Título Original: Mansfield Park
Título no Brasil: Mansfield Park
Ano de Publicação: Julho de 1814 (Original)
Edição publicada em português em 2013 (2ª Edição) pela Best Bolso
Autor: Jane Austen
País de Origem: Reino Unido
Mansfield Park é o terceiro romance da autora, seguido por Emma e precedido por Orgulho e Preconceito.
Sinopse: A tímida Fanny Price vive desde criança com parentes ricos em Mansfield Park, uma bela propriedade no interior da Inglaterra. Com o tempo, aproxima-se de Edmund, único entre seus primos que compartilha sua paixão pelos livros. A chegada dos irmãos Henry e Mary Crawford à vizinhança encanta todos os habitantes de Mansfield Park – exceto Fanny, a única capaz de perceber a imoralidade dos recém-chegados. Dotada de uma fantástica ironia e uma incrível capacidade de observação, Jane Austen retrata a sociedade inglesa do início do século XIX. Com sua trama repleta de conflitos sentimentais e personagens frívolas, sonhadoras e ambiciosas, este romance destaca o triunfo da verdadeira virtude sobre as aparências.
O que eu achei: Por maledicência da senhora Norris, a pequena Fanny Price vai para a casa dos tios ricos, Lady Bertram e Sir. Thomas, em Mansfield Park, onde é recebida com comedido carinho e triste infortúnio por sentir saudades de casa e ser inferior à todos que lhe cercam. Assim, tem em Edmund Bertram seu único amigo e único consolo. Em uma narrativa complexa e instigante, Jane Austen compõe mais um brilhante romance tendo como cenário uma heroína diferente de suas habituais obras, Fanny Price é doce, comedida, tímida e altamente sensível, aguentando assim a crueldade de Norris, sua tia, que é sempre fria e com tendências constantes a humilhá-la de todas as formas. As primas de Fanny, Julia e Maria Bertram, são mimadas, fúteis e de uma ausência de bom senso pavorosa para jovens tão bem nascidas, isso tudo em decorrência da senhora Norris que as estimula em demasiados mimos e caprichos. Essa mulher é, sem dúvida, a personagem mais cruel já criada pela autora, impossibilitando que você não se enoje dela logo no início da leitura, e passe a odiá-la no decorrer. Tom Bertram é um jovem que desfruta de todos os prazeres que a fortuna avantajada pode oferecer, não importando-se com o pai ou as irmãs e agindo unicamente em benefício próprio, enquanto o irmão, Edmund, mais comedido e dado ao bom senso, como Fanny, é um exemplo de conduta e orgulho para o pai. Lady Bertram é uma mulher completamente negligente, aparentemente, ou sofre de alguma espécie de mal, ou é simplesmente desligada da realidade, mostrando-se totalmente displicente com as filhas embora seja afetuosa com o marido e com Fanny a quem atribui grande parte do seu tempo. A chegada dos irmãos Mary e Henry Crowford bagunça toda a paz de Mansfield, quando abalam os corações das irmãs Bertram e de Edmund, Fanny, observadora e crítica como era, guiada pelo seu bom senso e caráter irrepreensível, é a única que consegue vê-los como realmente são e, no desenrolar dos acontecimentos, e com seu reprimido amor por Edmund, ela se vê presa em uma teia de frivolidade, intrigas, vaidade e ambição e se torna alvo de Henry Crowford, cuja atenção negada tem consequências sérias para a família Bertram. Mansfield Park é, sem dúvida, minha obra favorita de Jane Austen, tanto por causa do filme, que despertou ainda maior interesse pelo livro, quanto pelo seu teor complexo e cheio de personagens marcantes. Mary Crowford é ambiciosa, maliciosa e egoísta, assim como Henry que é vaidoso, libertino e sedutor mesmo a despeito de seus atributos físicos nada atraentes. Fanny, dentre todas as personagens de Austen a que tive o prazer e conhecer, é minha personagem favorita, pois tive grande empatia e identificação com seu jeito. Aproximei-me muito dela e compartilhei de suas angústias e do conturbado e frívolo mundo á sua volta, sem dúvida alguma, valeu cada segundo de leitura e cada página, Jane Austen mostrou seu talento brilhante e incontestável com mais este livro maravilhoso em sua escrita envolvente, sensível e margeada da magia do ruralismo inglês de sua época.
