Informações:
Título original: Män som hatar kvinnor
Flickan som lekte med elden
Luftslottet som sprängdes
Título no Brasil: Os Homens que não amavam as mulheres
A garota que brincava com fogo
A rainha do castelo de ar
Série: Millenium
Gênero: Crime, Drama, Suspense
Autor: Stieg Larssons
País de Origem: Suécia/Dinamarca
Direção: Niels Arden Oplev
Ano de lançamento: 2009 (os três :o)
Elenco: Michael Nyqvist, Noomi Rapace, Ewa Fröling
Nota: *****
O que eu achei: Cara, estou aqui pra falar dessa trilogia fodástica da qual eu já havia ouvido falar muito, mas nunca tinha assistido. Infelizmente, só vai dar pra falar dos filmes porque eu não tive a oportunidade de ler os livros - que já estão na minha seleta lista de livros desesperadamente desejados - eu pude assistir os três filmes, em um espaço de dois dias, e não tinha como não recomendar porque a trama é fascinante, os personagens são marcantes e ficam com você, principalmente Lisbeth, que tem uma história difícil e é uma personagem diferente do que a gente costuma ver por aí. Eu assisti a versão sueca dos filmes, tem a americana também, mas nas minhas pesquisadas, vi que a Sueca era melhor e mais realista, não me arrependi, o impacto é realmente muito bom.
Sinopse: “Harriet Vanger desapareceu 36 anos atrás, sem deixar pistas, na ilha de Hedeby, um local que é quase propriedade exclusiva da poderosa família Vanger. Apesar da longa investigação policial, a jovem de 16 anos nunca foi encontrada. Mesmo depois de tanto tempo, seu tio Henrik decide continuar as buscas, contratando o jornalista investigativo da revista Millennium, Mikael Blomkvist, que não está em um bom momento de sua vida – enfrenta um processo por calúnia e difamação. Mas, quando o jornalista se junta a Lisbeth Salander, uma investigadora particular nada usual, incontrolável e antissocial, a investigação avança muito além do que todos poderiam imaginar.”
No primeiro filme da série, encontramos Mikael sendo acusado por seis crimes por difama um político magnata sueco e ter sido fruto de uma emboscada. E também acompanhamos Lisbeth, que segue os passos do jornalista. Ela é uma nada convencional investigadora particular e haker, que tem uma vida complicada e é designada a um novo curador (ela está em observação por ter tido um comportamento violento e ter sido internada numa clínica psiquiátrica), já que o seu anterior havia sofrido um derrame. O novo curador dela é um homem cretino, que abusa dela sexualmente em troca de um dinheiro que é dela por direito e de manter a polícia informada do "bom comportamento" dela. Mikael e Lisbeth não se conhecem pessoalmente, embora ela saiba tudo sobre ele, contratada por um velho senhor para descobrir o caráter do jornalista, é a partir daí que seus destinos se unem, quando Mikael é contratado para investigar o desaparecimento de Harriet, uma garota que provavelmente foi assassinada por um dos membros da poderosa família em nome de dinheiro. Nesse meio tempo, Lisbeth consegue vingar-se de seu curador (palmas porque essa parte é um show!) Somos levados ao mundo de uma série de assassinatos brutais que é descoberta por Mikael e Lisbeth, através do diário de Harriet, códigos escondidos na bílblia, da mente de um homem doente e um psicopata sexual. Eles vão atrás de pistas que ligam os últimos passos de Harriet e acabam chegando a um surpreendente desfecho que coloca suas vidas em risco.
Sinopse: “Neste segundo filme da trilogia Millennium, Lisbeth Salander torna-se a principal suspeita de dois homicídios. Blomkvist entra em cena para ajudar a antiga parceira, e descobrir por que razão Lisbeth é perseguida não só pela polícia, mas por um gigante loiro de quem pouco se sabe.”
No segundo filme da trilogia, uma rede de intrigas coloca Lisbeth na mira da polícia como suspeita de dois assassinatos, enquanto tenta provar sua inocência e descobrir quem está por trás dos crimes, ela acaba entrando em uma armadilha que pode colocar sua vida em risco, Mikael entra em cena na tentativa de ajudá-la e o romance é um pouco deixado de lado aqui, focando em Lisbeth, no seu passado conturbado e nos laços familiares rompidos dela após a morte da mãe. Com uma trama menos intensa, mas não menos tensa, que o primeiro filme, A Menina que Brincava com Fogo nos transporta para o desenvolvimento de Lisbeth como mulher, ela aparece um pouco mais madura e ainda mais determinada nesse filme, e a parte melhor é o jeito que ela toma o controle do curador (antes de ele ser morto), mas acaba colocando em risco as poucas pessoas que gosta e isso só aumenta mais a sede de descobrir o que está acontecendo, o que leva a um desfecho ainda mais surpreendente, perigoso e que por bem pouco não acabou com a vida da nossa protagonista fodástica. Mas o jogo ainda não acabou.
