segunda-feira, 26 de outubro de 2015

The Village Achiara's Secret: Primeiras Impressões

The Village estreou ha não muito tempo e, desde que vi seu trailer em uma das páginas de dorama que sigo no facebook, manifestei grande interesse em ver. 
Como vocês sabem, eu sou muito frouxa com essas coisas de terror, Masters' Sun que eu vou resenhar em breve, foi o primeiro dorama de terror que eu me propus a ver, embora ele seja mais engraçado que aterrorizante, o mesmo não parece acontecer com The Village, no primeiro episódio nós já somos sugados dentro de um suspense denso e cheio de mistérios, a protagonista descobre que está "morta" na cidade onde nasceu, há um assassino serial a solta matando mulheres na região e ela acha um cadáver de uma mulher desaparecida há dois anos que foi morta por asfixia, estuprada e enterrada nas proximidades de um lago que dá nome à cidade "Achi" em coreano quer dizer Pequeno e "Ara" Lago ou o contrário (eu estudo Japonês, Coreano ainda não).
Minhas impressões do primeiro episódio foram as melhores e eu já tenho muitas expectativas com esse dorama! Infelizmente, meu tempo de assistir está bem curto, tenho um milhão de trabalhos para fazer e ultimamente ando com um desânimo triste para escrever. Por essa desordem toda, apenas recentemente eu voltei ao meu amado vício em dramas e foi por isso que o Anime-Se! desapareceu do blog, não finalizei nenhum anime ultimamente. Mas logo volto com pelo menos um dorama para vocês. Então é isso. Por enquanto o dorama só está disponível com legenda na Vikki, mas quando eu abri tava bem bonzinho de assistir, não tinha propagandas ☺ então, vai lá e tire suas próprias conclusões e se já assistiu, comenta aí! (SEM SPOILER!)
Esse post celebra a entrada de um novo marcador: Dorama! 

domingo, 25 de outubro de 2015

Trilogia do Mago Negro - O Clã dos Magos [Livro 1]: Trudi Canavan

Informações:

Título Original: Magicians' Guild
Título no Brasil: O Clã dos Magos
Autor: Trudi Canavan
Ano de Pulicação: 2012
Série: Trilogia do Mago Negro #1
País de origem: Austrália
Gênero: Fantasia, Aventura
Páginas: 446

Sinopse: Todos os anos, os magos de Imardin reúnem-se para purificar as ruas da cidade dos pedintes, criminosos e vagabundos. Mestres das disciplinas de magia, sabem que ninguém pode opor-se a eles. No entanto, seu escudo protetor não é tão impenetrável quanto acreditam.

Enquanto a multidão é expurgada da cidade, uma jovem garota de rua, furiosa com o tratamento dispensado pelas autoridades a sua família e amigos, atira uma pedra ao escudo protetor, colocando nisso toda a raiva que sente. Para o espanto de todos que testemunham a ação, a pedra atravessa sem dificuldades a barreira e deixa um dos mágicos inconsciente.
Trata-se de um ato inconcebível, e o maior medo da Clã de repente se concretiza: uma maga não treinada está à solta pelas ruas. Ela deve ser encontrada, e rápido, antes que seus poderes fiquem fora de controle e destruam a todos.


Enredo: Em, O Clã dos Magos, primeiro livro da trilogia, acompanhamos duas realidades diferentes, a de Sonea, uma jovem plebéia que vive nas favelas, aglomerações de pessoas muito pobres que moram na parte externa das cidades, e o temido de clã de magos, uma organização a serviço do rei que vive dentro das imediações do palácio. Há uma rixa muito forte entre a população mais carente e os magos, nada ajuda quando, em uma das purificações (expulsão em massa de mendigos e pessoas pobres da cidade) Sonea descobre algo terrível: ela tem, dentro de si, magia. No momento em que consegue quebrar o bloqueio dos guardas, ela atinge com uma pedrada, Lorde Fergun, o pior dos magos! Corrupto, vingativo, que tem total repulsa pelas pessoas das favelas. Sonea não consegue acreditar que os magos tenham outro objetivo além de matá-la, então pede ajuda aos seus amigos Cery e Harrin, que a escondem como pedem, mas as coisas se complicam quando os magos oferecem uma recompensa pela captura dela, assim, sem alternativa, Sonea tem que pedir a proteção dos ladrões. Por outro lado, dentro do clã, Lorde Rothen está realmente preocupado com o bem estar de Sonea, ele sabe que se ela não aprender a controlar o poder dentro de si vai acabar se destruindo, em contrapartida, sua entrada no clã - devido a sua origem - pode se tornar um problema pelo fato de que Fergun quer suas guarda como aprendiz quando ela for capturada. Sem saber em quem confiar, Sonea se vê em um beco sem saída correndo contra o tempo para fugir dos magos não importa o preço que pague por isso.
Mas sempre parece que ela não tem como se esconder, sempre que usa magia, Sonea descobre que os magos conseguem rastreá-la e logo o até então esconderijo na cidade subterrânea dos ladrões não é mais seguro. Com a ajuda de Cery, Sonea embrenha-se em uma nova fuga rumo às cidades, e enfia-se justamente onde o clã não pensaria em procurá-la: na casa dos magos. A floresta que fica nos arredores do clã, é justamente onde ela descobre um episódio curioso acerca do Lorde Supremo o que só aumenta seu pavor pelos magos, por alguma razão, a jovem aprendiz sente como se o poderoso líder pudesse senti-la e não gosta nada daquilo. Enquanto tenta desenvolver seus poderes na busca quase desenfreada de controlá-los, Sonea não percebe que está cada segundo mais próxima de se tornar um deles. Seus poderes estão cada dia mais descontrolados, Sonea começa a produzir magia completamente fora de controle, o que leva os magos cada vez mais perto, em sua última fuga, eles a acabam rastreando e ela se vê sem saída, lutando com todas as forças para escapar, mas cada vez mais sente-se perdendo o controle sobre si mesma, Rothen se aproxima dela na tentativa de pará-la, sem escapatória e com medo de machucar mais alguém, ela acaba cedendo e aceitando a ajuda dele, percebe a dimensão do seu poder quando abre os olhos e vê tudo à sua volta reduzido a entulhos, e percebe também que entrara justamente no último lugar no qual queria estar quando, horas depois, acorda zonza dentro do clã.
Mesmo ainda mantendo sua desconfiança, Sonea acaba se adaptando à presença de Rothen, não vendo mais o mago como uma ameaça, embora ainda tenha em mente que ele é seu inimigo. Conforme vai aprendendo mais coisas sobre o mundo da magia, e entendendo a dimensão do poder que traz consigo, ela acaba sendo fascinada por aquele mundo desconhecido e outrora assustador, vai aprendendo mais sobre si mesma e o que é capaz de fazer, mas Fergun não vai deixar as coisas muito fáceis para Rothen e acaba tentando enganar Sonea, nessa hora, nós imploramos que ela não seja idiota (sem sucesso, por sinal), Cery vai atrás dela na esperança de libertá-la, mas acaba nas garras de Fergun aprisionado em uma prisão mágica, enquanto isso, alheia a toda situação, Sonea vive o dilema de dever ou não acreditar em Fergun e aceitar sua tutela, ou confiar em Rothen e seguir seu caminho. Mas quando descobre que Cery é prisioneiro do cruel mago Fergun ela não vê outra saída além de aceitar suas imposições na tentativa de salvar o amigo, mas Dannyl e Rothen não vão permitir que ela se sacrifique daquela forma, atada de vez nas garras do clã, Sonea vai descobrir que dentro ou fora das muralhas ela nunca vai estar a salvo do perigo.

