queria que acontecesse com Rosie, e ai você fica se perguntando se vale a pena ter um filho para realizar nele tudo que você não conseguiu, mesmo que em circunstâncias diferentes. Acho, não, tenho certeza que eu não conseguiria. O livro mexe com muitas reflexões, sobre a vida, sobre a morte, sobre o amor e sobre a amizade de um ângulo realmente bem realista e livre completamente daquela fantasia que se espera da literatura. Foi bom ter lido. E se você gosta de um romance fora dos padrões eu recomendo.

O Filme: Love, Rosie estreará nos cinemas brasileiros sob o nome de Simplesmente Acontece em Janeiro de 2015 (Amanhã!) e conta com Lily Collins e Sam Claflin no elenco.

sábado, 9 de agosto de 2014

Cidades de Papel - John Green - Resenha

Oi blogueiros! Finalmente estou aqui com a resenha de Cidades de Papel, mais um livro do Jonh Green, esse que eu ganhei da minha irmã pelo meu aniversário. (Os outros dois eu ganhei do meu pai. Obrigada solteirice!). Como eu falei para vocês no último post, a demora para terminar de ler esse livro foi única e simplesmente o horário apertado com os livros que eu estou revisando para publicação. Hoje eu passei uma tarde maravilhosa com o João Paulo, o corretor do livro da editora, estávamos vendo e revendo alguns erros e aspectos linguísticos da obra. Então, eu tenho estado com uma agenda bem apertada. Já começamos a montagem de Sleeping Beauty, a Lily está dando uma última revisada nos arquivos (afinal revisar nunca é demais) e estamos consertando alguns erros que passaram despercebidos. Mas enfim, vamos voltar para Jonh Green.

Sinopse:  Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.

Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.



Enredo: Quentin (Q) e Margo Roth Spiegelman são amigos desde criança, Q ama Margo desde que se entende por gente e certa vez, enquanto os dois estão andando de bicicleta pela rua, encontram um homem morto no parque. A visão deixa Q apavorado, mas tem um efeito contrario em Margo que se vê questionada, fascinada e até mesmo atraída de uma maneira filosófica pelo estranho. É a partir desse conhecimento que se forma o universo de papel.
O tempo passa e eles mudam, Margo é a garota popular, vulgo rainha da escola, que todos adoram, seguem e querem agradar. E Quentin é apenas um adolescente nerd  que tem como melhores amigos dois caras da banda: Radar e Ben. Mundos diferentes, mas um sentimento que transcende o tempo: Quentim ainda ama Margo. Certa noite a garota aparece toda vestida de preto, com o rosto pintado, convidando o garoto para uma missão noturna em onze partes e depois de hesitar um pouco, Q decide ajudá-la e ambos embarcam em uma aventura de vingança e adrenalina, invadem casas e prédios, aprontam com os amigos de Margo e com o "inimigo" de Q, o garoto sente-se livre e feliz como nunca, como se sua antiga amiga de infância tivesse voltado. Mas Margo desaparece no dia seguinte, como das outras vezes, Q pensa que ela logo vai voltar para casa, mas ela não volta. Ele descobre então uma série de pistas que supostamente o levarão a ela. Quentin junta-se a seus amigos Ben e Radar e também à Lacey, uma amiga de Margo com quem Ben começou a sair, para juntar as pistas e tentar decifrar o paradeiro da menina. Em meio a isso tudo, Quentin vai perceber que a ideia que ele tem de Margo não corresponde a quem ela realmente é.

O que eu achei: Como sempre o livro é com um nerd, que encontra a garota perfeita que é tão ou mais nerd que ele. Até ai tudo okay, isso é característico do John Green, eu levei tipo, uns sete capítulos até me envolver de fato com a história. Ela é cheia de palavrões, tem um senso de humor razoável, teve algumas partes que eu ri pra caramba tipo: "Deus, dai-me forças! Sou o único adolescente nos Estados Unidos que sonha em dormir com as garotas, e  dormir.", mas a base do livro mesmo é mais voltada pra filosofia, J.G. é um nerd da escala mais alta né? Não há quem duvide. Uma coisa que eu gostei pra caramba foi como ele envolveu o poema Canção de mim mesmo do Walt Withman no texto, as supostas pistas de Margo também foram muito bem arrumadas e os personagens são envolventes, mas não marcantes. Pelo menos não pra mim. De todos o que eu mais gostei foi Radar. Como eu disse, o livro em si é muito filosófico, abrange desde a essência de sentimentos humanos, até a maneira como idealizamos as pessoas, o que nesse último caso é muito válido, nós visualizamos as pessoas em nossa mente e achamos que a conhecemos, mas nem sempre, por mais tempo de convivência que você tenha, ela se mostra verdadeiramente para você, às vezes nós criamos "versões" de nós mesmos para as pessoas, como máscaras usadas para esconder quem somos, Margo era essa personagem idealizada no livro, o nome Cidades de Papel não é referente apenas ao fato de uma cidade fictícia criada num mapa para preservar o copyright, mas sobre a superficialidade humana, sobre a maneira que as pessoas se acomodam com o papel que representam para os outros e o que fazem com suas vidas.