Adaptações:
Palácio das ilusões (1999)
Este foi o filme que me levou a desejar o livro tão desesperadamente. Eu o assisti inúmeras vezes e devo discorrer agora sobre sua quase completa divergência quanto ao livro.
Por mais que a adaptação esteja parcialmente condizente com a obra de Austen, há certas diferenças gritantes com relação a obra que, na minha opinião, comprometeram muito o enredo. Como por exemplo, uma cena certamente chocante entre Henry Crowford e Maria Bertram que eu achei demasiado explícita para uma obra de Jane e que me causou, à primeira vista, certo receio quanto a referência real do filme com uma obra dela. Ao ler o livro, percebi que a cena não existia e, de todas as divergências, essa foi a mais gritante.
A ordem dos acontecimentos, quase sempre, acontece de maneira ordenada, com exceção notável de algumas motivações como a decorrência da volta de Fanny para a casa dos pais e a reciprocidade e ambientação do lugar. Além, é claro, da exclusão completa de Willian, irmão de Fanny e com quem ela é mais apegada em sua família. Além do destaque demasiado no longa a respeito da citação de Austen ao escravismo que, no livro, é tratado de maneira rápida e sem muita preocupação ou mesmo atenção, mas no filme é quase um dos focos principais. A personalidade de alguns personagens, incluindo Fanny, foi muito modificada em relação ao livro e grande parte dos acontecimentos ou não ocorre na obra de Austen ou acontece de maneira muito diferente.
A despeito dessas divergências e de muitas outras coisas que só são realmente explicadas a quem lê o livro, eu continuo achando o filme lindo, mesmo com as loucuras, amo as atuações dessa adaptação e não me cansarei nunca de assisti-la. Ler o livro só aumentou ainda mais meu amor pela obra.
Há ainda outras duas adaptações a que eu, infelizmente, não consegui ter acesso com legenda ou mesmo para assistir, são elas as de 2007, estrelada por Billy Pipper (Doctor Who) e a de 1983.
Adaptações:
Palácio das ilusões (1999)
Este foi o filme que me levou a desejar o livro tão desesperadamente. Eu o assisti inúmeras vezes e devo discorrer agora sobre sua quase completa divergência quanto ao livro.
Por mais que a adaptação esteja parcialmente condizente com a obra de Austen, há certas diferenças gritantes com relação a obra que, na minha opinião, comprometeram muito o enredo. Como por exemplo, uma cena certamente chocante entre Henry Crowford e Maria Bertram que eu achei demasiado explícita para uma obra de Jane e que me causou, à primeira vista, certo receio quanto a referência real do filme com uma obra dela. Ao ler o livro, percebi que a cena não existia e, de todas as divergências, essa foi a mais gritante.
A ordem dos acontecimentos, quase sempre, acontece de maneira ordenada, com exceção notável de algumas motivações como a decorrência da volta de Fanny para a casa dos pais e a reciprocidade e ambientação do lugar. Além, é claro, da exclusão completa de Willian, irmão de Fanny e com quem ela é mais apegada em sua família. Além do destaque demasiado no longa a respeito da citação de Austen ao escravismo que, no livro, é tratado de maneira rápida e sem muita preocupação ou mesmo atenção, mas no filme é quase um dos focos principais. A personalidade de alguns personagens, incluindo Fanny, foi muito modificada em relação ao livro e grande parte dos acontecimentos ou não ocorre na obra de Austen ou acontece de maneira muito diferente.
A despeito dessas divergências e de muitas outras coisas que só são realmente explicadas a quem lê o livro, eu continuo achando o filme lindo, mesmo com as loucuras, amo as atuações dessa adaptação e não me cansarei nunca de assisti-la. Ler o livro só aumentou ainda mais meu amor pela obra.
Há ainda outras duas adaptações a que eu, infelizmente, não consegui ter acesso com legenda ou mesmo para assistir, são elas as de 2007, estrelada por Billy Pipper (Doctor Who) e a de 1983.
Adaptação de 1983 |
Adaptação de 2007, série pela Masterpiece Classic |
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