Série: Castelo Animado #2
Ano: 1990
Gênero: Literatura fantástica, Literatura infantil
Sinopse: Em O Castelo no Ar, Howl, Sophie e Calcifer estão de volta em uma aventura fantástica e surpreendente.
Tudo começa com Abdullah, um jovem mercador de tapetes. Ele não é rico, pois sonha acordado tempo demais para ser próspero em seu negócio. Nessa vida imaginária que constrói, Abdullah é, na verdade, um príncipe, que foi seqüestrado ao nascer e acabou sendo adotado por um pobre mercador de tapetes. Um dia, um estranho aparece em sua tenda, oferecendo-lhe um tapete mágico por uma bagatela. Antes de ir dormir, ele coloca o dito tapete voador no topo da pilha de tapetes caros que usa como cama (assim, caso alguém tentasse roubá-los, teria de levá-lo junto).
Quando acorda, Abdullah percebe que não se encontra mais em sua tenda. Está em um grande palácio, onde vê uma linda moça, filha do Sultão. Ela é a mulher dos seus sonhos e se chama Flor da Noite. Os dois se apaixonam e resolvem fugir para se casar em segredo. Na noite da fuga, Flor da Noite é carregada pelos ares por um gigantesco e terrível demônio. Abdullah não consegue segui-lo, e acaba sendo preso pelos guardas do Sultão, que acreditam que ele é o culpado pelo desaparecimento da moça.
Decidido a resgatar a mulher de sua vida, o mercador conta com a ajuda de personagens atípicos no que se torna uma grande e divertida aventura - um tapete voador que tende a desobedecer a seu dono, um gênio da garrafa que sempre tenta fazer com que o desejo acabe da pior maneira possível, um soldado desertor egoísta, que o gênio garante ser a melhor pessoa para ajudar Abdullah a encontrar Flor da Noite, uma gata que consegue mudar de tamanho e seu filhote.
Foi com muita "sede ao pote" que eu fui atrás desse livro, agora que estou me acostumando um pouco mais com ebooks consegui muito mais livros que sempre tive vontade de ler e não consegui comprar (ainda). Entretanto, O Castelo no Ar, ao contrário de seu antecessor, O Castelo Animado, não me entusiasmou como eu achei que entusiasmaria ele começa nas quentes areias de um deserto governado por um sultanato onde Abdullah é um vendedor de tapetes órfão que é constantemente atormentado pela família da segunda esposa do seu pai que, apesar de não ser nada dele, insiste em dar pitaco na sua vida (tipo aquelas tias que vivem dizendo que você está na idade de casar e ficam te enchendo porque você está gorda demais, porque vive na internet ou perguntam se já tem namorado). A maior fuga de Abdullah são seus sonhos onde ele fantasia ser o filho perdido de um sultão que, ha muito tempo, foi sequestrado pelo temível bandido Abul Aqba (pelo que me lembro se escreve assim), mas é bem verdade que ele sabe que não é verdade.
Certo dia, um homem estranho aparece em sua tenda vendendo um tapete que afirma ser mágico, inicialmente Abdullah fica cético e pede ao homem que prove a ele que o que está dizendo é verdade então, o homem ordena ao tapete que o eleve do chão na frente do vendedor de tapetes. Convencido, Abdullah compra o tapete por uma pechincha se achando o máximo pela bela barganha e, cauteloso que alguém tente roubar sua preciosidade, ele decide dormir em cima do artefato mágico. Naquela noite ele é transportado para um belíssimo jardim onde encontra uma linda jovem que diz chamar-se Flor da Noite e o confunde com uma mulher, ele - acreditando estar sonhando - começa a conversar com ela e explica que é um homem, ao passo que descobre que a menina viveu sua vida toda reclusa e o único homem que já vira fora seu pai. Ele então promete que levará a ela a imagem de uma variedade de homens para que ela consiga decidir se realmente deve aceitar o matrimônio que seu pai lhe arranjou sem saber julgar se seu noivo é ou não belo o bastante.
Na noite seguinte, Absullah retorna ao palácio com todos os retratos que havia encomendado ao pintor da cidade por um preço camarada. Flor da Noite avalia todos os retratos e decide que Abdullah é muito mais bonito que todos os outros segundo sua avaliação, pois a personalidade dele lhe é agradável e decide que se casará com ele. Assustado e feliz, o vendedor de tapete não tem coragem de dizer a ela a verdade, que não é de nenhum modo o príncipe de um sultanato distante. Decide então fugir com ela que aceita seu plano. Ele volta para sua tenda e prepara-se para a viagem vendendo seu estoque de preciosos tapetes e conseguindo uma pequena fortuna. Mas, na hora da fuga, a princesa é sequestrada por um Djim. Abdullah é acusado de ser o sequestrador e condenado a morte pelo sultão, mas não sem antes dizer a ele do destino que sua filha tinha de se apaixonar pelo primeiro homem que visse e, por estragar os planos dele de casá-la com o príncipe de um reino distante muito rico, o vendedor de tapetes seria executado assim que o sultão tivesse sua filha de volta.
Com a ajuda do tapete e do cachorro de seu amigo Jamal, ele consegue fugir da prisão e sai de Zanzib em busca da amada, disposto a salvá-la do djim. Entretanto, sua fuga é retardada por bandidos que o interceptam no deserto, para sua surpresa Abul aqba é seu líder (e o vendedor de tapetes fica surpreso ao saber que o homem realmente existe!) ele lhe mostra um outro artefato mágico, uma garrafa onde, aprisionado, está um gênio. Apesar dos alertas de Abdullah acerca daquilo, eles decidem tirar a tampa da garrafa e o mau humorado gênio surge e transforma quem o invocou em sapos, uma confusão é feita, Abdullah consegue fugir, mas perde seu tapete, leva consigo apenas o gênio nem um pouco disposto a cooperar, sua busca pela princesa parece cada vez mais impossível de ser alcançada. Ele sabe que tudo que pedir ao gênio virá para ele de uma forma a levá-lo a encrencas maiores, é assim que um soldado desertor entra em cena, com seus dois gatos de estimação e logo Abdullah vai descobrir que nada é o que parece.
A construção da história é fantástica, não tenho do que reclamar, Diana era uma mestre no que fazia disso ninguém duvida, mas achei o meio do livro um pouco maçante, por alguma razão a história não me cativou tanto quanto O Castelo Animado. Algumas personagem do primeiro livro reaparecem neste de uma maneira que não esperamos e, confesso, ela me pegou direitinho! Nos capítulos finais, há uns toques hilários que ajudaram a tirar um pouco a monotonia do livro, ainda assim esse não me cativou ao ponto de me fazer ter vontade de ler de novo, na verdade eu até demorei consideravelmente a terminar. Fica aí a dica para os curiosos. Há ainda o livro que encerra a trilogia do castelo A Casa de Muitos Caminhos, vou ponderar com cuidado se vou querer ler depois dessa aventura digna de Alladin.
Beijinhos pessoal! Até o próximo post!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar seja sempre respeitoso à opinião do outro. Nem todo mundo pensa como você e a diversidade existe para isso. Exponha suas ideias sem ofender a crença ou a opinião de ninguém. Comentários com insultos ou discriminação de qualquer natureza serão excluídos.