Uma das disciplinas obrigatórias em todos os cursos da licenciatura é Avaliação. Eu passei por ela, três vezes ¬¬' as cadeiras pedagógicas não ocupam meu top 10 matérias favoritas. Mas escrevi um textinho que pode ajudar meus colegas de letras nos trabalhos dessa matéria. Vou compartilhar aqui.
Tida pela maioria dos alunos como um “bicho de sete
cabeças” a avaliação tem sido alvo de discussão desde a queda do método
tradicional de ensino tais quais seus meios retrógrados de enxergar o aluno e o
processo de ensino-aprendizagem, e mesmo que para alguns professores ele ainda
perdure, ficamos felizes ao perceber a evolução crescente nas metodologias
empregadas pelos docentes que envolvem bem mais o aluno como construtor do seu
próprio conhecimento.
Visto
dessa forma, a maneira de avaliar o aluno também tem sido evolutiva, embora
muito ainda se discuta essa metodologia e haja controvérsias a respeito.
Avaliar é acompanhar o desenvolvimento do aluno e fazer uma apuração do que
ainda precisa ser melhorado na prática docente para que o conhecimento se torne
efetivo. É necessário, portanto, acabar com essa imagem negativa que se tem de
avaliação como um objeto de “diminuição” de um aluno ou turma, como uma forma de
punição ou como comparativo de inteligência. Como diz a citação de Risopatron
na revista eletrônica Nova Escola, publicada em 2009:
“A consciência da
ambiguidade deste termo surge porque se espera que ele seja definido a partir
de um único significado. Sem dúvida, o conceito de qualidade - assim como do
belo, do bom e da morte - são significantes que podem adquirir muitos significados
(...)" (RISOPATRON apud nova escola,1991, p.15 )
O
processo avaliativo envolve muito mais que a simples capacidade de avaliar o
armazenamento de informações, mas compreende fatores internos e externos que
precisam ser levados em consideração. Se compreendemos o aluno como um
participante social precisamos levar em consideração que a vida fora da escola
contribui significativamente no seu desempenho dentro de sala, dessa forma, a
avaliação deve ser contínua e diversificada para que independente do estado
emocional e/ou psicológico ele seja avaliado como um todo em diferentes meios e
formas.
De
acordo com o Despacho normativo n.º 17-A/2015 de 22 de setembro e da Portaria
n.º 243/2012, de 10 de agosto, as escolas têm como dever divulgar os critérios
gerais de avaliação à comunidade escolar. Dentro desses critérios, faz-se
necessário considerar as questões apontadas anteriormente e, mais ainda, por
ser um particular de cada escola, deve-se ainda levar em conta a realidade dos
alunos com que se trabalham para que a grade avaliativa seja justa.
Segundo o
livro Indicadores da qualidade na
educação do MEC em parceria com o INEP, UNICEF e Ação Educativa:
Indicadores são sinais
que revelam aspectos de determinada realidade e que podem qualificar algo. Por
exemplo, para saber se uma pessoa está doente, usamos vários indicadores:
febre, dor, desânimo. Para saber se a economia do país vai bem, utilizamos como
indicadores a inflação e a taxa de juros. A variação dos indicadores nos
possibilita constatar mudanças (a febre que baixou significa que a pessoa está
melhor; a inflação mais baixa no último ano indica que a economia está melhorando).
Aqui, os indicadores apresentam a qualidade da escola em relação a importantes
elementos de sua realidade: as dimensões. (Ação Educativa, 2004, p. 5)
Para que
esses indicadores representem bons índices é necessário um trabalho conjunto
com toda a comunidade escolar e a avaliação entra de forma a aprimorar esse
trabalho e contribuir para que os indicadores permaneçam bons, não apenas a
avaliação constante do aluno, mas também a autoavaliação do professor sobre sua
prática docente. No que tange as atitudes e valores consideram-se como
indicadores de avaliação:
Ø Empenho na aprendizagem;
Ø Participação nas tarefas;
Ø Cumprimento das tarefas;
Ø Participação nos espaços pedagógicos de forma construtiva
e organizada;
Ø Sentido de responsabilidade;
Ø Respeito pelos outros;
Ø Capacidade de autonomia;
Ø Capacidade de auto e heteroavaliação;
Ø Presença do material necessário;
Ø Assiduidade e pontualidade.
Lembrando que esses indicadores contam para
os dois lados, o aluno não é o único “objeto” no processo de ensino
aprendizagem e, como tal, todos os envolvidos nesse processo devem ser
submetidos a essa avaliação que, reforçando o dito anteriormente, deve ser
continuada, diversificada e heterogênea de modo a contemplar o aluno e seu
desempenho escolar como um todo.
REFERÊNCIAS
HOMEPAGE. Aurélia de Souza, Critérios de Avaliação. http://ae-aureliadesousa.com/criterios.html acesso em 14/06/16 às 11:50
HOMEPAGE. Nova
Escola, A Avaliação deve orientar a
aprendizagem. http://novaescola.org.br/formacao/avaliacao-aprendizagem-427861.shtml acesso em 14/06/16 às 12:00
MEC. Indicadores
da qualidade na educação. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_indqua.pdf
acesso em 14/06/16 às 12:15
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