terça-feira, 29 de abril de 2014

Entenda a Letra: Mistaken Identity - Delta Goodrem



Eae blogueiros!

Bom, com o retorno do entenda a letra na tag música, eu estou trazendo para vocês essa música incrível da Delta Goodrem, uma das minhas cantoras favoritas. Assim como a análise de Imaginary provavelmente essa letra também vai ser um pouco "pessoal", mas espero que fique bacana, porque eu gosto e me identifico muito com essa música.
Vale lembrar que esse álbum da Delta, intitulado com o mesmo nome da música, foi escrito enquanto ela lutava contra o câncer então essa letra não é apenas uma representação de pensamentos, mas uma descrição artística de uma fase difícil na vida dessa guerreira. Vamos nessa?

Identidade Errada

A garota na cadeira
Com o longo cabelo loiro
Bem, costumava ser eu
Um sorrido de flerte, selvagem de um jeito imprevisível
Sempre tentando agradar
Durante a quimioterapia os cabelinhos da Delta caíram, embora isso não tenha diminuído em nada sua beleza, nessa primeira estrofe é como se ela estivesse relembrando os seus dias de "saúde", ela lembra dela mesma como se agora ela fosse outra pessoa.
Quando eu ouvi essa música a primeira vez eu tinha uns 20 anos, então eu me lembrava de quem eu costumava ser aos 07 ou mesmo aos 15 e de quem eu era naquele minuto, quando eu a ouço hoje sinto a mesma coisa, porque ha muito tempo é como se eu não fosse mais eu.
Eu estava sempre andando
um passo a frente
ou foi o que eu pensei
até o monstro rastejar debaixo da minha cama
Volte e apague
Aquele olhar chocado do seu rosto
Porque a sua mona lisa está morta
Um milhão de palavras
Mil dias
Sabe aquela falta de preocupação? Quando você vai vivendo os dias com tal certeza de que esquece que eles não são eternos? Pois é, a Delta também pensava assim e na verdade quem nunca pensou não é mesmo? O "monstro" da letra é a doença, que de início é sempre um choque, só quem já passou (ou quem viveu de perto com quem sofre com isso) é que sabe o que é. Quando ela diz que a Monalisa está morta é como se ela falasse que a alegria dela esvaiu-se no minuto da descoberta ai ela percebeu que suas convicções talvez não fossem assim tão intactas e os mil dias poderiam ser apenas minutos.
Fazendo um paralelo a isso nós temos a nossa constante alegria momentânea que é sempre abalada por um problema, as vezes grave outras não e é nesses momentos que percebemos o quão imperfeita é a felicidade. As vezes eu penso que nós precisamos de dificuldades não só para crescer, mas para nos lembrar de que a realidade é rápida, fria e que essa felicidade não é inabalável, é um conceito de utopia. Que, ao contrário dos livros e filmes, não existe o para sempre. Nós não temos a eternidade inteira pela frente.
(refrão)
A garota que eu costumava ser
Tem um caso terrível
De identidade errada
E a garota de ontem
Não é o que você vê
É um caso terrível
De identidade errada
O refrão é minha parte favorita! É como se ela comparasse a si mesma antes e depois da doença. Quando alguém passa por uma experiência assim muda completamente, o seu jeito de ver a vida se transforma. A gente só vive de verdade quando percebe que não tem todo o tempo do mundo, quando acontece algo que nos mostra que somos breves como um respirar. Não quer dizer que a garota que ela era antes era só defeitos, mas que a garota que ela era agora era uma versão melhor e o caso de "identidade errada" é que a partir do momento que ela passou por tudo aquilo e conseguiu vencer, ela superou a si mesma, se redescobriu, conheceu-se tão profundamente e completamente que agora é de fato quem ela é e quem tem que ser.
Eu fico pensando em mim mesma ha vinte e quatro anos... E pergunto quem delas sou eu. Acredito que eu ainda sofro de identidade errada.  Sabe a sensação de estar perdido em você mesmo? Se sabe então você entende o que eu digo.