O que eu achei: De início o livro não te impressiona muito. É mais uma questão metafórica de classes sociais do que, propriamente, o que se espera quando se pega um livro com o nome O Clã dos Magos, a magia é tratada de maneira muito vaga sem um aprofundamento e demora-se muito até se acostumar com os neologismos da história. Somos levados por duas perspectivas: a de Sonea, protagonista da série, uma garota das favelas, muito pobre, que descobre através do seu ódio pelos magos que consegue usar magia. Ela teme os magos tanto quanto os abomina, assim como todos os habitantes da favela, eles representam um ameaça. E temos a perspectiva dos magos, sua sociedade fechada, com membros imersos em corrupção, como Fergun, e mistérios sombrios, como o Lorde Supremo. A partir dessas duas perspectivas, ficamos meio divididos sobre "onde está a razão" na história, do ponto de vista social, podemos entender o processo de formação da desigualdade e é impossível não fazer um paralelo com a realidade em que vivemos, ainda assim, não podemos relevar os pontos negativos que tornam essa desigualdade injusta. Em contrapartida, vemos o lado dos magos justos, que entendem sua posição e se não fazem nada para mudar a imagem que tem de si é pelas circunstâncias às quais são presos, mas também não podemos deixar de nos irritar com a sua inércia diante dos fatos. O mundo criado pela autora é sólido, quase real como Hogwarts ou a Terra Média, ainda que não tão ilustrado de encanto. Os personagens são individuais no despertar de emoções, Sonea não me despertou empatia. Cery mexeu um pouco comigo pelo romance em potencial que não foi muito fadado a acontecer como eu consegui prever. Harrin me cativou pela lealdade. Faren pela história de vida, Rothen pelo senso de justiça, Dannyl pela inteligência, coragem e honra. Do mesmo modo, Fergus me despertou nojo desde a primeira menção. O tal "Lorde Supremo" aversão. E nem preciso chegar ao terceiro livro para saber que esse cara é encrenca das feias. Tem horas que eu fiquei realmente furiosa com Sonea, mas acho que por eu ter uma visão onisciente do que acontecia ao redor dela, não levasse em consideração sua visão limitada dos acontecimentos, nesse ponto vi que ajudaria mais se o livro fosse narrado sob o ponto de vista dela, embora a riqueza de detalhes da terceira pessoa dê todo um ar a mais na narrativa, leva um tempo até a gente se acostumar com a história e logo após 60 páginas a história voa antes que percebamos, o primeiro volume não é muito grande, o segundo e o terceiro são bem maiores. O primeiro livro não aponta muita tensão e o clímax da história é um suspense leve (ainda que não menos angustiante), acabei gostando muito do livro e vou ler os outros dois sem dúvida. Para os amantes de fantasia, esse é um bom pedido na estante.
Um ponto que eu estranhei, só fazendo uma observação, foi a linguagem dos personagens. Não consegui identificar em que época a história se passa, embora seja claro que é em um período monárquico, mas achei a linguagem informal um pouco estranha pra época. Mas nada que comprometa a história.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Novo Parceiro: Blog Desfabuloso Destino!


Oi, pessoal!

É com muito orgulho que venho aqui anunciar a parceria com o blog Desfabuloso Destino da linda da Stephanie Sá, lá você encontra dicas sobre aplicativos, música, filmes, livros, além de dicas de estudo e feminismo. Tudo de uma forma clara, bem atualizada com a escrita divina desse anjo do jornalismo! Então, não deixe de curtir a Página do Blog no facebook e  seguir a Stephanie no Desfabuloso Destino! Vale a pena!
Vida longa à essa parceria <3

domingo, 18 de outubro de 2015

NaNoWriMo - Convocação


こんにちわみな!

