quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

[Drama] Fated to Love You (KR)

 Original: 운명처럼 널 사랑해

Ano: 2014

Diretor: Kim Hee Won, Lee Dong Yoon

Roteirista: Joo Chan Ok, Jo Jin Kook

Gêneros: Negócios, Comédia, Romance, Drama

País: Coreia do Sul

Episódios: 20

Sinopse: A doce, esforçada e tímida Kim Mi Young tem muito pouco quando se trata de educação, beleza ou saúde. Mas tudo muda em uma fatídica noite se amor acidental com Lee Gun, um mimado chaebol (herdeiro da empresa da família). Sua insignificante existência se transforma completamente quando descobre que está grávida e que deve entrelaçar sua vida à dele em um casamento às presas. O casal decide tirar o melhor da má situação, porém quando Lee Gun começa a mostrar sua afeição crescente por Kim Mi Young, seu primeiro amor volta à cena para reivindicar sua posição.

Onde encontrar: Os fansubs que tinham esse drama fecharam. O único canal oficial onde se pode ver agora é o Viki e o Cadê meu Dorama Antigo no telegram que hospeda dramas de fansubs fechados (só os fechados, elas não roubam projetos de fansubs ativos) e é um canal oficial.

Mi Young trabalha em um escritório de advocacia como a garota faz-tudo, sempre intimidada pelos demais membros. Por isso, quando um advogado em ascensão começa a lhe dar mais atenção que o devido, ela passa a acreditar que sua sorte finalmente mudou, os dois embarcam em cruzeiro onde ela sonha em receber sua proposta de casamento e passar sua primeira noite com um homem. No mesmo cruzeiro está Lee Gun, um chaebol da indústria de cosméticos que tem tudo preparado para pedir sua namorada, Se Ra, em casamento. Ela é bailarina profissional e os dois estão juntos há cinco anos, mas ela sempre coloca a carreira antes dele.

Claro que tudo dá errado graças ao tio e primo de Mi Young que vivem em uma ilha prestes a ter seu trabalho fechado pela empresa de Lee Gun, eles armam tudo para conseguir fotos comprometedoras que podem chantageá-lo a não fechar a fábrica onde trabalham, contudo, o destino acaba colocando Mi Young no quarto do ceo ao invés da prostituta contratada que vai parar no quarto dela com o advogado canalha. Confusão armada, agora os dois precisarão lidar com isso e acabam, de alguma forma, fazendo amizade.

Só que Mi Young fica grávida e a avó de Lee Gun, desesperada por um herdeiro, força o neto a se casar com ela. Ele se vira do avesso para não permitir que Se Ra descubra a relação e, sentindo-se culpada, Mi Young faz de tudo para ficar o máximo possível de fora do seu caminho, mas isso se torna cada vez mais difícil conforme Gun é gentil e atencioso com ela. Por mais que de início Lee acredite que Mi Young está tentando obter vantagem para a ilha natal, logo descobre que ela é inocente demais para isso e começa a se afeiçoar ao jeito sempre dócil e prestativo dela.

Eles acabam se apaixonando, mas Se Ra está voltando para a Coréia disposta a pegar de volta o que é seu. Os caminhos unidos pelo destino se entrecruzam em linhas difíceis de discernir e o amor nascido pode mudar ou desaparecer.

Essa era a única versão da história que eu ainda não tinha visto. Logo que terminei a original, de Taiwan, até tentei começar, mas a comédia pastelona da personalidade de Gun me afastou no quarto episódio. Porém, esses dias me deu uma vontade de maratonar todas as versões dele que apostei em ver essa também.

Na versão taiwanesa, Cun Xi tem um quê de comédia que é aplicado na dose e momento certos para funcionar, o personagem em si não é cômico, mas seus defeitos se tornam ora usados para alívio no drama, ora para intensificar a dramaticidade de um homem obrigado a se casar com uma desconhecida quando "ama" outra mulher. Porém, esse recurso na primeira parte da versão coreana meio que pesou a mão, gosto muito do trabalho do Jang Hyuk, acho ele um ator completo, mas essa pose de banana não caiu bem nele. Por sorte, isso muda depois e ele começa a assumir uma postura um pouco mais séria.

As mudanças de uma versão para outra foram acertadas até certo ponto, em especial no que diz respeito à época e a cultura. Óbvio. Torci pelo casal, e mesmo o Lee Gun não sendo muito receptivo com a Mi Young no começo, ele não chega exatamente a ser um crápula com ela como acontece no original, Jang Na Ra maravilhosa arrancando lagrimas da gente e risos, vestiu com perfeição a pele da jovem inocente que se transforma em mulher após uma prova de fogo. Outra coisa que gostei foi a personagem Se Ra que tem seu papel de antagonista atenuado nessa versão, de todas achei que foi a versão menos ruim dela, ainda que não dê pra torcer também.

Em contrapartida, a vovó que sempre é adorável e casamenteira nas demais, aqui se torna a senhora que só se importa com o bebê. Ela não é fofinha ou serelepe como as demais, a versão tailandesa melhorou isso um pouco, mas essas duas versões são as menos carismáticas (na versão japonesa ela aparece bem pouco, mas ainda é ao menos carismática). Enquanto algumas cenas ficaram muito bonitas nessa versão, outras perderam um pouco o brilho como a cena da perda do bebê, a reação da personagem não ficou tão condizente com sua personalidade, pelo menos no meu ponto de vista comparado com as outras versões da história.

No fim, meu veredito é que o drama é muito bom, mas a melhor versão continua sendo a chinesa em disparada! Todos os personagens foram melhorados nela, as relações e desenvolvimento também, especialmente do personagem principal. O único defeito dela foi o plot desnecessário da Anna para afastar um casal obviamente apaixonado. Não fosse isso, que não fez sentido nenhum, foi a versão mais incrível da história. Todavia, a coreana ganha pontos no segundo lugar por mostrar os filhinhos gêmeos do casal que não tem no final da chinesa. 

