Gêneros: Conto de fadas, Romance de amor, Ficção gótica
Ano: 2014
Páginas: 368
Sinopse: Ambientada em meio ao luxo e às agruras de um reino medieval, esta releitura de A Bela Adormecida consegue ser fiel ao clássico ao mesmo tempo que constrói uma narrativa recheada de elementos contemporâneos. Nessa mescla, os dramas de seus personagens – um casal infértil, uma jovem que não aceita viver em uma redoma e uma família despedaçada pela inveja – tornam-se atemporais. Quando a rainha Lenore não consegue engravidar, recorre aos supostos poderes mágicos da tia do rei, Millicent. Com sua ajuda, nasce Rosa, uma menina linda e saudável. No entanto, a alegria logo dá lugar às sombras: o rei expulsa de suas terras a tia arrogante, que então jura se vingar. Seu ódio se torna a maldição que ameaça a vida de Rosa. Assim, a menina cresce presa entre os muros do castelo, cercada dos cuidados dos pais e de Flora, a tia bondosa e dedicada do rei que encarna a fada boa do conto original. Mas quando todas as tentativas de proteger Rosa falham, é Elise, a dama de companhia e confidente da princesa, sua única chance de se manter viva. E é pelos olhos dessa narradora improvável que conhecemos todos os personagens, nos surpreendemos com o destino de cada um e descobrimos que, quando se guia pelo amor – a magia mais poderosa do mundo –, qualquer pessoa é capaz de criar o próprio final feliz.
Essa foi a escolha do clube do livro esse mês e fui eu mesma que indiquei, baseada em resenhas dizendo que esse livro era excelente e como sou apaixonada pelo conto e quero consumir todas as releituras já feitas acabei optando por ler porque, das que conheço, só estava faltando essa... mas te dizer, pensa em um livro difícil de ler. Não digo difícil por nada específico como a escolha de palavras ou a complexidade do enredo, nada disso, difícil no sentido de ele ser maçante mesmo.
A primeira coisa a ser dita sobre esse livro é que o título não faz o menor sentido. Sério. Nós acompanhamos Elise, que também é a narradora da história, ela começa o livro como uma senhora idosa ouvindo sua bisneta Raimy contando aos irmãos a história da Bela Adormecida, por ser uma conhecedora da história, ela sabe a verdade por trás do conto fantasioso contado por menestréis e repetido por sua bisneta, assim, decide relatar-lhe a verdade por trás da fantasia.
Elise cresceu em uma pequena fazenda com seus cinco irmãos, uma mãe amorosa e um pai que a odiava - e ela não tinha ideia da razão. Em um dia comum, no mercado com sua mãe, ela acaba ouvindo um grupo de pessoas comentarem que ela era uma bastarda e, mesmo tendo sido educada pela mãe a saber ler e escrever, Elise não sabia o que aquela palavra significava. Ao indagar a mãe a respeito foi recebida com certa brutalidade e descobriu, neste dia, que não era filha do homem que acreditou ser seu pai. Sua mãe, entretanto, não quis entrar em detalhes sobre seu verdadeiro pai além do fato de ele ser um homem sem honra e de como o atual marido lhe salvara a honra e lhe salvara da miséria ainda que Elise soubesse pela história que tudo que o homem queria era uma parideira de filhos para ajudá-lo na fazenda.
Quando um surto de varíola assola a região, a família de Elise que mal conseguia se manter adoece e ela consegue, após longo sofrimento, escapar da doença, mas apenas para descobrir que quatro dos seus cinco irmãos morreram, um outro está muito doente e sua mãe em estágio final de vida. A mãe, em seus últimos momentos, confidencia a filha um futuro no palácio e da-lhe um nome e algum dinheiro que escondeu durante tempos para ela. Assim, logo que o irmão se recupera e a mãe é enterrada, ela deixa a casa na fazenda e parte para procurar Agna, a rica irmã de sua mãe que pode lhe mostrar o caminho para a vida no palácio.
