Sinopse: Li Hui Zhen (Dilmurat Dilraba) era linda quando jovem, mas anos de dificuldades com sua família acabaram com sua beleza. Seu amigo de infância, Bai Hao Yu (Peter Sheng), por outro lado, passa pela experiência contrária, e sua bela aparência enquanto adulto é manifestação do sucesso alcançado posteriormente. Quando Hao Yu encontra Hui Zhen e deseja retomar a ligação que tinha, Hui Zhen, por estar envergonhada da sua aparência, manda sua melhor amiga e colega de quarto, a estilosa Xia Qiao (Sierra Li), em seu lugar. Quando ela finalmente consegue um estágio na companhia que tanto desejava entrar, acaba surpresa ao descobrir que seu novo chefe é Hao Yu. Enquanto tenta esconder sua verdadeira identidade de Hao Yu, o jornalista da revista Lin Yi Mu (Zhang Vin) começa a se interessar por ela. Quanto tempo Hui Zhen conseguirá manter Hao Yu às escuras? "Linda Li Hui Zhen" é um drama chinês de 2017. A série é um remake do drama coreano de sucesso de 2015 "Ela Era Linda".
Ainda bem que consegui finalizar o drama que havia separado pra esse mês, cheguei mesmo a pensar que não daria tempo porque houveram alguns percalços, gente, a coisa aqui não está fácil, viu?
Bom, eu já fiz resenha de She Was Pretty (você pode ler AQUI se ainda não leu) e como esse drama é um remake então não vou ficar meio que repetindo as mesmas coisas e vou partir para os pontos fortes e as diferenças entre um e outro, pelo menos no que eu me lembrar.
A história é a mesma. Hao Yu e Hui Zhen eram muito amigos quando crianças, ambos sabiam tudo um do outro e, por sua aparência, Hao Yu sofria bullying e era protegido por Hui Zhen que sempre foi linda e muito inteligente. Contudo, um dia Hao Yu se muda com o pai para os Estados Unidos e eles ficam doze anos sem se ver, nesse meio tempo Hui Zhen passa a morar com Xia Qiao que se torna sua melhor amiga e praticamente sua família.
Ao contrário da sua versão coreana, Hui Zhen não dá muita bola pra sua aparência mais pelo medo de mudar a si mesma que pelos problemas financeiros que enfrenta, no fundo acho que ela não somente queria ser aceita como era, mas queria conhecer a si mesma antes de decidir mudar o que via no espelho e acaba que essa mudança se tornava insignificante porque ela gostava da rebeldia de si mesma e quando descobre o que ama fazer descobre que ama a si mesma como é, sem máscaras ou disfarces. E acho que isso é uma das coisas mais legais nessa personagem.
Se me lembro bem, na versão coreana, Hye Jin para de se arrumar por causa dos seus problemas financeiros e, depois, quando a situação melhora um pouco ela decide voltar a ser como quando criança. Contudo, Hui Zhen aceita seus cachos, seu estilo, sua postura sendo quem é independente do que a sociedade obcecada por beleza diz. Ela aprende a ver a beleza em si mesma, e embora isso também aconteça com a Hye Jin não fica tão evidente como nesse remake.
Na verdade, por ser maior, eles conseguiram fazer um trabalho de personagem melhor, de todas as personagens, a gente acaba se apegando mais com elas e sofrendo junto. A versão coreana é muito bem construída, mas era óbvio que um pouco desse trabalho de personagem ia ficar devendo por ser uma trama de dezesseis horas.
Bem, ao contrário de Hui Zhen, não senti muita diferença em Bia Hao Yu e sua versão coreana, nos dois ele começa sendo escroto e detestável, além de um completo imbecil incapaz de reconhecer a melhor amiga só porque ela não está de cabelo liso.
Ainda assim, no meu ponto de vista algumas coisas foram suavizadas nessa versão chinesa, pelo menos perto do final, houveram alguns trejeitos nele que não me deixaram odiá-lo completamente. Inclusive, essa é uma coisa que eu achei muito diferente entre as versões chinesa e coreana, nessa versão eu não shippei a Hui Zhen com o Yimu, apesar de ele realmente estar lá por ela, o personagem do Zhang Bin Bin não foi cativante como o de Siwon (ninguém consegue barrar o Siwon, verdade seja dita). Inclusive, nessa versão ele é autor de mangá e não de livros.
A comédia nessa versão foi bem reduzida, acho que o senso de humor dos chineses é bem diferente do nosso, porque eu chorei de rir no coreano, mas nesse não lembro de ter dado uma boa gargalhada, mesmo que o Hao Yu fosse tão distraído quanto a sua versão coreana.
