Autor: Ester Oliveira
Ano: 2024
Gênero: Aventura
Sinopse: Até onde você iria para salvar a vida de quem mais ama?
Luan sonha em ser um aventureiro, como seus pais. Ísis nasceu da magia, e, conforme seu pai envelhece, percebe que ser imortal significa presenciar a morte de todos ao seu redor. Juntos, os dois descobrem sobre a lenda da Joia da Juventude: um anel capaz de conceder a vida eterna a quem usá-lo.
Para Luan, essa é a chance de uma vida extraordinária. Para Ísis, a esperança de companhia eterna. Mas seus interesses logo entram em conflito com os de Dominique, uma criatura obscura disposta a destruir qualquer um que atrapalhe seus planos perversos.
Ísis e Luan precisam ser mais rápidos e mais espertos, mas, muito além de uma corrida contra o tempo, essa será uma jornada de autodescoberta, sacrifícios, legado, laços de sangue e amor, que testará os limites da lealdade ao desvendar segredos há muito enterrados. Será que a Joia realmente existe? E, caso sim, quais são as consequências de mexer com essa magia antinatural?
Conta
a história de Ísis, uma garota mágica nascida com dez anos por deuses antigos e
que carrega em si a salvação da humanidade. Quando seu pai é atacado por alguém
e para no hospital, ela fica sob os cuidados da Colecionadora de Defeitos e seu
filho, Luan, o Nomeador de Objetos.
Investigando,
junto com Luan, os últimos passos do pai, ela descobre que ele estava atrás de
uma joia de propriedades mágicas que poderia dar a juventude eterna aquele que
a usasse. Vendo nisso a chance de salvar o seu pai e mantê-lo ao seu lado para
sempre, Ísis começa uma busca perigosa por essa joia.
Mas
uma criatura sombria chamada Dominique também quer a joia para dar vida eterna
para seu amante, Pedro. Ela começa a vigiar de perto Ísis e tenta envenená-la
com seu sangue como fez com o pai dela, mas dá errado por causa da natureza
imortal de Ísis e ela acaba crescendo dos dez para quinze anos.
A
partir disso, sua relação com Luan também começa a mudar enquanto eles vão
juntos no encalço da joia e de Agatha, avó de Ísis, que parece ter alguma
ligação com o artefato. Enquanto desvendam o passado e tentam fugir de
Dominique, a história se funde em sentimentos novos e desconhecidos e
relacionamentos do passado fadados a um fim trágico.
Quando
acompanhei o processo de publicação desse livro eu apostava todas as minhas
fichas que era uma espécie de fantasia onde um guri conseguia atribuir algum
tipo de magia nomeando objetos. Na minha cabeça era o que fazia mais sentido.
Contudo, talvez por não ter lido os livros iniciais do universo que contam a
trajetória da mãe do Luan, não tinha esse conhecimento e me senti meio
frustrada.
Eu
não costumo ler aventura. Acho que junto com ficção científica e romances
eróticos é um gênero que eu não procuro, então também foi uma experiência
diferente ler esse livro. De certa forma, me deu aquela sensação de livros que
eu lia no começo da minha adolescência, ali pelo final da infância, onde o
mundo já não é mais tão bonito e colorido.
A
coisa é que, desde a minha concepção como escritora, eu sou uma pessoa
“romântica” embora não no sentido mais literal da palavra no tocante a minha
pessoa, mais no sentido literário, se eu for escrever o terror mais grotesco,
com certeza vai ter romance no meio, é o gênero que eu mais consumo e mais
gosto de ler, então é de se esperar que eu shippe qualquer casal num livro,
mesmo odiando algum dos personagens, e aqui não foi diferente, eu comecei a
shippar a Ísis e o Luan antes mesmo de haver qualquer possibilidade de romance
entre eles. É algo automático de mim.
Se
ela tivesse terminado esse livro sem nem um beijinho entre eles eu teria ficado
muito, muito irritada. No que toca a narrativa, achei bem imersivo, a mescla de
passado e presente, o meio político que, percebi logo, é igual em todo lugar, os
relacionamentos problemáticos foi muito interessante de acompanhar e se
entrelaçou com coerência. É um livro muito fácil de ler, sem nem se dar conta
você engole sete ou oito capítulos num par de horas.
Pra
um primeiro contato com a autora, gostei. Foi uma boa experiência. Houve
algumas coisas que me deixaram um pouco incomodada, mas é de mim como leitora e
não um problema com o livro. Como todo leitor, eu tenho minhas particularidades
e nenhum autor é obrigado a escrever pela minha régua, obviamente, pesando tudo
eu gostei da imersão e fiquei, inclusive, com vontade de conhecer Minas Gerais.
Para quem gosta de aventura com um toque de realismo mágico, vale muito a pena.

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