terça-feira, 4 de dezembro de 2018

[Filme] Principal | Call Boy (shonen)

Título Original: プリンシパル 恋する私はヒロインですか? Título (romaji): Purinshiparu Koi Suru Watashi wa Hiroin Desuka?
Direção: Tetsuo Shinohara
Roteiro: Yukiko Mochiji
Lançamento: 03 de Março de 2018
Gênero: Romance, Escola, Drama, Amizade, Live Action
Elenco: Yuina Kuroshima - Shima Sumitomo
Nozomu Kotaki - Gen Tatebayashi
Mahiro Takasugi - Wao Sakurai
Rina Kawaei - Haruka Kunishige
Mizuki Tanimura - Yumi Tatebayashi
Tomohiro Ichikawa - Yudai Kanezawa

Sinopse: Depois que seus pais se divorciaram, Shima Sumitomo morou com a mãe. Ela se sentia desconfortável vivendo com seu padrasto e não conseguia fazer amizade com as pessoas em sua escola. Shima Sumitomo decide se mudar para Hokkaido, onde seu pai mora. Em sua nova escola em Hokkaido, ela conhece o colega de turma Gen Tatebayashi e Wao Sakurai. Eles são os dois meninos mais populares da escola. 
Um princípio de sua escola é que "Gen e Wao são para todos". Se alguém quebrar a regra, essa pessoa será banida. Shima Sumitomo se aproxima de Gen e Wao.

Nota: Baseado no mangá "Principal" de Ryo Ikuemi.
Onde baixar: Movie Asian Fansub

Tá aí um filme que me trollou bonito! Quando li a sinopse de Principal eu pensei que era aqueles romances escolares fofos e clichês que todas amamos, mas nada disso, de fofo e clichê ele tem é nada, na verdade, me faltam palavras para definir quão confuso esse filme foi pra mim.

Shima vivia com a mãe e o quarto marido. Contudo, por não ser muito boa em se enturmar, acaba sozinha na escola, coisa que lhe deprimia muito, quando chegou ao extremo de não querer mais sair do quarto, a mãe dela ligou para o pai e ela se mudou para a casa dele. O pai de Shima é tradutor e, assim, tem relativamente mais tempo para a filha.No primeiro dia de aula, ela é aparentemente bem recebida pelos demais, menos Gen Tatebayyashi que age com uma extrema ignorância apenas porque ela se sentou no assento de Wao Sakurai, ausente naquele dia. Shima o enfrenta para surpresa de todos, inclusive o proprio Gen.

Na volta para casa ela conhece Wao, que é seu vizinho, ao contrário de Gen, Wao é simpático e doce o que a leva a gostar dele de cara, algo que aborrece muito Gen. Contudo, a popularidade dos dois a impede de ser próxima deles uma vez que as meninas da escola não toleram que nenhuma garota receba atenção exclusiva dos dois garotos e, por isso, Shima reluta no início em falar com Wao na escola. Ela descobre por Haruka que Wao e Gen são melhores amigos desde a infância e se conhecem como ninguém, ela é uma das garotas "mais próximas" dos dois e fica muito irritada quando Shima consegue de imediato a atenção de Wao.

O pai de Shima tem uma queda pela mãe de Wao que é solteira, os dois acabam se casando o que aproxima mais Wao e Shima (não do jeito romântico), mas Gen demora um pouco a aceitar. Ela acaba descobrindo que Wao é apaixonado pela irmã de Gen, que é professora de música na escola deles, mas pela diferença de idade ela nunca dá uma resposta aos sentimentos do garoto. Enquanto isso, Gen e Haruka finalmente começam a namorar e a menina acaba arrumando um namorado para Shima o que parece despertar ciúmes em Gen que não liga muito pra namorada.

Durante um acampamento, ao ver Haruka beijar Gen, Shima fica triste e acaba correndo floresta adentro e se perdendo, além de torcer o tornozelo o que a impedia de caminhar. Desesperado, Gen vai atrás dela com Wao e acaba encontrando-a. Os dois caminham para a aceitação de seus sentimentos e para o desfecho de filme mais sem graça do planeta japonês.