Num cômputo geral, Pretty Li Hui Zhen se equipara à versão original fornecendo alguns extras para nós que vieram de forma muito bem feita temos um pequeno vislumbre do casamento e da vida a dois desse casal que acaba ganhando nossos corações. Achei um remake muito válido e certamente valeu o meu tempo. Recomendo.
Sinopse: Victoria é sempre impecável. Seus cabelos e unhas brilham, seu quarto não tem nada fora do lugar, sua rotina é precisa. Se há algo que ela pode considerar como um defeito em sua vida é Lawrence, que parece seu oposto: é preguiçoso, desorganizado, anda com a roupa desgrenhada e vive sonhando no mundo da música. Ela nem entende como eles vieram a se tornar amigos. Mas, exceto por isso, sua vida é perfeita na cidade de Belleville. Até que Lawrence desaparece. Ela começa a investigar, e percebe que ele não é o único a sumir na pequena cidade. Por trás de suas ruas tranquilas, há segredos sombrios e assustadores, e as pistas que Victoria encontra parecem apontar para um lugar em especial: o Lar Cavendish. As pessoas entram lá mas saem diferentes. Ou então não saem. Ignorada pelos adultos, ela se vê como a única capaz de tentar resolver o mistério e trazer seu amigo de volta. Mas, para isso, terá de abrir mão de sua vida perfeita.
Não importa o que você ouviu, esse não é um livro para crianças.
Sequestro. Tortura física e psicológica. Canibalismo. Esses são apenas alguns dos "aperitivos" do Misterioso Lar Cavendish, livro que me interessei para ler depois da indicação da Beatriz Paludetto, ela deu a entender que ele seguia a linha Coraline, mas o que Coraline não me assustou esse livro me fez quase ter a alma saindo do corpo.
A história segue Victória Wright, uma garota que não se importa com mais nada no mundo além de si mesma e sua obsessão por ser perfeita. Ela quer ser a melhor da classe, da escola, da cidade se puder. Victória vive com pais bem sucedidos que estão ocupados demais para se importar com ela, mas no fundo do seu coração ela sabe que eles têm orgulho da filha perfeita que só tira notas perfeitas e tem um comportamento irretocável. Para Victória, se seu mundo não está numa ordem absoluta então o universo irá ruir. E detalhe, essa menina só tem 12 anos.
O único "amigo" de Victória é Lawrence, um garoto da mesma idade que sofre bullying na escola por causa do seu cabelo (ele tem uma espécie de marca que deixa alguns fios brancos no meio) e o fato de respirar piano. Victória se aproximou de Lawrence com segundas intenções, na cabeça dela, se conseguisse "reformar" Lawrence e torná-lo aceito por todos ela ganharia pontos na carteirinha de menina boazinha. Só que o garoto não se deixava manipular e, embora inicialmente odiasse o gênio mandão e fútil de Victória, passou a nutrir um carinho sincero por ela depois.
Porém, um dia, Lawrence desaparece e a cidade inteira começa a agir de modo estranho. Mas Victória só está preocupada com o B que tirou em música e furiosa porque Lawrence não está por perto para falar com o professor que mude sua nota para um A porque ela não pode ter um único B no seu boletim. Quando os professores, vizinhos, pais de Lawrence e até mesmo seus próprios pais começam a agir de maneira bizarra, Victória decide ir em busca da verdade e conta com a ajuda do assustado professor Alban, o único que parece não estar sendo manipulado e, ao mesmo tempo, está aterrorizado com a perseguição de alguma coisa.
O desaparecimento do professor é a gota d'água para Victória começar a investigar seus vizinhos acerca do misterioso orfanato Cavendish para onde ela tem certeza que Lawrence foi levado embora não saiba a razão ou mesmo porque seus pais estão mentindo. Suas ações acabam desencadeando o seu próprio sequestro e, na busca desesperada de uma fuga para ela e Lawrence, Victória vai se deparar com um segredo sombrio envolvendo toda a cidade e uma força poderosa demais para que mesmo ela possa vencer.
O Misterioso Lar Cavendish é aquele tipo de livro pesado e pintado como se fosse infantil, mas se você analisar bem a história vai ver que não é nada inocente. Confesso que, quando li Coraline não senti o pavor que todo mundo me prometia (também não aconteceu com Drácula ou Do Amor e Outros Demônios), mas esse livro conseguiu ser desconcertante e inquietante de maneiras únicas. Não apenas por ser um suspense muito bem montado, pelo menos eu achei, mas por ele ter realmente essa cara de livro infantil quando você começa a ler sem sequer imaginar o que vem pela frente.