Sinopse: “Após quase ser morta pelo próprio pai, Lisbeth Salander (Noomi Rapace) é levada para o hospital em estado grave. Lá também está internado o pai dela, Alexander Zalachenko (Georgi Staykov), que se tornou uma grande ameaça devido às informações que possui. Alexander era um agente soviético que trabalhava para um restrito grupo sueco, que agora teme o que ele possa revelar às autoridades. Para eliminar a ameaça, é enviado ao hospital um homem com pouco tempo de vida, que tem por objetivo matar Alexander e Lisbeth. Entretanto, ele apenas consegue matar Zalachenko e, logo em seguida, se suicida. A partir de então Lisbeth se recupera fisicamente para enfrentar um processo nos tribunais, recebendo a ajuda do editor da revista Millennium, Mikael Blomqvist (Michael Nyqvist).”
O filme que fecha a trilogia Millenium não deixa nem um pouco a desejar em comparação com os outros. Nele, Lisbeth é levada para o hospital após levar um tiro na cabeça e ser enterrada viva pelo pai e o irmão, após isso, é ajudada pelo médico do hospital a se comunicar com Mikael, que está fazendo de tudo para provar a inocência dela, uma vez que ela é acusada de tentar matar o pai com uma machadada na cabeça (okay, nao sei se eu vi mal, mas no outro filme pareceu que foi na perna, mas tudo bem). Ela é então presa e a irmã de Mikael assume sua defesa, enquanto tenta ganhar tempo para que o jornalista se junte à defesa nacional Sueca para desbancar uma quadrilha de crime organizado que tinha ligação com o pai de Lisbeth e que é responsável por uma série de homicídios e outras atrocidades. A vida de Mikael e os outros redatores da Millenium entram em grave perigo, Lisbeth corre contra o tempo para provar sua inocência e conseguir sua liberdade de volta (sem curadores safados ou qualquer outra coisa). Nesse filme, vemos o final do romance entre Mikael e Lisbeth, embora percebamos que eles estejam apaixonados, mesmo Mikael estando envolvido com Monika, a segunda diretora da revista, Lisbeth opta por não se envolver com ele, acredito que por conta de tudo que aconteceu com o pai e todos os outros homens que ela conheceu (médicos estupradores, com exceção do último que operou ela, curadores estrupadores enfim) creio que Mikael e o médico que a atendeu no hospital foram os únicos que não violetaram ela. Ainda assim, achei a desconstrução do romance muito rápida e com um final aberto.
Os filmes são incríveis, imagino que os livros devem ser superiores afinal sempre são e mal espero para colocar as mãos neles na primeira oportunidade que tiver! Lisbeth é uma personagem forte e altamente inteligente, que inova o conceito de protagonistas femininas, e uma curiosidade muito interessante que eu encontrei enquanto pesquisava sobre os livros e o autor foi que ela é baseada em uma jovem real que, aos 15 anos, Larsson viu ser estuprada coletivamente, e sofreu a vida toda por não ter feito nada pela garota na ocasião. Por isso, dedicou os três livros e a personagem principal a ela, e é esse um dos motivos de a trilogia Millenium tratar de violência sexual contra a mulher. Em tramas cada vez mais envolventes e tensas, somos levados a um ritmo frenético de acontecimentos e uma trama de intrigas fascinante que nos arrebatam do primeiro ao último minuto do filme. Vocês sabem que eu sou uma completa pamonha no quesito violência visual, mas ainda assim, esse filme me arrebatou de um jeito que eu consegui digerir de boas essas partes (acho que estou amadurecendo :/) e não recomendo para pessoas que tem estômago fraco, pois tem umas cenas grotescas no filme (como a cena que ela é violentada - de novo! - pelo curador, ou mesmo a que ela enfia o machado no pai dela), umas ceninhas de sexo meio sei lá, mas nada tão insuportável de ver, e muito, muito sangue, esses personagens penam. A atuação dos protagonistas foi incrível, a gente consegue sentir a essência de cada personagem mesmo no filme (o que eu ainda acho que vai me render raiva quando eu ler o livro). Enfim, a trilogia millenium é fantástica! Mal espero para poder comprá-los, se você ainda não conhece os filmes, eu recomendo os três e te desafio a não querer os livros depois!
Achei um site bem legal falando as diferenças entre os dois primeiros filmes da série o americano e o Sueco, mesmo sendo a opinião do autor do blog, ainda assim acho que não vou me arriscar ver a versão americana simplesmente pelo fato de eles terem produzido Saw (jogos mortais) e eu saber muito bem que eles são visualmente meio psicopatas. Mas, caso eu crie coragem, mostro a vocês o que achei. Embora, seja um pouco chato isso uma vez que os EUA não vão continuar a série. Vou deixar o link da matéria pra vocês conferirem:
De Frente com os Livros
Então é isso, pessoal! Vejo vocês na próxima resenha!