Então eu to voltando com o entenda a letra dessa semana - acho até que eu vou colocar isso como tag de sexta! - e nessa semana a gente volta com o bom e velho metal sinfônico dentro do gothic metal, com a linda e maravilhosa Manuela Kraller, e essa profunda e belíssima música que é Valentine. O motivo de eu ter escolhido essa letra foi uma colega de curso de inglês que se chama Valentina, a minha personagem de Beauty and The Beast que também se chama Valentina e também o fato de eu ter me re-apaixonado pela música nessa semana. É uma letra bem ambígua e interpretativa, então possívelmente eu não vou me dar muito bem com ela, fiz pouca pesquisa e dei a minha visão sobre a letra. Então fiquem a vontade para complementar e dar seus pontos de vista - com educação u.u'.
Valentim
Seja o Valentim, parta o
meu coração
Dê a sua inocência para
o mais brilhante dos sonhos
Esta é a época da
colheita, provar o vinho vermelho-sangue
Desta arte dourada, que
é derramada a partir do meu próprio
Coração
A letra dessa música não é só intensa, mas
interpretativa e até mesmo histórica. Eu obviamente não sou “estudada” o
bastante para analisa-la profundamente, mas vou tentar. Valetim se refere à um
bispo romano que realizava casamentos em uma época que Claudio II, imperador de
Roma, impediu que os jovens se casassem a fim de formar um enorme exército.
Quando a letra refere-se Valentim, é como os namorados assinam as cartas
entregues ao amado no Valentine’s Day. Mas ao que parece o eu lírico dessa música
não está muito feliz. Vendo de maneira interpretativa, a segunda estrofe revela
muita coisa, entregar-se – possivelmente – de corpo e alma à uma ilusão, um
amor que não vai durar, a época da colheita pode ser interpretada como o dia
dos namorados por exemplo, a arte dourada que é a conquista, o sentimento
derramado do coração puro que conhece o amor pela primeira vez e a dor de tê-lo
desfeito.
É tão difícil ver a meu
rosto
Na desgraça fria do
espelho
Eu quero saber o que é
isso que me tornei
Um desejo infantil
abandonado
Tão fácil para seduzir
Parece que é apenas um
passo para cair
Viu como eu disse que a letra da música é altamente
interpretativa?
Bom, aqui nas três primeiras versos fica bem na
cara que o eu lírico dessa letra se odeia – bem like me – e a confusão sobre si
mesmo pode ser originada de n possibilidades entre elas a amargura de ter sido
constantemente magoada. Esses últimos versos contradizem o fato de ter sido
muito magoada, mostram que o eu lírico pode ser uma “iniciante” na arte do
coração, e assim fácil de ser seduzida e, consequentemente, magoada, apenas um
passo para sua própria destruição.
Seja o Valentim, parta o
meu coração
Dê a sua inocência para
o mais brilhante dos
Sonhos
Eu não falo do refrão duas vezes, mas essa parte
dele me chama a atenção, ela fala diretamente para a pessoa que gosta e pede
que ele lhe parta o coração, porque é o que ela espera que ele faça. No segundo
verso, o brilhante e inalcançável sonho é o amor que ela acredita ser
impossível.
Mal posso escrever estas
linhas
Porque eu já assinei
Meu nome através da
parede de orações
Agora, eu ouvi meu nome
Soando como uma culpa
Eu fecho meus olhos e
começo a cantar minha canção
É nítido que essa garota (ou garoto né) ta
sofrendo. O terceiro e quarto verso me chamam a atenção, escrever o nome
através da parede das orações pode implicar dizer que ele ou ela reza para
alguém o que me reforça a ideia de São Valentim dita na primeira estrofe. Nos
versos seguintes, é como se o sentimento que ela nutria dentro de si, e que se
permitiu viver tivesse sido interpretado como um erro, provavelmente até mesmo
pela pessoa objeto de sua devoção, daí o nome “soando como uma culpa”.
Seja o Valentim, parta o
meu coração
Dê a sua inocência para
o mais brilhante dos
Esta é a época da
colheita, provar o vinho vermelho-sangue
Desta arte dourada, que
é derramada do meu coração
Se eu estou olhando para
trás
Esquecendo-me do tempo
Há algo que está
queimando sem parar
Só há – para mim – uma maneira de encarar essa
estrofe: revivendo o passado que não pode voltar para desfazer, nada queima
tanto por dentro do que lembranças, principalmente lembranças de algo que você
anseia esquecer.
Oh, oh, oh pactum, fraudis! (X4)
Sanguinans!
Para os que não falam Latim (nós temos uma noção
mínima em letras) “Pacto, Fraude, Sangue!” Isso até me lembra Romeu e Julieta.
Pacto pode representar as promessas feitas para serem quebradas, fraude é o
momento da descoberta de que elas não eram verdadeiras, e ainda mais, pode ser
interpretada pela maldade de sentimento de quem mente. Sangue... Bem... As consequências
deixadas por essa atitude cruel. Lembram que na quarta estrofe o eu lírico
escrevia, possivelmente ele pode estar escrevendo uma carta de suicídio? É uma
letra gótica (gothic metal, doom metal) é muito possível.
Eu vivo em memórias,
lançado em melodias
Eles morrem em harmonia
com a ganância e traição
Reforçando a estrofe anterior ao latim, viver em
lembranças, lançada em melodias pode significar uma maneira de amenizar a dor.
Já o segundo verso fala da pessoa que a feriu, e o fato de “Morrer” não está
diretamente ligado ao fim da vida, mas ao caminho que essa atitude vai levar as
pessoas que o trilham.
Seja o Valentim, parta o
meu coração
Dê a sua inocência para
o mais brilhante dos
Esta é a época da
colheita, provar o vinho vermelho-sangue
Desta arte dourada, que
é derramada do meu coração
Como eu posso fugir
dessa dor sem fim?
Se ela estava mesmo escrevendo uma carta de suicídio
e tudo nessa letra indica um desejo profundo de morte, eu não preciso mesmo
responder a essa pergunta não é?
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Um dado Histórico:
São Valentim (ou Valentinus em latim), é um santo reconhecido pela Igreja
Católica e igrejas orientais que dá nome ao Dia dos
Namorados em muitos
países, onde celebram o Dia de São Valentim. O nome refere-se a pelo menos três
santos martirizados na Roma antiga.
O imperador Cláudio II,
durante seu governo , proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar
um grande e poderosoexército. Cláudio acreditava que os jovens, se não tivessem
família, alistar-se-iam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo
com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimónias eram
realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e
condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e
bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que
jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Astérias, filha do
carcereiro, a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois
acabaram apaixonando-se e, milagrosamente, a jovem
recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com
a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada.
Valentim foi decapitado em 14 de
Fevereiro de 270.
Entretanto, desde 1969 sua data não é mais
celebrada oficialmente pela Igreja Católica em função da precariedade de
comprovações históricas que levam em questão até mesmo a sua existência.1
[FONTE: Wikipédia]