Gênero: Suspense, terror
Páginas: 272
Sinopse: Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.
Quando esse livro saiu, em 2015, todo mundo estava falando dele, foi recomendadíssimo e em todos os canais literários e blogs se ouvia falarem bem, mas, assim como aconteceu com o falado Garota Exemplar, eu não me interessei muito por ele. Esse ano, decidi pôr na minha meta de leitura, como me acostumei a ler ebooks, acabei comprando o digital (que é mais barato) e li essa semana. Vamos começar com o enredo.
A trama começa com Mallorie, uma mulher que vive em uma casa com os dois filhos de quatro anos. De cara a gente sabe que a situação é estranha, as janelas e as portas são bloqueadas, as crianças dormem sob uma armação de arame farpado, como se fosse uma gaiola, Mallorie está angustiada, inquieta, divagando sobre fazer ou não uma "viagem" meio suicida com as crianças. Ela descreve a casa, diz que não vê o mundo exterior há quatro anos e somos transportados para o passado, quando ela descobriu que estava grávida, nessa época vivia com sua irmã Shannon a quem não era exatamente muito apegada. Coisas estranhas começavam a acontecer no mundo, a irmã de Mallorie era uma viciada em noticiários e se impressionava facilmente. Uma série de assassinatos e suicídios sem aparente explicação eclodia no mundo inciando na Rússia e se espalhando como uma doença, aparentemente o fato estava ligado a visão, as pessoas estavam vendo alguma espécie de criatura que as impelia a cometer atos insanos que culminavam na morte de outros à sua volta e delas mesmas. Não se sabe nada acerca dessas coisas, de onde vieram ou o que eram e o livro não explica em momento algum.
Quando Shannon se mata no banheiro da casa enfiando uma tesoura no próprio peito, Mallorie apavorada decide buscar refúgio em uma casa que estava recebendo pessoas. Ela faz uma viagem meio às cegas até conseguir chegar a esta casa, naquela altura o mundo está caótico, as pessoas morrem, as casas estão abandonadas, há corpos nas ruas. Ela consegue chegar à casa e é recebida pelos seus moradores, os poucos sobreviventes da cidade, são eles Cheryl, a única mulher na casa, Felix, Tom, Don e Jules, eles ficam um pouco receosos ao descobrir que Mallorie está grávida, principalmente Don que parece ser o menos receptivo deles, ainda assim, eles a acolhem bem e a integram na rotina da casa. Tom, quem aparentemente lidera o grupo, conta a ela a história da morte do dono da casa, George e a sua própria e enquanto isso somos intercalados à viagem de Mallorie com os pequenos vendados pelo rio desconhecido em busca de um lugar que ainda ignoramos, no meio disso ela vai contando como treinou as crianças - que por sinal não tem nomes, se chamam só Menina e Garoto - para ouvir os mínimos sons, o modo rígido como criou-os desde bebê nos faz pensar um pouco ainda que, dadas as circunstâncias e o desespero não possamos julgá-la, ela mesma se questiona várias vezes a respeito de como criou o casalsinho e do que é, de fato, ser mãe. Eu particularmente ignoro completamente essa questão, não sei nada sobre crianças, mas olhando de um ponto de vista circunstancial não reprovo a atitude dela.
Olivia é a sétima aderência à casa e ela também está grávida o que acaba preocupando os outros ainda mais, pois o estoque de alimentos é cada vez menor. Conforme os dias avançam, coisas estranhas vão acontecendo, a presença de alguma coisa do lado de fora é cada vez mais real e as pequenas excursões de Tom e Jules provam que, quem quer que abra os olhos, morre. É apenas quando Gary chega na casa que o clima se desestrutura completamente, Mallorie não consegue confiar nele, aquele homem esconde alguma coisa, o dia de dar a luz se aproxima e ela não poderia imaginar que o terror estava se aproximando com ele.
O livro é todo movido ao suspense constante, dizem que é de terror, acho que pode estar relacionado às mortes que acontecem que são, definitivamente, grotescas, desconfio que eu não tenha coragem de assistir à adaptação se ela for mesmo fiel ao que está no livro, vai ser de revirar o estômago. Ainda assim, apesar de a tensão ser real e bem trabalhada, medo não é algo que eu senti enquanto lia, posso dizer que não é previsível, ainda assim o enredo não é satisfatório. A história deixa para trás perguntas sem respostas e ambiguidades que tornam o entendimento da trama dual, para dizer o mínimo. a frase "O Homem é a criatura que ele teme" dá margem a certas interpretações depois da verdade sobre Gary fdp e do homem na margem do rio, faz a gente se questionar se a tal "criatura" realmente existe e o fato do livro não dar essa resposta e de ter aquele tipo de final aberto faz o desfecho ser um pouco frustrante. Aquém de tudo isso, digo que a história prende a atenção, mas não consegui gostar, talvez por não estar habituada com esse tipo de história ou simplesmente porque ele não foi para mim mesmo. É a minha opinião.
O livro é todo movido ao suspense constante, dizem que é de terror, acho que pode estar relacionado às mortes que acontecem que são, definitivamente, grotescas, desconfio que eu não tenha coragem de assistir à adaptação se ela for mesmo fiel ao que está no livro, vai ser de revirar o estômago. Ainda assim, apesar de a tensão ser real e bem trabalhada, medo não é algo que eu senti enquanto lia, posso dizer que não é previsível, ainda assim o enredo não é satisfatório. A história deixa para trás perguntas sem respostas e ambiguidades que tornam o entendimento da trama dual, para dizer o mínimo. a frase "O Homem é a criatura que ele teme" dá margem a certas interpretações depois da verdade sobre Gary fdp e do homem na margem do rio, faz a gente se questionar se a tal "criatura" realmente existe e o fato do livro não dar essa resposta e de ter aquele tipo de final aberto faz o desfecho ser um pouco frustrante. Aquém de tudo isso, digo que a história prende a atenção, mas não consegui gostar, talvez por não estar habituada com esse tipo de história ou simplesmente porque ele não foi para mim mesmo. É a minha opinião.
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