O sol gosta de nascer
E a lua gosta de cair
E isso é como a minha vida
Eu tenho feito o papel
Da garota legal da porta do lado
Que é cortada como uma faca
Agora não estou procurando
Por olhos que se desculpam
E eu não quero passar
Uma noite em uma cama
De mentiras bonitas
Apague e volte
Deixe aquela garota doente para trás
E avance, avance
Mil dias...
Aqui nós vemos que ela fala de superação, ela quer deixar o passado para trás e erguer-se novamente, não apenas não se arrepender de nada que fez ou do que aconteceu antes, mas começar de novo encarar as coisas de frente, avançar, erguer. Os primeiros versos contam como era, levemente, a rotina dela não apenas fisicamente, mas interiormente e quando ela diz para deixar a garota doente para trás ela já traz consigo a vontade de começar de novo e fazer tudo muito melhor.
(refrão)

Essa não sou eu
Só não sou eu

(refrão)

Essa é a garota que eu costumava ser
 É um caso terrível de identidade errada...
Mistaken Identity é uma das músicas mais pessoais da Delta, senão a mais pessoal. Acredito que todo o álbum o seja, mas essa música especialmente, na minha opinião, marca não apenas o retorno dela das cinzas como uma fênix majestosa, mas nos transmite uma sensação de querer recomeçar, repensar, reinventar, viver de novo e de fato VIVER. E vocês, blogueiros, também tem um caso de identidade errada?

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Cidade dos Ossos - Cassandra Clare: RESENHA

