Autor: Cecelia Ahern
Ano: 2022
Gêneros: Ficção Doméstica, Romance contemporâneo
Sinopse: E se uma doação de sangue lhe trouxesse novas memórias? Um verdadeiro conto de fadas moderno, conheça o romance de Cecelia Ahern, autora best-seller de P.S. Eu te amo, e descubra uma história sobre amizade, família e uma abordagem realista do luto à luz da imaginação.
É possível amar alguém que não conhecemos?
Com o casamento desmoronando, Joyce Conway quase perdeu tudo em um terrível acidente. Ao acordar no hospital, ela percebe que, inexplicavelmente, consegue falar latim e italiano, tem conhecimentos sobre arquitetura e a Renascença e se lembra do rosto de pessoas que nunca conheceu e de lugares que nunca visitou, como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa.
Depois de procurar a ex-mulher e a filha sem sucesso, Justin Hitchcock vai para Dublin lecionar sobre Arte. Após um divórcio, solitário e inquieto, ele não tem muita esperança para o futuro. A decisão de doar sangue foi a primeira coisa boa que fez em um bom tempo. Mas sua vida está prestes a mudar quando começa a receber presentes anônimos que vão lançá-lo em uma busca que transformará duas vidas para sempre.
Envolvente e apaixonante, o novo livro de Cecelia Ahern, autora best-seller de livros de romance amada por leitores do mundo inteiro, nos entrega essa história única que brilha com esperança e sentimento ― e um toque de magia.
Já quero começar dizendo que essa é a sinopse mais mentirosa que você vai ler hoje. Sabe o que esse livro tem de sobra? Encheção de linguiça.
A história já começa com um aborto (não é spoiler, tá na primeira página), Joyce cai da escada ao correr para atender o telefone e sofre um aborto, indo parar no hospital em estado grave e precisando de uma doação de sangue. Simultaneamente, numa universidade de Dublim, Justin está chegando para uma palestra como professor convidado bem no momento em que uma médica conversa sobre os alunos sobre a importância da doação de sangue. Ele tem pavor de agulhas, mas depois de uma conversa com a filha, Bea, decide ir doar uma bolsa de sangue e ser responsável por salvar a vida de alguém, mas fica encasquetado querendo saber para quem seu sangue vai.
Nisso, Joyce recebe o sangue dele e quando acorda da cirurgia, sem o bebê e encarando a verdade, tudo que lhe resta é seu pai, um casamento fracassado e memórias que ela jura não serem dela. De início pensa que é alguma coisa relacionada ao trauma, uma maneira do seu corpo lidar com o sofrimento. Ela pede o divórcio ao marido e volta para a casa do pai. A partir disso, a vida de Joyce e Justin vai se desenrolando enquanto ele flerta com a médica que tirou seu sangue, ela tenta lidar com a perda do bebê e entender as lembranças estranhas que estão acompanhando seus novos gostos. Como se, de repente, ela tivesse se tornado outra pessoa.
A relação com o pai de Joyce se estreita enquanto ele lida com sua memória cada dia pior, o peso da idade e velhos vícios retornando, Joyce se divide entre a preocupação com o pai e o turbilhão de mudanças acontecendo com ela. Ela e Justin se encontram em um salão de beleza, há uma conexão estranha entre eles, mas os dois têm certeza que nunca se viram antes. Uma série de eventos faz os dois se desencontrarem enquanto tentam se encontrar.
Esse livro foi uma decepção viu. Quando li a sinopse imaginei algo totalmente diferente, mas fica enrolando a maior parte da história e praticamente só vai se resolver nas últimas quatro páginas da forma mais clichê e sem graça possível. Além disso, não que eu espere que magia tenha sentido, mas a maneira que ela escolheu de manifestar as memórias e as próprias memórias ficou tão sem graça. Olha, sendo bem sincera? Como romance não funcionou para mim. Achei lento, arrastado e chato. O único ponto bom nessa história, de fato, foi a relação de Joyce com o pai, a maneira como a dinâmica deles se desenrola é não apenas muito real, mas igualmente adorável. De resto, não gostei.