Como estão? Eu ando bem atarefada ultimamente, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, mas posso dizer que vem novidades boas por aí. Muitos blogs que eu sigo estão comentando sobre esse evento que ocorre todo ano no mês de Novembro - que é o principal -, mas que também aparece em Julho, em menor proporção, que é o NaNoWriMo ou National Novel Writting Month, algo como mês nacional da escrita de romance (ou mês nacional de escrever romance), que consiste em escrever 50 mil palavras em um mês, algo em torno de 1600 palavras por dia. O evento foi criado por um americano chamado Chris Baty e seus amigos em 1999.
Quem já participou do desafio sabe que não é tão simples quanto parece, a verdade é que o NaNoWriMo visa propiciar disciplina aos participantes, em um mês, com 50 mil palavras você teria um romance completo ou pelo menos, metade dele caminhada. A primeira vez que eu tentei participar foi em 2010, mas só consegui escrever 30 mil palavras, deletei a conta e nunca tentei de novo, o que vai acontecer esse ano, já estou fazendo meus preparativos e no dia primeiro de Novembro vou começar a colocar a mão na massa!
Para quem gosta de escrever, sonha em escrever um livro ou imergir no mundo da escrita, o projeto é sem dúvida um ótimo jeito de colocar em prática isso, além de ser eficaz na disciplina de escritor, pois se quiser mesmo completar o desafio tem que escrever, no mínimo, 1600 palavras por dia. Eu levo, em média, quatro meses para escrever um livro completo, embora levei apenas um mês para reescrever todo o meu maior livro, Folhas Mortas, que totalizou mais de 500 páginas. Em um dia bom, eu costumo escrever de 5 a 9 mil palavras, nos dias ruins entre 1000 e 2000. Vou participar mais pela disciplina mesmo, que é algo que eu realmente preciso muito na minha vida.
Mas o que eu ganho por participar no NaNoWriMo?
Duas coisas básicas e muito importantes: A primeira é disciplina, imagina só você se acostumar a escrever, todo dia, 1600 palavras. É basicamente (dependendo da sua velocidade de digitação) uma hora, levando em conta as ideias também. A segunda é que você vai ganhar, na sua página no site, uma espécie de medalha dizendo que você venceu o desafio (que por si só já é uma vitória e tanto!).
Como eu disse, não é tão fácil quanto está parecendo, eu falo porque já tentei uma vez e não consegui. Ano passado, eu criei uma nova conta e esse ano vou participar de novo! Quem sabe rsrs. A primeira coisa que você precisa fazer é se inscrever no site  http://nanowrimo.org/dashboard para algumas pessoas intimida o fato de ele estar todo em inglês, mas não tem muito o que fazer, você vai preencher seus dados e, tudo que vai fazer, é atualizar, diariamente, seu status de escrita (Quantas palavras escreveu naquele dia). Quando for cadastrar sua história, precisa dar o nome dela, uma capa, uma sinopse e algum trecho dela (que naturalmente só poderá ser dado quando você escrever). Não é difícil mexer, e olha que eu não sou lá das mais inteligentes, então tenho certeza que vocês tiram de letra. Para quem se inscrever, e eu os estou convocando justamente para fazer essa jornada comigo, me adiciona lá: Katherine Wheel

Agora, vamos a algumas diquinhas básicas para "sobreviver" a esse mês e tornar o evento divertido e sobretudo produtivo:

1. Escreva como se não houvesse amanhã!
Não estou sendo exagerada não. Como eu disse, o objetivo do evento é promover a disciplina, então, não se preocupe com a correção, formatação, diagramação, nada disso. Só escreva. Claro, se esforce para escrever uma boa história, mas sem visar algo "grande", o objetivo aqui é disciplinar-se enquanto autor e ter, pelo menos, uma base de livro até o final do evento.

2. Mais é melhor.
Eu os estou convocando justamente por isso, quando você chama amigos para passar por isso com você o desafio fica mais divertido, sem contar que saber que você está com os seus naquele barco gera aquele conforto, um vai motivando o outro e a coisa se torna menos "mundo nas costas" e te motiva a seguir em frente.

3. Monte um esqueleto
Há dois tipos de autor: o prevenido e o maluco. Eu faço parte do segundo grupo, daqueles que tem uma ideia e simplesmente começa a escrevê-la aleatoriamente, com a ideia de onde quer chegar e o que aparecer no processo é lucro. A maioria dos meus livros foi escrita nesses "acidentes" de percurso rsrsr. Mas se você está entrando nessa pela primeira vez, seria melhor montar uma ideia do que você quer fazer, escreva sua ideia prévia, um resumão básico do que vai se passar pra sua história e onde você quer chegar. Eu vou organizar isso já, pela primeira vez!

4. Desconecte-se!
Uma das coisas mais difíceis quando a gente está tentando trabalhar em um livro é desconectar-se da internet, sempre fica olhando, vez ou outra, o facebook ou outra rede social qualquer. Um programa bem bacana para resolver esse problema é o JDarkRoom. Parece que você está escrevendo no "modo Matrix", e ele te impede de sair do programa pra ficar bisbilhotando a internet uma vez que ocupa a tela toda do pc. É uma opção muito produtiva pra quem, como eu, tem queda por "curiar" o que os amigos estão fazendo.

5. Música e Foco, sempre!
Música é sempre bom, seja pra inspirar, pra dar um plano de fundo pras suas cenas ou pra simplesmente te manter no barulho, se, como eu, você também é inimigo do silêncio geral. Então, coloque algo pra tocar e viaje pela sua nova história. Mantenha sempre o foco no seu objetivo, 50 mil palavras não aparecem assim do nada, jovens, você vai penar pra chegar lá, então, concentre-se no objetivo e se esforce!

O mais importante do NaNoWriMo é se divertir, fazer amigos novos e se testar! E ainda desenvolve um sonho, que é tirar nossa história do fundo da nossa cabecinha e entregar ela para o mundo. Pode ser o passo que você precisava para iniciar seu sonho de escrever, para se testar enquanto autor e sentir na pele a pressão dessa profissão (vá por mim, é realmente 10% de inspiração e 90% de transpiração!) e desengavetar sua vida. Então, vamos lá, povo! Animem-se!

Beijocas e até o próximo post!

Seis Anos Depois - Harlan Coben

Informações:

Título Original: Six Years
Título no Brasil: Seis Anos Depois
Autor: Harlan Coben
Ano de Publicação: 2013
Gênero: Romance, Suspense, Mistério

Sinopse: Jake Fisher e Natalie Avery se conheceram no verão. Eles estavam em retiros diferentes, porém próximos um do outro. O dele era para escritores; o dela, para artistas. Eles se apaixonaram e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas. E foi por isso que Jake não entendeu quando Natalie decidiu romper com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que os deixasse em paz e nunca mais voltasse a procurá-la.