Confesso que consegui deduzir a parte do canibalismo, mas me recusei a acreditar que era verdade e quase vomitei quando foi confirmado. Esse livrinho com cara de inocente é quase um manual de como torturar crianças com sucesso, sério, assustador. Não sei se era a intenção, mas o que mais ficou presente pra mim na história foi como o individualismo é importante, a senhora Cavendish queria moldar robozinhos perfeitos e iguais, fazendo-os desistir dos seus sonhos e talentos em prol do que a sociedade queria deles, queria que eles fossem. E isso é muito presente no nosso dia a dia, nós desistimos de quem somos e do que acreditamos em prol do que achamos precisar ou das urgências impostas pela vida. Por exemplo, queremos ser médicos, mas acabamos nos contentando com o trabalho num arquivo porque a urgência de um emprego fala mais alto que a determinação de ir além. Ou então, desistimos do sonho de desenhar, por exemplo, porque todo mundo fica dizendo que não dá futuro, que o "certo" e o "bom" é tu fazer direito.
Nós vivemos, o tempo todo, cercados de "Senhoras Cavendish" tentando suprimir quem somos e o que amamos fazer em prol do que os outros querem que façamos e sejamos, porque é o padrão, é o "certo". Mesmo que a maior parte da sua identidade fosse, por assim dizer, de defeitos, foi a sua individualidade, a sua essência, que ajudou Victória a não sucumbir ao mesmo tempo que lhe ensinou que a perfeição e a prepotência drenam os pequenos prazeres que podemos ter quando apenas relaxamos e nos permitimos sentir. E essa mensagem, aquém dos acontecimentos bem carregados, torna a leitura "aquecida" na falta de uma palavra melhor. Gostei muito desse livro e recomendo fortemente pra quem gosta de um bom suspense/terror, mas te dizer, finalzinho sacana, viu? Embora dê pra entender que, enquanto a sociedade e a mídia continuarem ditando as regras e as pessoas continuarem obcecadas em ser e seguir o "modelo" as senhoras Cavendish vão continuar existindo e sequestrando nossos sonhos.
Ano: 2019
Track List:
01. INTRO : WE ARE HERE
02. Alligator *Title
03. 악몽 (Ghost)
04. Play it Cool (Korean Ver.)
05. No Reason
06. Give Me Dat
07. 난기류 (Turbulence)
08. Rodeo
09. Stealer
10. Party Time
Ao contrário das bandas que ouvi até hoje, o Monsta X nunca me decepciona, sejam com seus vídeos carregados de simbologia e analogia ou com seus CDs impecáveis e sempre com músicas eletrizantes. Desde a disband do B.A.P é a única banda coreana que eu tenho acompanhado com ansiedade.
Qual não foi minha surpresa quando vi ontem o vídeo de alligator que, por sinal, está incrível. Acho muito massa essa maneira que eles têm de sequenciar os álbuns interligando-os de forma sutil, mas que faz muito sentido. E We Are Here não foge do padrão nos entregando nove faixas inéditas cheias de energia e da marca característica da banda.
Talvez tenha sido impressão minha, mas esse álbum traz mais presentes elementos da techno music que nos demais, não que os outros discos não tenham, mas nesse se destacou mais. Inclusive mais que no seu antecessor. Além de contar com a participação do Dj e produtor Steve Aoki na faixa Play it Cool. Independente de qualquer coisa, We Are Here é um baita CD que consolida o Monsta X em uma das melhores bandas no cenário atual do Kpop e é uma pena que não tenha o reconhecimento que merece.
Série: Night World #1 Autor: L.J. Smith Gênero: YA, fantasia Ano: 2011 (Brasil)
Sinopse: Poppy foi diagnosticada com câncer terminal até que James, seu amigo e por quem é apaixonada, lhe oferece uma maneira de evitar a morte: a vida eterna. James está disposto a infringir as regras do Mundo das Sombras por amor, mas conhece as leis - se alguém do Mundo das Sombras se apaixonar por um humano deve ser punido com a morte.
"A gente ama uma mulher porque ela canta uma música que apenas nós entendemos"
Eis o livro de fevereiro do Projeto Relendo e Resenhando! Uma das maiores delícias desse ano conturbado até agora foi poder revisitar esse livro. Vampiro Secreto foi o primeiro contato que tive com a escrita da L.J. Smith, embora tenha tentado, não cheguei a passar do segundo capítulo da série Diários de um Vampiro e não li o livro (ainda) porque a coleção não está completa.
