sexta-feira, 24 de julho de 2020

[Livro] A Casa de Vidro

Autor: Anna Fagundes Martino
Gêneros: Fantasia histórica, Fantasia romântica
Ano: 2020
Páginas: 81

Sinopse: Flores não crescem do nada - ou crescem? Para Eleanor, era o mistério que não conseguia responder: qual era o truque daquele jardineiro contratado para cuidar da estufa em sua casa e que transformara o lugar em uma floresta imaginária. Sebastian, o tal estranho, parece um homem como qualquer outro - exceto pelas perguntas desconcertantes que faz, ou pelo fato de que as plantas obedecem seus comandos de maneira muito intrigante...

Então, esse foi um dos livros que eu baixei no site da Amazon pelo app do kindle num dia que estava de bobeira olhando as ofertas. A capa é bem bonita e eu gostei do título, já fui imaginando uns enredos para ele, mas acho que o problema foi essa expectativa prévia.

A noveleta (grande demais para ser um conto e pequena demais para ser uma novela. Nunca vou entender essas classificações literárias, sério.) conta a história passada no início do século XX, ali por 1900, e trata de dois tempos diferentes, passado e presente. No passado, ela segue Eleanor no período de luto pela mãe e cujo pai conseguiu um jardineiro chamado Sebastian que, aparentemente, consegue trazer qualquer planta que ela queira de modo misterioso.

Com a aproximação dos dois, porque Eleanor está incomodada com o luto e com o seu papel social enquanto mulher, ela acaba ficando encantada com Sebastian e é isso. No presente, Eleanor é viúva e tem um filho chamado Mark que é oficial do exército na guerra contra a Bélgica. Aparece então uma garota chamada Stella que diz ser a filha dela e aos poucos passado e presente se intercalam para culminar num final triste.

O que eu acho que aconteceu aqui foi: um plot bom desenvolvido no gênero errado. A autora nos apresenta o que parece ser uma raça alienígena ou mítica, mas não sabemos nada sobre ela. O que são, de onde vêm, do que são capazes realmente. As personagens são apresentadas de maneira tão rápida e frugal que não dá tempo a gente se apegar ou torcer por elas, tem um casal que se apaixona, mas só, não tem exatamente um empecilho, um clímax, um ponto B pra chegar.

Um ponto forte da história é a escolha de palavras da autora. Ela escolheu um tom bem poético que confere ao texto uma sonoridade lírica e eufônica gostosa de ler, no entanto, esse segue sendo, ao meu ver, o único ponto forte da obra. Há algumas reflexões muito bem vindas e umas passagens boas que acabam não brilhando tanto quanto poderiam porque a narrativa é muito rápida para o que a ideia precisava. Ainda assim, segue sendo praticamente o único ponto forte. Tem algumas boas reflexões e passagens que não brilham tanto quanto poderiam porque a trama é muito veloz e não dá tempo digerir.

A gente termina o livro meio se perguntando que tipo de metáfora é aquela tão genial que a gente não entendeu. Dá para tirar algumas hipóteses e fazer algumas inferências sim, mas tudo muito pessoal e eu opto por não discorrer desse lado aqui. Não me empolgou muito, tinha hora que eu me perguntava o que, exatamente, estava lendo. Não que isso desmereça a construção do texto em si, como mencionei, é um texto bem fluído e poético, mas enquanto história, não me empolgou muito, o que é uma pena. Sempre me sinto triste quando leio um nacional e não me apaixono.

Era para eu ter terminado o Fallen, mas eu passei uma semana bem complicada e não quis mesmo ler além de não conseguir fazer nada. Aí acabei optando por esse livro que estava na meta e era curtinho. Essa semana agora eu vou tentar finalizar o Fallen e volto com o relendo e resenhando.

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