Sério, gente, teve uma hora que eu me perguntei o que diabos estava acontecendo nesse filme e o que eu havia perdido porque do nada essa guria começa a gostar de Gen e a gente fica vendo miragens no deserto enquanto tenta entender o que foi aquilo. Deve ter sido um apaixonar muito sutil porque eu não notei e minha irmã muito menos. e teve uma conversa entre Gen e Wao que a gente também ficou brisando. Concluo que o filme foi feito para quem leu o mangá, provavelmente muita coisa foi cortada e isso acabou gerando lacunas que apenas quem conhece a obra pode preencher. Achei o final chatíssimo e fiquei o tempo todo esperando as tretas que nunca vieram deu até vontade de escrever fanfic com esse filme Principal: como devia ter sido



Título Original: 娼年 (Shonen)
Direção e roteiro: Daisuke Miura
Ano: 2018
Gênero: drama, erótico
Elenco: Tori Matsuzaka
Sei Matobu
Ami Tomite
Kenta Izuka
Yuki Sakurai
Yu Koyanagi
Erika Mabuchi
Yuri Ogino
Kokone Sasaki
Mai Ohtani
Ruri Shinato
Tokuma Nishioka
Kyoko Enami
Onde baixar: Movie Asian Fansub

Sinopse: Ryo Morinaka é um estudante universitário e trabalha meio período em um bar. Ele está entediado com sua vida diária. Um dia, seu amigo Shinya Tajima leva a proprietária de um clube para o local onde Ryo Morinaka trabalha. Shizuka Mido é a dona de um clube de garotos de programas. Logo, Ryo Morinaka começa a trabalhar para o Shizuka Mido. Ele se sente constrangido inicialmente, mas preenche os desejos das mulheres e desenvolve um objetivo.

Nunca imaginei que um dia viria aqui recomendar um filme +18 e aqui estamos hahaha. O primeiro filme +18 que eu assisti foi o coreano Step Brother e foi pela temática incesto mesmo porque vocês sabem, né? O que mais me chamou atenção no filme foi que mostra tudo enquanto não mostra nada, entendem? Call Boy segue essa mesma linha, por isso é erótico e não pornô, vale salientar essa diferença porque há quem ache que é tudo a mesma coisa e não é. Particularmente, não curto pornografia, tinha 24 anos quando vi o primeiro hentai propriamente dito e não achei a menor graça, imagino que a pornografia em geral deve ser similar, não há exatamente uma história por trás e só ver "as enfianças" como dizia meu professor de literatura brasileira, não me desperta o menor interesse.

Bom, mas voltando ao filme, Call Boy vai contar a história de Ryo, um garoto que tem o que podemos chamar de "complexo de mãe", ela morreu quando ele tinha dez anos e, desde então, ele desenvolveu um interesse particular por mulheres mais velhas. A coisa é que, na sua vida monótona, Ryo não encontra qualquer tipo de sentido e, para ele, sexo é apenas uma atividade natural que se cumpre sem qualquer emoção ou envolvimento, apenas por satisfação física. Ele trabalha meio período como barman (ao que parece no período da madrugada), e é quando Mido Shizuka entra no bar que sua vida muda completamente. Quando ela percebe o desinteresse de Ryo pelas mulheres (não no sentido sexual, mas no sentido de conhecer o sexo feminino a fundo) por achá-las "chatas" ela o convida para sua casa.

Acanhado, ele percebe que ela quer que ele transe com a filha dela, Sakura, enquanto ela assiste a performance dele, o garoto hesita apenas por um momento e cumpre o que foi fazer mesmo que não entenda bem a razão daquilo. No final, Shizuka o repreende dizendo que ele não tem qualquer respeito pelos sinais da parceira e não se entrega na relação o que torna seu desempenho desinteressante, ao passo que Sakura o salva aprovando sua performance. Shizuka, assim, oferece para ele emprego na sua agência, o Clube Passion, onde garotos jovens (dentro da lei de idade, logicamente) oferecem companhia para mulheres mais velhas (e por mais velhas eu quero dizer desde as mulheres nos 30/40 até uma senhora nos 60, pode acreditar!). Ryo aceita a proposta e se torna um novato no empreendimento do sexo, mas descobre que muito mais que oferecer satisfação, seu trabalho envolve conhecer mais o universo das mulheres e oferecer a elas exatamente o que precisam de acordo com suas necessidades.