Em Vampiro Secreto somos introduzidos no mundo das sombras, uma sociedade secreta escondida dentro do mundo que conhecemos (like TMI) composta por todas as criaturas sobrenaturais como vampiros, lobisomens, bruxas e etc. Poppy é uma jovem do mundo normal que, nas férias de verão, descobre ter um câncer terminal e muito pouco tempo de vida. James, seu melhor amigo desde os cinco anos de idade, fica desesperado em busca de todas as possibilidades de salvá-la, isso porque ele não quer infringir ainda mais as duas regras supremas do Mundo das Sombras:
1. Não revele a nenhum humano sobre o mundo das sombras;
2. Nunca se apaixone por um humano.
Ele sabia que havia quebrado uma das regras e, sem qualquer possibilidade de ajuda para salvar a garota, ele acaba se revelando para ela e dando-lhe a escolha de poder viver como uma vampira. Depois do choque inicial de saber que seu melhor amigo é um vampiro e de que o mundo que ela conhece não é nada "normal", Poppy acaba agarrando-se à vontade de viver e escolhe ser transformada em vampira por James por quem é apaixonada desde sempre. Porém, além de precisar lidar com Philip, o irmão gêmeo de Poppy, James ainda vai precisar lidar com Ash, seu primo encrenqueiro que está vindo para a cidade.
Ao despertar para uma nova vida, Poppy se depara com o Mundo das Sombras e se dá conta dos perigos que James corre por tê-la transformado em vampira, sobretudo, percebe o que deixou para trás em sua antiga vida. Ainda mais que isso, seus sentimentos por James se transformariam por ela não ser mais humana? O que a aguarda na sua nova jornada como uma bebedora de sangue? E, ainda mais, que segredos se escondem por trás da sua linhagem que podem mudar sua vida para sempre?
Tal como da primeira vez, eu achei esse livro incrível e muito gostoso de ler. Não apenas pela singularidade e genialidade da criação dos vampiros de Smith e de todo o mundo sombrio e secreto escondido no nosso, mas pelo carisma dos personagens que saltam das páginas e nos envolvem em uma trama de descobertas e aventuras cheia de magia e romance. E, sério, nunca na história uma mordida de vampiro foi tão sensual como nesse livro hahaha. Além da sensualidade magnética que ela atribuiu a James, a maneira como ela apresenta o mundo vampírico nesse livro e o modo como eles se "conectam" com os humanos no período de transformação é mágico a tal ponto que faz você querer, desejar, ansiar ser mordida por James... As descrições de sentimento de Poppy são feitas de forma tão clara que a gente realmente se sente no lugar dela, tem as mesmas sensações e os mesmos prazeres. Simples, forte e ao mesmo tempo sutil, Vampiro Secreto foi uma das viagens mais interessantes e deliciosas que fiz. Foi uma delícia relê-lo e já me deu vontade de ler de novo! Recomendo demais!
Sinopse: Hinata Ema é a única filha de famoso aventureiro chamado Hinata Rintarou. Um dia, Ema descobre que seu pai vai se casar com uma fabricante de roupas de sucesso chamada Asahina Miwa. Pelo fato de não querer perturbá-los, decide se mudar e morar com seus treze novos irmãos em uma mansão conhecida como Sunrise Residence. Como vivem sob o mesmo teto, um romance começara a crescer entre Ema e os irmãos Asahina.
Eu tinha separado esse anime e Pretty Li Hui Zhen pra ver esse mês, mas como o drama é enorme, decidi passar o anime na frente porque conseguiria terminá-lo em três dias. De início eu nem lembrava porque tinha colocado Brother's Conflict na minha grade, quando li a sinopse ficou claro o motivo: incesto. Vocês sabem que eu sou maluca por um romance entre irmãos nas obras japonesas, eles fazem ser muito fofo e meu sonho de princesa é ter um anime de True Love.
A premissa do anime é bem simples, Ema se muda para o prédio onde moram seus irmãos recém adquiridos com o casamento de seu pai e a mãe deles. Eu não tenho ideia de como, mas essa mulher conseguiu dar a luz a 13 criaturas (12 na verdade, um é adotado). Creio que ela não tinha netflix em casa porque né? Bem, são treze criaturas bem peculiares, alguns já adultos que trabalham e outros que vão decrescendo para a idade dela. O impacto inicial é muito positivo (ou nem tanto) uma vez que todos a tratam bem (até demais), mas Ema fica muito confusa com a beleza e os modos pra lá de atirados dos seus novos irmãos.
Ela tem Juli, seu esquilo inseparável que está lá para protegê-la dos irmãos que na sua visão são lobos prestes a devorar a menina (não que ele esteja muito errado kkk), conforme a convivência entre eles avança, os irmãos começam a entrar em conflito por causa dela, cada um à sua forma se apaixonando pela menina (do nada, diga-se de passagem) e deixando-a numa situação bem complicada.Quem será capaz de conquistar o coração da passiva Ema, afinal?
