Título original: อย่าเล่นกับอนล
Diretor: Thanamin Wongskulphat
Roteirista: Wanna Kortunyavat, May Thidaporn Pruekmaswong
Gêneros: Romance, Drama
País: Tailândia
Episódios: 10
Ano: 2023
Sinopse: No que diz respeito ao trabalho e ao relacionamento que ele mantém com os colegas de trabalho, Uea Anol admite facilmente que se dá bem com quase todo mundo. Mas há uma grande exceção, e seu nome é King Kunakor.
Grande amigo de sua melhor amiga Jade, King é o único homem no escritório que Uea simplesmente não suporta. Um casanova arrogante com uma reputação séria, King é tudo o que Uea odeia em um homem. Quando um passeio da empresa, entretanto, termina em uma transa bêbada com o único homem que ele não suporta, Uea começa a ver King sob um olhar totalmente diferente.
Planejando inicialmente seguir em frente após sua aventura de uma noite, Uea e King concordam em continuar se vendo estritamente em uma relação física. Sem amarras, esses dois serão capazes de manter as coisas entre eles simples e despreocupadas ou suas emoções acabarão levando a melhor sobre eles?
Uea é um designer gráfico em uma empresa de médio porte. Ele trabalha com seu melhor amigo Jade e o seu "animigo" em comum King, que é programador. Os dois trocam farpas desde a faculdade quando se conheceram e o que Uea menos gosta em King, além da cara de pau, é o fato de ele ser um galinha. O histórico do designer não é dos melhores, com uma mãe abusiva e negligente, além de preconceituosa, ele sofreu maus tratos ao assumir sua sexualidade na adolescência sendo trancado no banheiro escuro pela mãe após apanhar. Não suficiente, ainda sofreu abuso do padrasto que nunca foi responsabilizado por isso.
Assim, não é de admirar que Uea não acredite em amor e, sobretudo, não consiga se amar como realmente merece. Quando descobre que seu namorado o traiu, o mundo mais ou menos estável que construiu desmorona e, para piorar, sua mãe continua pedindo dinheiro direto (para que, P'Dean sabe, nós não). Cansado da sua vida e se sentindo exausto fisica e mentalmente, ele começa a afundar em uma melancolia apática enquanto se afunda em trabalho. King percebe que há algo errado, mas não consegue se aproximar dele porque Uea não lhe dá abertura. Quando há um apagão na empresa e o designer tem uma crise de pânico, o programador o ajuda, mas o outro foge ao invés de ao menos agradecer.
Lentamente, os dois começam a ter uma aproximação menos explosiva, sem que Uea queira passar com o carro em cima de King, mas tudo muda quando, em uma confraternização da empresa, Uea acaba bebendo demais e o programador não tem alternativa além de levá-lo para sua casa e, sem levar em conta o estado do outro, tão logo ele o provoca, os dois passam a noite juntos (errado, de novo ¬¬). Claro que Uea não gosta nada disso quando acorda no dia seguinte e vai embora enquanto King está dormindo e, depois disso, passa a evitar o programador. Quando este o procura para ter uma conversa honesta, o designer manda que ele esqueça tudo que aconteceu.
Mas não dá para ignorar e Uea tampouco quer admitir que, mesmo bêbado, gostou da experiência. Assim, quando uma incômoda situação envolvendo sua mãe acontece, os dois acabam se tornando amigos com benefícios, todavia, King parece estar com cada vez mais dificuldade em controlar os sentimentos por Uea que começam a crescer cada vez mais. O designer também sente que está nutrindo algo mais forte que atração física pelo programador, mas começa a erguer muros em torno do seu coração para evitar isso. O que fazer quando está prestes a perder King, mas não consegue admitir os próprios sentimentos?
Quando esse BL saiu eu não me interessei muito, a premissa me soou bem genérica e não tinha cara de ser aquele tipo de série que me prende. Mas, vocês sabem que eu adoro um personagem perturbado das ideias (rola identificação, né?) e como estava em um momento sem saber ao certo o que ver e sem coragem de encarar um dramão de 56 episódios (por que, China?) acabei indo pra esse mesmo porque era o menor da minha lista infinita de coisas pra ver.
Bem, no fim, foi mais ou menos o que eu esperava mesmo. No início achei bem difícil comprar esses dois como casal e, se me atrevi a ver foi porque o upcoming deles, Love Upon a Time, tá na minha lista de necessito pra ontem. Acho que como primeiro drama juntos eles demoraram um pouco para se sentir à vontade um com o outro, pelo menos foi o que eu senti em tela nos primeiros quatro episódios quando eles estão meio robóticos juntos. No episódio piloto desse segundo eles parecem bem mais soltos e a premissa desse drama é incrível, espero que seja bom porque I Feel You Linger in The Air não fechou muito meu papel, embora admita que é um dramão (não resenhei aqui porque vi pelos altos hahaha).
Fiquei com a impressão que eles desenvolveram aspectos que podiam ter sido reduzidos e resolveram por cima pontos importantes da história. Contudo, foi válido a maneira como ele tratou o assédio no trabalho e, sobretudo, a maneira responsável como tratou os transtornos psicológicos do Uea, embora de modo um pouco superficial. Só do personagem ter procurado ajuda é uma vitória. Tá passando do tempo de parar de romantizar traumas. Não é bonito, nem romântico e nem artifício pra tornar o personagem interessante. É doloroso, difícil de conviver e precisa de tratamento. Esperava mais da cena que o Uea se abria com o King, ela foi bonita, mas não profunda como pensei que seria.
Finalmente deram à polícia o papel dela. Não sei como é o sistema penal da Tailândia, mas julgando como os dramas gostam de ignorar a existência da polícia, imagino que deva ser igual ou pior que o da Coréia! Aqui, pelo menos, o padrasto do Uea é preso, embora não se diga que fim o capeta deu pra ele (Aprende aqui, né MAME!). Num apanhado geral, o drama ganhou o meu 8,0, é bom, mas podia ter se desenvolvido de maneira melhor, especialmente os personagens.
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