Original: kilmeny of the orchard
Autora: L. M. Montgomery
Página: 144
País: Canadá
Ano: 1910
Gêneros: Ficção, Romance de amor
Sinopse: Kilmeny Gordon é doce, inteligente e bonita, mas não consegue falar. Ela foi protegida por toda a vida devido a sua deficiência e ao escândalo em torno de seu nascimento. Quando não está ajudando os tios, ela preenche o tempo tocando violino em seu lugar favorito, isolado do mundo. O encontro de Eric com Kilmeny no pomar abre as portas de um mundo totalmente novo para ele, e uma amizade que o assusta e o emociona. À medida que os dias de verão ficam mais longos e a amizade dos dois floresce, a doce e silenciosa Kilmeny, com seu entusiasmo ensolarado e música obsessiva, consegue fazer o que nem as alunas do Queenslea College nem as moças da vila de Lindsay foram capazes de fazer: capturar o coração de Eric.
Após se formar na universidade, Eric decide aceitar o pedido de ajuda de um amigo para lecionar por um mês na Ilha do Príncipe Edward ao invés de assumir os negócios do seu pai. Sendo um jovem herdeiro bonito e inteligente, ele deseja apenas tirar umas férias enquanto pensa no que realmente quer da vida. Como todo "heroi romântico", Eric não conhecia o amor e não ligava muito para ele, independente da pressão do seu pai e do seu mentor para que se casasse.
Chegando à ilha, ele rapidamente faz amizade com seus senhorios e ganha o carinho da comunidade simples e antiquada, pois além de bastante carismático, ele também é muito bom em lecionar.
Em um dia sem aula, Eric decide explorar um lado da vila que ainda não viu e acaba em um pomar abandonado. Encantado com o lugar, ele entra para ver mais de perto, quando escuta um violino tocando em algum lugar por ali. Curioso, se aproxima na direção do som e encontra uma jovem garota tocando com perfeição. Mas ela foge tão logo o vê. Eric se sente mal e intrigado com isso e volta para casa com várias perguntas na cabeça.
Decidido a descobrir a verdade por trás daquela garota, ele argui sua senhoria a respeito dela e do pomar e fica a par da sua triste história. Isso só o torna mais determinado a se aproximar de Kilmeny aquém de todas os conselhos da velha senhora. No final da tarde seguinte ele retorna ao pomar e encontra-a mais uma vez e agora conseguem conversar através de uma lousa que ela usa já que não consegue falar.
A proximidade entre Eric e Kilmeny faz nascer uma amizade profunda que começa a se desenvolver em outros sentimentos podendo ser impedidos pela família dela e pelo maior empecilho de todos: a própria Kilmeny.
Depois de ler O Castelo Azul eu acho que vim com muita sede ao pote em Kilmeny, por isso me decepcionei muito. Comparado com ele, Kilmeny do Pomar é insosso, para dizer o mínimo. Não tem metade do carisma, doçura e envolvimento do outro.
No meu ponto de vista a história até tinha um potencial bom, mas oferece personagens rasos, sem qualquer tipo de carisma e mesmo sendo bem fácil de ler é rasa. Falta emoção. É ainda mais notável quando se compara ao Castelo Azul. Kilmeny é insossa e não satisfeita com isso a autora salienta tanto a beleza dela que parece ser esse o único atributo dela. Como se toda a trama girasse em torno da personagem bonita.
Não sei se é impressão minha, mas a autora parece não dar muita importância aos personagens masculinos, desde o Castelo Azul eu tenho notado isso, o foco está sempre nas mulheres. Talvez seja proposital, contudo, esses são os primeiros trabalhos dela que eu leio, não posso afirmar. Eric, assim, ocupa espaço como uma espécie de elemento extra, está ali apenas complementar a história e fazer Kilmeny supostamente "brilhar" ao engatar o romance.
Tudo é muito rápido e superficial, não dá nem tempo a gente torcer por eles. Parece que ela tentou aplicar a mesma fórmula do Castelo Azul, mas não funcionou aqui. Além da questão da mudez psicológica ter sido tratada muito mal na obra (quem sabe até pela época mesmo) a resolução dela se tornou tão estapafúrdia e inverossímil que arruinou ainda mais uma história que já não estava com muito gás.
Enfim, o livro não é ruim. Tem boas descrições, a escrita é poética, mas para mim não foi tão gostoso e encantador de ler como O Castelo Azul, soou fraca demais e mesmo tendo potencial, ela não foi explorada com todo o potencial que tinha para oferecer. Acontece.
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