Autor: Mary Burton
Ano: 2003
Páginas: 219
Sinopse: A Vingança era sua missão. O amor era seu dever. Nenhuma mulher conseguira despertar um desejo tão intenso em Travis Rafferty quanto a enfermeira da guerra civil, Meredith Carter. Ainda assim, quando ele tentou escapar do campo de prisioneiros, ela o traiu. Agora, anos depois, o desejo de vingança o levava de volta ao Oeste. E desta vez, Meredith não escaparia... Meredith precisava convencer Travis de sua inocência. Mas como poderia fazê-lo se reagia de forma tão intensa à sua proximidade? Cuidar de seus ferimentos e ficar com ele era a única maneira de provar que jamais seria capaz de trai-lo, pois, se fizesse isso, estaria traindo seu próprio coração.
Dois anos atrás, Travis ficou preso em uma cela com seus companheiros de regimento sob a mira dos rebeldes, mas recebeu auxílio para um amigo ferido da esposa de um rebelde. Contudo, o ferido deixou escapar sobre o plano de fuga e a emboscada levou embora vários dos amigos de Travis que jurou vingança contra Meredith Carter. Da sua parte, Meredith nunca traiu a confiança daqueles homens, mesmo não sendo simpatizante da União, sua missão era salvar vidas independente do que essas vidas defendiam. Assim, quando soube que a fuga deu errado, teve certeza que Travis viria atrás dela um dia tirar satisfações, mesmo não tendo sido culpa dela o fracasso da empreitada.
Dois anos mais tarde, ali estava ele na sua cozinha, com um mandado de prisão para levá-la de volta a Washington onde enfrentaria um julgamento como traidora. Não importa quantas vezes tente dizer a ele que nunca fez mal a nenhum dos seus homens, Travis não está disposto a acreditar em nada, mas nem mesmo ele contava com dois homens tentando matar a mulher que ele planejava levar à justiça e, no embate, ele é baleado, ficando sob os cuidados da sua inimiga e sem conseguir controlar a atração intensa que sente por ela.
A convivência forçada e as circunstâncias acabam aos poucos fazendo Travis duvidar se seu ódio por Meredith realmente tem algum fundamento, primeiro porque ela não mede esforços para mantê-lo vivo, segundo porque alguém tão querido na região não pode ser um traidor de sangue frio responsável pela morte de tantos homens. Ainda assim, seu senso de justiça sempre se sobrepõe a sua razão mesmo quando todos os seus instintos são empurrados contra o fato de que aquela mulher pode ser inocente e ele odiou a pessoa errada durante os dois últimos anos.
Olha, só de não ter sido o típico romance tóxico com macho escroto já valeu muito. Esses livros amam romantizar um estupro, então, foi um alívio ler uma história de consentimento e sem violência desnecessária ou abuso disfarçado de cuidado. Não que eu esteja isentando Travis de todas as culpas, ele foi idiota em boa parte dos momentos sim, mas pelo menos de uma forma respeitosa. Confesso que achei o desfecho bem óbvio, metade do livro já estava bem claro quem era o verdadeiro culpado, nenhuma surpresa, se algo me deixou levemente surpresa foi o motivo por trás da traição, embora ele seja humano o suficiente para soar bem plausível.
A lenga lenga desnecessária do "você não confia em mim, como podemos ser felizes?" pelo menos durou pouco o suficiente para minha paciência não esgotar. Não achei o livro fantástico, mas é o tipo de história que eu pegaria de novo num domingo de chuva que eu só quisesse ler algo pra passar o tempo. É bem aquele tipo de romancinho de banca que já estamos acostumadas e vacinadas desde a época da escola. Em vista de outras atrocidades que já li dentro desse nicho, esse foi bom.
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