sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

[Livro] Os Elefantes Não Esquecem (+Filme)

 Original: Elephants Can Remember

Autor: Agatha Christie

Ano: 1972

Gêneros: Mistério, Ficção policial

Sinopse: “Foi a mãe dela que matou o pai ou foi o pai que matou a mãe?” Ariadne Oliver fica pasma com a impertinência da sra. Burton-Cox ao lhe perguntar, tão casualmente, sobre o trágico passado de sua afilhada, Celia Ravenscroft. Mesmo assim, a questão desperta sua curiosidade, pois o caso nunca foi esclarecido. Para investigar esse crime, Ariadne pede ajuda ao detetive Hercule Poirot. Ele tem certeza de que a resposta ainda está na memória das antigas testemunhas – e agora cabe a ambos remexer o passado e descobrir como as peças desse complexo quebra-cabeça se encaixam. Publicado em 1972, Os elefantes não esquecem foi um dos últimos livros escritos por Agatha Christie. Para além de um mistério intrigante, o romance esconde nas entrelinhas revelações autobiográficas sobre a autora.


Por alguma razão que não me lembro, quando li esse livro pela primeira vez em 2016 não escrevi resenha alguma sobre ele. Ano passado, fazendo meu caderno de leitura, me dei conta disso e coloquei como uma das releituras desse ano. Cá estamos.

Como uma leitora até voraz de Agatha, pois li bastante livros dela, não posso considerar esse como um de seus melhores trabalhos, tampouco é o pior, até agora o que menos gostei foi Noite sem Fim, contudo, é um livro clássico dela, daqueles envolvendo um mistério intrigante e, à primeira vista, insolúvel, especialmente por ser um caso acontecido mais de dez anos atrás.

Trazendo como uma das protagonistas a escritora Ariadne Oliver, ela vai por curiosidade a um almoço onde está sendo homenageada com outros escritores, é então abordada por uma matrona com ares autoritários que lhe faz um questionamento ousado e fora de tom sobre uma de suas afilhadas, Celia, referente a uma tragédia ocorrida com seus pais. Ela queria saber se foi o pai que matou a mãe ou o contrário, uma vez que ambos foram encontrados mortos em um penhasco. Chocada e furiosa, Ariadne diz à mulher que não pode ajudar e vai embora. A razão do questionamento se dá porque Celia está noiva do filho dela, Desmond.

Sem conseguir deixar de pensar no ocorrido, ela recorre a Poirot para saber o que fazer a respeito. Em algum lugar da sua mente também está curiosa com o que aconteceu já que, na época, nenhuma conclusão pautável foi encontrada pela polícia que fechou o caso como duplo suicídio. A própria Celia passa a ser assombrada pelo ocorrido com os pais, embora não tenha presenciado por estar em um pensionato na Suécia quando a tragédia aconteceu. Ariadne recorre então, junto com Poirot, aos "elefantes", pessoas que estavam por perto do casal na época dos fatos e que possa rememorar, com o máximo de precisão, sobre eles e o acontecido. 

Refazendo os passos dos pais de Celia, Poirot vai montando um quebra-cabeças improvável que envereda por segredos sombrios de família e uma trama meticulosa envolvendo as pessoas do presente.

Ao contrário de outros livros de Agatha, esse não tem um desenvolvimento tão expansivo, as coisas se desenrolam até rápido demais. Poirot, como sempre, muito carismático não dá qualquer sinal de doença ou fraqueza para justificar seu doloroso final no próximo e último livro da autora, Cai o Pano. Aqui, pode-se dizer, ele está em sua melhor forma, embora não na mais ativa delas hahaha. Gostei do livro, é bom pra quem procura um suspense bem feito, um caso intrincado, mas sem muita enrolação.

A adaptação do livro está no primeiro episódio da décima terceira temporada da Série Agatha Christie's Poirot, como sempre é apenas parcialmente fiel ao livro, o filme criou algumas conexões e personagens que não estão presentes no livro, a linha de raciocínio é a mesma, mas certos eventos não acontecem na história. Contudo, manteve-se fiel por boa parte.

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