Jake tentou esconder seu coração partido dedicando-se integralmente à carreira de professor universitário e assim manteve sua promessa... durante seis anos.

Ao ver o obituário de Todd, Jake não resiste e resolve se reaproximar de Natalie. No enterro, em vez de sua amada, encontra uma viúva diferente e logo descobre que o casamento de Natalie e Todd não passou de uma farsa.

Agora ele está decidido a ir atrás dela, esteja onde estiver, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada.

Em Seis Anos Depois Harlan Coben usa todo o seu talento para criar uma trama sensacional sobre um amor perdido e os segredos que ele esconde.

O que eu achei: Seis anos depois segue a mesma linha de Não Conte a Ninguém, vemos um professor universitário, Jake, que sofre ainda por Natalie, um amor de verão que casou-se com outro homem e pediu a Jake que saísse da sua vida e nunca mais lhe procurasse. Quando, seis anos depois, ele vê o anúncio do óbito do marido de Natalie decide que é hora de reencontrá-la e, talvez, dar uma segunda chance ao seu coração partido, mas ao chegar ao funeral, a família que encontra não é a de Natalie, pior, Jake acaba descobrindo que a mulher que ama simplesmente nunca existiu. Desesperado para descobrir o que está acontecendo, ele acaba se metendo em uma trama de intrigas envolvendo a máfia de Nova Iorque e passa a ser alvo de uma empresa clandestina que também procura pela sua namorada. Quanto mais busca respostas, mais as pessoas que ele ama correm perigo, mas Jake não pode desistir de Natalie, não quer desistir nem que para isso precise morrer ao lado dela. O que vemos em seis anos depois, que dizem ser a obra mais aclamada de Coben, é o mesmo parâmetro de Não Conte a Ninguém, em que um homem comum se vê no meio de uma confusão de intrigas e perigos para procurar a mulher que ama, e então, um cara até então comum e civilizado, torna-se um criminoso investigador e segue pistas para um mistério digno de Agatha Christie. O que muda, realmente, é o enredo, a situação é a mesma.
O que eu achei interessante nesse livro foi as questões filosóficas que ele levanta, como a questão de certo e errado que são totalmente arbitrárias, dependentes de um contexto que dita o seu comportamento; o conceito de assassinato que é desconstruído quando Jake, por defesa, acaba matando um homem e se depara com a questão de como se sentir diante daquilo, além do fato de mostrar que, independente do quão ruim seja uma pessoa, alguém sempre vai sentir sua perda. E essas questões eu achei muito válidas e foram os pilares que sustentaram a história e fizeram com que ela tivesse uma profundidade além do simples suspense e ação constantes. Eu não li mais livros de Coben além de Não Conte a Ninguém, que eu adorei, por sinal, então só posso comparar Seis anos depois com ele. De qualquer forma, para os amantes de um bom suspense esse livro é realmente indicado dando a certeza de uma história tensa, cheia de mistérios que se interligam, além de equilibrar com um romance muito bem construído e tratar de questões humanas e até polêmicas.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Trilogia Millenium - Filmes


Informações:

Título original: Män som hatar kvinnor
Flickan som lekte med elden
Luftslottet som sprängdes
Título no Brasil: Os Homens que não amavam as mulheres 
A garota que brincava com fogo
A rainha do castelo de ar
Série: Millenium
Gênero: Crime, Drama, Suspense
Autor: Stieg Larssons
País de Origem: Suécia/Dinamarca
Direção: Niels Arden Oplev
Ano de lançamento: 2009 (os três :o)
Elenco: Michael Nyqvist, Noomi Rapace, Ewa Fröling
Nota: *****

O que eu achei: Cara, estou aqui pra falar dessa trilogia fodástica da qual eu já havia ouvido falar muito, mas nunca tinha assistido. Infelizmente, só vai dar pra falar dos filmes porque eu não tive a oportunidade de ler os livros - que já estão na minha seleta lista de livros desesperadamente desejados - eu pude assistir os três filmes, em um espaço de dois dias, e não tinha como não recomendar porque a trama é fascinante, os personagens são marcantes e ficam com você, principalmente Lisbeth, que tem uma história difícil e é uma personagem diferente do que a gente costuma ver por aí. Eu assisti a versão sueca dos filmes, tem a americana também, mas nas minhas pesquisadas, vi que a Sueca era melhor e mais realista, não me arrependi, o impacto é realmente muito bom.

Sinopse: “Harriet Vanger desapareceu 36 anos atrás, sem deixar pistas, na ilha de Hedeby, um local que é quase propriedade exclusiva da poderosa família Vanger. Apesar da longa investigação policial, a jovem de 16 anos nunca foi encontrada. Mesmo depois de tanto tempo, seu tio Henrik decide continuar as buscas, contratando o jornalista investigativo da revista Millennium, Mikael Blomkvist, que não está em um bom momento de sua vida – enfrenta um processo por calúnia e difamação. Mas, quando o jornalista se junta a Lisbeth Salander, uma investigadora particular nada usual, incontrolável e antissocial, a investigação avança muito além do que todos poderiam imaginar.”

No primeiro filme da série, encontramos Mikael sendo acusado por seis crimes por difama um político magnata sueco e ter sido fruto de uma emboscada. E também acompanhamos Lisbeth, que segue os passos do jornalista. Ela é uma nada convencional investigadora particular e haker, que tem uma vida complicada e é designada a um novo curador (ela está em observação por ter tido um comportamento violento e ter sido internada numa clínica psiquiátrica), já que o seu anterior havia sofrido um derrame. O novo curador dela é um homem cretino, que abusa dela sexualmente em troca de um dinheiro que é dela por direito e de manter a polícia informada do "bom comportamento" dela. Mikael e Lisbeth não se conhecem pessoalmente, embora ela saiba tudo sobre ele, contratada por um velho senhor para descobrir o caráter do jornalista, é a partir daí que seus destinos se unem, quando Mikael é contratado para investigar o desaparecimento de Harriet, uma garota que provavelmente foi assassinada por um dos membros da poderosa família em nome de dinheiro. Nesse meio tempo, Lisbeth consegue vingar-se de seu curador (palmas porque essa parte é um show!) Somos levados ao mundo de uma série de assassinatos brutais que é descoberta por Mikael e Lisbeth, através do diário de Harriet, códigos escondidos na bílblia, da mente de um homem doente e um psicopata sexual. Eles vão atrás de pistas que ligam os últimos passos de Harriet e acabam chegando a um surpreendente desfecho que coloca suas vidas em risco.

