Título: Ωmega
Origem: Países Baixos
Ano: 2021
Gênero: Metal Sinfônico
Faixas:
01 – Alpha-Anteludium (00:01:38)
02 – Abyss Of Time-Countdown To Singularity (00:05:20)
03 – The Skeleton Key (00:05:06)
04 – Seal Of Solomon (00:05:28)
05 – Gaia (00:04:46)
06 – Code Of Life (00:05:59)
07 – Freedom-The Wolves Within (00:05:37)
08 – Kingdom Of Heaven, Part III-The Antediluvian Universe (00:13:24)
09 – Rivers (00:04:48)
10 – Synergize-Manic Manifest (00:06:57)
11 – Twilight Reverie-The Hypnagogic State (00:04:29)
12 – Omega-Sovereign Of The Sun Spheres (00:07:06)
Sempre vale a pena esperar pelo Epica, não importa quanto tempo passe a banda nunca decepciona. Vocês sabem que a tag música desse blog não é para posts de crítica musical, mas apenas minha opinião sobre os álbuns que eu estou a fim de falar e Epica é uma banda sobre a qual eu sempre quero falar, porque é minha favorita e seus álbuns sempre são recheados de reflexões, críticas e vocais incríveis.
Há um tempo, quando saiu o vídeo oficial de Abyss of Time já fiquei animadíssima pela chegada do novo trabalho da banda, afinal, são cinco anos desde o Holographic Principle, ficava me perguntando que tipo de tema eles trariam dessa vez, afinal, os CD's da banda sempre abordam um tema e é uma das coisas que mais amo neles além das músicas maravilhosas, claro.
Surpreendentemente, Ωmega, oitavo álbum de estúdio da banda, veio como uma mistura saudosa de Design Your Universe e The Quantum Enigma, além de evocar elementos do Consign To Oblivion e do Requiem for the Indiferent, estes últimos de forma bem mais sutil. As músicas estão com a qualidade que a banda mostra sempre, cheias de energia e com letras de tirar o fôlego. A própria Abyss of Time já começa o CD fazendo a gente agitar a cabeça enlouquecidamente e traz uma letra super pertinente com o cenário atual do mundo.
Todas as faixas do disco merecem destaque, sério, nenhuma é ruim. Em geral, quando um artista lança um disco, sempre elenco minhas favoritas, as que se sobressaem no album e que eu gosto mais que as outras, isso raramente acontece com o Epica, eu sempre escuto os CD's de faixa a faixa sem pular, porque a banda é incrível a esse ponto e Ωmega não é diferente.
Curti muito a história por trás de Freedom - The Wolves Within , contada por Mark:
"A música é baseada em uma velha história de uma luta entre dois lobos. 'Um sábio Cherokee está conversando sobre a vida com seu neto. Ele diz ao menino: 'Há uma luta acontecendo dentro de mim entre dois lobos. Um lobo é mau, ele encarna raiva, inveja, tristeza, arrependimento, ganância, arrogância, auto piedade, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, falso orgulho, superioridade e ego. O outro lobo é bom, alegre, pacífico e incorpora amor, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé. Todos nós temos a mesma luta acontecendo dentro de nós e o resultado dessa batalha se refletirá no mundo exterior.' O menino fica curioso e pergunta ao avô qual lobo vai ganhar? O velho Cherokee simplesmente responde 'Aquele que você mais alimenta'. O que queremos ser e o que queremos refletir no mundo ao nosso redor depende de qual lobo alimentamos e também do grau de controle que temos sobre nossos lobos internos. Conseguiremos controlá-los ou eles nos controlarão?"
- Mark Jansen
[FONTE: Epica Wikipédia]
Tal como o The Quantum Enigma, as letras do Ωmega tratam da vida, da espiritualidade, do nosso papel enquanto humanos, da morte e do que há além dela, é um álbum de cunho filosófico outra marca registrada da banda. Uma das coisas que mais me fascina no Epica, é que Mark e sua equipe de compositores sempre consegue criar letras que passeiam por diversos assuntos sem ferir a crença de ninguém, coisa que outras bandas do gênero falham bastante. Você vai ouvi-lo criticar o fanatismo religioso em The Divine Conspiracy sem atacar nenhuma religião, sem ferir nenhuma crença e, ao mesmo tempo, criticando de modo duro a forma como as pessoas encaram e usam a fé.
Com o Ωmega não é diferente. Aqui nós temos várias letras que passeiam pela espiritualidade, pela filosofia, pelo viver em si, além de gritar um alerta para que mudemos nossas atitudes com relação a nós mesmos, aos outros e ao mundo em que vivemos.
Outra novidade que achei fantástica foi a terceira parte de Kingdom of Heaven, uma das minhas faixas favoritas da banda. A primeira parte apareceu no álbum Design Your Universe, a segunda no The Quantum Enigma e agora fechamos o ciclo dessa faixa maravilhosa com Antediluvian Universe, ao todo, se juntássemos as três partes numa só, teríamos 38min12seg de música. Sobre ela, Mark disse algo interessante também:
"Reino dos Céus, Parte III - O Universo Antediluviano" é a parte final da série "Reino dos Céus". Ele declarou: "Esta é a terceira e última música do 'Kingdom of Heaven'. É nosso oitavo álbum de estúdio. O número oito também é muito espiritual porque se você colocá-lo ao lado, é o símbolo do infinito. 'Kingdom of Heaven' é sobre a vida após a morte, e também está em oitavo lugar no álbum. Portanto, há muito simbolismo oculto no álbum e na capa. A grande questão da vida, 'Qual é o verdadeiro significado da vida?' Como navegamos pela vida dentro de nós mesmos? Somos todos 'yin e yang'. Todos nós somos feitos de luz e escuridão, todos nós temos esse labirinto dentro de nós, no qual temos que navegar."
- Mark Jansen
[FONTE: Epica Wikipédia]
Gente, estou com meu amor pelo Epica completamente renovado após esse album fantástico, mais que indico para quem ainda não conhece a banda ou para aqueles que ainda não foram conferir esse disco incrível que já foi parar inteiro no meu celular hahaha. Para fechar, deixo o vídeo de Abyss of Time para apreciação.
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