Vale a pena sim. E de todas as cenas de vingança, a do remake coreano segue sendo a melhor e mais legal de ver!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

[Bíblia] Fim da Escravidão

 Eis que iniciamos o Êxodo! Inicialmente, antes de ler o Gênesis na íntegra, achei que esse era o livro que eu mais ia gostar, em especial por já ter visto alguns filmes sobre Moisés várias vezes. Porém, não foi bem como aconteceu, embora seja um livro incrível como todos, atualmente estou em Judite, foi um livro por vezes revoltante de engolir pela ingratidão do povo. Do mesmo modo, Levítico e Juízes foram livros bem difíceis de digerir. Mas, vamos por partes.

Após a morte de José e seus irmãos, sua descendência continuou e se multiplicavam cada vez mais. Acontece que subiu ao trono Ramsés II, um faraó que não havia conhecido José e, temendo o aumento dos hebreus no Egito, começou a tramar contra eles, pois de acordo com seu pensamento, em caso de uma guerra se aquele povo se aliasse ao inimigo ou invadisse, o país sofreria danos. Inicialmente, começou a impor-lhes trabalhos, fazendo ainda com que as parteiras dos hebreus matassem os meninos já no nascimento, mas poupassem as meninas. Tendo elas se recusado, decretou que os meninos hebreus nascidos fossem atirados no Nilo.

Uma mulher, filha de Levi, casou-se com um homem da casa de seu pai e deu a ele um filho. Conseguiu ainda escondê-lo por três meses, mas sabendo que não poderia estender-se, colocou-o numa cesta e escondeu-a nos juncos do Nilo. Eis que a cesta foi encontrada pela filha do faraó que ordenou à sua escrava que a pegasse, mesmo vendo que era um filho dos hebreus, seu coração amoleceu e a irmã do menino, escondida, apareceu e perguntou se ela queria que buscasse uma mulher hebreia para amamentar a criança, trazendo a própria mãe que, mais tarde, viu seu filho ser adotado pela princesa e receber o nome de Moisés.

Moisés cresceu e, certo dia, ao presenciar um guarda egípcio maltratando um hebreu, matou-o e escondeu o corpo na areia. O fato acabou indo aos ouvidos do faraó que intentou matar moisés, este fugiu para Madiã e, após ajudar as filhas do sacerdote, foi convidado por este a residir em sua casa. O sacerdote deu ele uma de suas filhas e esta concebeu para ele um filho. Não fica muito claro aqui se Moisés sempre soube que era um hebreu. Morrendo o faraó, o povo começou a clamar ao Senhor e, vendo seu sofrimento, o Senhor deveras lembrou-se da aliança com seus pais e ouviu seu clamor.

Um dia, enquanto pastoreava o rebanho de seu sogro, Moisés viu uma sarça ardendo na montanha de Horeb, contudo, embora ardesse, não se consumia. Curioso, ele se aproximou e Deus falou com ele, exortando-o a ir ao Egito ter com o faraó e libertar o seu povo. Instruiu-o a procurar os sacerdotes de Israel e com eles ir ver o faraó, alertou-o ainda que o faraó não o ouviria e, por isso, Ele feriria o Egito, forçando-o a libertar seu povo.

Moisés hesita, fica com medo e começa a colocar empecilhos no seu caminho fazendo com que o Senhor se irrite com ele e volte a dizê-lo para obedecer, ele então vai de volta ao Egito. Deus acalma Moisés dizendo que todos os que queriam matar já haviam morrido e lhe instrui no que deve dizer ao faraó, alertando-o que este com duro coração não lhe dará ouvidos. Mas, por algum motivo que não se explica, Deus tentou matar Moisés no caminho! (Gente...) como ele era egípcio (criado por eles, no caso) não fora circuncidado e, por isso, sua esposa Sefra circunda o filho e atira a pele do prepúcio aos pés do marido e, segundo as notas, dá a entender que esse gesto era para expurgar a culpa de Moisés por ter negligenciado esse sinal da aliança.

Deus ainda envia Aarão para acompanhar Moisés ao Egito e falar ao povo, aqui eu entendo que mesmo salvo pela filha do faraó, Moisés sabia a sua origem desde o começo. O povo acredita em Moisés e suas esperanças retornam, pois Deus ouviu seu clamor. Foram então ao faraó, mas este, endurecido, não só não permitiu que fossem como passou a oprimi-los com mais violência. Mandando-os novamente ao faraó, ordenou-lhes o que deviam dizer e fazer, mas o coração endurecido continuava a recusar a ordem do Senhor e o povo, cada vez mais subjugado, começava a se voltar contra Moisés. Assim, recai sobre o Egito a fúria de Deus através das chamadas dez pragas:

1. Águas Corrompidas

Segundo a ordem do Senhor, Aarão ergueu seu cajado sobre as águas do Nilo e estas tornaram-se sangue, os peixes morreram e não se podia dela beber. Mesmo assim, Ramsés não cedeu, os egípcios cavaram nas proximidades do rio em busca de água, sete dias transcorreram.

2. As rãs

Confessar para vocês que, Deus me livre, se eu tivesse vivido nessa época, provavelmente era aqui que eu ia morrer. Eu tenho pavor de rãs, na verdade, de anfíbios em geral. Infestou-se de rãs a terra do Egito após Aarão estender sua vara sobre o rio, o faraó pediu a Moisés que intercedesse ao Senhor e em troca libertaria seu povo, mas tendo-lhe livrado das rãs, endureceu mais uma vez seu coração e não deixou ir Israel.

3. Piolhos

Disse Deus a Aarão para levantar a vara e ferir o pó da terra e este o fez, houve então mosquitos sobre os homens, animais e terra em todo o Egito.

4. As Moscas

O Senhor mandou Moisés e Aarão mais uma vez ao encontro de Ramsés ordenando que deixasse partir Israel ou moscas como nunca antes se viu cobririam o Egito, contudo, faria ele uma distinção entre os egípcios e os hebreus sobre os quais nada cairia. E assim se cumpriu. Mais uma vez, o faraó consentiu em deixar ir o povo, contudo, tão logo a praga se foi, voltou atrás.

