Eu já
havia visto o filme desse livro antes, e como acontecera com Orgulho e
Preconceito eu temia detestar o livro e o peguei apenas com a curiosidade de
ver o quanto do livro havia no filme e o quanto do filme havia no livro. Fora
uma surpresa. A adaptação fora feita de maneira “fraca” e fora de ordem, mas
muito semelhante ao livro, por isso eu gostei tanto.
Voltando
à história. Diário de uma paixão é o tipo de livro que mesmo que você não
queira, chora enquanto folheia as últimas páginas... É um tipo de amor que não
existe mais, que eu acho mesmo – por tudo que já vi – até difícil que tenha
mesmo um dia existido. Acompanhamos Noah e Allie em um mundo de dificuldades,
preconceitos sociais, amor juvenil e maduro e a real beleza da vida... Eles
construíram juntos uma história que eu desconfio muito que possa um dia ter
sido real para alguém, ao mesmo tempo em que oro dentro de mim para que possa
ter existido e, assim, me agarrar a esperança de que o amor é realmente a força
que eu acredito que seja. Noah é um exemplo de que não devemos desistir de
nada, não importa o quão difícil sejam as coisas, ele nos ensina a apreciar a
beleza verdadeira da vida, a ver e dar importância ao que realmente é
fundamental, a ser honesto e plantar boas sementes por onde quer que passemos,
a ser trabalhador e não ter medo de se entregar ao que se sente. Allie é o tipo
de pessoa com quem eu me identifico, não pelo fato de ser rica – o que eu não
sou. – e ter tudo que quer à mão, mas pelo fato do medo que tem de tudo ao mesmo
tempo em que vive em um ímpeto de quebra-los e arriscar. Ela é sincera, e é ai
que acaba a semelhança entre nós, porque ela também é espontânea, é dinâmica,
cheia de vida, uma verdadeira arista, como afirma Noah. E juntos eles fizeram
diferenças virarem igualdades, dificuldades se tornarem festas, tristezas se
converterem em força e o tempo o palco e expectador da mais poderosa
manifestação de amor já pensada um dia.
Ler
Diário de Uma Paixão foi mais que uma viajem para um lugar distante com pessoas
novas – como as leituras me costumam ser – foi um despir das minhas emoções e
sonhos, foi um enfrentar de sentimentos e um expectar de algo transcendental,
único, sincero e intenso. Um amor como o descrito nesse livro é algo que não
pode ser explicado por nada, é algo divino e tão alto como só Deus poderia ter
feito. Cada palavra que meus olhos fitaram e minha mente captou ficou guardada
no meu coração e na esperança de que, mesmo sozinha, pelo menos por um momento
em minha vida eu pude acreditar que existe algo maior que a vida, a dor e a
morte, que eu acreditei realmente que o que chamam amor realmente existe.
Agora
vou falar um pouco sobre o filme, a adaptação de 2004 The Notebook, tem pouco ou nada a ver
com o livro! Poderia até dizer que há dois Diários de uma paixão, o livro e o
filme. Começando pela personalidade do Noah, que no livro é descrito por Allie
como um cara muito tímido no primeiro encontro deles e no filme pula em uma
roda gigante e acaba de cuecas – se isso é timidez então eu tenho problemas
mentais! - a ordem de acontecimentos é completamente diferente e a maneira como
o passado e o presente são expostos também está em quase completo desacordo com
o livro, como, por exemplo, temos: A visita de Martha a Noah quando Allie está
com ele que no livro não acontece; a chegada da mãe de Allie na casa de Noah,
que é, no livro, atendida por ele e participa da conversa que ela tem com a
filha, e no filme apenas ela e Allie fazem parte da conversa. O amor de
juventude da mãe que não é citado no livro; o diálogo entre Allie e Lon que foi
completamente modificado assim como a leitura do diário e os diálogos na casa
de repouso.
Isso
entre tantas outras coisas; é como se o roteiro do filme tivesse se baseado bem
parcialmente no livro, não que tenha ficado ruim, não ficou, mas acho que
deveriam ter dado juiz ao nome adaptação, que certamente não se aplica a esse filme em relação ao
livro. O final de ambos também foi modificado – e bem modificado – podemos
dizer que no livro o final é razoável, e no filme é trágico e triste embora
igualmente belo. Em minha opinião, (se não entendeu essa expressão releia antes
de me criticar) quando Nicolas Sparks escreveu o final de Diário de uma paixão
ele estava pensando em algo comovente e esperançoso, como o milagre ao qual Noah se refere
intensamente nos últimos capítulos... E esse milagre se dissolveu no filme,
transformando-o em um Romeu e Julieta da vida quase... Algo profundo, mas com um desfecho triste –
e confesso, eu chorei demais quando assisti a primeira vez! – novamente reforço
o que eu disse, em momento algum disse que o filme é ruim, mas não acho de
forma alguma que ele tenha a ver com o livro. De qualquer forma, vale a pena
vê-lo, eu recomendo tanto quanto o livro.
Bom
galera, essas foram as minhas impressões de ambos e essa é a minha resenha para
Diário de Uma Paixão. Espero que tenham curtido. Estou atualmente lendo A Menina que Roubava Livros, que
peguei emprestado com uma amiga. Minha meta de leitura de 2013 foi concluída
com êxito e estou imensamente satisfeita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar seja sempre respeitoso à opinião do outro. Nem todo mundo pensa como você e a diversidade existe para isso. Exponha suas ideias sem ofender a crença ou a opinião de ninguém. Comentários com insultos ou discriminação de qualquer natureza serão excluídos.