quinta-feira, 28 de março de 2024
[Música] Entenda a letra: HELL — G.E.M
quarta-feira, 20 de março de 2024
[Drama] A Tale of Love and Loyalty — ALERTA DE SPOILER!
País: China
Episódios: 20 (10 min)
Ano: 2024
Diretor: Zhou Xiao
Gêneros: Histórico, Romance, Drama
Sinopse: Com o Imperador doente e o Príncipe Herdeiro ainda jovem, o exército rebelde marcha em direção aos portões da cidade. Enquanto o seu país e a sua família estão à beira do desastre, a imperatriz Su Yan escreve para implorar a ajuda do Príncipe de Nanchuan, prometendo qualquer coisa em troca, desde que ele envie o seu exército para intervir. Ele finalmente chega, salvando a todos. Apesar de sua indiferença, ele hesita em machucar Su Yan. No entanto, sua ajuda tem um custo. Seu desejo não é o trono, mas o amor de uma pessoa.
Estou começando a criar a teoria de que, se a OST do drama é muito boa, o final vai ser ruim. Está se provando muito verdadeira dada minha experiência. Rezo a Deus que meu ano não seja tão trágico quanto os dramas que eu ando assistindo, porque misericórdia! Alguém conhece um drama com o Richard Lee que ele não acabe morto ou sozinho? Porque os dois que vi com ele até agora não foram nada promissores. Qual o problema da China com final feliz? O roteiro tem todas as malditas brechas para dar certo e eles vão lá e "olha só, vamos matar mesmo".
Su Yan se casou com o imperador por um suposto pedido de sua irmã mais velha para cuidar do seu filho por cinco anos, já que ele era muito pequeno quando ela morreu. Negócio é que essa guria já estava prometida par ao príncipe de Nanchuan por quem estava apaixonada e era correspondida. Aí ela acha uma ideia brilhante mentir que não gosta mais dele e se casar com um cara que ela não ama de fachada só pra cuidar do filho de uma irmã que na verdade nem gostava dela porque o marido idiota era apaixonado por ela desde sempre.
Só que esse imperador infeliz acaba adoecendo (e não morre nunca, para minha infelicidade!) e é claro que os nobres começam a colocar olho grande no trono, procurando a melhor forma de obter vantagem com a morte dele. Aí a lerda da Su Yan acha uma excelente ideia chamar o irmão abandonado dele pro palácio, já que ele é um general implacável e com um exército forte. Isso para garantir a segurança do príncipe herdeiro. E ele, tapado apaixonado, aceita. Aí começa o leva e traz, as mentiras, a maldita falta de diálogo entre personagens que podiam muito bem apenas dizer a infame verdade e se entender, as intrigas causadas por aquele sapato do capeta daquele imperador e a gente vai só vendo as lágrimas desnecessárias e se enchendo de raiva sabendo que aquele negócio vai ter um desnecessário final ruim.
E tem! O príncipe de Nanchuang termina como uma almofada de flechas e Su Yan faz o que devia ter feito desde o começo do drama que é envenenar aquela cueca avessada do diabo e se envenenar junto, porque ela tinha a energia de um prato esse drama todo. Mais uma vez, Richard Li termina um drama trágico com sucesso. Pra quê? Amado, demite esse agente que escala teus roteiros. Um ator tão bom enroscado numa porrada de tragédia gratuita. Mas a culpa foi minha, eu que decidi de novo ver o drama sem olhar o final antes. Só pra passar raiva mesmo.
Mas tenho que dizer que a OST é maravilhosa! Sério, estou ouvindo a música no looping tem umas duas semanas.
Recomendo? Não. A menos que você queira passar raiva e ser brindado com um lindo final ruim. Mas caso você queira se arriscar a ver, encontra ele no fórum do fansub Cidade Proibida.
segunda-feira, 18 de março de 2024
[Livro] A Morte de Ivan Ilitch
Ano: 1886
Gêneros: Novela, Ficção filosófica
Páginas: 80
Sinopse: Ivan Ilitch é um burocrata, funcionário público do sistema judiciário da Rússia tsarista. Ambicioso e calculista, suas ações têm sempre como objetivo ascender na sociedade. Casa-se com Praskóvia Fiódorovna, não apenas porque enamora-se dela, mas principalmente porque as pessoas da alta classe social consideram a escolha acertada. O casal tem cinco filhos, dos quais sobrevivem dois. A vida vai seguindo seu curso, com dificuldades, bajulações, com desentendimentos cada vez mais constantes do casal e, finalmente, promoções.