5. Morte do Gado

Por Moisés, Deus fez saber que faria perecer todos os animais da terra do Egito, contudo, pouparia os rebanhos israelitas e assim se cumpriu, mas o faraó não cedeu.

Até aqui fico me perguntando quão duro é o coração desse homem pra ver isso tudo acontecendo e não dar o braço a torcer.

 

6. As Úlceras

Ordenando que tomassem as cinzas do forno, o Senhor disse que as lançassem ao céu diante do faraó. As cinzas cobriram o Egito fazendo surgir no povo feridas que viravam úlceras e mesmo assim o faraó não os ouviu como predisse o Senhor.


7. A Saraiva

Anunciou ainda o Senhor ao faraó por meio de Moisés que, se fosse de sua vontade, há muito ele teria deixado de existir e que se o deixava incólume era para se fazer ver seu poder sobre a terra. Se não ouvisse a ordem de deixar partir o seu povo, cairia sobre o Egito o flagelo em forma de uma chuva de pedras como nunca se viu desde a fundação e assim o fez, trovões cortaram o céu e pedras ardentes caíram sobre todo o Egito, matando animais, árvores, ervas e todos nos campos e ruas, os hebreus, porém, foram poupados. O faraó intercedeu a Moisés novamente com a promessa de deixá-los ir, mas endureceu seu coração outra vez e voltou atrás tão logo cessou o flagelo.

8. Os Gafanhotos

Essa é outra praga que eu glorifico a Deus não ter visto, tal como as rãs, não consigo ver esses bichos nem em foto. Tenho fobia só de imaginar!
Mais uma vez, Aarão e Moisés vão à presença do faraó a mando do Senhor, mas são tratados com ironia e, como dito, ao estender o cajado, sobre o Egito milhões de gafanhotos cobriram toda a terra destruindo as árvores e ervas que não foram exterminados pelo granito. Novamente o rei intercedeu a Moisés e a praga se foi, mas o povo não foi liberto.

9. As Trevas

Por ordem de Deus, Moisés estendeu a mão sobre o Egito e por três dias as trevas cobriram tudo, nada se via de tal modo que as pessoas não se locomoviam. Os hebreus, porém, tinham luz onde iam. Essa parte me chamou a atenção por dois motivos, primeiro, em Apocalipse fala que haverá esse evento novamente, trevas cobrirão a terra por três dias, imagina o horror disso se a gente não suporta uma hora de apagão '-', mas veja o outro detalhe "os hebreus tinham luz onde iam" isso não é apenas literalmente falando, no caso do evento, mas os hebreus tinham Deus, então independente da escuridão do mundo, a luz permanecia com eles. Achei tão lindo e tão forte.
O faraó propôs que Moisés se fosse  com seu povo, mas deixasse ali os animais, ele, contudo recusou e o faraó o expulsou sob pena de morte caso o visse outra vez.

10. O Anjo da Morte

O Senhor instruiu ao povo que, no crepúsculo do décimo quarto dia daquele mês, se imolasse um cordeiro e cingisse com seu sangue as ombreiras e a moldura da porta, pois onde o sangue fosse visto não cairia ali o flagelo. Olha como essa simbologia é perfeita! Mais tarde, o cordeiro na pessoa de Cristo seria imolado para, com seu sangue, livrar da morte todo aquele que nele crê. A bíblia é fascinante! 
Dever-se-ia comer o cordeiro todo naquela noite, assado inteiro — com cabeça e vísceras — no fogo. O que não se comesse, deveria ser queimado. Era a primeira páscoa, que deveria ser comemorada na posteridade durante sete dias (festa dos ázimos). Assim, desceu o Senhor e ceifou todos os primogênitos do Egito fazendo subir grande clamor. Igual ao que aconteceu com os filhos de Israel mortos a mando dele.

O faraó finalmente os deixou partir.

Uma das melhores coisas para mim ao postar essa tag é rever minhas anotações e, estando já um pouco à frente, rememorar esses primeiros livros e todo o caminho percorrido para a vinda de Cristo. A jornada do povo judeu me faz pensar em tanta coisa, mesmo após milênios de luta e perseguição, ainda não acabou... é um povo que continua com Deus na boca e, muitas vezes, longe do coração. E nós, que fomos acolhidos como filhos de Deus pela vida de Cristo, não estamos nos comportando tal e qual? É assustador pensar que pragas muito piores e mais violentas que essas nos esperam pelos nossos inúmeros crimes...


[Livro] Segredos que Ferem

 Original: To love, honor and betray

Ano: 1998

Autor: Penny Jordan

Sinopse: Amor e traição, desejo e mágoa mesclam-se na história de Cláudia Wallace, uma mulher marcada pela impossibilidade de concretizar seu maior sonho: o de ser mãe. Claúdia e Garth vivem em perfeita harmonia e aguardam ansiosamente o primeiro filho. Ela é assistente social e presta auxílio a jovens prostituídas e drogadas. Está trabalhando quando se sente mal; internada às pressas, perde a criança e sofre uma cirurgia que salva-lhe a vida, mas a impede para sempre de ter filhos. Abalada pela tragédia, ela se dedica com afinco redobrado ao trabalho. Tudo se transforma quando uma prostituta à beira da morte entrega a Cláudia a filha recém-nascida. Violando todas as regras, ela registra a criança como sua, para alegria de Garth que finalmente tem uma família completa e feliz. A pequena e doce Tara cresce, assim, num lar harmonioso. Mas o destino lhes prega uma peça: anos depois, um exame raro mostra que Tara é realmente filha de Garth. Confusa e desesperada, Cláudia confronta o marido, que acaba admitindo a verdade. Incapaz de compreender a traição - e a estranha coincidência - ela pede o divórcio. Os anos se passam, e Tara cresce ignorando o segredo que separou seus pais. Até que um dia toda a verdade vem à tona, juntamente com o amor por tantos anos enterrado.