Apesar de serem 13 protagonistas para 1 heroína, ela tem mais interação com alguns deles, em especial porque do contrário seria quase pedofilia kkkk. De todos o que mais gostei foi o Louis porque ele é um amor e se eu fosse escolher alguém pra ela ele seria perfeito, mas ele a amava como sua irmã e eu achei isso ainda mais fofo. E teve também o Tsubaki porque ele era bem direto sobre seus sentimentos. Eu odeiei o Fuuto porque ele era um babaca metido, e tinha horas que a Ema me lembrava aquela menina do Diabolic Lovers (que até hoje não consegui terminar) tão ativa quanto um pudim quente! Aff. Ainda assim, achei o anime uma fofura e o final muito pertinente também.
Pelo que eu li ele é baseado em uma novel de 5 volumes e um otome game. Pelo menos eles não fizeram algo no estilo Yosuga no Sora o que deixou a coisa toda mais leve e divertida. Super recomendo!
Autora: Agatha Christie páginas: 256 publicação: outubro de 1930 Gêneros: Mistério, História de detetives, Ficção policial
Sinopse: St. Mary Mead. Um pacato vilarejo onde há quinze anos não ocorre um homicídio e onde as pessoas discutem a vida alheia tomando chá. Quando um sangrento crime acontece em plena casa do pastor, o alvoroço é grande. O arrogante inspetor Slack é escalado para investigar o caso. O mistério também intriga uma discreta moradora que gosta de jardinagem e de observar pássaros com seu binóculo, mas cujo principal hobby é o estudo do comportamento humano: Miss Marple. A estreia da sagaz velhinha, o aparecimento de personagens inusitados e a engenhosidade da trama fazem deste romance de 1930 um dos clássicos de Agatha Christie.
Essa foi a segunda leitura programada para o mês de fevereiro. Eu reservei duas leituras para este mês e uma releitura. Porém, dependendo de como as coisas andem, talvez dê para colocar outra leitura no mês, porém a próxima resenha será do projeto relendo&resenhando.
Bem, Assassinato na casa do pastor, se passa em um vilarejo inglês onde, na falta do que fazer, as pessoas se ocupam em cuidar da vida alheia. Entre essas pessoas está Miss Marple, melhor que qualquer um no lugar ela parece saber a vida de todo mundo (uma péssima apresentação de personagem, na minha humilde opinião). O pastor, sr. Clement, comenta miseravelmente que o vilarejo seria melhor sem o coronel Protheroe, um homem rude, cheio de maus modos e de quem ninguém no lugar gosta.
Bem, quando esse homem aparece morto no gabinete do pastor (e em muitos lugares, nessa tradução, foi colocado como padre) com uma bala na cabeça e um bilhete inacabado, as suspeitas recaem sobre o moderno pintor Lawrence que está tendo um caso com a mulher do defunto, Anne. Mas também sobre o doutor Stone, um arqueólogo que poderia estar interessado em uma prataria antiga pertencente ao falecido, além de Lettice a filha única do coronel que não tinha uma relação nada boa com o pai e era conhecida pelo seu comportamento nada convencional.
As pistas direcionam em vários lados diferentes, os suspeitos só aumentam e o arrogante inspetor Slack parece não querer saber de nada que não sejam suas próprias ideias. Clement e Miss Marple começam a investigar o crime por conta própria enquanto vão refazendo uma teia de mentiras dos habitantes de St. Mary Mead, desenterrando segredos do passado e identidades falsas em busca de um assassino que, segundo a esperta velhinha, estava o tempo todo embaixo dos narizes da polícia.
Confesso que não sou a maior fã dos casos de Miss Marple, foram poucos os livros com ela que eu li (a maioria dos livros de Agatha li na escola) porque ela não se envolve tanto nos casos como Poirot, basicamente resolve as coisas por trás da cortina como Sherlock Holmes, mas mesmo este tem uma investigação além das "celulazinhas cinzentas". Nesse caso, em específico, Marple chegou a uma resolução literalmente espiando a vida dos outros. Inclusive, há algumas menções a Holmes na leitura que achei fabulosas, não sei se como um tributo da autora a Doyle ou se com um certo sarcasmo (embora eu não tenha visto dessa forma). O caso é até interessante e acertei em algumas deduções, mas não é tão envolvente como os livros com Poirot, isso é certo. Ganhou meu 3/5
Nossa, faz tempo que não faço post de música, né? É que eu não tenho ficado mais tão atenta a isso quanto antes. O B.A.P deu disband então são poucas as bandas que eu tenho me esforçado para acompanhar. No momento, dentro do KPOP eu só estou ouvindo o Monsta X, o Seventeen e o GOT7. Não gostei nada dos últimos álbuns do EXO e BTS então simplesmente deixei de ouvir e fiquei só com as antigas. No caso do metal, não tenho procurado atualizações das bandas que curto e as últimas músicas que ouvi não gostei então nem achei válido comentar.