Ivan Ilitch fere-se na região dos rins num acidente bobo em sua casa nova, quando cai de uma escadinha ao mostrar ao tapeceiro como queria as cortinas. O ferimento começa a incomodar, os médicos não acham um diagnóstico. Ivan Ilich piora a cada dia. Angustiado, vislumbra a proximidade da morte. É tomado por intensas reflexões solitárias sobre os mecanismos que regem as relações humanas. Dá-se que se sua morte é irremediável, sua vida também foi.
Das novelas mais poderosas já escritas, em que um homem julga-se e à própria existência humana quando a vida esvai-se dele, A morte de Ivan Ilitch é um retrato profundo da alma humana por um dos maiores escritores de todos os tempos.
Esse é meu segundo contato com a literatura russa. Exagerada como sou, minha porta de entrada foi de cara Dostoievsky e seu Crime e Castigo pelo qual me apaixonei, lembro bem. Não conhecia Tolstói, só de nome. Para muitos, essa novela é a introdução na literatura russa e, sendo sincera, acho um começo acertado. Por ser curta e de uma linguagem simples, que em nada diminui o poder de sua narrativa, pode ser um bom começo para quem nunca se aventurou nos livros desse país.
Na novela acompanhamos a vida de Ivan Ilitch, um funcionário público da área do direito que viveu e cresceu para seguir as regras sociais. Sempre fazia tudo "certo", visando promoção, relacionando-se com as pessoas certas e buscando benefícios para si. Era a fachada perfeita do homem bem sucedido que vivia para receber elogios e boas recomendações da sociedade. Casou-se por pura convenção, apenas porque era socialmente aceitável e isso lhe traria mais benefícios, lutou para atingir o máximo sucesso em seu trabalho porque significava mais dinheiro e, por consequência, mais status. Embora não fosse rico, vivia como tal e era indiferente ao casamento fracassado mantido apenas pelas aparências.
Um acidente doméstico, porém, muda tudo. Ivan começa a sentir um incômodo próximo ao rim, mas de início é suportável, até que a doença progride para algo sério e ele tem a certeza de que a morte se aproxima. Com essa certeza, passando de médico em médico e com o sentimento de ter se tornado um fardo para sua família, ele começa a repensar toda sua vida, as escolhas que fez e as decisões que tomou, quanto daquilo valeu a pena no final? Por que não conseguia sentir-se satisfeito com sua vida? Não havia a sensação de dever cumprido e calma. Ao mesmo tempo, Ivan se vê desejando a morte como alívio para sua dor insuportável. A dor no corpo e, sobretudo, a dor na alma. Esta última adquirida pelas últimas certezas de sua vida, a certeza de que não viveu em momento algum além da infância.
Para sua esposa, seu fim significa dinheiro e um alívio para os dias de irritação. Para seus "amigos" significa promoção. Alguém seria erguido ao seu posto e os demais também subiriam de cargo. O único que parece realmente ter sentido a morte de Ivan foi seu filho.
Sendo o segundo livro russo que leio, não tem como não notar que eles gostam bastante de explorar o pior do lado humano e talvez por isso sejam leituras tão fascinantes. Enquanto Crime e Castigo passeias nas sombras do lado escuro do inconsciente, movendo e torcendo o sentido de ética, certo e errado, A Morte de Ivan Ilitch nos convida a uma reflexão sobre nossa trajetória nessa jornada eterna chamada vida. Ivan se deu conta que toda sua vida foi moldada pela sociedade, pelo que os outros achavam ser certo e bom, em nome do status e da autopromoção, não pelo que ele realmente queria. A bem verdade ele nem sequer havia parado para pensar no que queria. Viu sua vinda findar sem jamais ter vivido nada, sempre em busca de enriquecer e manter aparências.
Enquanto lia, me fazia pensar no tanto de gente que eu conheço e se mata de trabalhar para comprar grandes casas, carros de luxo, ter toneladas de dinheiro no banco para, no fim da vida, se lamentar que não fez nada por si mesmo e, muitas vezes, sequer poder usufruir daquilo pelo que tanto lutou. Vale a pena? Essa sociedade colocou na nossa cabeça que precisamos de muito para ser feliz quando, na realidade, é o contrário. A gente precisa de tão pouco e nossa riqueza nada tem a ver com dinheiro. Não digo que dinheiro não é necessário, claro que é, mas não na proporção que se pinta. O que nos é indispensável é saúde, qualidade de vida (que nada tem a ver com posses), ter pessoas queridas que nos fazem bem por perto, sobretudo, observar as pequenas coisas que, lentamente, vão ficando de lado. Quando foi a última vez que você viu o nascer ou o pôr do sol?