 O livro apresenta quatro histórias desenvolvidas em níveis diferentes, sendo a de Garth e Claudia a principal. Eles estão divorciados há dez anos, mas ainda se amam como no dia que se conheceram. A separação aconteceu após a suposta traição de Garth que Claudia jamais conseguiu aceitar. A filha única deles Tara, está noiva de um rapaz americano que tem uma tia um tanto preconceituosa a quem o noivo garante que vai pesquisar todos os seus antecedentes antes de aprovar a relação. Essa notícia abala Claudia, tomada por um pavor indescritível com a certeza que a filha descobrirá a verdade sórdida da pior maneira possível.

Claudia nasceu em uma família abastada, filha de um militar de alta patente. Formo-se como assistente social e começou a atuar nas áreas mais pobres e violentas da cidade. Garth era um dos subordinados do seu pai e ambos se conheceram quando o pai dela o instruiu a levá-la em um baile. Ficaram noivos após um tempo considerável de namoro e se casaram, recusando a ajuda financeira de suas famílias para se estabelecerem sozinhos. Ela sonhava mais que tudo com a maternidade. Morando em um pequeno apartamento no centro de Londres, lidava com a constante ausência do marido, afundando no trabalho. Era responsável por uma jovem drogada chamada Katriona, a quem sua supervisora disse que não duraria muito. Mesmo sendo verbalmente atacada de forma constante pela jovem, Claudia se compadecia de sua beleza e inteligência desperdiçadas com o vício.

Após passar várias semanas em um perigoso ponto de conflito na Irlanda, Garth consegue uma licença e passa praticamente todos os dias na cama com a esposa o que resulta em gravidez antes do planejado por eles. No meio da tensão da descoberta, ambos se veem ansiosos pela oportunidade de ser pais combinam de comprar uma casa no campo e Garth se desligaria do exército e trabalharia em alguma coisa que lhe permitisse passar mais tempo com a esposa e o filho. 

Porém, as coisas no trabalho de Claudia começam a ficar mais tensas conforme ela tentar tirar respostas verdadeiras sobre o passado da sua paciente. Katriona nutre um ódio desprezível pela assistente social e secretamente planeja tirar tudo que Claudia mais preza. Diante da pressão da sua vida agitada, a assistente acaba sofrendo um aborto espontâneo que culmina em uma histerectomia de emergência, que a deixa devastada, tanto sua vida quanto seu casamento começam lentamente a desmoronar. Do seu lado, não muito melhor, Garth tem sua missão abortada por causa do suicídio de um soldado e volta para o apartamento vazio, já que a esposa viajara para ficar com os pais. Sentindo-se péssimo, se embriaga.

Katriona, que havia roubado as chaves de Claudia, invade o apartamento em busca de algo que pudesse roubar e, vendo Garth adormecido de bêbado, estupra-o (é o que acontece, sejamos francos) acabando por engravidar. Circunstâncias a obrigam a sair da cidade antes que consiga terminar sua chantagem com Garth. 

Paralelo a tudo isso, somos apresentados à história de Esterlle, uma jovem problemática desprezada pela mãe - que nunca quis ter filhos - desde que nasceu. Sempre foi ensinada que o pai também nunca a quis, embora não fosse verdade. Ela tem um caso com o filho do novo marido de sua mãe, o também rebelde e perigoso Blade. Logo na adolescência, aprendeu com ele que gosta do prazer com dor e a relação dos dois é tudo menos saudável. Ela consegue emprego na empresa de Garth a quem tenta de todas as formas seduzir sem qualquer sucesso.  Também usa seu emprego secretamente como captação de clientes para se prostituir.

Por sua vez, Tara segue preocupada em não ser aceita pela família de Ryland, mesmo o noivo tentando apaziguar seus temores. Ela lhe pergunta o motivo de ser ele e não a prima a assumir os negócios da família, ao que o noivo responde que sua prima Margot jamais se casará porque, desde a infância, é apaixonada por seu primo de primeiro grau Lloyd e é correspondida. Contudo, o estado considera como crime o casamento desse grau de parentesco e a tia jamais aceitaria tampouco. Os dois se encontram em uma ilha de propriedade da família para semanas de relações e os demais membros fingem não saber disso. Todavia, tantos anos após, Lloyd mesmo casado, se dá conta que sua relação com a prima deixou de ser amor há muito tempo, se sustentando unicamente pela própria obsessão de Margot, cada vez mais perigosa. Contudo, se vê impedido de terminar por conta da instabilidade emocional da prima, que já havia prometido tirar a própria vida caso ele pusesse fim à relação.

Certa noite, Claudia recebe um telefonema de uma das colegas de quarto de Katriona avisando-lhe que a jovem está morrendo e quer vê-la. Garth fora de casa, ela dirige até aquele bairro perigoso sozinha para ver sua paciente. A jovem está realmente em seus momentos finais e manda que Claudia leve sua filha consigo, pedindo de modo insistente que o faça até a mulher prometer sem ter outra saída. Claudia sabe que não pode fazer isso, mas o vínculo que criou com a menina subnutrida e sedenta de amor lhe leva a romper sua hesitação e levá-la para casa.

Ainda com sinais do transtorno da morte do filho, Claudia encontra naquela neném o objeto necessário para seu peito vazio. Ela monta toda uma história em sua mente, esquematizando cada passo e convence o marido a compactuar com a mentira mesmo quando ele insiste que não podem fazer isso, mas diante da insistência dela, acaba cedendo e Claudia batiza a menina de Tara. O dilema do casal divorciado passa a ser encontrar uma forma de contar à filha a verdade sobre sua origem antes que ela descubra pela tia do noivo. Após dez anos andando por caminhos distintos, os dois se unem em prol de encontrar um meio de não perder a filha que o destino lhes deu.

Sendo sincera, não achei o melhor livro dela de modo algum.

Conheci essa autora na escola, lembro de ter lido pelo menos dois outros livros dela nessa época que eram muito melhores que esse. Se esse livro ganha pontos sobre os outros é apenas pelas histórias paralelas e não exatamente por quão boas elas são, porque não é o caso. É claro que isso se refere ao meu gosto e não ao conteúdo da obra em si.