Sinopse: “Neste segundo filme da trilogia Millennium, Lisbeth Salander torna-se a principal suspeita de dois homicídios. Blomkvist entra em cena para ajudar a antiga parceira, e descobrir por que razão Lisbeth é perseguida não só pela polícia, mas por um gigante loiro de quem pouco se sabe.”

No segundo filme da trilogia, uma rede de intrigas coloca Lisbeth na mira da polícia como suspeita de dois assassinatos, enquanto tenta provar sua inocência e descobrir quem está por trás dos crimes, ela acaba entrando em uma armadilha que pode colocar sua vida em risco, Mikael entra em cena na tentativa de ajudá-la e o romance é um pouco deixado de lado aqui, focando em Lisbeth, no seu passado conturbado e nos laços familiares rompidos dela após a morte da mãe. Com uma trama menos intensa, mas não menos tensa, que o primeiro filme, A Menina que Brincava com Fogo nos transporta para o desenvolvimento de Lisbeth como mulher, ela aparece um pouco mais madura e ainda mais determinada nesse filme, e a parte melhor é o jeito que ela toma o controle do curador (antes de ele ser morto), mas acaba colocando em risco as poucas pessoas que gosta e isso só aumenta mais a sede de descobrir o que está acontecendo, o que leva a um desfecho ainda mais surpreendente, perigoso e que por bem pouco não acabou com a vida da nossa protagonista fodástica. Mas o jogo ainda não acabou.

Sinopse: “Após quase ser morta pelo próprio pai, Lisbeth Salander (Noomi Rapace) é levada para o hospital em estado grave. Lá também está internado o pai dela, Alexander Zalachenko (Georgi Staykov), que se tornou uma grande ameaça devido às informações que possui. Alexander era um agente soviético que trabalhava para um restrito grupo sueco, que agora teme o que ele possa revelar às autoridades. Para eliminar a ameaça, é enviado ao hospital um homem com pouco tempo de vida, que tem por objetivo matar Alexander e Lisbeth. Entretanto, ele apenas consegue matar Zalachenko e, logo em seguida, se suicida. A partir de então Lisbeth se recupera fisicamente para enfrentar um processo nos tribunais, recebendo a ajuda do editor da revista Millennium, Mikael Blomqvist (Michael Nyqvist).”

O filme que fecha a trilogia Millenium não deixa nem um pouco a desejar em comparação com os outros. Nele, Lisbeth é levada para o hospital após levar um tiro na cabeça e ser enterrada viva pelo pai e o irmão, após isso, é ajudada pelo médico do hospital a se comunicar com Mikael, que está fazendo de tudo para provar a inocência dela, uma vez que ela é acusada de tentar matar o pai com uma machadada na cabeça (okay, nao sei se eu vi mal, mas no outro filme pareceu que foi na perna, mas tudo bem). Ela é então presa e a irmã de Mikael assume sua defesa, enquanto tenta ganhar tempo para que o jornalista se junte à defesa nacional Sueca para desbancar uma quadrilha de crime organizado que tinha ligação com o pai de Lisbeth e que é responsável por uma série de homicídios e outras atrocidades. A vida de Mikael e os outros redatores da Millenium entram em grave perigo, Lisbeth corre contra o tempo para provar sua inocência e conseguir  sua liberdade de volta (sem curadores safados ou qualquer outra coisa). Nesse filme, vemos o final do romance entre Mikael e Lisbeth, embora percebamos que eles estejam apaixonados, mesmo Mikael estando envolvido com Monika, a segunda diretora da revista, Lisbeth opta por não se envolver com ele, acredito que por conta de tudo que aconteceu com o pai e todos os outros homens que ela conheceu (médicos estupradores, com exceção do último que operou ela, curadores estrupadores enfim) creio que Mikael e o médico que a atendeu no hospital foram os únicos que não violetaram ela. Ainda assim, achei a desconstrução do romance muito rápida e com um final aberto.

Os filmes são incríveis, imagino que os livros devem ser superiores afinal sempre são e mal espero para colocar as mãos neles na primeira oportunidade que tiver! Lisbeth é uma personagem forte e altamente inteligente, que inova o conceito de protagonistas femininas, e uma curiosidade muito interessante que eu encontrei enquanto pesquisava sobre os livros e o autor foi que ela é baseada em uma jovem real que, aos 15 anos, Larsson viu ser estuprada coletivamente, e sofreu a vida toda por não ter feito nada pela garota na ocasião. Por isso, dedicou os três livros e a personagem principal a ela, e é esse um dos motivos de a trilogia Millenium tratar de violência sexual contra a mulher. Em tramas cada vez mais envolventes e tensas, somos levados a um ritmo frenético de acontecimentos e uma trama de intrigas fascinante que nos arrebatam do primeiro ao último minuto do filme. Vocês sabem que eu sou uma completa pamonha no quesito violência visual, mas ainda assim, esse filme me arrebatou de um jeito que eu consegui digerir de boas essas partes (acho que estou amadurecendo :/) e não recomendo para pessoas que tem estômago fraco, pois tem umas cenas grotescas no filme (como a cena que ela é violentada - de novo! - pelo curador, ou mesmo a que ela enfia o machado no pai dela), umas ceninhas de sexo meio sei lá, mas nada tão insuportável de ver, e muito, muito sangue, esses personagens penam. A atuação dos protagonistas foi incrível, a gente consegue sentir a essência de cada personagem mesmo no filme (o que eu ainda acho que vai me render raiva quando eu ler o livro). Enfim, a trilogia millenium é fantástica! Mal espero para poder comprá-los, se você ainda não conhece os filmes, eu recomendo os três e te desafio a não querer os livros depois!
Achei um site bem legal falando as diferenças entre os dois primeiros filmes da série o americano e o Sueco, mesmo sendo a opinião do autor do blog, ainda assim acho que não vou me arriscar ver a versão americana simplesmente pelo fato de eles terem produzido Saw (jogos mortais) e eu saber muito bem que eles são visualmente meio psicopatas. Mas, caso eu crie coragem, mostro a vocês o que achei. Embora, seja um pouco chato isso uma vez que os EUA não vão continuar a série. Vou deixar o link da matéria pra vocês conferirem: De Frente com os Livros