Dessa vez sim, é uma resenha mesmo rsrsrs.
Cidade dos Ossos - Resenha
O Livro:
Clary Fray tem uma vida comum, vive às voltas com seu melhor amigo Simon e acredita que é uma garota como outra qualquer. Sua grande paixão é o desenho, coisa que ela passa grande parte do tempo fazendo. Iniciamos a jornada com uma fila enorme de uma boate livre, na qual Clary e Simon esperam ansiosamente para entrar (tá, mais Clary que Simon). Já dentro, a garota presencia um jovem de estilo meio punk e uma garota estonteante que, aparentemente, estão se seduzindo. É nesse momento que ela os vê entrar em uma espécie de depósito e logo atrás deles dois outros garotos armados. Alarmada, Clary manda Simon chamar os seguranças e vai até o depósito onde presencia a morte do garoto e sua vida muda completamente. Esse é o seu primeiro contato com Jace Wayland.
Quando sai da boate com Simon tudo que Clary quer é esquecer que aquilo aconteceu, esquecer que apenas ela via os garotos estranhos e “assassinos”. Mas, quando decide sair após brigar com a mãe que decidiu repentinamente se mudar destruindo todos os planos dela, Clary se depara novamente com Jace que lhe revela por alto que ela não é uma mundana comum. Impaciente, Assim, quando a mãe dela telefona avisando para que ela não vá para casa, impaciente ela deixa o telefone cair quebrando e pega de Jace um sensor achando que é um telefone. Ele tenta explicar a ela que aquilo não é um celular, mas ela o ignora e sai correndo em busca da mãe contrariando a ordem. Quando chega em casa encontra tudo revirado, e é atacada por um Ravener. Uma espécie de demônio. Clary luta com o ser e consegue mata-lo enfiando o sensor de Jace na garganta da coisa, mas é contaminada com o veneno do demônio e sua vida fica em risco. Ela é salva por Jace que a leva para o Instituto. Lá ela se recupera e conhece Hodge, Isabelle e Alec.
Hodge pede que um dos Irmãos do Silêncio, Jeremiah, descubra porque Clary consegue ver o mundo das sombras, assim acompanhada por Jace ela é levada para a Cidade dos Ossos onde passa por uma sessão que a fere profundamente descobrindo assim que sua mente tem uma espécie de bloqueio colocada por um feiticeiro chamado Magnus Bane. Indo assim, com a ajuda de Isabelle, para uma festa oferecida por esse feiticeiro na busca de respostas. Lá, Clary descobre a verdade sobre sua mãe e as tentativas de Magnus de retirar o bloqueio de sua mente são inúteis. Durante a festa, Simon é transformado em um rato após ingerir uma das bebidas das fadas, ao tentar tirá-lo de lá, Clary descobre que ele foi roubado por um vampiro e vai atrás dele junto com Jace para um hotel onde os vampiros se escondem. Quando chegam, são ajudados por um garoto chamado Raphaell que os ajuda a entrar, mas logo descobrem que ele é o líder do clã de vampiros. Eles tentam fazer uma troca para recuperar Simon e Clary finalmente consegue o amigo de volta, mas os três acabam entrando em uma luta furiosa por suas vidas, até que um bando de lobisomens aparece dizendo estarem atrás de Clary. Enquanto a batalha entre vampiros e lobisomens acontece, uma vez que ambos são inimigos, com a ajuda de Simon, Clary e Jace conseguem chegar ao topo do hotel e Jace rouba uma das motos voadoras dos vampiros para conseguir sair de lá, mas acabam caindo no asfalto quando amanhece, pois a moto é movida com poder demoníaco que se esgota na luz do sol. Simon retorna a forma humana e os três voltam para o Instituto. Hodge fica furioso com eles e Clary ainda tem que aguentar a fúria de Alec que manda que ela vá embora e os dois tem uma discussão acalorada quando ela menciona o fato de que ele está apaixonado por Jace e por isso a odeia.
Clary cuida de Simon em seu quarto e os dois conversam até que ele dorme. Ela vai caminhar pelo instituto quando escuta Jace tocando. Os dois conversam e ele a convida para comemorar o aniversário dela na estufa. Jace e Clary tem um momento especial lá enquanto comemoram o aniversário dela, mas quando voltam para o quarto de Clary e se beijam novamente, Simon abre a porta e surpreende os dois. Chateado, Jace briga com Clary e vai embora. Simon e Clary também discutem e ele revela que está apaixonado por ela, furioso por tudo que aconteceu ele também vai embora. Confusa e magoada, Clary se tranca no quarto e acaba descobrindo uma maneira muito “interessante” de suas habilidades como caçadora de sombras, assim descobre onde está o cálice mortal e vai avisar a Jace. Junto com Isabelle, Simon e Alec eles vão atrás de Madame Dorothea com quem está a carta que a mãe de Clary pintou para esconder o instrumento mortal. Mas eles são surpreendidos pelo fato de a mulher estar possuída por um demônio dos grandes e a batalha entre eles se torna quase insustentável depois que Clary tira o cálice da carta. Alec, para salvar Jace, é fatalmente atingido pelo demônio e quando ele está prestes a matar Jace, Simon surge e quebra a claraboia matando o demônio com a luz do sol. Todos voltam com Alec para o Instituto na tentativa de que Hodge possa ajudar.
