sábado, 8 de janeiro de 2022

[Livro] Sedução e Poder

 

Feliz ano novo, pessoas! Espero que tenham tido boas festas e que esse 2022 seja mais generoso conosco.

Começando as resenhas do ano, quis iniciar por uma coisa mais levinha, boba até, porque esse mês vai ser um pouco puxado, então na primeira semana procurei dar uma aliviada, mas meu cronograma ainda saiu um pouco do eixo. Não sei por que ainda me dou ao trabalho de comprar livros de romance contemporâneo dessa editora, sério, juro para vocês que são todos iguais, se tu for analisar a narrativa tu vê que é um casal que se conhece previamente ou tem aquele boom sexual instantâneo e que, por causa da maldita ausência de diálogo, fica num vai e volta sem sentido até no fim se resolverem do nada ou a guria descobrir que está grávida e se acertar com o cara numa boa quando ele ou foi idiota a maior parte do livro (o que é mais comum) ou fez aquela pose de CEO inflexível e frio.

Um conjunto de protagonistas femininas que quer muito acreditar que é forte e independente, dona de si e não se abaixa para ninguém, mas basta o boy tirar a camisa e elas param de raciocinar. Pelamor. Os históricos, pelo menos, tem a vantagem dos cenários e das protagonistas que se destacam em um contexto onde mulheres não tinham voz nem vez, apesar de boa parte deles seguir a mesma fórmula dos modernos. Talvez tenha me tornado uma velha chata, não descarto essa possibilidade, mas esse tipo de enredo perdeu a graça para mim, conforme as páginas iam passando a única coisa que eu sentia era raiva porque ficava nítido que se aquelas duas pessoas sentassem e conversassem sobre o que estava errado entre elas, as coisas se resolveriam em 50 páginas. A segunda protagonista desse livro, pelo menos, tem esse mérito no currículo. 

Palácio da Sedução

Após ter seu apartamento invadido por um stalker que devaneia ser namorado dela, Tess Jones fica traumatizada e em constante estado de alerta, lutando contra si mesma para não vestir a pele de vítima. Sua mãe, uma política que adora holofotes não tem uma relação muito próxima com a filha apesar de as duas manterem bons termos, Tess ainda foge da mãe quando tem a chance. Contudo, agora que está com um resfriado que mal a deixa enxergar o próprio reflexo no espelho pela febre tão alta, ela queria mais que nunca ter uma mãe normal ao seu lado. 

Sem leite para o chá, ela decide sair para comprar mais um pouco, mas tem a brilhante ideia de contrariar todos os conselhos que a polícia deu a ela para evitar seu perseguidor e se vê encurralada em um beco escuro por ele sem qualquer força para se defender. É quando um homem misterioso aparece em seu socorro e a leva de volta para casa. Em seu estado deplorável ela não tem muita força para conhecê-lo melhor, mas ele acaba lhe dando um cartão e oferecendo a ela um emprego temporário como acompanhante de sua irmã na Itália.

Danilo Raphael não consegue superar a culpa pelo acidente que vitimou seus pais e deixou sua irmã mais nova, Natália, em uma cadeira de rodas. A obsessão de sua vida é fazer Natália voltar a andar e ele não mede esforços, investimentos e esperança nesse propósito, por isso, seu instinto protetor vive à flor da pele e, quando vê Tess em apuros num beco escuro é incapaz de ignorar vendo nela a própria irmã frágil. Mas aquela mulher fraca com um humor ácido e rosto pálido não é a mesma estonteante e altiva que aparece em sua casa dias depois para acompanhar sua irmã Natalia.

A atração entre eles é imediata (claaaro), e enquanto Tess está mais que disposta a viver a aventura enquanto durar, Danilo não conseguirá jamais alcançá-la enquanto tiver de se manter no controle de tudo por achar que sua irmã e todas as mulheres no mundo precisam ser sufocadas em proteção.


Dívida de Paixão

Addie Farrell não vê o marido há cinco anos desde que o abandonara após o casamento após descobrir que ele mentira para ela, mas ele ainda é o principal mantenedor da sua instituição de caridade. Contudo, quando recebe uma carta anunciando o corte da doação, ela fica furiosa pelo fato do marido - de quem nunca se divorciou - colocar o próprio orgulho na frente da necessidade de crianças que dependiam da instituição dela. A fúria a leva a ligar para ele pela primeira vez depois de todo esse tempo e, irredutível, ele a faz se encontrar com ele pessoalmente.

Malachi King teve seu orgulho ferido quando foi abandonado por Addie, mas, sobretudo, teve sua vida virada do avesso por não conseguir desejar nenhuma outra mulher como a deseja. Quando a vê de novo após tanto tempo, ainda mais estonteante e sedutora que nunca, todos os seus instintos mais predatórios afloram e ele decide que não é o momento de deixá-la escapar. Sem pensar muito, ele propõe um acordo, ela lhe dará a lua de mel que ficou lhe devendo cinco anos atrás, se tornará amante dele por um mês em troca do dinheiro para sua instituição.

Chocada por uma proposta tão ofensiva, Addie o manda para o inferno, mas é encurralada pelo desejo que ainda sente pelo marido e que sobreviveu apesar de todo o sofrimento que ele a fez passar. Tentada pelo sexo e pensando no bem-estar da sua instituição, ela acaba cedendo ficar um mês com ele em sua ilha particular. De início, está determinada a não deixar Malachi dobrá-la à sua vontade, mas quando começa a descobrir a verdade sobre o marido e seu passado pesado, seu coração traiçoeiro pode acabar lhe traindo, mas como poderá alcançar o amor de Malachi quando ele mesmo desconhece o que é esse sentimento?

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