Autor: Allison Kelly / Lynne Graham
Coleção Bianca Duas Historias, nº 634
Gente, esse é o puro suco da minha adolescência! Li esse livro na escola pelo menos três dezenas de vezes, não pela primeira, mas pela segunda história. Inclusive, esses livrinhos foram minha porta de entrada para a escrita de romances e me ensinaram os meus primeiros passos para criar minhas primeiras histórias numa época em que eu não fazia ideia do que era escrita criativa. Como bem dizem, eu tinha uma caneta e um sonho hahahaha
Esse não foi o primeiro que li, mas um que resenharei em seguida, contudo, era um dos meus favoritos e pude, muitos anos depois, encontrá-los em um sebo online, fiquei bastante alegre, porque eram histórias que desejava muito revisitar.
Na primeira história, Bart está a espera da sua nova contadora, indicada pela sua irmã, Marilyn, embora ele não acredite muito no potencial de Alessandra quando ela chega de short, blusa colada e cabelos curtos descoloridos no rancho dele. Por mais linda que fosse, ela era diferente de qualquer mulher que ele houvesse conhecido e, sobretudo, do que achava que uma mulher devia parecer segundo seu ponto de vista.
Contudo, para sua surpresa, ela se mostra não apenas eficiente com os números, mas com o trabalho braçal também, além de ser inteligente. Bart tem uma filha adolescente na fase rebelde a quem quer impor a imagem da mãe falecida e, sem intenção, Alessandra começa a se envolver na vida da adolescente cumprindo o papel de irmã mais velha. E isso começa a incomodar Bart, uma vez que os modos de Alessandra não são os mais femininos, porém, em contrapartida, ele se vê loucamente atraído por ela (sem motivo nenhum) e a recíproca é verdadeira.
Só que, para isso dar certo, ele precisa não somente admitir que sente alguma coisa por ela, mas parar de ter medo disso.
Te dizer, lembrava zero dessa primeira história e não gostei tanto não. Além dessa atração instantânea entre os personagens que não se justifica em nada além de atração física, achei a Alessandra bem irresponsável em alguns momentos com a ideia errada de passar a pose de "liberal". Talvez eu tenha outros valores. Mas a primeira vez que li lembro vagamente de não ter gostado muito também, tanto é que não recordava.
Já em Ardiloso Sedutor nós temos vizinhos de infância, cujas famílias alimentam rancor mútuo bem ao estilo Romeu e Julieta, que se reencontram muitos anos depois. Chrissy é uma jovem naquela personalidade de Paulina Martins, boa demais que chega a ser besta. Desde a infância, sendo a mais nova e não planejada, ela era excluída pelo pai e vivia às voltas com uma mãe deprimida que não tinha nenhum afeto do pai novo rico cujo único amor era o dinheiro.
Blaze, um herdeiro milionário, é conhecido pelos seus casos amorosos cheios de escândalo e por não levar nenhuma mulher a sério. No passado, ele estava noivo da irmã mais velha de Chrissy, mas um crime cometido por ela e o pai pôs fim ao noivado, só que Chrissy nunca soube disso. Além do mais, ela e Blaze protagonizaram um evento traumático que nunca lhe saiu da mente e a assombrava ainda na vida adulta.
O reencontro não é dos melhores e ela ainda perde o emprego por causa dele. Sozinha e sem ter o que fazer, ela se pergunta o que será da sua vida quando Blaze reaparecer para descobrir a enrascada que ela se meteu por estar criando uma criança sozinha. Criança essa que é sua irmã, fruto do relacionamento da mãe com o amante que a abandonou logo depois, mas ela não desmente quando ele acha que é sua filha. A última coisa na sua lista é se envolver com Blaze, mesmo ele se mostrando atencioso e gentil com ela.
Contudo, quando ele lhe oferece um emprego de governanta, ela se vê forçada a aceitar por causa de Rosie, a menina precisava de estabilidade e todo o conforto que Chrissy pudesse oferecer. Mas as coisas se complicam quando sua irmã reaparece disposta a conquistar Blaze e passa a infernizar a vida de Chrissy lançando dúvidas no motivo dele a estar ajudando e fazendo tudo para tirá-la da vida dele.
Para salvar o bebe da irmã, Chrissy acaba inventando uma mentira cruel para Blaze da qual vai se arrepender amargamente depois.
Embora me lembrasse de boa parte da historia, alguns detalhes haviam escapado da minha memória. Ainda gosto muito dela, claro, mas com a maturidade algumas coisas começam a incomodar como a relação não totalmente consensual entre os dois no casamento forçado, por mais que a autora tenha colocado que a personagem não conseguia resistir, ela não estava realmente de acordo com aquilo e mesmo magoado Blaze devia ter respeitado o não dela. Isso foi um ponto que me incomodou muito.
Outra coisa foram as atitudes quase infantis da personagem, ela passava uma imagem de trouxa, no sentido mais amplo da palavra. Não digo para buscar vingança contra a família, mas insistir em quem só nos faz mal é burrice, mesmo que seja do nosso próprio sangue. Tiveram umas atitudes dela que eram muito idiotas. Ainda assim devo ser mais trouxa, porque gostei tanto quanto da primeira vez que li.
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