Mas Hodge os trai quando Clary lhe entrega o cálice mortal, ele fere Jace e ordena que o pássaro dele, Hugo, a machuque trancando-a em uma prisão invisível. Nesse momento surge Valentim através de um portal e liberta Hodge de sua maldição, que lhe entrega o cálice e deixa que ele desapareça levando também Jace com ele. Desesperada, Clary consegue quebrar a prisão invisível com a ajuda da estela de Jace e vai atrás de Hodge para saber onde Valentim se esconde, mas é atacada por ele e salva por Luke que ela descobre mais tarde ser um lobisomem. Ele conta para ela toda a história verdadeira de sua vida e de como Valentim tornou-se a ameaça que é, explica o que aconteceu com Jocelyn, sua mãe, e sobre a razão de ela ter mentido. Quando se recupera, Clary pede novamente a ajuda de Simon para encontrar o lugar onde Valentim está escondido, um antigo sanatório em uma ilha perto dali, e vai com Luke e seu bando até lá. Ao chegar, eles são atacados por renegados, mas Luke e Clary conseguem entrar no hospital e encontram a mãe dela. Luke então briga contra os homens que mataram o pai de Jace enquanto ordena que Clary fuja dali. Ela acaba encontrando Jace e Valentim que lhe contam a mentira de que ela e Jace são irmãos. Jace acredita piamente na história e logo ela também acaba acreditando, quando Luke chega e confirma a história. Uma luta se inicia primeiro entre Clary e Valentim depois entre Luke e Valentim, Jace fica ao lado do “pai” para ódio de Clary. Valentim quase consegue matar Luke que é salvo por Alaric, e, impedido de atravessar o portal, Valentim é quase morto por Jace, que reluta em golpeá-lo deixando que ele fuja com o cálice em um portal para Idris.
Jocelyn é levada para um hospital e Clary e Luke ficam com ela. Clary não vai mais para o Instituto há duas semanas depois do ocorrido, quando finalmente decide voltar e é levada até lá por Simon. Lá, ela descobre que Magnus salvou a vida de Alec que é mais cordial com ela quando se reencontram, assim como Isabelle. Alec a leva até a estufa onde Jace está, e Clary o reencontra vendo-o agora como irmão e tentando reprimir os sentimentos que tem por ele.
De fato, eu gostei MUITO do livro, era realmente tudo que disseram e mais um pouco. Como eu já havia visto algumas coisas a respeito, inclusive spoilers, eu não fiquei muito surpresa com o final porque eu sei que é mentira. A leitura é envolvente e prende realmente você, tanto é que eu li oito capítulos de uma vez só no primeiro dia. A narração é em terceira pessoa e em alguns momentos assume diferentes pontos de vista. Há algumas passagens religiosas implícitas no livro, mas não encarei de maneira ofensiva ou mesmo crítica por parte da autora. Os personagens são muito bem desenvolvidos e você consegue se apegar a eles, Jace é sem dúvida o favorito e melhor desenvolvido na história, que também é bastante equilibrada de uma maneira que deixa a leitura gostosa. Eu posso dizer com todas as letras que VALE MUITO A PENA LER.
O Filme: A adaptação do primeiro livro da série Instrumentos mortais saiu em 23 de Agosto de 2013 trazendo Lily Collins e Jamie Campbel Bower nos papéis de Clary Fray e Jace Wayland. Eu vi o filme bem antes de começar o livro, ainda no ano que foi lançado, mas em Setembro. Quando você lê o livro tem uma visão completamente diferente do filme que, sinceramente, tem quase nada do livro. Eu achei a adaptação tão mal feita quanto a da Hospedeira, a ordem de acontecimentos foi mudada, algumas das coisas importantes da trama foram bruscamente alteradas, como na parte final do filme, outras cenas do filme não estão no livro – como a cena do portal do Instituto quando Jace acaricia o rosto de Clary. Mas, como eu já mencionei antes aqui no blog, as adaptações de livro normalmente são muito infiéis mesmo, não adianta nem se iludir com isso, de cada 10, 2 são mais ou menos bem feitas. De qualquer maneira, apesar de a história ser bem mudada no filme, eu gostei da adaptação enquanto filme – não enquanto adaptação – o trabalho dos atores foi excelente e a produção ficou ótima. Mas enquanto adaptação achei que não ficou em quase nada – isso para não dizer nada – parecida com o livro.