Gostei de trazer temas polêmicos como incesto, foi legal. Além de abordar a gravidez sobre ângulos distintos, mas, a meu ver, Claudia foi irracional e infantil em vários momentos e, mesmo tentando muito, não fui capaz de me colocar no lugar da personagem. Por mais que o comportamento de Tara tenha sido, até certo ponto, verissímil, também achei exagerada demais a reação dela ao ouvir a verdade dos pais. Sério, não precisava de tudo aquilo.

As histórias paralelas têm protagonistas que não despertam simpatia alguma, não tem como defender a obsessão doentia de Margot ou o comportamento autodestrutivo de Esterlle por mais que essa última seja salva por alguns agravantes que, ainda assim, não chegam a deixar defender a personagem. O chove não molha de Claudia é bem típico dos romances de banca, em especial dessa época, a falta de diálogo como principal fator agravante também, qualquer romance contemporâneo de banca vai ter esse problema como obstáculo chave.

Não foi um livro que me prendeu e não é uma história que eu gostaria de revisitar nem em um momento de tédio. Mas pelo menos cumpriu o propósito pelo qual o peguei para ler, que foi diminuir a carga opressora d'A Chave de Sarah.

[Bíblia] Os Patriarcas — José

 


E o filho de Raquel é mesmo o José dos Sonhos! 

Israel preferia José a todos os outros filhos porque era o filho de sua velhice e isso fazia com que os irmãos se ressentissem dele. O pai mandou fazer uma bela túnica colorida para ele e, bem nessa época, o jovem começou a ter sonhos enigmáticos, o que só fazia com que seus irmãos o odiassem mais. Decidiram por fim se livrar dele matando-o, mas Rubem desejou livrá-lo e sugeriu que o jogassem em uma cisterna vazia de onde poderia tirá-lo depois. Todavia, não esperava que Judá tivesse uma ideia pior. Vendo uma caravana que ia para o Egito levando resina, bálsamo e ládano (que eram usados no embalsamento) ele convenceu os irmãos a vender José para eles e conseguiram vinte moedas de prata. Mergulharam a túnica dele no sangue de um animal e levaram para o pai fazendo-o acreditar que o filho havia sido morto por uma fera.

Chegando no Egito, a caravana vendeu José para Putifar, eunuco do faraó e chefe da guarda. Judá se casou e teve três filhos: Her, Onã e Sela. O primeiro não era agradável aos olhos do Senhor que o feriu de morte, então Judá deu a prometida de Her, Tamar, para seu segundo filho Onã, para que continuasse a descendência do irmão, mas ele não queria uma descendência que não fosse sua, então começou a se preparar para não engravidá-la e isso desagradou a Deus, que também o feriu de morte. Judá então prometeu Tamar à Sela quando este ficasse adulto, mas não cumpriu a promessa. Ela então se disfarçou e seguiu-o quando ele foi apascentar ovelhas e, julgando-a como uma prostituta, sem conhecê-la, Judá se deitou com ela que concebeu filhos gêmeos.

No Egito, José começa a trabalhar para Putifar que, vendo que o Senhor estava com ele, confiou sua casa e todos os seus negócios a ele, pois tudo que José fazia prosperava. Porém, por ser muito bonito, acabou atraindo o interesse da mulher de Putifar que passou a assediá-lo e, vendo que ele não cedia, acusou-o de tentar abusar dela, fazendo com que Putifar o jogasse na prisão. Contudo, por Deus estar com José, este conquistou a confiança do chefe da prisão que lhe confiou todos os prisioneiros.

Ocorreu que o copeiro e o padeiro do faraó o ofenderam e este mandou prendê-los na mesma prisão em que estava José. Uma noite, ambos tiveram sonhos enigmáticos e José os interpretou corretamente, três dias depois se concretizando o que ele disse, mas seu pedido de recomendação ao faraó não aconteceu, pois o copeiro esqueceu-se dele tão logo saiu da prisão. 

Porém, como Deus nunca desampara os seus, anos depois o faraó tem um sonho que ninguém consegue interpretar e, nessa altura, o copeiro conta-lhe sobre José que é imediatamente tirado da prisão e levado até ele. O sonho não podia ser mais claro. Sete anos de abundância seriam seguidos por sete anos de fome. Vendo que Deus estava com ele, o faraó nomeou José primeiro-ministro e colocou-o à frente da administração de todo o Egito para que nos dias de falta seu povo não sofresse. Nesse ponto e noto como a história de José e um contraponto à de Moisés. Enquanto este é ridicularizado por sua fé no Senhor, já que os egípcios são politeístas, José é aclamado como sábio pela mesma fé.

Assim, nos anos de abundância, José fez os preparativos para que o Egito não sofresse nos vindouros anos de miséria, o faraó deu-lhe ainda por esposa a filha de Putifar e esta lhe deu dois filhos. Tendo cumprido a previsão de José, a miséria caiu sobre o Egito e as demais regiões, mas o povo não sofreu raças à sua administração, em Canaã a miséria também caiu e Israel enviou seus filhos, à exceção de Benjamin, ao Egito para comprar comida. José reconheceu os irmãos, mas estes não o reconheceram e aproveitando-se disso, ensinou-lhes uma lição.

Primeiro, prendeu um deles e enviou os outros de volta, dizendo que só libertaria seu irmão se trouxessem o mais novo à sua presença e eles assim o fizeram. José então, por meio de seu criado, arquitetou um plano para reter Benjamin com ele e dessa maneira, desesperar seus irmãos que se prostraram diante dele e lhe imploraram que não retivesse o menino, pois seu pai era muito ligado a ele. Sem se conter, José se revela aos seus irmão e não demonstra ressentimento pelo que lhe fizeram, pois compreende ter sido cumprido os planos do Senhor.

Assim, traz para o Egito o pai e toda sua família e aqui vem uma parte interessante, a palavra diz que José os instalou na terra de Ramsés por ordem do faraó. E, anos mais tarde, Ramsés será o faraó que batera de frente com Moisés. Deus é muito perfeito! Israel finda por falecer após abençoar - e estabelecer - os doze filhos que fundariam as doze tribos. José, como lhe prometera, enterrara-o em Canaã, na sepultura onde jazia Abraão, Isaac e suas mulheres. Gênese termina com a morte de José e mostrou-nos como os hebreus habitaram no Egito que, posteriormente, se tornaria seu cativeiro.