É um livro pequeno, mas nada superficial. Em 80 páginas, Tolstói nos leva a refletir nosso papel como protagonistas da nossa própria história e quanto das nossas escolhas e atitudes é feita em prol da aprovação dos outros. No geral, gostei muito do livro, embora tenha sido diferente do que eu esperava. E, claro, recomendo fortemente. Acho que é um livro que todo mundo devia ler pelo menos uma vez na vida.
domingo, 10 de março de 2024
[Bíblia] A Libertação
“Cantarei ao
Senhor porque ele manifestou sua glória
Precipitou no mar cavalos e
cavaleiros
O Senhor é minha força e objeto do
meu cântico;
Foi ele quem me salvou
Ele é o meu Deus — eu o celebrarei;
o Deus de meu pai — eu o exaltarei..”
A liberdade no Deserto
Mesmo liberto da opressão, o povo parece nunca
satisfeito com nada e, mais uma vez, se volta contra Moisés, reclamando ora que
não tem água, ora que não tem comida, é a coisa mais irritante, por um lado,
contudo, fico pensando que mesmo vendo do que precisamos, o Senhor se agrada de
ouvir nossa prece. E ele atendeu-os, enviando-lhes perdizes do céu para que
tivessem carne e maná para que tivessem pão. Não é explicado, exatamente, o que
é o maná, a descrição é breve e imprecisa.
Outra coisa que se destacou foi a ordem de não
guardar nada, pois ao guardar ele se tornava fedido e com larvas, fico pensando
se não é alguma alusão à ganância ou avareza. Acho que Moisés foi o predecessor
da paciência de Jó, séculos à frente! Com a sede no deserto, voltou o povo a
clamar contra Moisés e, por ordem de Deus, este usou sua vara para ferir o
rochedo de onde saiu água para o ingrato povo beber no monte Horeb. Temos
também a primeira aparição de Amalec, que ataca Israel e, com a ajuda do
Senhor, Josué sai vitorioso. Algo que me chamou atenção foi que Moisés precisou
ser sustentado para a vitória acontecer, nos mostrando que não precisamos
passar as batalhas da vida sozinhos. Há ainda uma passagem sobre uma visita do
sogro de Moisés que lhe levou sua esposa e filhos que haviam sido mandados para
casa.
Essa parte do Êxodo é bem complicada, mas nos
levanta várias reflexões. Conforme ia lendo percebia como a Bíblia é um livro
atemporal, pensar que essa parte do velho testamento tem bem mais de 2000 anos,
considerando que marcamos nosso tempo a partir do nascimento de Cristo, e ainda
consegue ser tão atual! Já perceberam como a gente nunca parece satisfeito com nada,
igualzinho esse povo? Deus literalmente tira água de pedra e, ainda assim, a
gente reclama, duvida, nunca é realmente grato por nada que tem, mas está
sempre insatisfeito com o que não tem e muitas vezes nem precisa!
Meu falecido avô tinha um ditato que acho muito
pertinente, ele dizia que “a casa do ter
nunca enche” e é verdade. Quanto mais se consegue, mais se quer. Não atoa
vivemos numa sociedade tão competitiva e superficial. A gente tende a ver o
próximo sempre como inimigo e nunca como irmão, como deveria ser, porque
estamos o tempo todo competindo, tentando nos igualar ou ultrapassar quando
deveríamos trabalhar em equipe e crescer juntos. É triste ver isso. E confesso
que ficava bem irritada com essa ingratidão do povo, nada nunca estava bom,
eles eram escravos e reclamavam, estavam livres e reclamavam, nunca eram gratos
e não atoa terminaram como terminaram.
Pratiquemos a gratidão. Olhe para sua vida, para o
que você tem e agradeça a Deus por isso. Você pode não ter tudo que quer, mas
acredite que tem tudo o que precisa. E a gente precisa de tão pouco para ser
feliz. Hoje em dia é difícil apreciar um céu azul, acho que muita gente nem
sabe que o amanhecer e o crepúsculo nunca são iguais. Você pode olhar o pôr do
sol hoje e olhá-lo de novo amanhã e vai perceber que não é do mesmo jeito.
Garanto. Não paramos mais para apreciar um dia de chuva, só embalados pelo som
calmante da água molhando a terra e batendo contra as janelas. Ao contrário,
muita gente reclama que tá chovendo e não pode fazer isso ou aquilo, e depois
reclama que não chove e tá quente demais.
Parece que a ingratidão de Israel está impressa no
nosso DNA. Então finalizo esse post te convidando para agradecer. Agradeça a
Deus hoje. Você consegue listar tudo pelo que você é grato? O tanto que ele te
deu? Como bem disse uma vez C.S. Lewis “a
misericórdia vem com a manhã”, quando você abre os olhos para um novo dia,
é por si só um presente, uma demonstração da misericórdia e do amor de Deus por
você. Quantos mares Deus está abrindo na sua vida para atravessar e talvez sua ingratidão esteja te impedindo de ver? Então seja grato.