Ano passado, o GOT7 lançou um álbum coreano, mas já da música promocional, Miracle, eu não gostei muito e ouvir o album todo não me ergueu as expectativas de modo que nem resenhei aqui. Porém, ao contrário dele, o vídeo de I Won't let You Go me chamou muito a atenção e fiquei ansiosa para ouvir o novo mini album japonês que saiu no final de janeiro. Eis aqui minhas impressões:
Eu gostei muito desse álbum. Ao mesmo tempo que mantêm a identidade da banda ele traz elementos novos inseridos de modo sutil e que são incorporados de forma natural (não é uma mudança brusca como o FTIsland, por exemplo, ou o CNBlue). Minhas favoritas, além da faixa título, foram Zero e Cold. A voz dos meninos amadureceu um pouco, mas para melhor pelo menos foi o que achei. O CD mescla bem as faixas mais lentas com umas mais cheias de energia, cumpriu o papel e valeu a espera. Sem contar na faixa título em estilo reggeaton que ficou bem nteressante.
Quem também lançou mini album esse ano foi o Seventeen. Eu já havia ouvido outras músicas da banda, mas foi o single call, call call que me fez querer acompanhá-los, achei realmente muito bom e decidi ouvir toda a discografia (que não é muito grande).
O You Made My Down é um CD que mescla bem as faixas, assim como o do GOT7, eu não notei muitas mudanças bruscas no estilo da banda que não tem mais dezessete integrantes kkkk. Mas a qualidade das músicas continua no mesmo patamar.
Eu não sou muito fã das baladinhas e acho que já comentei isso em outros discos por aqui, porém, nesse CD eu abri uma séria exceção, até mesmo essas me soaram maravilhosas o que é raro se tratando de pop pra mim. Pra quem não conhece a banda, acho que esse disco é uma boa entrada. Segue a tracklist:
Título Original: We Need To Talk About Kevin Autora: Lionel Shriver Ano: 2003 páginas: 416 Gêneros: Romance, Ficção, Suspense, Romance epistolar
Sinopse: Para falar de Kevin Khatchadourian, 16 anos – o autor de uma chacina que liquidou sete colegas, uma professora e um servente no ginásio de um bom colégio do subúrbio de Nova York –, Lionel Shriver não apresenta apenas mais uma história de crime, castigo e pesadelos americanos: arquiteta um romance epistolar em que Eva, a mãe do assassino, escreve cartas ao marido ausente. Nelas, ao procurar porquês, constrói uma reflexão sobre a maldade e discute um tabu: a ambivalência de certas mulheres diante da maternidade e sua influência e responsabilidade na criação de um pequeno monstro. Precisamos falar sobre o Kevin discute casamento e carreira; maternidade e família; sinceridade e alienação. Denuncia o que há de errado com culturas e sociedades contemporâneas que produzem assassinos mirins em série e pitboys. Um thriller psicanalítico no qual não se indaga quem matou, mas o que morreu. Enquanto tenta encontrar respostas para o tradicional onde foi que eu errei? a narradora desnuda, assombrada, uma outra interdição atávica: é possível odiarmos nossos filhos?
Esse foi, de longe, um dos livros mais difíceis que já li.
O livro é narrado através das cartas e e-mails de Eva para seu marido Franklin. De início nós temos apenas 3 certezas: 1. Eva não está mais com marido. 2. Eva não queria ser mãe. 3. O filho de Eva e Franklin está preso por assassinato em massa na escola. Até então tudo é meio nublado, apesar de ser dado logo na cara essas três certezas elas são mastigadas ao máximo por Eva que detalha sua vida de casada e mulher de negócios que vivia muito bem com o marido em Nova Iorque e não precisava de mais nada, além dele, para sua felicidade ser estável. Contudo, ela percebia que para Franklin apenas ela não era o bastante. Ele desejava um filho mesmo que nunca exigisse isso dela diretamente.