Que livro fascinante! Não fosse a certeza que tudo realmente aconteceu, não perde em nada para qualquer história fantástica saída da mente humana. A perfeição extrema do Senhor nosso Deus delineia a história do mundo com uma coerência magnânima! Tudo se encaixa, são sequenciais e interligados e nos trazem várias reflexões. Por algumas vezes ri (espero que não seja pecado!) e em outras fiquei sem palavras. A fluidez com que a história segue também é impressionante e o que mais ficou em mim foi a certeza do amor de Deus acima de qualquer defeito. Todos os escolhidos do Senhor eram homens com falhas, gente como a gente e conseguiram vencer as provações por confiar na palavra de Deus e atender o seu chamado.

Olhando o mundo hoje, tão obscurecido devido à ausência dessa conexão com o Senhor, fico espantada com quão grande é o amor de Deus, algo que nossa mente pequena nunca será capaz de compreender. Estou apaixonada pela palavra! E agora entendo o sentimento contagiante de descobri-la e espalhar pra todo mundo. Deus é maravilhoso!

[Drama] Afterlife of Love and Revenge

 Título original: 我家娇妻不好惹

País: China

Episódios: 24 (5 min)

Ano: 2022

Gêneros: Histórico, Romance, Fantasia

Sinopse: Pang Longyue, a senhora mais feroz do condado de Qingshui, ama muito seu marido. Antes de nascer de novo, ela foi incriminada e abandonada, apenas Li Qingmu a tratou bem, mas ela ainda morreu de ódio após ser instigada a deixar o marido. Ela consegue ter uma nova vida e quer valorizar aquele que ama, e deixar aqueles que a intimidaram e a abandonaram antes pagarem o preço!

Onde encontrar: Fansub Cidade Proibida (fórum necessário cadastro)

Procrastinadora compulsiva que sou, deixei acumular os posts do blog e agora vou me virar nos trinta para atualizar tudo e espero ainda lembrar de tudo hahaha. Peguei esse draminha para ver por falta de opção mesmo, não tem muitos dramas que andem chamando minha atenção, pelo menos não que tenham menos de 40 episódios. Estou meio que na fase dos minidramas, mas é muito difícil garimpar os bons no meio dos genéricos, esse, por exemplo, é um genérico. A sinopse parecia boa, mas o desenvolvimento da história deixou muito a desejar. Vou tentar explicar da melhor forma sem dar muito spoiler, pois é um drama bem curto.

Pang Longyue é incriminada de ter um caso e expulsa pela sua família, além de presa em um depósito de madeira. Ajudada por sua irmã, ela encontra seu marido, Li Qingmu, mas os dois são emboscados e mortos pela irmã dela, Pang Shuang Yue. Renascida no dia do seu casamento, Longyue decide dar uma chance ao marido que não amava na outra vida e com quem casou forçada, além de se vingar de todas as intrigas causadas por sua irmã.

É basicamente isso. A coisa é que o desenvolvimento da história é tão fraquinho e mal direcionado que a gente não tem como torcer, o segundo arco do drama parece uma viagem sem pé e sem cabeça com o único propósito de encher linguiça na narrativa. What's Wrong With my Princess tratou do mesmo tema de modo muito mais eficiente, aqui a gente tem muito pouco do passado da Longyue para sentir empatia por ela, além disso, algumas atitudes dela são muito infantis o que deixa a gente com menos simpatia ainda.

A única coisa realmente bacana e que sustenta a gente pelos vinte e quatro episódios é a parceria que ela forma com o marido, os dois bolam planos juntos e conseguem desviar de algumas intrigas com inteligência, o que é de fato legal de ver e um tanto raro. Contudo, a segunda fase do drama foi bem desnecessária e achei destoada do restante da construção narrativa. Levou meu 6,0, dá para passar o tempo, mas não é nada que se vá querer assistir de novo.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

[Bíblia] Os Patriarcas — Jacó

Ao que parece, a ganância e a corrupção são pecados tão antigos quanto a promiscuidade. Jacó é roubado pelo sogro após ter sido enganado para casar com as duas filhas e precisa fugir com o que lhe pertence porque, além de tudo, os filhos de Labão o acusam de ter roubado as riquezas do pai (absurdo que chama, né?).

Conseguindo sair, é perseguido pelo sogro que vai atrás dele exigir explicações, mas nada encontrando para culpar Jacó, se despedem em bons termos. Jacó manda então seus servos para encontrar Esaú e sondar seus sentimentos. Nesse entremeio, acaba lutando com um anjo do Senhor que o deixa coxo e, ao abençoá-lo, muda seu nome para Israel que significa "aquele que luta com Deus". O encontro com o irmão ocorre bem e sem ressentimentos.

A filha de Jacó é raptada e violentada por um filho de Hemor na cidade onde se estabeleceram. Diz-se que o rapaz se apaixonou por ela (o que nada justifica esse crime hediondo!) e implora a Jacó que lhe dê ela como esposa. Simeão e Levi dizem que o farão se todos os homens de Siquém forem circuncidados, e escondem a indiganção pelo que aconteceu com a irmã.

Hemor aceita a condição e, enquanto os homens se recuperam da cirurgia, os dois matam todos como vingança pelo ultraje que a irmã sofreu. Deus, contudo, os livrou da ira daquele povo.

Raquel deu à luz seu último filho a quem chamou de Benjamim "filho da direita" ou "sinal de bom augúrio", é da tribo dele que, mais tarde, sairá Hadassah, a rainha Ester. Inclusive, Amalec, futuro inimigo dos judeus, vem da descendência do irmão de Israel, Esaú, conhecido como Edom. Acho tão incrível como a história vai se conectando entre si e encadeando os acontecimentos de maneira lógica. A Bíblia é realmente um livro maravilhoso em todos os sentidos!

sábado, 10 de fevereiro de 2024

[BL] Bed Friend

Título original: อย่าเล่นกับอนล

Diretor: Thanamin Wongskulphat

Roteirista: Wanna Kortunyavat, May Thidaporn Pruekmaswong

Gêneros: Romance, Drama

País: Tailândia

Episódios: 10

Ano: 2023

Sinopse: No que diz respeito ao trabalho e ao relacionamento que ele mantém com os colegas de trabalho, Uea Anol admite facilmente que se dá bem com quase todo mundo. Mas há uma grande exceção, e seu nome é King Kunakor.