Então é isso, pessoal! Vejo vocês na próxima resenha!

sábado, 10 de outubro de 2015

Primeira Resenha de Dear Diary!

Sim, meus queridos, meu conto, Dear Diary, publicado no Nyah!Fanfiction a pedido de uma leitora do grupo do site no facebook, ganhou proporções maiores do que eu pensava para uma história clichê. Eu fiquei tão surpresa com as respostas desse conto - e com os pedidos que eu o transformasse em livro - que o tenho como marco da minha nova etapa como autora. Do meu "desapegar de mim mesma" em prol dos meus personagens. A inspiração desse conto veio do livro As Vantagens de ser Invisível já resenhado aqui no blog. E o conto fez tanto sucesso que eu estou imensamente feliz! Agora, o blog parceiro Apaixonadas por Palavras fez uma resenha linda sobre ele.
"O velho clichê da garota nerd que se acha esquisita e se apaixona pelo "popular atleta do colégio" o cara bonito, cheio das atenções e com todas as garotas aos seus pés, ganha uma versão humanizada pelos dedos de Katarynny Gabriella, isso que me fascina nessa história. Os personagem tem vida, tem histórias e sentem, sentem muito. ( e eu pude sentir com eles)." 
Acho que não tem nada mais gratificante para um autor do que ter algo seu reconhecido pelas pessoas, do que saber que é capaz de tocar os leitores com suas palavras, transportá-lo para um mundo criado por você. Isso não tem preço! Além das recomendações incríveis que recebi no site, combinadas com comentários realmente motivadores, essa resenha só veio a acrescentar mais o meu desejo de escrever e de levar emoções como essa para meus leitores. Nunca pensei que um conto teria essa proporção que pode parecer mínima para alguns, mas pra mim é muito, é grandioso! A Maby Ferreira, blogueira responsável pela resenha, simplesmente conseguiu me emocionar com suas palavras!
Leia a resenha completa no site Apaixonadas por Palavras! E, pra ler o conto, vá no Nyah!

O Sétimo Filho


Informações:

Título Original: The Seventh Son
Título no Brasil: O Sétimo Filho
Gênero: Fantasia, Aventura, Romance
País de Origem: EUA
Ano de Lançamento: 2015
Elenco:  Ben Barnes, Julianne Moore e Jeff Bridges
Nota: *****

Sinopse: Adaptação da saga "As Aventuras do Caça-Feitiço" - O Sétimo Filho é baseado no primeiro livro, "O Aprendiz". A história acompanha Thomas (Ben Barnes), o sétimo filho de um sétimo filho. Thomas tem o dom de ver aquilo que os outros não podem enxergar, ou seja, criaturas das trevas e outros seres. Ele é treinado por John Gregory (Jeff Bridges) para se tornar um Caça-Feitiço e combater as trevas. No elenco estão Julianne Moore, Olivia Williams, Alicia Vikander, Antje Traue, Djimon Hounsou e Kit Harington.

O que eu achei: Infelizmente eu não li As Aventuras do Caça Feitiço ainda, tenho o segundo livro, mas toda vez que arrumava dinheiro pra comprar o primeiro estava esgotado (pense na sina!) O Sétimo Filho, adaptação cinematográfica do primeiro livro estreou em janeiro desse ano, mas eu estava esperando sair em uma qualidade melhor pra poder assistir, acabei vendo hoje, porque estou na TPM e quando a gente tá assim não quer fazer mais nada, então, estou de filmes, doramas e chocolate, pra minha sorte esse mês não veio o choro, mas viciei em Nobody's Home da Avril Lavigne que é uma música bem intensa e deprimente.
Mas voltando ao filme, acompanhamos o mestre Gregory com seu aprendiz na caçada a feiticeira que governa as trevas, durante a tentativa, o aprendiz acaba sendo morto pela poderosa rainha das trevas que foge em sua forma de dragão. Enquanto isso, Thomas, um garoto camponês que vive com a família em uma pequena propriedade rural - aparentemente afastada de tudo - ele não é comum, tem visões estranhas e fragmentadas. Até que um dia, um velho aparece na casa dele e decide "comprá-lo", quando ele percebe ser o homem de suas visões decide ir com ele sem hesitar, apesar dos apelos da mãe. Com isso, ele descobre que os sétimos filhos de um sétimo filho são os escolhidos para serem caça-feitiços, assim, agora Thomas é o aprendiz de Gregory, um velho aparentemente frio e que se preocupa com nada mais além de seu ódio por feiticeiras e bebida.
No meio do caminho, Thomas acaba salvando Alice, uma bela feiticeira que também aparece em suas visões, sem saber que ela é uma espiã da irmã da rainha das trevas. Gregory começa com o duro treinamento de Thomas, que inicialmente é difícil e exigente (como sempre acontece, acho que em filmes de fantasia essa lei oriental de desenvolvimento do herói é regra). Thomas passa a não acreditar no que tem pela frente, e nem em si mesmo, principalmente quando Alice começa a pôr a prova tudo que Gregory lhe ensina, afirmando que nem todas as feiticeiras são más. Coisa que ele vem atestar mais adiante, quando descobre ser o único capaz de derrotar a rainha das trevas, assim, ele assume seu destino dividido entre o amor por Alice e sua natureza de caça-feitiço.
Os efeitos especiais do filme são impecáveis, não tenho do que reclamar, achei incrível desde que vi o trailer! Julianne Moore está di-vi-na como sempre - amo essa mulher! - Ben Barnes fabuloso como Thomas. O filme é engraçado e tenso na medida certa, combina bem fantasia e aventura com o romance na medida certa, embora alguns fatos eu tenha achado bem previsível, como o caso da mãe de Thomas. Provavelmente, quando eu conseguir ler o livro e assistir ao filme novamente vou ter um surto de raiva, mas por enquanto, dei cinco estrelinhas pro filme! Valeu meu tempo!

