sábado, 29 de agosto de 2015

Através do Espelho - Lewis Carroll (Parte II de Alice)

Continuando com a saga de Alice, agora falemos sobre o segundo livro que veio nessa mesma edição, Através do Espelho é uma história tão louca quanto a primeira, se não mais, em que a pequena heroína de Carroll está tranquila no sofá da sala consertando a bagunça de Kitty, uma das crias de sua gata Dinah, quando, de repente, contemplando o espelho envolve-se em uma fantasia que vai comentando com sua gatinha travessa, então somos arremessados para o "mundo ao contrário" do espelho, onde flores metidas falam, onde ovos se transformam em seres animados e resmungões, onde ovelhas cuidam de lojinhas e onde as peças do xadrez tem vida e se movimentam no mundo ainda mais maluco que o país das maravilhas. Na busca de se tornar uma rainha, Alice tem que passar pelas oito casas e vencer os desafios do mundo de ponta cabeça cheio de criaturas com ainda menos juízo que sua primeira aventura e cheio de poesias e músicas.
Particularmente, eu gostei do livro, mas achei o primeiro muito mais engraçado, e esse foi ainda mais sem noção que o outro. De fato, Alice é uma obra muito curiosa e passiva de diversas informações, a mensagem sobre a pureza da infância e a importância da imaginação continuam fortes nesse livro desde o seu início. Não ouve nenhuma quote que realmente me prendesse como aconteceu (até demais) no primeiro livro, embora eu tenha gostado muito de viajar através do espelho. Percebi também que o desenho da Disney é uma mescla entre as duas histórias, há acontecimentos e personagens do primeiro e do segundo livro e que o live action lançado em 2010 tem maior influencia da segunda história, mas com uma fantasia que não está presente no livro e que foge muito do enredo de Carrol.
Alice foi um livro fascinante, cheio de ensinamentos sem sentido que fazem sentido, um mundo de possibilidades da mente de um homem apaixonado pelo onírico que tinha devoção grande pela infância da qual não fazia mais parte, mas cujo coração de menino ainda conseguia viajar tão longe quanto a inocência e a imaginação infante lhe permitiam.  Foram duas viagens realmente maravilhosas e encantadoras e, se você ainda não conhece, eu super recomendo! A edição da Zahar é um luxo! Linda, cheia de ilustrações e com capa dura.
Aqui eu finalizo minha viagem pelo mundo das maravilhas e pelo mundo ao contrário do espelho, a próxima aventura vai ser com a obra francesa O pequeno Príncipe. Então aguardem que pra semana tem resenha nova!

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