Grande amigo de sua melhor amiga Jade, King é o único homem no escritório que Uea simplesmente não suporta. Um casanova arrogante com uma reputação séria, King é tudo o que Uea odeia em um homem. Quando um passeio da empresa, entretanto, termina em uma transa bêbada com o único homem que ele não suporta, Uea começa a ver King sob um olhar totalmente diferente.

Planejando inicialmente seguir em frente após sua aventura de uma noite, Uea e King concordam em continuar se vendo estritamente em uma relação física. Sem amarras, esses dois serão capazes de manter as coisas entre eles simples e despreocupadas ou suas emoções acabarão levando a melhor sobre eles?

Uea é um designer gráfico em uma empresa de médio porte. Ele trabalha com seu melhor amigo Jade e o seu "animigo" em comum King, que é programador. Os dois trocam farpas desde a faculdade quando se conheceram e o que Uea menos gosta em King, além da cara de pau, é o fato de ele ser um galinha. O histórico do designer não é dos melhores, com uma mãe abusiva e negligente, além de preconceituosa, ele sofreu maus tratos ao assumir sua sexualidade na adolescência sendo trancado no banheiro escuro pela mãe após apanhar. Não suficiente, ainda sofreu abuso do padrasto que nunca foi responsabilizado por isso.

Assim, não é de admirar que Uea não acredite em amor e, sobretudo, não consiga se amar como realmente merece. Quando descobre que seu namorado o traiu, o mundo mais ou menos estável que construiu desmorona e, para piorar, sua mãe continua pedindo dinheiro direto (para que, P'Dean sabe, nós não). Cansado da sua vida e se sentindo exausto fisica e mentalmente, ele começa a afundar em uma melancolia apática enquanto se afunda em trabalho. King percebe que há algo errado, mas não consegue se aproximar dele porque Uea não lhe dá abertura. Quando há um apagão na empresa e o designer tem uma crise de pânico, o programador o ajuda, mas o outro foge ao invés de ao menos agradecer.

Lentamente, os dois começam a ter uma aproximação menos explosiva, sem que Uea queira passar com o carro em cima de King, mas tudo muda quando, em uma confraternização da empresa, Uea acaba bebendo demais e o programador não tem alternativa além de levá-lo para sua casa e, sem levar em conta o estado do outro, tão logo ele o provoca, os dois passam a noite juntos (errado, de novo ¬¬). Claro que Uea não gosta nada disso quando acorda no dia seguinte e vai embora enquanto King está dormindo e, depois disso, passa a evitar o programador. Quando este o procura para ter uma conversa honesta, o designer manda que ele esqueça tudo que aconteceu.

Mas não dá para ignorar e Uea tampouco quer admitir que, mesmo bêbado, gostou da experiência. Assim, quando uma incômoda situação envolvendo sua mãe acontece, os dois acabam se tornando amigos com benefícios, todavia, King parece estar com cada vez mais dificuldade em controlar os sentimentos por Uea que começam a crescer cada vez mais. O designer também sente que está nutrindo algo mais forte que atração física pelo programador, mas começa a erguer muros em torno do seu coração para evitar isso. O que fazer quando está prestes a perder King, mas não consegue admitir os próprios sentimentos?

Quando esse BL saiu eu não me interessei muito, a premissa me soou bem genérica e não tinha cara de ser aquele tipo de série que me prende. Mas, vocês sabem que eu adoro um personagem perturbado das ideias (rola identificação, né?) e como estava em um momento sem saber ao certo o que ver e sem coragem de encarar um dramão de 56 episódios (por que, China?) acabei indo pra esse mesmo porque era o menor da minha lista infinita de coisas pra ver.

Bem, no fim, foi mais ou menos o que eu esperava mesmo. No início achei bem difícil comprar esses dois como casal e, se me atrevi a ver foi porque o upcoming deles, Love Upon a Time, tá na minha lista de necessito pra ontem. Acho que como primeiro drama juntos eles demoraram um pouco para se sentir à vontade um com o outro, pelo menos foi o que eu senti em tela nos primeiros quatro episódios quando eles estão meio robóticos juntos. No episódio piloto desse segundo eles parecem bem mais soltos e a premissa desse drama é incrível, espero que seja bom porque I Feel You Linger in The Air não fechou muito meu papel, embora admita que é um dramão (não resenhei aqui porque vi pelos altos hahaha).

Fiquei com a impressão que eles desenvolveram aspectos que podiam ter sido reduzidos e resolveram por cima pontos importantes da história. Contudo, foi válido a maneira como ele tratou o assédio no trabalho e, sobretudo, a maneira responsável como tratou os transtornos psicológicos do Uea, embora de modo um pouco superficial. Só do personagem ter procurado ajuda é uma vitória. Tá passando do tempo de parar de romantizar traumas. Não é bonito, nem romântico e nem artifício pra tornar o personagem interessante. É doloroso, difícil de conviver e precisa de tratamento. Esperava mais da cena que o Uea se abria com o King, ela foi bonita, mas não profunda como pensei que seria. 

Finalmente deram à polícia o papel dela. Não sei como é o sistema penal da Tailândia, mas julgando como os dramas gostam de ignorar a existência da polícia, imagino que deva ser igual ou pior que o da Coréia! Aqui, pelo menos, o padrasto do Uea é preso, embora não se diga que fim o capeta deu pra ele (Aprende aqui, né MAME!). Num apanhado geral, o drama ganhou o meu 8,0, é bom, mas podia ter se desenvolvido de maneira melhor, especialmente os personagens.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

[Bíblia] Os Patriarcas — Abraão

 Abraão é descendente de Sem, filho de Noé. Bem diz o ditado que Deus capacita os escolhidos, Abrão, como era chamado inicialmente, é uma prova histórica disso! Foi escolhido por Deus e exortado a ir para a terra que Ele lhe apresentaria, mas uma grande fome assolou a região e Abrão refugiou-se no Egito, mas mentiu para preservar sua vida, pois sua esposa Sarai era muito bela e poderiam os homens matá-lo para ficar com ela.