Nova Parceria: Apaixonadas por Palavras



Depois da parceria com o blog Segredinhos da Mary, da autora Mary Oliveira, tenho o prazer de anunciar a parceria com o Apaixonadas por Palavras das divas Maby e Renata. Música, Livros, Filmes, é um blog que vale a pena ler!

Dom Quixote - Cervantes

Informações:

Título Original: Don Quijote de la Mancha
Título no Brasil: Dom Quixote
Autor: Miguel de Cervantes
Ano de Publicação: 1605
Editora: Francisco de Robles (Editor)
Série: -
País de Origem: Espanha
Gênero: Aventura

Sinopse: Dom Quixote de La Mancha não tem outros inimigos além dos que povoam sua mente enlouquecida. Seu cavalo não é um alazão imponente, seu escudeiro é um simples camponês da vizinhança e ele próprio foi ordenado cavaleiro por um estalajadeiro.

O que eu achei: こんにちわみなさん!
É, eu demorei, eu já sei. Eu estou novamente cheia de trabalhos da faculdade e, pra completar, meu pai adoeceu com uma virose violenta que está dando por aqui e aí a gente andou bem preocupada. Mas, enfim, tarefas a parte, a leitura da semana foi esse clássico espanhol, Dom Quixote, um dos livros mais lidos do mundo. Segundo dados colhidos da Wikipédia sobre os livros mais lidos do mundo pelo blog Dose Literária (leia a matéria AQUI):
"Ao pesquisar uma lista dos títulos de livros mais vendidos/lidos do mundo, em primeiro lugar sempre encontraremos a Bíblia Sagrada (que já passa dos 6 bilhões de cópias), em segundo O Livro Vermelho (que é composto por citações do Comandante Chinês Mao Tse-Tung), e em terceiro O Alcorão (livro sagrado muçulmano).
Nesta lista dos mais lidos, ainda há O Livro de Mórmon e o dicionário de caracteres da China, o Xinhua Zidian, e outros títulos religiosos."
Eu já tinha visto em algum lugar (em um gráfico se não estou enganada) que Dom Quixote é o segundo livro mais lido depois da Biblia, mas talvez essa pesquisa esteja mais atualizada. Bem, dos 15 livros literários mais lidos no mundo, segundo a pesquisa, ele ocupa o 1º lugar, passando na frente de Um Conto de Duas Cidades de Charles Dickens e de O Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien. E também aparece em primeiro lugar na lista da revista Bula com os 100 melhores livros de todos os tempos (Leia AQUI) com levantamentos de sites e revistas famosas: “The New York Times”, “Amazon”, “Le Monde”, “The New York Public Library”, “BBC”, “The Guardian”, “Modern Library”, “Time”, “Newsweek”, “Telegraph”, “Lists Of Bests”, “Wikipedia”, “Folha de S. Paulo”, “Revista Época”, “Revista Bravo”.
Eu tinha muita curiosidade em ler esse livro, comprei por nove reais uma edição de capa dura da Abril Cultural traduzida por Orígenes Lessa, na Estante Virtual. O enredo gira em torno de Alfonso Quixano, um fidalgo que, após ler muitos romances de cavalaria (livros próprios da era medieval, no período romântico) decide tornar-se um cavaleiro, tomado totalmente pela loucura. Assim, com sua imaginação muito fértil, parte pelo mundo acompanhado de um camponês chamado Sancho Pança e se mete em mais confusões do que consegue lidar, deixando, na maior parte do tempo, os problemas para o pobre camponês lidar. A famosa cena maluca dos moinhos de vento que ele enxerga como gigantes a serem combatidos é mais breve do que eu esperava, mas, ainda assim, hilária. O que toca em Dom Quixote é a loucura "boa" dele, de um jeito inocente, que a maioria de nós também tem um pouco quando lê um livro muito bem **Sou um bom exemplo disso me desenhando inteira com tinta nankin e caneta permanente depois de ler Os Instrumentos Mortais.** assim, ele sai pelas cidadelas da Espanha destruindo a impunidade e levando a justiça, confundindo estalagens com castelos, acreditando em feiticeiros e sempre apaixonado pela sua Dulcinéia de Toboso como todo bom cavaleiro andante dos romances medievais. O legal desse livro, além das desventuras hilárias da loucura do fidalgo - que na maioria das vezes sobra pro "escudeiro" - é que Sancho acaba, de certa forma, ficando contagiado pela maluquice do amo, assim como todas as pessoas que mesmo se divertindo às custas dele, o que eu achei em parte cruel, mas que ele era inocente demais pra perceber, de certo ponto o deixavam feliz, por ser reconhecido, por ser tratado à altura do que ele achava merecer. Tanto é que, em uma das passagens próximo ao fim do livro, quando o fidalgo, por motivos de saúde precisa abandonar sua vida de cavaleiro, um dos seus "espectadores" fala:
"- Vai ser difícil - afirmou Dom Antônio. - E seria pena... Vós tentais roubar do mundo um dos seus melhores loucos, o doido mais perfeito e divertido da terra. Sua loucura é inofensiva é o melhor tratamento contra a melancolia e as tristezas da vida." Página 180
E de fato o é. Por onde quer que passe o fidalgo, com sua imaginação mais que fértil e sua fala rebuscada, leva riso - ainda que ridículo - e distração para as pessoas e é isso que faz com que Quixote seja tão amado e apaixonante, é uma história que foi pensada como uma sátira à ficção de entretenimento de sua época, mas que acabou criando um personagem inocente, fofo e cheio de uma imaginação infantil que reina e faz com que todo leitor se identifique, afinal, todos nós adquirimos um pouco mais de loucura no nosso mundo desajustado a cada livro lido. E, além de tudo, é sábio ao seu modo, uma das passagens que mais gostei foi:
"- Como vês, meu Sancho, apesar de rústico, dão-te uma ilha a governar. Mérito teu? Sabes que não. Apenas pelo fato de acompanhares um cavaleiro andante. Falo-te com essa franqueza para que agradeças a Deus o privilégio, e à grandeza da cavalaria andante, que te deu prestígio. Ouve agora os meus conselhos para bem governares. Teme a Deus. É o princípio da sabedoria. Conhece-te a ti mesmo. É o que somente os sábios conseguem. Não te envergonhes de dizer que foste um camponês, porque, se o negares, outros te lançarão em rosto essa verdade. Se a tua mulher vier ao teu encontro, ensina-lhe boas maneiras. Se ficares viúvo, muito cuidado na escolha de uma nova mulher. Ela poderá vir por interesse, porque serás governador. Dá mais importância às lágrimas dos pobres que à riqueza dos nobres. E, ao fazer justiça, procura ser antes compreensivo que rigoroso." Página 157/158.
Como não amar Quixote? Faz juiz a ser um dos livros mais vendidos e lidos do mundo! Se você ainda não conhece, não perca tempo!

