A Maldição do Tigre:
Após perder os pais e ser adotada por uma
família do Oregon, Kelsey se fechou para as pessoas. O medo que sentia se
afeiçoar a alguém e depois perder essa pessoa era maior que tudo, mesmo a sua
família adotiva tinha apenas uma porção do seu carinho, completamente externa e
desapegada, por isso não foi nenhum incômodo quando ela conseguiu o emprego de
duas semanas no circo Maurizio onde tinha que residir em tempo integral. O
trabalho de Kelsey era simples: vender ingressos e cuidar do tigre, a última
parte incialmente foi a que mais lhe deixou apreensiva. Quando chega em seu
destino, a garota é muito bem recebida pelos residentes do pequeno circo e logo
inicia seu trabalho na venda de ingressos e na faxina da bagunça quando saem os
expectadores, mas o ponto alto de sua estada é quando vê o magnífico tigre
branco em ação no picadeiro pela primeira vez. Kelsey jamais vira algo como ele
em toda sua vida, e havia algo naquele
animal que a atraía profundamente.
Quando tem seu primeiro contato a sós com
o Tigre, Kelsey rapidamente se afeiçoa ao animal, lê para ele todas as noites,
dorme ao lado da jaula dele, conversa com o felino que não apenas parece
prestar atenção, mas se mostra dócil com a garota. Até que um estranho chega no
circo oferecendo-se para comprar o tigre e leva-lo de volta à Índia, Kelsey se
vê no impasse de perder o animal por quem tinha se afeiçoado ou ir para Índia
com ele, um convite feito gentilmente pelo estranho comprador que afirmava precisar
de alguém para cuidar da segurança do tigre durante a viagem. Ao aceitar a
proposta, Kelsey se vê mergulhando em um mundo de magia e possibilidades.
O seu anfitrião parece ser extremamente
rico e não poupa nenhum tipo de capricho ou mimo para Kelsey que se vê
deslumbrada e curiosa sobre tudo relacionado ao misterioso senhor Kadam, seu
patrão e a Índia. Vez ou outra ela vai à jaula de Ren, o tigre, para
certificar-se de que ele não precisa de nada ou levar-lhe um mimo. Quando é
deixada pelo senhor Kadam para chegar sozinha com o tigre à reserva, Kelsey é
misteriosamente abandonada na floresta com Ren, o animal a guia para o meio da
mata levando-a até uma casa no meio da floresta que parece abandonada. Nesse
momento, Ren transforma-se em homem e se apresenta para a garota pela primeira
vez, que fica perplexa. Após uma conversa muito breve, pois Ren só pode
permanecer como homem durante 24 minutos por dia, Kelsey descobre que se metera
em algo muito além de sua compreensão e racionalidade. O dono da casinha, Phet,
é um xamã indiano que diz a Kelsey que ela é a escolhida da deusa indiana
Durga, para quebrar a maldição que transformara Ren e seu irmão Kishan em
tigres. Para tal, eles precisam ir até um misterioso templo para descobrir a
profecia da deusa.
Kelsey e Ren enfrentam perigos mortais
dentro do templo antigo como besouros e lanças envenenadas, mas finalmente
conseguem a profecia e retornam para o senhor Kadam que, após alguns dias
tentando decifrar e traduzir o que diz nas fotos e rascunhos de Kelsey
informa-os que eles tem de ir para o templo de um deus macaco em outra cidade há
alguns dias de viagem, mas antes disso precisam visitar o templo de Durga e
pedir sua benção. Kelsey se vê cada vez mais envolvida com Ren cada vez que os
dois vão mais e mais fundo em busca da chave para libertá-lo da maldição e, no
caminho para Hampi, onde os dois devem começar, Ren para com Kelsey em uma
floresta afim de encontrar com Kishan, seu irmão. Kelsey por fim descobre que mesmo
após 300 anos a rivalidade entre os dois apenas se acentuou e que Ren ainda
nutre profunda mágoa do irmão. No acampamento, Ren e Kelsey se aproximam ainda
mais, e a garota se dá conta de que a atração entre os dois caminha para algo
muito maior e mais intenso.
No templo de Durga, Kelsey e Ren recebem
da deusa uma gada e uma serpente que Kelsey vê com admiração tornar-se um
bracelete em torno de seu braço. Quando chegam em Hampi, no reino do deus
macaco, novamente a vida dos dois é posta em perigo e a aproximação torna-se
ainda mais intensa, a ponto de que Kelsey começa a se questionar sobre o
possível coração quebrado que terá futuramente e afasta Ren dela o máximo
possível. Eles conseguem o fruto sagrado, mas estão brigados e Kelsey mantem o
máximo de frieza com Ren. Depois de quase morrer após ser atacada por um kappa,
Ren tenta de tudo para reaproximar os dois, mas Kelsey é inflexível quanto a
distância entre os dois decidia a ir embora da Índia.
O livro definitivamente é ótimo! Eu tive
vontade de ler depois que descobri que a autora é fã da saga crepúsculo, tendo
inclusive a tia Steph como influencia. Fiquei muito animada com isso tendo em
vista que a saga é sempre alvo de brincadeiras de mau gosto e críticas
infundadas. Foi depois de Crepúsculo que eu voltei a ter prazer pela leitura
novamente e eu tenho um carinho especial por ela. Mas voltando ao livro, eu
gostei muito, a escrita é gostosa e fluente. A narrativa é em primeira pessoa sob
o ponto de vista de Kelsey – que novidade! – altamente descritiva e muito bem
equilibrada. O Texto vai alternando os acontecimentos entre humor, romance e
ação, você fica completamente preso à história e sofre nos momentos de tensão
imaginando o pior.
Uma coisa que eu não gostei de jeito
nenhum no livro, e que até certo ponto (O capítulo 17 para ser mais exata) eu
pensei estar livre, foi de mais uma personagem burra. Mas Kelsey se mostrou tão
abestada quanto Luce, Nora ou Ever. Claro, não tão estúpida quanto Ever porque
isso é até biológica e literariamente impossível! Mas chegou perto. Parece que
para você escrever uma boa ficção na atualidade você precisa fazer um curso de
idiotês avançado para personagens. Eu não curto isso, já ta ficando irritante
já. Pelo que da pra ver, quando Kelsey encontra Krishan pela primeira vez, vamos
ter por ai um triângulo amoroso like Diários de um Vampiro, típico dois irmãos
altamente diferentes que exercem um efeito intenso sobre a protagonista, muito
embora no caso desse livro Kelsey tenha por certo sentir apenas amizade por
Krishan, mas do jeito que ela está agindo de maneira estúpida com Ren não
duvido nada que isso mude. Mas foi tudo que não gostei no livro. Tudo é
perfeito, a história é maravilhosa, recheada de magia e mitos hindus
fascinantes, eu aprendi tantas palavras novas. Super recomendo a todos!
Então, agora eu tenho que ler A Eneida pra
minha aula de Literatura Latina na faculdade, mas mesmo assim em contrapartida
vou começar a ler o próximo livro da minha meta desse ano que é a série A
Mediadora! Então, até a próxima resenha blogueiros!
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