sexta-feira, 11 de março de 2022

[Drama] Switch On

 

Título original: เกมรักสลับมิติ

Também conhecido como: Switch on

Roteirista: Dew Thanapol Chaowanich, Poy Orachat Brahmasreni, Chim Sedthawut Inboon, Anyapetch Nop-uthaipan, Aiyarin Nop-uthaipan, Piyapat Nanthanoraseth

Diretor: Yuan Danop Taninsirapapra

Gêneros: Thriller, Romance, Fantasia

País: Tailândia

Episódios: 24

Ano: 2021-2022

Sinopse: O pai da cirurgiã Nisa criou o famoso jogo "Mundo Melhor". Ela não tem apreço pelo jogo, mas se vê obrigada a entrar nele para procurar seu pai quando ele desaparece misteriosamente. Lá, ela continua cruzando caminho com Akin, um misterioso herói que tem sua própria missão. Ele logo percebe que ela não é daquele mundo e a segue para o mundo real, onde ele descobre a verdade sobre sua existência.

Entre reviravoltas, eles descobrem que forças dentro e fora do jogo estão tentando dominar o "Mundo Melhor". Eles devem se ajudar para salvar os mundos de ambos.

Onde Achar: Wei Fansub

E vamos de mais uma adaptação tailandesa que tinha tudo para dar certo, mas se perdeu no meio do caminho porque, provalmente, os 6 roteiristas tiveram conflitos no meio do processo de adaptação e, fala sério gente, 6 roteiristas?! Lógico que não ia dar certo! Para os desinformados ou que não assistiram a versão original, essa é uma adaptação do drama coreano W- Two Worlds. Aproveita quem aí for entendido da Tailândia, me esclarece uma coisa: eles não têm quadrinhos não?

A história segue a médica estagiária Nisa, seus pais se divorciaram quando ela era criança por causa da obsessão do pai dela pelo trabalho, ele é um criador de jogos online que alcançou prestígio quando formou uma parceria comercial com o empresário Michael para lançar seu maior sucesso "Better World" um jogo de MMORPG voltado a fazer boas ações para conquistar status dentro do jogo. O protagonista do game era Chris Thaweekitkiat, cujo filho A-Kin está treinando para ser um competidor de tiro ao alvo.

Contudo, quando Thanathe, o pai de Nisa, desaparece bem no lançamento da segunda versão do jogo após Chris ser misteriosamente assassinado por um jogador não identificado, tudo na empresa vira um caos. Além de não ter deixado a segunda versão para ser colocada na plataforma, ele não pode ser localizado em nenhum lugar. Preocupada, Nisa vai até a casa dele e acaba encontrando uma passagem secreta em um dos armários do pai que leva a um quarto com um computador de última geração e uma cadeira onde tem um óculos de realidade virutal.

Ao colocar os óculos, Nisa se torna uma jogadora de Better World bem no momento que A-Kin foi esfaqueado e está sofrendo de um pneumotórax hipertenso. Ela hesita muito, mas consegue salvá-lo e, a partir desse momento se torna uma peça importante dentro do jogo. Ela não sabe que A-Kin não é um personagem manipulado da empresa, mas está consciente e atrás de respostas sobre o que está acontecendo dentro do seu mundo, para ele, Nisa tem as respostas para suas perguntas e, por isso, precisa encontrá-la. Emily, sua secretária e melhor amiga, acredita que Nisa está por trás do ataque ao patrão mesmo A-Kin afirmando que confia nela.

Inicialmente, Nisa acredita que é seu pai que está tentando matar A-Kin, então ela volta ao jogo com a ajuda do seu primo programador Muwan para tentar encontrar o pai, só que acaba ficando presa pela vontade de A-Kin já que o jogo gira em torno dele. Uma série de confusões e mistérios começa a crescer quando a vida de A-Kin corre perigo e Nisa passa a ser também um alvo das tenebrosas conspirações.

Olha, confessar para vocês que o drama começou muito bem, com bom potencial e a ideia foi muito boa, o plot do jogo, apesar de ter algumas limitações, funcionaria muito bem se os roteiristas tivessem sabido levar a história. O problema de Switch On foi um desenvolvimento de enredo maluco que muitas vezes não conversava com a ideia central, personagens mal construídos que, por vezes, tomavam decisões idiotas e absurdas que não faziam o menor sentido, além de serem mal desenvolvidos ao ponto de não conseguir gerar empatia por eles. 

Nisa é um insulto para sua versão coreana, enquanto Yeon Joo era uma personagem forte, que enfrentava as dificuldades e tentava buscar soluções nos momentos de maior adversidade, Nisa fica só chorando e esperando que alguém a salve e, nos poucos momentos que toma alguma iniciativa (e são de fato poucos) ou acaba cometendo alguma estupidez ou era algo que não servia para aumentar a simpatia por ela tampouco para algo significativo no enredo. Ela era, basicamente, uma princesinha em perigo.

Enquanto Kang Chul era um mestre do tiro ao alvo, inteligentíssimo e um talentoso engenheiro da computação, A-Kin passa aquela pose de CEO filantropo cuja única ocupação é assinar documentos e praticar Muay Thai com bandidos inexistentes nas horas vagas. Ele parece ter sido criado para cumprir o estereótipo de herói romântico de livro de banca (provavelmente pra combinar com a princesinha), mas na verdade acabou saindo uma versão bem sem sal do personagem original. Ele não tem brilho, não é aquele tipo de personagem que a gente vibra e torce junto e é nítido o esforço do ator para fazer o personagem se destacar nesse roteiro cheio de linguiça.

Leo e Emily, embora tenham um pouco mais de protagonismo aqui ao contrário das suas versões coreanas, conseguem ser tão apagados quanto, embora Leo seja simpático ao ponto de chamar mais nossa atenção que o próprio protagonista. O pai de Nisa, Thanathe, ao contrário da sua versão coreana com um plano de fundo bem desenvolvido que o tornava um personagem complexo, aqui é só um velho tolo, sem atitude alguma, não tem qualquer presença e não faz nada útil para ajudar a filha, mas fica só se escondendo atrás da sua covardia e dando desculpas para não fazer as coisas. Caramba, ele é o criador do jogo, não dá para entrar na cabeça de ninguém que ele não possa fazer nada no produto que ele mesmo criou, não tem sentido

Mickael aqui assme como o antagonista. Transformaram o plot do político corrupto em uma piada, o antagonismo do pai dela foi tirado, as motivações dos antagonistas eram estapafúrdias, o desenvolvimento dos conflitos chegava a ser risível e foi preciso muita paciência minha e da minha irmã para finalizar esse negócio. Os últimos capítulos se resolveram com um verdadeiro deus ex-machina que, embora tenha soado com sentido, não fez sentido nenhum. Muita coisa não foi explicada e eles ainda lançaram ambiguidade na última cena para piorar ainda mais algo que já não estava muito bom.

Resumindo, era uma ideia boa que foi muito mal aproveitada e, tanto não faz jus ao material original como o desmerece. Colocaram várias personagens transitórias que pouco contribuíram para o enredo, encheram um monte de linguiça para esticar por 24 episódios o que tornou a trama cansativa. Mesmo que, em alguns pontos, eles tenham melhorado  a história, como o final do pai dela, no geral não ficou bacana quando a  gente avalia o material como um todo. Não recomendo.


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