quinta-feira, 23 de outubro de 2025

[Livro] Cúmplice do Amor

 Original: Scoundrel's Daughter

Ano: 2003

Autor: Margo Maguire

Sinopse: Inglaterra, 1883. Quando deixou a tranqüila Oxford para morar na casa de seu adorado pai, em Londres, Dorothea nunca imaginou que seria lançada num turbilhão de intriga e perigo pelas mãos do aventureiro Jack. Por mais atrevido e complicado que esse homem se mostrasse, Dorothea demonstraria espanto ao descobrir que estava se divertindo imensamente ao lado dele.Arrancar os segredos do pai de Dorothea estava longe de ser uma tarefa fácil! Jack, porém, jurou que a filha toda certinha daquele malandro o ajudaria a encontrar uma antiga peça de incalculável valor. O problema era que Jack estava começando a se desviar dos propósitos que tinha em mente, atraído pelas camadas infinitas de paixão escondidas sob a aparência bem-comportada de Dorothea!

Gênero: Romance histórico


Após perder a mãe, Dorothea Bright deixa sua casa em Oxford e parte para Londres com o intuito de viver com seu pai, um pesquisador de renome (nas palavras da sua mãe), mas o que encontra, além de uma casa vazia, é um aventureiro furioso que se recusa a sair de sua casa se ela não disser onde está o pai que nunca viu.

Consternada e tentando manter a razão, Dorothea tenta argumentar com o sujeito, mas acaba se envolvendo em uma série de confusões e descobrindo uma coleção erótica de esculturas e pinturas do pai na pior situação possível junto com o senhor americano Jack Temple. As coisas entre eles começam definitivamente com o pé esquerdo. 

Quando ela pensa que se livrou dele, eis que Jack invade sua casa no meio da noite e revira o quarto do seu pai em busca de alguma coisa. Ele encontra, muito bem guardado um mapa antigo que levaria a um artefato religioso de valor inestimável e, segundo se acredita, seria o verdadeiro sudário. Na história, supostamente usado por Maria Madalena para enxugar o rosto de Cristo na subida para o calvário, na vida real, sabe-se que o sudário foi usado por Verônica para enxugar o rosto de Jesus, mas okay.

Há muitas coisas escritas em árabe antigo no mapa e ele não consegue ler, mas Dorothea se mostra uma competente tradutora para o idioma, ela se recusa a traduzir tudo se ele não a levar consigo para procurar o artefato. Para Jack, é uma maneira de usá-la para conseguir algo que o salafrário pai dela quer, para Dorothea uma maneira de conquistar para o pai mais renome. Ela não faz ideia que ele é um mentiroso ganancioso e não importa o quanto Jack tente avisá-la, ela não acredita.

Só que, conforme se aventuram, os sentimentos de ambos um pelo outro sai de uma desavença para uma atração arrebatadora e, finalmente, um amor intenso que nenhum dos dois consegue controlar. Dorothea, dividida entre o que sente por Jack e a lealdade pelo pai, acaba metendo os pés pelas mãos enquanto tenta agir de acordo com o próprio julgamento enquanto, de sua parte, Jack na luta desesperada para refrear seus sentimentos e não ultrapassar os limites com ela acaba sendo ambíguo em demonstrar seus sentimentos e complicando tudo.

E é exatamente isso que falta na história toda: diálogo. Se os dois tivesse simplesmente sentado o traseiro em uma cadeira e conversado como duas pessoas adultas, metade desses mal-entendidos teria se resolvido e o livro teria cem páginas a menos. De resto, é um romance com caça ao tesouro misturando história, lendas e um casal morde e assopra que é puro fogo no parquinho.

Os pais de Dorothea são dois irresponsáveis, a mãe por ser omissa e mentirosa, o pai um charlatão ganancioso e mentiroso que só coloca os próprios interesses em pauta. Pesando prós e contras o livro não é ruim, o casal segura bem a história e dá uns momentos fofos, só do camarada não ser tóxico já é muito, embora ele tenha umas atitudes meio reprováveis em alguns momentos. Achei esse final meio mais ou menos, confesso, poderia ter sido mais redondinho e tirado um pouco da lenga lenga desnecessária, mas tudo bem. No geral, é um romancinho bacana pra passar o tempo.


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