sábado, 12 de abril de 2014

O Beijo das Sombras - Richelle Mead :Comentário

Finalmente terminei o maravilhoso Beijo das Sombras, primeiro volume da série Academia de Vampiros e estou mortalmente triste por não ter o resto da série. Então, sem mais delongas, eis aqui minha "resenha":
Esse livro me surpreendeu muito, no início eu não entendi nada dele, com o passar das páginas eu ia submergindo na história e ficando completamente envolvida com os personagens. A narrativa é contada por Rosemary Hathaway, chamada carinhosamente de Rose, uma garota dampira (metade humana e metade vampira) que protege a sua melhor amiga Lissa, Vasilisa Dragomir, princesa de uma casta moroi (vampiros vivos por nascimento) das constantes investidas da escola St. Vladimir em captura-las. De início não se sabe a razão de elas terem fugido a trama é envolta em vários mistérios que vão sendo revelados com o passar dos capítulos.
No início do livro, Rose ‘sente’ a aflição do pesadelo que Lissa está tendo e a acorda, a dampira é capaz de saber como a moroi se sente e ver o que está em sua mente como se entrasse em seu corpo. As duas são perseguidas e capturadas por guardiões da academia de vampiros St. Vladmir, um dele é Dimitri Belikov que está designado a ser guardião de Lissa para fúria de Rose. De volta à escola elas enfrentam novamente os alunos curiosos e pessoas que elas deixaram para trás e agora eram liderados pela sociopata Mia Rinaldi, uma moroi que as odeia por motivos inicialmente desconhecidos. Enquanto Rose tenta retomar as aulas e o tempo perdido, agora sendo assessorada por Dimitri, que vira seu mentor. No início da história a Rose tem um pequeno caso com Jesse, sua paixonite desde antes dela fugir da escola, mas Dimitri os interrompe, o que não impede Jesse de espalhar pela escola, a mando de Mia, que dormiu com a Rose e bebeu sangue dela durante o ato, dando a garota inocente a horrível fama de prostituta de sangue. Os treinamentos de Rose estão sendo mais produtivos do que ela poderia imaginar, e aos poucos um romance começa a existir entre ela e o Dimitri, por mais que ele passe o livro inteiro negando isso. Lissa consegue reatar com o seu ex-namorado, Aaron para se vingar de Mia, mas a verdade é que a última dos Dragomir está tendo encontros no sótão da igreja com Christian, talvez o garoto mais temido da escola pelo seu passado, seus pais viraram strigois (vampiros imortais e malvados) por vontade própria, e todos apostam que é questão de tempo até que ele mesmo se torne um strigoi.
Perto do meio do livro, quase no fim, se descobre que Lissa se especializou em um quinto elemento: o espírito. Os moroi são dotados de magia, assim dominam os elementos no qual se especializam: Terra, água, ar, fogo. O elemento do espírito é raro e antigo e poucas pessoas conseguem se especializar nele, além de tudo é levemente perigoso para o moroi que o possui. Foi com os poderes do espírito que Lissa trouxe a Rose de volta a vida quando esta tinha morrido no mesmo acidente que matou os pais e o irmão da Lissa, alguns anos atrás. Por conta disso as duas têm uma ligação especial, Rose pode ler os pensamentos de Lissa, e ás vezes consegue entrar na mente dela e ver o que ela vê e sentir o que ela sente. Por essa razão também entendemos o que significa o título do livro, Rose foi ‘Beijada pelas Sombras’, porque atravessou a morte e foi trazida de volta á vida pela melhor amiga. Infelizmente usar os poderes do espírito tem efeito colateral, Lissa fica depressiva e chega a se cortar, e não ajuda que ela esteja recebendo mensagens misteriosas acompanhadas de animais mortos, que mais tarde descobrimos ser um plano de Victor, juntamente com a filha Natalie, para obriga-la a fazer uso dos seus dons e observa-la.
No dia do baile da escola, Rose decide não ir por estar brigada com Lissa, é onde ocorre o clímax do livro. Mason, seu amigo apaixonado, a convence a ir a festa prometendo uma surpresa para ela. Mas Rose acaba se desentendendo com Mia ao ver que a garota está perturbando Lissa e quebra o nariz dela causando um grande alvoroço no baile. Ela sai escoltada por guardiões e Lissa acaba correndo sozinha para igreja. Rose ordena que Christian vá ficar com ela, pois sabe que ele a mantem calma. Mas quando chega no quarto, Rose vê através do laço que a une a Lissa que guardiões de Victor invadem o sótão da igreja e nocauteiam Christian sequestrando Lissa logo em seguida. Desesperada, Rose vai atrás de Dimitri para pedir ajuda, mas é vítima de um feitiço de luxúria posto em seu colar por Victor e quase dorme com Dimitri ao invés de ir salvar Lissa. Quando finalmente se dão conta do que aconteceu ela explica para ele que a melhor amiga está em perigo e eles reúnem uma equipe para ir atrás dela. A caminho de onde Lissa está sendo aprisionada por Victor, Rose descobre Christian escondido dentro do carro, este queria ajudar no resgate. Conseguem prender Victor, mas quando a Rose vai visitá-lo na prisão da St.Vladimit ela é atacada por Natalie, que virou um strigoi para ajudar o pai na sua fuga da prisão. Felizmente Dimitri aparece a tempo e consegue matar Natalie antes que ela mate Rose.
A nova visão apresentada de seres sobrenaturais me agradou bastante, o livro é muito inteligente e maravilhosamente bem arquitetado nos dando uma visão ampla da história, uma vez que mesmo pelos olhos de Rose nós podemos ver através de Lissa também. Gostei de como a trama foi amarrada e é definitivamente daqueles livros que você não consegue parar de ler e fica curioso para levantar milhões de hipóteses para os acontecimentos, mas acaba sendo surpreendido. Estou determinada a comprar os próximos livros da série e realmente recomendo a leitura. Vale muito a pena.

