segunda-feira, 15 de julho de 2024

[Relendo&Resenhando] A Noiva Fantasma

Essa é a resenha 129 na lista de resenhas do blog ou você pode conferi-la aqui. Como isso é uma releitura, vou me ater às minhas reimpressões da história. Faz nove anos que li esse livro pela primeira vez e, por mais que a história estivesse vívida na memória, os detalhes e pormenores se dispersam conforme novos livros vão aparecendo e disputando espaço na mente.

Isso aqui pode ter spoilers, então se ainda não leu o livro sugiro que leia apenas a primeira resenha.

Na primeira vez, gostei muito da história, não teria comprado uma versão física se não tivesse. Mas nessa releitura algumas coisas na minha visão do livro mudaram, talvez por tudo que li de lá pra cá, talvez pela minha própria visão de mundo que mudou com a idade. A primeira coisa delas foi Tian Bai.

Quando li a primeira vez fiquei encantada com o personagem. Nem me dei conta que ele era 8 anos mais velho que ela, em outras circunstâncias isso não seria grande coisa, mas dada a ingenuidade de Li Lan que aos 18 anos não sabe muito da vida, uma promessa de casamento quando ela nem entende o que é casamento não facilitou muito as coisas. De início o encantamento dela por Tian Bai me soou quase como meu próprio, ele era lindo, gentil, cavalheiro e inteligente, mas conforme relia percebi que o encanto dela por ele era mais pela conveniência e a ingenuidade de alguém que nunca se apaixonou e, portanto, não era uma boa juíza dos próprios sentimentos, do que, de fato, uma atração real. Ela cria uma imagem dele na mente e quando isso começa a fragmentar, ela se afasta emocionalmente.

A segunda coisa foi a própria Li Lan, como a história é narrada no ponto de vista dela somos bem restringidos ao que ela vê e o que sabe e nem assim conseguimos justificar algumas ações estúpidas que ela toma ao longo do caminho. Tentei considerar a época e a criação dela, mas tinha umas atitudes que não dava pra defender não. Ela saía de esperta num momento para estúpida no seguinte de um jeito que não dava pra comprar. Me lembrava muito vagamente de Amah e do velho Wong de modo que foi muito legal revê-los, além da torrente de cultura chinesa e malaia do qual o livro é recheado.

Por fim, mas não menos importante, Er Lang. Da primeira vez eu fiquei encantada por esse personagem, mas muito superficialmente, a ponto de ainda conseguir shippar Li Lan com Tian Bai, minha mente jovem pregando peças e me impedindo de ver as coisas com clareza. Todavia, dessa vez, rever Er Lang me transportou para outro nível de encantamento. Pude ver todos os lados do personagem e ele literalmente reluzia nas páginas. Me apaixonei por ele sem remédio. Sua personalidade irreverente e irônica ganhou meu coração. A melhor parte, contudo, é que a gente se apaixona antes de descobrir o rosto dele. Eu sabia que ele era um dragão porque já tinha lido, mas se essa fosse minha primeira leitura eu teria ficado ainda mais encantada e mais curiosa sobre ele.

Assim, ao contrário da primeira leitura, vibrei quando ela o escolheu no final. Shippei os dois e amava suas brigas de casal de velhos, quando ele a pediu em casamento eu quase desmaiei de emoção, se fosse eu nem precisava esperar duas semanas, eu aceitava na lata. Resultado, amei o livro de novo e voltei a me indignar com a série que cortou meu lindo dragão, na verdade todo o elenco daquela série, apesar de muito bom, não fez real jus aos personagens. E eles tiraram o meu dragão! Foi o que mais me revoltou. Inclusive, a história da série é totalmente diferente do livro e muito menos interessante. 

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