sábado, 10 de novembro de 2018

[Livro] Treze à mesa

Título Original: Lord Edgware Dies
Autor: Agatha Christie
Ano: 1933
País: Reino Unido
Páginas: 254 (edição da foto)
Gênero: policial, suspense, mistério

Sinopse: O célebre Lord Edgware é assassinado com uma facada pouco tempo depois de recusar o pedido de divórcio de sua esposa, Jane Wilkinson, e ser ameaçado de morte por ela. Obviamente, ela se torna a principal suspeita, e uma testemunha afirma tê-la visto na cena do crime. No entanto, no dia seguinte, um jornal publica um artigo sobre uma festa que contara com treze convidados, Jane Wilkinson entre eles, dando-lhe um álibi incontestável. Para complicar ainda mais o caso, descobre-se que o pedido de divórcio havia sido aceito antes do crime ocorrer, tirando de Jane o motivo para cometê-lo.

Com a ajuda de seu fiel amigo, Capitão Arthur Hastings, Poirot tenta decifrar mais um caso que parece impossível.

Esse foi um dos casos mais complicados dos livros que já li da Agatha. E também igualmente fascinante. Quando Jane Edgware diz ao famoso detetive que quer se livrar do marido a coisa levanta choque em alguns, risos em outros e preocupação em terceiros. Uma mulher voluntariosa, fútil e mimada a atriz tem pressa em conseguir o divórcio que o marido recusa para se casar com um conde. Pelo temperamento complicado de Lorde Edgware ninguém duvidaria que houvesse muitas pessoas querendo matá-lo, mesmo assim, Poirot e Hastings são os últimos a vê-lo com vida quando, na manhã seguinte, é encontrado morto em seu gabinete, apunhalado no pescoço.

Logo as suspeitas recaem sobre Jane, mas na hora do assassinato ela fora vista jantando na casa de um magnata. Poirot, contudo, está convencido de que a mulher é inocente ainda que seu temperamento deponha contra ela. A atriz deixa bem claro que não gostava do marido e, desse modo, não se ressente com sua morte, apenas mantem as aparências para que seu conde possa em breve desposá-la sem maiores alardes. O sobrinho do lorde, uma atriz de imitações, sua secretária e até mesmo sua filha são os suspeitos mais prováveis, além de um ator amigo de Jane que é apaixonado por ela e teria, assim, um motivo para vê-la enforcada.

Contudo, todos esses suspeitos parecem ter um álibi. Conforme o caso avança e as coisas começam a sair do controle do detetive belga, os suspeitos vão afundando numa teia de desconfiança e segredos. Poirot vai precisar, pela primeira vez, descartar seu julgamento em prol de impedir que um inocente tome o lugar do verdadeiro assassino, a última pessoa que ele pensava ser capaz de cometer tal atrocidade.

Com uma trama magnífica e engenhosa, Agatha constroi o que pra mim foi um dos seus casos mais complexos, apesar de ter acertado alguns palpites durante a leitura, não cheguei realmente a duvidar do verdadeiro assassino e, afirmo, de todos os livros que já li dela até hoje, esse crime foi o que mais se aproximou da perfeição. A astúcia do assassino era digna de nota ao ponto de, na resolução, quando ele esclarece os fatos, seus pequenos equívocos terem sido ridículos para a esperteza que demonstrou ao planejar e executar os crimes. Uma obra magistral dessa autora maravilhosa.

Em comparação, sua adaptação na série de filmes Poirot não fez juiz à excelência do caso. Aconteceu o que acontece em boa parte das adaptações, comprimiram muito a história e mudaram alguns detalhes que eu não gostei muito, como a personalidade das personagens. Eu realmente detesto quando mexem nisso. Algumas coisas que aparecem no filme não acontecem no livro, contudo,fazendo um balanço geral, pra quem leu o livro e sabe de todos os pormenores, o filme pode até ser razoável nem que seja pra reclamar ou só pra ver alguns acontecimentos em ação mesmo.

Gosto muito desse ator caracterizando o detetive belga, acho ele uma fofura, sabe retratar bem os pormenores e as esquisitices de Poirot, o resto do elenco eu achei bem fraquinho nesse filme, as atuações foram meio geladas e sem emoção. Ainda assim até curti pra passar o tempo. Contudo, não recomendo para aqueles que não leram ou querem conhecer a história.

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