Começarei a ler o famoso e comentado Cidade dos Ossos e essa será a próxima resenha do blog. Até lá!

sábado, 5 de abril de 2014

A Breve Segunda Vida de Bree Tanner - Comentário

Foi absolutamente fascinante acompanhar a visão de Bree e descobrir o que aconteceu por trás dos olhos de Bella em Eclipse. Acompanhamos Bree, uma vampira de dezesseis anos que é componente do exército de Victória para vingar-se de Edward pela morte de Jacob. Ela relata a vida curta que teve nas semanas antes do ataque na clareira que resultou na morte de Victória, Riley e todo o seu mini exército. Descobrimos que, a mando de Victória, Riley engana os recém-criados afirmando que eles queimam ao sol, assim os mantêm em um porão durante todo o dia, liberando-os para caçar em grupos apenas durante a noite. Os recém-criados eram absolutamente desgovernados e instáveis, matavam uns aos outros com muita rapidez e não tinham nenhum tipo de controle na hora de matar, o que causou todos os problemas em Seattle que acompanhamos em Eclipse. Bree tinha como amigo Diego, um jovem de família pobre, que morava na favela e cujo o irmão fora morto por um traficante. Riley o salvara de ser morto pelos traficantes no dia que ele fora vingar a morte do irmão. Descobrimos também que Bree era uma garota de rua, que fugiu de casa pelos maus tratos do pai, ela e Diego se envolvem em um relacionamento breve, mas intenso como todos os amores curtos – Hazel e Augustus que o digam! – e juntos descobrem as mentiras de Riley e boa parte do plano que se esconde por trás do famoso ataque aos “inimigos”. Perto da grande batalha, os dois seguem Riley até o esconderijo de Victória e ouvem fragmentos do suposto plano de ataque aos Cullen descobrindo também que os dois são amantes. Nesse mesmo dia, Victória recebe a visita dos Volturi que lhes dá um prazo de cinco dias para atacar clã olympic. Assim, Diego decide falar com Riley e manda Bree de volta para a casa onde o séquito de Victória se esconde durante o dia. Mas Riley acaba voltando sozinho e contando à garota que Diego ficara com Victória em vigilância de seus “inimigos”. Mesmo desconfiada, um alívio surge dentro de Bree imaginando que Diego ainda está vivo e que, em quatro dias, irão se reencontrar e fugir para longe.
 Dentro dessa trama também está Fred, um vampiro que é descrito por ela como altamente lindo, mas com um poder completamente instigante: Causar repulsão em quem ele quer, a ponto de enjoar e até fazer a pessoa vomitar se pensar ou olhar para ele. Além da habilidade de manter-se invisível quando quer. É ele que protege Bree de ser atacada pelos outros vampiros e ambos planejam fugir do exército de Riley e seguir suas vidas sozinhos, mas Bree decide ir avisar a Diego com a esperança de que ele ainda está vivo, Fred avisa que esperará por eles em Vancouver pelas próximas vinte e quatro horas e que irá protege-los, mas não pretende se juntar a Riley na batalha. Bree lhe conta as coisas que descobriu com Diego e lhe promete que quando encontrar o amigo irá para o local combinado. Ela segue com o grupo de recém-criados para a clareira onde deveriam encontrar os Cullen, e nota quando Riley abandona o grupo para ir atrás de Victória, por mais que tente rastrear Diego ela não consegue encontra-lo em nenhuma parte e é nesse momento que descobrimos que Riley e Victória o mataram cruelmente, presa no meio da batalha, Bree é acuada por Carlisle, mas está tão devastada pela morte de Diego que tudo que deseja é morrer também. Vemos por outro ângulo as descrições dos Cullen e também a de Bella, descobrimos o motivo de ela ser tão absurdamente tentadora para os vampiros e porque seu sangue é tão cobiçado. No confronto com os Volturi, percebemos que ela passa para Edward toda a verdade sobre o conhecimento deles sobre os atos de Victória e temos uma visão mais vívida sobre o poder de Jane.
A breve segunda vida de Bree Tanner foi  o último livro da saga que eu ganhei e o único que ainda não havia lido. Como faz mais de dois anos que eu li Amanhecer e, consequentemente, bem mais tempo que li os outros, demorei um pouco a me familiarizar com algumas coisas, mas achei excelente e muito instigante acompanhar essa visão de Eclipse que é, depois de Amanhecer, meu livro favorito da saga.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Série Os Imortais: Infinito - Comentário

