Autor: Gareth Brown
Gêneros: Literatura fantástica, Fantasia contemporânea, Realismo mágico, Romance de amor, Viagem no tempo
Sinopse: Cassie Andrews leva uma vida simples em Nova York. Ela divide um apartamento com sua melhor amiga e tem um trabalho do qual gosta, em uma livraria. Mas, ainda assim, desde que perdeu o avô, ela sente que falta alguma coisa em sua vida tão pacata…
É quando um de seus clientes favoritos lhe deixa um livro incomum de presente, cheio de escritas estranhas, desenhos misteriosos e uma única frase como instrução na primeira página: Este é o Livro das Portas. Segure-o, e qualquer porta será todas as portas.
O que Cassie está prestes a descobrir é que o Livro das Portas é um livro mágico, que concede a quem o possui o incrível poder de ir e vir a todos os lugares possíveis, apenas ao visualizar o local em sua mente. E mal sabe ela que existem outros livros que podem ser tão incríveis quanto, assim como podem desencadear coisas terríveis se caírem nas mãos de pessoas erradas. Pessoas estas que agora estão atrás dela.
De repente, Cassie é confrontada pela violência e pelo perigo, e a única pessoa que parece poder ajudá-la é o misterioso Drummond Fox, um homem que aparenta saber quase tudo a respeito desses livros. Agora, unidos pelo mesmo objetivo de se manterem vivos, Cassie e Drummond vão precisar usar todo o tempo — e livros — a seu favor para derrotar alguém que quer reunir todos os livros mágicos para mergulhar o mundo no mais profundo sofrimento.
Certo, vamos por partes porque o negócio é mais complicado do que a sinopse faz parecer.
Cassie trabalha em uma livraria no centro de Nova York, ela tem o turno vespertino e noturno, sendo a responsável por fechar o estabelecimento. Há um cliente regular com quem ela costuma conversar, o senhor Webber, enquanto ele está lá lendo seu livro e tomando seu café, Cassie conversa com ele e faz seus afazeres, mas, para seu choque, o velhinho acaba falecendo em sua cadeira, deixando para ela um livro estranho.
Após o choque, Cassie volta para casa levando consigo o livro esquisito e o exemplar do Conde de Monte Cristo que o senhor Webber estava lendo quando faleceu. Ela comenta com sua amiga Izzy sobre o acontecido e, após uma conversa leve, decide ir ao banheiro quando descobre que a porta agora dá em Veneza! Chocada, ela chama Izzy para ver aquilo e as duas debatem sobre ser o livro que causou aquilo. Elas decidem experimentar o livro e se deparam com um estranho homem.
Após isso, Cassie começa a perceber que aquele homem passa a aparecer com mais frequência no seu caminho e tudo muda quando elas são atacadas em uma lanchonete por um estranho que mata pessoas na sua frente, usando o livro das portas, elas conseguem fugir para Veneza e Cassie dá ao estranho a chance de se explicar, é quando ela descobre sobre outros livros semelhantes ao livro que ela tem e, ainda mais, sobre o perigo que é possuí-los.
Enquanto embarca em uma jornada para sobreviver e impedir que seu livro seja destruído, Cassie passeia entre passado e presente para encontrar uma maneira de deter a Mulher, que deseja possuir todos os livros para espalhar dor pelo mundo.
Olha, confessar pra vocês que esse livro não foi nada do que eu esperava. Contudo, não desgostei também, é um que leria de novo em outro momento. Uma fantasia urbana que faz a gente pensar em bastante coisa. O negócio é que eu não consegui me afeiçoar aos personagens, os que mais gostei foram justamente os que morreram hahahaha.
A maneira como a história vai e volta do passado pode ficar um pouco confusa no início, e levei mais tempo do que gostaria para me acostumar com isso. A história é, de fato, bem amarrada, tem umas partes bem gore que eu não estava esperando, mas houve umas coisas que não me soaram muito críveis mesmo pra um livro de fantasia.
Primeiro, a origem da Mulher. Achei aquilo ali absurdo e sem fundamento, não consegui comprar a ideia de uma vilã tão puramente maligna ser originada daquele propósito tão sem nexo. Segundo, a criação dos livros. Eu preferia, sinceramente, que ele não tivesse explicado isso. Pra mim não convenceu, ao contrário eu fiquei meio ???? e outra, se a criação dos livros se deu daquela forma, porque a criadora não era capaz de controlá-los ou, no mínimo, ser imune a eles se eram parte dela?
A dinâmica do livro me lembrou mais ou menos o que eu não gostei em O Sonho do Tigre, tudo parece que ficou condicionado às idas e vindas de Cassie ao passado, como se fosse um ciclo interminável de vivência das mesmas coisas. Claro, isso não anula o fato da história ser boa e é apenas a minha opinião sobre o que me incomodou, porque eu não gosto de narrativas cíclicas. Ainda assim, acho uma boa história para quem curte fantasia com uma pegada mais "pé no chão" se é que dá pra chamar assim.