Mesmo estando consciente de que não queria um filho e não queria ser mãe, ela decide dar um filho ao marido, para realização dele, sem pesar as consequências que isso acarretaria para ela e a sua empresa, a vida que ela estava acostumada a levar. E então outra certeza entra em foco: Kevin nunca foi desejado pela mãe mesmo apesar da sua decisão. Tanto é que quando descobre que realmente está grávida, a reação de Eva é a pior possível e ela veste a máscara de futura mãe feliz se forçando a acreditar que, com o nascer do filho, o instinto materno então ausente (e aparentemente presente em todas as mulheres) vai aflorar nela.
Contudo, isso não acontece. Essa cena do parto dela me lembrou A Senhora do Jogo (um livro que leva o nome de Sidney Sheldon só pra vender, mas que não foi escrito por ele), era como um protesto, dizendo que se a criança era rejeitada desde a concepção tinha de vir ao mundo com a máxima dor para desde já saber o seu lugar. Algo do tipo. Eu não sou PSIcóloga/quiatra/canalista então não posso dizer com precisão nada a respeito da mente de Kevin ou de Eva, estou dando aqui puramente minhas impressões de leitura. Se é possível e verdadeiro que uma criança crie um vínculo com a mãe desde a barriga (coisa na qual, por sinal, eu acredito muito) então Kevin já sabia desde muito que a mãe não o queria e todos os seus instintos trabalharam, no início, para "protegê-lo" dela. Dessa forma, desde sempre ele a rejeitou porque sabia que todo o seu afeto era fingido.
Enquanto isso, Franklin (completamente idiota por ser pai desde a concepção do menino, tratando a esposa como uma debilitada), se recusava a acreditar que era possível um bebê sentir tal antipatia pela mãe e que era Eva que não compreendia o filho por não desejá-lo realmente. Isso se dá a vida inteira. Passeamos pela infância apática de Kevin, em que ele não demonstrava interesse por nada que não fosse confrontar sua mãe de todas as maneiras possíveis, o assustador da história está sempre nas entrelinhas, na forma como a rebeldia do menino é sutil e ele consegue fazer parecer totalmente arbitrária (se é que não o fosse de fato). Ainda assim, contrariando tudo, era dotado de uma inteligência quase fora do comum, mesmo que se empenhasse em demonstrar certo grau de estupidez ou recusa pelo conhecimento de propósito.
Muito do que Kevin pensava sobre o mundo era, percebemos mais tarde, um reflexo da mãe e embora ele criticasse de modo mordaz seu pensamento a respeito dos americanos que ela tanto desprezava (apesar de morar nos Estados Unidos e ser casada com um deles), muito do pensamento dela era tomado por ele como uma verdade e os diálogos desses dois eram reais embates psicológicos. Inclusive, num restaurante, quando Kevin tinha apenas 14 anos, sua sagacidade e erudição impressionam no diálogo com a mãe. Contudo, percebemos que, ao recusar a mãe e decidir (por falta de uma construção melhor) "crescer por conta própria, o menino não se desenvolveu apropriadamente, coisa que fica implícita na maneira como ele comete birras infantis mesmo na adolescência ou usa fralda de propósito até os seis anos só para atingir a mãe.
A coisa é que Kevin não era totalmente ruim ao passo que também não era bom. Eu terminei o livro sem conseguir ter uma ideia certa do motivador dele porque, por incrível que pareça, ao contrário do que vi muita gente dizer, eu não acho que foi a mãe dele. Acredito sim que ele tenha construído uma admiração pessoal por ela e muito do seu pensamento meio cruel do mundo e dos EUA, e, sobretudo, que ele queria a aprovação dela, coisa que nunca conseguiu em especial quando ela decidiu ter outro filho para provar o afeto maternal que nunca conseguiu alcançar com ele. Muitas das ações dele eram de fato para atacar Eva e ela era o cerne da raiva com a qual ele nasceu. Aquela raiva inexplicável que o tornava apático para o mundo. Porém, não acreditei, em momento nenhum, que ela fosse a razão de ele fazer o que fez na escola, embora ache com toda a certeza que o que ele fizera em casa tivesse o propósito claro de atingi-la como ele mesmo admitiu. Inclusive, em parte isso me lembrou a trama criada no filme A Órfã em que a guria mata todo mundo, mas deixa a mulher viva porque ela era o alvo do sofrimento e deixá-la sozinha seria a pior morte.