Assim, ele a instruiu a dizer que era sua irmã e o faraó casou com ela! Sendo punido pelo Senhor por adulterar. Gente, entende a questão? Abrão mentiu! E Deus puniu o faraó pela mentira dele, por quê? Uma possibilidade aqui, dado o motivo da mentira, é que apesar de errado, Deus julga o panorama e não a consequência.

Após separar-se de Ló, que foi para o lado de Sodoma, Abrão foi para as terras do Jordão. Essa região, contudo, estava passando por disputas de reis e, com a derrota de Sodoma, Ló findou por ser capturado. Abrão uniu seus homens e resgatou o parente. No capítulo 15, Deus conta a Abrão que seus descendentes serão escravizados em uma terra estrangeira, uma alusão ao cativeiro do Egito, talvez, ou da Babilônia, mencionado em Ester.

No capítulo 18, três anjos passam próximos à tenda de Abrão (cujo nome foi mudado pelo senhor de Abrão, "pai elevado", para Abraão, "pai de uma multidão") e ele os serve, recebendo novamente a confirmação da promessa feita pelo Senhor de que Sarai ficaria grávida de Isaac dentro de um ano. Esses mesmos anjos se dirigiram para Sodoma; Abraão, ciente da decisão de Deus, roga de forma insistente pela cidade.

"Fareis o justo perecer com o ímpio?Talvez haja cinquenta justos na cidade: os farão perecer? Não perdoaríeis antes a cidade, em atenção aos cinquenta justos que nela se poderiam encontrar? (...) Longe de vós tal pensamento! Não exerceria o juiz de toda a terra a justiça?" (Gn 18, 23-25)

Ao que o Senhor Deus afirma que se dez justos ali, não destruiria a cidade por eles. No capítulo 19, Sodoma está prestes a ser destruída, pois os anjos do Senhor atestaram seus crimes, há, porém, uma possível referência sobressaltante. Estando os anjos na casa de Ló, a população de homens de Sodoma, diz-se de velhos a jovens, ordena que Ló os entregue para que eles os conheçam; ora, essa referência é feita no capítulo 4 em que Adão conheceu Eva e gerou seus filhos. Logo, conhecer seria uma analogia a relações sexuais o que implicaria que os homens de Sodoma eram bisexuais e, por isso, a homossexualidade masculina é chamada sodomia?

Nada se menciona sobre os pecados de Gomorra, mas é muito precário dizer que Sodoma foi destruída pela homossexualide, talvez o agravante tenha sido sua crueldade, pois é mencionado no capítulo 13 que "os habitantes de Sodoma eram perversos e grandes pecadores diante do Senhor", mas não podemos presumir por nós mesmos que esses grandes pecados eram a homossexualidade. Além disso, Ló ofereceu suas filhas virgens para serem violentadas! Um ato tenebroso, no mínimo. Mais estranho ainda é depois que as filhas dele, após a mãe ter virado uma estátua de sal por desobedecer os anjos, embebedam o pai e dormem com ele para engravidar! Quer dizer, é incesto! João Batista condenaria Herodes mais tarde pelo mesmo pecado.

Será que ausência de castigo para esse ato se deu porque Deus ainda estava formando suas leis? Afinal, ele não criou homens e mulheres para se tornarem animais irracionais e imorais, isso começou com Caim e Deus não o feriu. Leva-se a pensar...

Abraão e Isaac

Se bem entendi, Abraão dizia em todos os lugares que ia, a mentira que Sarai era sua irmã, não somente para preservar sua vida, mas para testar se naquela terra havia temor à Deus. Por isso, dessa vez o Senhor poupou Abimalec, além de não castigar Abraão, sem contar que Sara é sua meio-irmã.

É fantástico como a palavra faz referências à Cristo mesmo antes de Ele vir ao mundo. Como um pai temente a Deus e generoso, Abraão entrega Isaac ao Senhor sem hesitação, sendo parado a tempo por um anjo. Mais adiante, Deus nos entrega Cristo, seu único filho, em holocausto pelo muitos pecados do mundo e, através de seu sangue, nos oferta a purificação e a vida eterna. Algo que noto é que o concubinato era comum e permitido, por isso, talvez, o islamismo o mantenha. Curiosa para saber quando essa prática foi abolida, já que hoje se prega a monogamia. Ordem de Deus ou da igreja?

Esaú e Jacó, filhos de Isaac e Rebeca, são gêmeos, interessante. Esaú desistiu de ser o mais velho literalmente por um prato de comida! Sério. E piora. Não contente em fazer o irmão dar a progenitura a ele, quando Isaac estava cego e no fim da vida, Jacó, influenciado pela mãe, enganou o pai se passando por Esaú para conseguir a benção de Isaac que não apenas lhe deu tudo, mas tornou o irmão seu escravo (fico me perguntando se essa representação da mulher ardilosa no começo do antigo testamento é influência da figura "corrompida" de Eva).

Esaú ficou com ódio do irmão e pretendia matá-lo (espelhando Caim e Abel), mas Rebeca o alertou e o enviou para a casa do tio, onde ele deveria também se casar com uma de suas primas. Ele se apaixonou por Raquel, mas seu tio o enganou (esse povo mentia, viu!) e fez ele dormir com Lia, pois era a mais velha e a mais jovem não podia casar antes. Jacó não gostava de Lia, por desprezá-la (mas ainda assim dormir com ela ¬¬') o Senhor a tornou fértil e esterilizou Raquel. E Lia lhe deu filhos importantes: 


Raquel ficou com inveja da irmã e fez o marido com a escrava para ter filhos pra ela, aí a Lia fez a mesma coisa e eu aqui me perguntando cadê a ordem? No fim, Deus acaba dando a ela uma chance e ela, Raquel, concebe ninguém menos que José! O José dos Sonhos!