\o/ terminei! Gente, nem acredito que finalmente consegui finalizar essa série! Sério! Estou assim, com aquela sensação de dever cumprido, parece que fiquei "presa" nela muito tempo e creio que pelo fato de não ter curtido muito. Ultimamente são raros os livros que me "pegam". Mas enfim, eis aqui o último comentário da série e eu vou tratar agora de trabalhar no meu primeiro ensaio. Estou animada com a ideia!

Comentário sobre Infinito – Série Os Imortais.

Como em todo o desfecho de livro, a série os Imortais não traz tanta inovação, basta ter lido sagas como Fallen, Crepúsculo, Harry Potter ou Sussurro para ter uma noção mínima previsível sobre o desenrolar dos fatos. Depois de perceber que havia algo errado com seu carma, uma vez que o destino sempre se encarregava de separá-la de Damen de alguma forma, Ever acredita que encontrará as respostas na parte sombria de Summerland, que ela acredita ter surgido por sua causa. Lá, ela encontra com uma das órfãs transformada por Damen seiscentos anos atrás que lhe diz que somente Ever pode liberta-la e aos outros de seu sombrio destino. Determinada a descobrir a origem de sua reencarnação, Ever mergulha em uma jornada de autoconhecimento que a leva a um passado desconhecido por Damen, a primeira vida real de ambos, e finalmente se depara com a razão pela qual o universo sempre conspira em separá-los.
Decidia a mudar o rumo das coisas, Ever arrisca a vida e a relação com Damen para consertar os erros do passado e uma nova encruzilhada aparece: Deixar de lado a vida imortal e possivelmente desistir de Damen ou aceitar um destino imortal que contraria as regras e correr o risco de ser separada dele novamente.
Em linhas gerais o texto segue o mesmo padrão, há algumas informações ‘extras’ a respeito da história que nos permite entender melhor a sequencia de idiotices da protagonista e a razão real dos acontecimentos e é apenas por isso que o livro não se torna tão cansativo como os quatro anteriores. O final é completamente previsível e sem nenhum tipo de surpresa alarmante ou considerável embora eu admita que a ordem dos acontecimentos tenha me interessado muito. Depois do primeiro livro, Para Sempre, este é o mais razoável da série. Devo considerar que são sim necessários os outros acontecimentos, mas poderiam ter sido melhor compilados na minha opinião, a história é de fato boa e tentarei explorá-la melhor no ensaio que pretendo escrever.

Recomendo a série para os leitores pacientes e corajosos. Você precisa de real paciência e equilíbrio para superar esses seis livros e retirar o mínimo de interessante deles.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Entenda a Letra: Lithium - Evanescence


Recentemente, descobri uma leitora que curte essa tag do blog com as músicas do Evanescence. Então essa vai especialmente pra ela. Foi a primeira música da banda que eu ouvi e é uma letra que curto demais! Eu estou realmente afastada do blog por questões de tempo, virei sempre que der para vir, por exemplo, esta postagem está saindo às 01h42min da manhã. Realmente estou sem tempo viável para postar, por isso desculpem.