Cheguei ao breve pensamento de que Kevin era apenas vazio. Ao sentir a rejeição da mãe desde sempre ele não conseguia sentir empatia ou se conectar com o mundo o que tornava o amor "empurrado" do pai insuportável porque era claramente uma tentativa idiota de suprir aquilo que a mãe não dava. E em geral ele era tão parecido com Eva que impressionava que ela mesma não admitisse querer atirar em algumas pessoas. No final do livro, quando ele finalmente responde a pergunta que permeia o livro inteiro: "Por quê?" a gente percebe isso com mais nitidez, ele era alguém que não sabia lidar com sentimentos e os rejeitava com todas as suas forças, ao mesmo tempo que odiava a apatia. Ao fazer o que fez, acredito que ele teve apenas duas intenções: A primeira era atingir Eva, isso é óbvio, a segunda era puramente se sentir vivo. Sentir alguma coisa talvez, algo que ele pudesse não controlar, mas que não lhe causasse aquela sensação de asco como ele aprendeu a sentir com o afeto a partir do tratamento fingido da mãe ao longo de toda a sua vida.
Eva, por sua vez, entendeu a maternidade da pior forma possível e essa lenta construção (e põe lenta nisso) era apenas uma tentativa árdua de entender o próprio filho algo pelo qual ela de fato nunca se interessou sejamos bem francos. A sensação que eu tive é que ela só viu Kevin, de verdade, quando ele era tudo que ela podia ver e mesmo no começo ela só queria entender por que ele havia tirado tudo dela. E pode até ser que ele tenha feito isso para que ela o enxergasse de verdade embora ainda ache que a parte da escola foi pura e simplesmente porque ele queria sentir alguma coisa, ao mesmo tempo que queria tirar daquelas pessoas em específico algo que ele não conseguia ter: paixão por algo, determinação indômita, desejo. As pessoas que ele matou na escola (do pior jeito possível diga-se de passagem) eram o reflexo do que a sociedade e os pais esperavam dele e era isso que o irritava naquelas pessoas.
O livro levanta questionamentos sobre a cobrança das sociedades a respeito não só da maternidade em si (que parece ser uma imposição a todas as mulheres), mas ao papel delas na família uma vez que ainda não se aceita que uma mulher possa trabalhar e ser mãe ela deve ficar em casa cuidando dos filhos, a ideia arcaica do "sacrificar-se pela família". Te digo que, apesar de abordar o tema, o livro não é sobre a construção de um massacre (ou muitos como é mostrado no livro), mas sobre a construção da mulher e da maternidade, sobre a complexidade humana e sobre o papel imprescindível da afetividade (real e sincera) que vincula entre mãe e filho já na concepção. Além de que, a meu ver (e não querendo entrar aqui na discussão do aborto, obrigada), esse livro reflete sim a possibilidade real de entendimento do feto pelo sensorial.
Os últimos capítulos desse livro foram quase impossíveis de digerir, deixaram realmente uma sensação de mal estar que música nenhuma conseguiu acalmar de modo que eu não indicaria mesmo para pessoas sensíveis. Achei também o livro um pouco maçante, a Eva as vezes dava voltas enormes até chegar ao ponto principal e, ao mesmo tempo que era bom pra conhecer a personalidade dela, por vezes ficava meio chato. Mas acredito que a proposta do livro desde o começo já fosse essa, ser incômodo e forte.
Data de lançamento: 27 de janeiro de 2012 (Brasil)
Direção: Lynne Ramsay
Roteiro: Lynne Ramsay; Rory Kinnear
Elenco: Tilda Swinton
John C. Reilly
Ezra Miller
Jasper Newell
Siobhan Fallon Hogan
Ashley Gerasimovich
O filme cobre os eventos principais do livro sim, sem os rodeios de Eva, mas achei muito raso no sentido da construção do Kevin. Assim como o livro ele fica indo e voltando no tempo para dar um panorama dos eventos, mas para quem não leu o livro muita coisa se perde porque as personagens são apresentadas de modo muito breve mesmo com as atuações irretocáveis de Erza Miller (que eu amo) e Tilda Switon que, inclusive, ganhou um prêmio por isso.
Entendo que são veículos totalmente diferentes, mas na minha concepção, tirar os diálogos de Kevin e Eva quase que por completo deixou uma lacuna enorme na história e deu a entender que Kevin era apenas o fruto indesejado que cresceu corrompido pela frieza da mãe o que, enquanto lemos o livro, sabemos não ser tão simplista assim. Por isso achei muito raso, embora faço ressalvas para a beleza estética da produção que não apelou para o gore tão adorado, mas soube criar um longa explicitamente violento com uma sutileza quase poética (se é que se pode dizer isso) demonstrando em cores e simbolismos a crueldade e o peso da trama.
Para quem procura um resumo básico e breve da história o filme serve bem a esse propósito, mas se quer conhecer de verdade recomendo ler o livro e se preparar psicologicamente para o que vai encontrar naquelas páginas. Inclusive, tem esse filme completo em HD no youtube.