Original: They Came to Baghdad
Autor: Agatha Christie
Ano: 1951
Gêneros: Mistério, Ficção policial, Ficção de aventura, Thriller político
Sinopse: Aquela máxima de estar no lugar certo na hora certa definitivamente não se aplica a Victoria Jones. A jovem datilógrafa inglesa estava no lugar errado na hora errada: em Bagdá, no início da Guerra Fria, quando uma cúpula que reuniria o presidente dos Estados Unidos e o líder da União Soviética estava prestes a acontecer. A este explosivo cenário se soma o rumor de que alguém estaria se preparando para acabar com qualquer tentativa de paz. Aventura em Bagdá é um verdadeiro thriller de suspense ambientado num país que a autora conhecia como ninguém, o Iraque dos anos 50.
Esse foi provavelmente o livro de Agatha que eu menos gostei.
A história segue uma gama de personagens diferentes em momentos distintos que, num primeiro momento, não parecem ter qualquer ligação entre si, a personagem tratada como principal, entretanto, é Victória Jones, uma péssima datilógrafa que trabalha em um escritório e adora contar mentiras - além de fazê-lo muito bem -, ela é pega pelo patrão imitando a esposa dele e acaba sendo demitida não só por isso, mas por ser incapaz de redigir um documento com o mínimo de decência como se não fosse alfabetizada.
Sem emprego, ela vai até a agência e inventa outra desculpa sobre assédio e pede que a atendente lhe avise sobre qualquer possível vaga. Enquanto está na praça, Victória é abordada por um rapaz chamado Edward por quem fica imediatamente encantada. Ele lhe diz que está indo a trabalho para Bagdá com seu chefe. Desapontada, a jovem sem dinheiro começa a procurar alternativas para ir atrás dele e acaba conseguindo emprego como acompanhante de uma mulher rica que quebrara o braço. Contando uma pilha de mentiras, acaba conseguindo a vaga e embarcando para o oriente.
Lá chegando, ela logo se adianta a encontrar o jovem já que seu emprego temporário só garantiria sua viagem até Bagdá, mas não sua permanência e Victória estava hospedada em um hotel muito caro, embora com um dono de muito bom coração. Seu interesse romântico, contudo, não estava na cidade, então ela só pode segurar a barra até ele retornar, com a esperança de ele lhe conseguir um emprego no lugar onde trabalha.
Certa noite, contudo, o quarto de Victória é invadido por um homem que implora a ela para escondê-lo, pois a polícia o está procurando. Ela aceita e usando suas habilidades de mentir, o esconde. Mas qual não é sua surpresa quando ao tentar acordá-lo descobre que ele está morto. A partir desse incidente, a jovem imerge em uma trama de conspiração política que pode levar o mundo a um banho de sangue.
Usando suas habilidades de mentir, Victória vai precisar mais que nunca ser esperta e saber em quem deve ou não confiar. Mas, sobretudo, descobrirá o valor de dizer a verdade.
Confessar para vocês, nunca pensei que diria que um livro da Agatha Christie foi chato, mas esse foi. Talvez por não curtir muito esses livros de espionagem, que fogem um pouco da linha habitual dela com os detetives, achei Aventura em Bagdá enfadonho. Claro, de jeito nenhum isso torna o livro ruim, só não me agradou tanto quanto os demais que já li dela. Já notei que não me dou muito bem com os livros que não envolvem um dos dois detetives que são sua marca registrada, mesmo não sendo uma fã devotada de Miss Marple, prefiro as fofocas dela do que os pseudo detetives que geralmente protagonizam os romances nos quais nem ela e nem Poirot aparecem e, sem dúvida, os melhores casos sempre são os de Poirot (por isso nunca me conformei por ela ter matado ele em Cai o pano).
A coisa é que aqui parece um daqueles filmes de sessão da tarde, sabe? Uma personagem bem água com açúcar cega por uma paixonite que não enxerga um palmo na frente do nariz. O caminhar das coisas é lento e tem tanta descrição do oriente médio que eu ficava com mais calor só de ler. Além disso, o plot twist não foi surpreendente, gente eu estava desconfiada daquele personagem e esse sentimento de ter algo errado só aumentou ao ponto de ficar na cara que ele era o vilão por trás de tudo. Em contraponto, foi bacana conhecer esse lado da prosa da Agatha, eu tenho poucos livros aqui que não são com os detetives (e minha intenção é ter todos os livros com o Poirot, mas a indústria do papel não está facilitando a minha vida), se há algo que não se pode duvidar é que a autora dá uma aula de criação de personagens e, como uma autora em aprendizado constante, consumir os livros dela é muito interessante para estudar esse meu calcanhar de Aquiles que é criar personagens convincentes.
Se vale a pena ler ou não eu deixo com vocês. Mas não está no meu ranking de melhores livros da autora.
Comecei com os livros da Agatha faz pouco tempo, mas já conhecia as histórias dela através da minissérie "Os Pequenos Crimes de Agatha Christie". Não sei se esse é muito minha praia com tantas descrições e desenvolvimento lendo, mas acho que daria uma chance pela curiosidade para conhecer o trabalho da autora.
ResponderExcluirTe espero nos meus blogs!
https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
http://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
Olha, se tu quer conhecer o trabalho dela eu acho essa aí a PIOR escolha para começar. Tente livros como Os Quatro Grandes, A Noite das Bruxas, O Assassinato de Roger Ackroyd primeiro são muito mais instigantes. Eu tenho várias resenhas dela por aqui, deixa esse livro, Noite Sem Fim e A Casa Torta para depois, quando você estiver mais acostumada com o ritmo dela.
ExcluirObrigadinha pela visita! Logo apareço por lá!