Diretor: Scott Cooper
Ano: 2022
Gênero: Mistério/thriller
Sinopse: Um detetive aposentado recruta um cadete chamado Edgar Allan Poe para ajudar a investigar um terrível assassinato na Academia Militar dos EUA.
Baseado na obra de Louis Bayard
Eu entendo o que de cinema? Nada. Li esse livro? Muito menos. Então tudo que vou falar aqui é um julgamento não embasado em nada além da minha experiência de expectadora de um filme de suspense.
Um detetive aposentado é chamado à Academia Militar dos EUA para investigar a violação de um cadáver, cujo coração foi arrancado. De início, ele não quer aceitar o trabalho, mas se vê forçado a isso. A filha dele desapareceu anos atrás, colocando-o em uma profunda melancolia. Após examinar o cadáver, ele sai sem muitas conclusões, mas recebe uma dica de um dos cadetes, o excêntrico Edgar Allan Poe (sim, o autor de O Corvo).
Quando animais aparecem mutilados na floresta e um novo cadáver surge, as suspeitas de um serial killer se tornam maiores e, junto a Poe, o detetive embarca em uma jornada de sociedades secretas e seitas religiosas envolvendo uma família da alta sociedade.
O que me levou a querer ver esse filme foi a sinopse do livro. É o tipo de história que a minha irmã gosta, mas escolhi comprar O Eco dos Livros Antigos na BF da Amazon no lugar dele, então fiquei só com o filme mesmo e vi com ela na noite do sábado. A montagem do roteiro foi muito inteligente — digna de Agatha Christie! — e nos imerge mesmo na melancólica sociedade inglesa do século dezoito. Poe, um jovem excêntrico e boêmio amante de poesia com uma mente brilhante e incompreendida, foi interpretado de modo brilhante por Harry Melling (Harry Potter), a maquiagem e a caracterização o deixaram uma cópia muito fiel ao Poe que imagino na juventude.
Christian Bale dispensa comentários, trazendo uma atuação visceral e cheia de emoções (como sempre, aliás) no seu personagem cinza e cheio de mistérios. Como mencionei antes, a montagem do roteiro foi realmente brilhante, de início, pensei que ia ser só mais um filme de suspense recaindo em uma seita satânica qualquer cujos membros eram motivados por uma razão de força maior, no caso, a doença incurável da filha. Todavia, nos momentos finais, o filme vira 360° empurrando todas as nossas, até então, convicções formadas para o fundo do penhasco.
Um plot twist bem feito assim só vi em O Assassinato de Roger Ackroyd, para mim a obra mais inteligente de Agatha. Tanto minha irmã quanto eu ficamos realmente surpresas e foi uma reviravolta muito bem-vinda em uma onda de filmes que se repetem dentro do gênero. Recomendo bastante.
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