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Princesa Adormecida - Paula Pimenta

Informações:

Título: Princesa Adormecida
Autor: Paula Pimenta
País de Origem: Brasil
Série: -
Editora: Galera Record
Ano: 2014
Gênero: Ficção Nacional, releitura
Páginas: 192

Sinopse: Era uma vez uma princesa... Você já deve ter ouvido essa introdução algumas vezes, nas histórias que amava quando criança. Mas essa princesa sou eu. Quer dizer, é assim que eu fiquei conhecida. Só que minha vida não é nada romântica como são os contos de fada. Muito pelo contrário. 
Reinos distantes? Linhagem real? Sequestro? Uma bruxa vingativa? Para mim isso tudo só existia nos livros. Meu cotidiano era normal. Tá, quase normal. Vivia com meus (superprotetores) tios, era boa aluna, tinha grandes amigas. Até que de uma hora pra outra, tudo mudou. 
Imagina acordar um dia e descobrir que o mundo que você achava que era real, nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado, e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi parar o amor da sua vida.
Se alguma vez passar por isso, saiba que você não é a única.
Eu não conheço a sua história, mas a minha é mais ou menos assim...

O que eu achei: Oi oi, gente linda *U* então, no meio de um conto bem legal que eu decidi escrever pro Nyah, as obrigações da faculdade e uma rotina totalmente desequilibrada (eu sou uma vergonha pra humanidade, sério) eu voltei com a resenha de Princesa Adormecida, esse livro nacional escrito pela Paula Pimenta que é uma releitura moderna do meu conto favorito, A Bela Adormecida. Essa é a terceira vez que a Paula aparece aqui no blog, a primeira foi com Fazendo meu Filme: A Estreia de Fani, a segunda foi com seu conto pra antologia O Livro das Princesas com o conto Cinderela Pop. E agora, com esse livro que eu ganhei de presente de aniversário com um mês adiantado da minha irmã. Mas só peguei nele agora! Enfim, vamos ao enredo, conhecemos Áurea Bellora, uma princesa de um pequeno reino alemão que eu não vou escrever porque é um palavrão estranho, ela despertou a ira de uma "amiga" da mãe que foi a responsável por juntá-la com um descendente real desse pequeno reino, mas que não assumiria o trono por ser apenas irmão mais novo do príncipe. Furiosa, a mulher tenta sequestrar a princesa quando criança e é desmascarada pelo Filipe, o filho de um casal que se torna amigo dos pais de Áurea (e que nome esse, hein!) com as constantes ameaças da megera, os pais decidem forjar a morte da filha e escondê-la no Brasil, na casa dos tios maternos da mãe - que é brasileira - e em um colégio interno onde ninguém a encontraria. A "maldição" aqui seria que a mulher iria destruir o primeiro amor de Áurea impedindo que ela conhecesse qualquer tipo de felicidade antes dos 18 anos. A menina é criada pelos tios e no colégio interno achando que os pais morreram e que tudo até seus 5 anos foi uma história infantil. Até que um dia ela conhece um rapaz chamado Phil através de mensagens de celular e, a partir daí, seu conto de fadas começa a se desvendar diante dos seus olhos. Okay, esqueça os fusos, aqui as "agulhas" são abelhas. Sim. Essa bela adormecida fica em coma após um choque anafilático (okay, isso não é um spoiler, afinal vocês sabem que ela acaba dormindo né?).
A história é fofa, embora você mate o que era pra ser uma charada logo de cara. E eu tinha percebido isso nos outros livros da Paula também, você mata a charada tão cedo que quando vem a resolução fica se sentindo Sherlock Holmes, mesmo assim eu gostei tanto, vocês sabem que eu amo qualquer adaptação ou releitura desse clássico, ainda falta ler Adormecida que foi o único livro adaptado que eu ainda não li. Recomendo Princesa Adormecida pra quem gosta de um romance leve, rápido, de leitura fácil e fofinho. Valeu a pena. Quatro estrelinhas!

Bem galera, é isso. Eu tô bem atarefada e com o aniversário de mamãe as coisas ficaram mais apertadas ainda e a rotina toda desequilibrou bonito. Tirei "férias" de Sombras ao Sol para escrever Dear Diary no Nyah, a pedido de umas pessoas no grupo do facebook e a história deu tão certo que não tive coragem de abandoná-la ou mesmo deixá-la curtinha como eu planejei... Mas já estou terminando e logo volto ao trabalho! A partir da semana que vem as coisas já vão entrar nos eixos. Obrigada por acompanharem o blog! Beijos!