Autor: Margo Maguire
Ano: 2003
Páginas: 315
Sinopse: Inglaterra, 1428.
Todavia, o instinto de proteção de Marcus de Grant nunca se manifestara com tanta força como quando ele se deparou com Keelin O'Shea. Embora dona de um senso de honra que não ficava nada a dever ao dele próprio, aquela princesa irlandesa precisava desesperadamente da proteção de um guerreiro... e também de seu coração!
Guardiã do talismã sagrado de seu clã, Keelin O'Shea sempre colocara o dever em primeiro lugar. No entanto, a simples visão de Marcus de Grant, dourado e glorioso como um deus antigo, provocou nela o doloroso anseio por uma paixão impossível!
Keelin é uma jovem irlandesa agraciada com o dom da premonição, herança de seu clã mágico que usa uma lança de nome impronunciável para potencializar esse poder. Seu dever é proteger essa lança com a sua vida impedindo que ela caia nas mãos de um clã mercenário cujo objetivo é dominar seu povo. Há quatro anos ela e o tio Tiarnan fogem de um lugar para outro na tentativa de despistar os mercenários. Agora seu tio está com a saúde ainda mais debilitada que nunca e ela teme ter de fazer a viagem de volta para a Irlanda sozinha.
Escondidos em uma velha cabana, são surpreendidos por uma comitiva inglesa que praticamente invade sua moradia temporária com um jovem rapaz ferido. Keelin se prontifica a usar seus conhecimentos de medidina para ajudar o garoto e descobre que o grupo é do nobre Marcus de Grant, cujo pai, um conde, foi morto pelos mercenários celtas atrás da lança. A atração entre os dois é imediata (literalmente), a jovem celta se vê hipnotizada pela beleza poderosa de Marcus, este, por sua vez, sempre tímido e incapaz de se aproximar de mulheres, se vê a vontade e atraído para a misteriosa garota irlandesa.
Sabendo da situação de ambos e agradecido pelo cuidado e esmero de Keelin com seu primo ferido e os demais soldados, Marcus a leva para sua fortaleza onde ela cuidará da recuperação de Adam e permanecerá sob sua proteção. Por mais que esteja ciente do seu dever de voltar para a Irlanda e entregar a lança para seu povo, ela não consegue resistir a tentação que a domina toda vez que Marcus a toca, desejo e dever entram em conflito dentro de Keelin sobrevivendo em uma corte diferente do que já viu, lidando com o desprezo da prima de Marcus que procura todas as maneiras de feri-la e preocupada com seu povo à mercê dos mercenários cruéis enquanto seus sentimentos pelo novo conde passam cada vez mais do controle.
Resgatei esse livro de um sebo numa feira literária, gosto bastante de romances históricos, mas esse não caiu nas minhas graças não. Apesar de não ser ruim, a trama fica meio repetitiva e o vai e volta dos personagens enrolando uma coisa simples muitas vezes soava irritante. Embora a narrativa conte com momentos interessantes e a química deles fosse quase tão boa quanto sua dinâmica, não foi suficiente para prender na história, cujo pano de fundo prometia o tempo todo uma ameçaa que nunca acontecia (então pra que prometer?).
O cúmulo foram os capítulos finais, resoluções apressadas que davam a impressão que a autora queria acabar logo com aquilo ao invés de desenvolver os conflitos que ela mesma criou, ficou muito cara de um deus ex-machina que não convenceu nada. A "conversão" de Isolda em boa moça foi risível, a mulher fez inferno o livro todo atrás do homem pra no final engolir um casamento com outro numa boa e pedir desculpas, além da solução pra guerra na Irlanda que também soou bem forçada.
Embora o livro em si não seja mesmo ruim, aliás, pra quem só quer passar o tempo com um romancinho açúcar é uma boa pedida, não conseguiu me cativar muito.