Lítio

Lítio, não quero me trancar por dentro
Lítio, não quero esquecer como é a sensação de estar sem
Lítio, quero permanecer apaixonada pela minha tristeza
Oh, mas, Deus, eu quero deixá-la
Não se engane, nada com Amy Lee é por acaso. Tudo sempre tem uma razão e, no caso do lítio escolhido como nome da música não é apenas porque o nome fica eufônico com a melodia! Para quem não sabe, os sais de lítio são usados para tratamento de transtorno bipolar, daí você tira a razão para uma letra que parece ser tão simples, mas que fala mais do que parece. A gente nota, nessa primeira estrofe, que os sentimentos ai são conflitantes, ao mesmo tempo em que o eu lírico quer continuar submerso em sua dor ela sente-se sufocada por ela. E é sobre esse conflito interno que Lítio trata.
Venha para a cama, não me faça dormir sozinha
Não poderia esconder o vazio que você deixou à mostra
Nunca quis que fosse tão frio
Apenas não bebeu o suficiente para dizer que me ama
Bom, as letras da Amy normalmente expressam as coisas que ela sente ou são dirigidas à alguém, como Call me When You're Sober que ela escreveu para seu ex companheiro Shaun Morgan. Eu posso estar enganada, mas essa passagem na letra expressa no último verso dessa estrofe faz novamente uma menção a ele principalmente considerando que ambas as músicas são do mesmo álbum. Só quem já viveu presa em um relacionamento assim, dividido entre o real e o imaginado (sóbrio e são) sabe como é. Eu posso imaginar pelo que já vi, mas nem de longe desejo descobrir como é.
- Ponte -
Não consigo me segurar
Pergunto-me o que há de errado comigo?
Ela se questiona a razão pela qual ela não faz nada para mudar o que está acontecendo, o motivo pelo qual fica oscilando entre a felicidade e a tristeza, sendo nesse caso a tristeza mais constante.
[refrão]

Não quero deixar isso me abater desta vez
Afogar minha vontade de voar
Aqui na escuridão eu conheço a mim mesma
Não posso me libertar até largar isso, me deixe ir

Querido, eu perdoo você depois de tudo
Qualquer coisa é melhor do que ficar só
E no final eu acho que eu tinha que cair
Sempre encontro o meu lugar entre as cinzas
Lítio fala da luta entre a tristeza e a felicidade, que é basicamente o que acontece com a pessoa que sofre desse distúrbio, mas seu sentido é muito mais "profundo" que isso. É um desabafo de Lee acerca dela mesma, é uma letra que reflete seu conflito interno na luta para vencer a tristeza e perder o medo de alcançar a própria felicidade. Ela busca superar a si mesma na tentativa de construir algo sólido que lhe permita sentir segura e ao mesmo tempo alçar voo nas asas dos seus sonhos.
- Ponte -

[refrão]

Informações extras:
A vocalista e compositora Amy Lee descreveu a canção como "algo que abraça sentindo mais dormência". Durante uma entrevista à VH1, ela disse:
Cquote1.svgEu escrevi o refrão no violão quando eu tinha uns 16 anos. Eu sempre pensei que era um coro legal, mas eu nunca usei para nada. Eu comecei a tocar no piano e os versos vieram. Eu tenho uma pilha de peças arrumadas em minha mente de que talvez eu use algum dia. De certa forma, é uma música antiga, mas não realmente. Ela cresceu.1Cquote2.svg
Em uma outra entrevista à MTV, Lee disse:
Cquote1.svgNão é literal. Não é sobre a droga, eu nunca havia ingerido lítio anteriormente. É uma espécie de metáfora sobre dormência, felicidade e sorte como, ele está olhando para a felicidade de uma forma negativa, porque você sabe, eu sempre tive medo de ser feliz. Como com a banda, a arte e tudo mais, é como se eu nunca mais vou me deixar romper na felicidade, porque não é legal ou algo assim. O lítio é a felicidade, como dizer 'isso é dormente, eu não irei ser capaz de ser um artista quando estiver feliz', o que é hilário, porque eu estou feliz. Então é como essa luta dentro da música, 'eu faço isso ir ser feliz ou eu devo chafurdar ela como sempre faço?' e isso é legal, porque no final da canção eu digo 'eu vou deixá-lo ir', como eu vou ser feliz.Cquote2.svg
— Lee sobre a canção "Lithium".2
A droga em si, carbonato de lítio, é normalmente utilizada como um estabilizador de humor para prevenir o comportamente maníaco agudo em pacientes com transtorno bipolar.
[FONTE: Wikipédia]