Apesar de ser um filme erótico, vale salientar que Call Boy não é um filme genérico sobre sexo. É um filme sobre relações interpessoais. Sobre entender o outro em sua totalidade e buscar oferecer aquilo que ele precisa para se tornar melhor, mais feliz. O filme aborda temas como o casamento japonês que "acaba" quando a mulher se torna mãe, algo muito recorrente no Japão onde os homens perdem interesse na esposa depois que elas têm filhos e passam a enxergá-la apenas como 'mãe' e não mais como mulher o que os leva a ter casos extraconjugais (uma verdade podre, mas real). A solidão de mulheres que não se casam até os trinta anos e são vistas como "casos perdidos na sociedade", ou, por mais inacreditável que pareça, velhas demais (aos 30 anos, sério!). Mas também aborda umas bizarrices muito loucas, como um casal que finge que o homem está nas últimas e paga alguém pra deitar com a esposa enquanto ele grava (bizarro), uma mulher que paga homens para ver ela urinar (eu fiquei tipo: wtf?) ou um cara que é masoquista no extremo da palavra (sério, no extremo mesmo!) além de uma questão quase não abordada que é a prostituição masculina. Colocada de maneira tão interessante que se torna um atrativo a mais no filme.

Se Call Boy fosse um anime seria classificado como aqueles ecchis mais pesados no estilo AkiSora e Yosuga no Sora, uma vez que as cenas de sexo foram maravilhosamente coreografadas de uma maneira que nada se mostra (quando digo isso me refiro aos órgãos sexuais), o diretor optou por um jogo de luz e sombras escuros que, ao mesmo tempo em que mostra a ação, oculta os órgãos de modo a dar a entender o que acontece sem mostrar, os posicionamentos de câmera abordam todos os ângulos sem focar "nos importantes" ao mesmo tempo que frisando as cenas, deixando um efeito quente, bonito e refletindo toda a sensualidade do ato de acordo com o background de cada personagem que Ryo conhece. Realmente uma direção magistral de Daisuke Miura também responsável pelo roteiro adaptado de um livro de mesmo nome. Ah, sim, vale mencionar que tem uma cena de yaoi que, bem, apesar de não ser explícita, pode ser um pouco impactante à primeira vista, em todos os sentidos, para quem não está acostumado (like me). 

Outra coisa que vale muito frisar é o pano de fundo do enredo. Como disse, apesar de ser um filme erótico e mostrar cenas de sexo, obviamente, o longa não foca apenas nisso, as personagens não se encontram apenas para transar, elas têm uma história que nos é mostrada, são bem construídas e inseridas em uma série de contextos que as levaram até ali, acompanhar isso é o que torna Call Boy fascinante, Ryo realmente se interessa por elas, deseja descobrir seus desejos escondidos e seu contexto de modo a oferecer o que cada uma precisa ao seu próprio modo. A evolução dele durante o filme é muito bacana de assistir, e as personagens são de tal modo bem feitas que se tornam reais, saltam da tela e nos fazem quase esquecer que estamos vendo um filme. 

Claro que não é aquele filme que você vai ver com a mãe ou a irmã do lado, e há quem só o veja pelas cenas picantes mesmo, mas pra mim foi uma experiência ímpar, é um filme altamente artístico que mostra a relação entre as pessoas e um lado do sexo do qual não se fala muito. Precisa, logicamente, de atenção para absorver esses detalhes e entender não apenas a visão japonesa do sexo e da prostituição, mas o enredo além, por trás de cada personagem. Vale muito a pena mesmo (óbvio, eu não recomendaria se não fosse bom, né?). Não vou pôr o trailer dele aqui por questões práticas mesmo hahaha, mas vocês podem conferir nesse link AQUI

4 comentários:

  1. Oi, tudo bem?
    Nossa, o primeiro filme é realmente bem confuso. Deu pra sentir pela sua descrição. Já o segundo parece ser mais tranquilo de entender, porém nenhum dos dois faz meu gênero. Tenho assistido poucos filmes e quando vejo é terror ou fantasia.

    Beijos;

    Mente Hipercriativa
    FanPage Mente Hipercriativa

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  2. Realmente, esse primeiro é meio sem pé nem cabeça. Mas o segundo é realmente muito bom, me surpreendeu muito principalmente pelo PG, fui assistir sem muita vontade, por recomendação da tradutora e me surpreendi. Não gosto de terror, arrisco um suspense no máximo.

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  3. Acabei de assistir call boy e achei muito interessante .... Gostei .

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    1. Sim, é realmente um filme muito bom e levanta questões interessantes em diversas áreas da sociedade japonesa atual.

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