Ao contrário do que esperava, Elise é bem recebida pela tia que lhe dá teto, roupa e sapatos apropriados para sua entrada no castelo, é na compra deste último item que ela conhece Marcus, o filho do sapateiro. Há certo encanto no ar entre os dois, mas a timidez do rapaz e seu próprio desconhecimento sobre a intensidade de sentimentos abafa a proximidade entre eles. O pai do rapaz se oferece para levar Elise ao castelo e ela é orientada por Agna a procurar a senhora Tewkes que vem a descobrir ser a chefe da criadagem do castelo. A mulher, que foi amiga de sua mãe, contrata Elise como criada de quarto no lugar de Petra, uma criada mais experiente que passará a servir mesas enquanto treina Elise em seus afazeres.
Por saber ler, logo Elise se torna criada da rainha Lenore, uma mulher apática e triste que acabara de voltar de uma viagem de peregrinação. Elise acaba descobrindo a desolação da bela mulher por não ter podido dar um filho ao rei cujo trono passaria para o terrível irmão Bowen, um homem cruel, ambicioso e sem escrúpulos. Há também outra figura que intriga a criada, a tia do rei, Millicent, uma mulher imponente com certa aura sombria e de quem o rei Ranolf parece não gostar. Quando o príncipe Bowen chega ao palácio para ser anunciado como herdeiro do trono um acontecimento inesperado ocorre durante a nomeação humilhando-o em público por sua arrogância e crueldade, a gravidez da rainha Lenore é anunciada.
Como a criada da rainha está para se casar com o braço direito de Bowen, Lenore nomeia Elise como sua nova criada pessoal, elevando-a de cargo e demonstrando com isso grande carinho pela menina. Assim, nasce uma relação de amizade sincera entre as duas, embora Elise sempre se ressinta do laço inquebrável entre a rainha e sua antiga criada. Conforme a gravidez avança, Millicent parece querer dominar completamente Lenore sobre tudo, chegando inclusive a confiná-la no quarto. Elise fica paciente ao lado de sua senhora fazendo o que pode para confortá-la e quando finalmente nasce uma menina, o desespero da mulher por não ser um príncipe não podia ser descrito, mas a ternura demonstrada pelo rei em relação a menina amolece o coração de Elise e da própria rainha e assim, Rosa é nomeada oficialmente a herdeira do trono de Ranolf.
Por seu comportamento inconcebível, Millicent é banida do reino, mas aparece no batizado de Rosa apenas para instaurar o terror em todos, condenando os pais da menina a uma existência de medo pela sua vida. A rainha é a mais afetada, ficando noites sem dormir por temer a morte da filha e impedindo a própria menina de ter um sono decente ao ficar acordando-a para ter certeza que ela está viva. Elise assiste a tudo impotente, fazendo o melhor que pode para conforto de mãe e filha. Quando Rosa cresce transformando-se em uma menininha saudável e curiosa, a criada reencontra Marcus, reafirmando o amor que outrora aflorara silencioso entre os dois. Contudo, Elise, agora uma jovem adulta, não está pronta para deixar a rainha e a criança de lado, especialmente quando a vida de Rosa tornou-se algo frágil pela "maldição" de Millicent.
Assim termina seu relacionamento com Marcus, vitimado pelo seu egoísmo em ser incapaz de ver as necessidades do outro e pensar apena nas suas próprias mascaradas por um altruísmo que na verdade não existe. Rosa cresce e se torna uma bela jovenzinha desde os três anos prometida a um príncipe que nunca a visitara e com quem ela não queria se casar. Ansiosa por liberdade, por vezes ela foge do castelo para visitar o vilarejo (bem no estilo a princesa e a plebéia), os anos provocaram mudanças em todos, Elise se tornara uma mulher, recatada e totalmente devotada a rainha e Rosa, Marcus se casara assim como Petra que, arruinada por Dorian o maior don Juan da corte do rei Ranolf, precisou buscar no casamento uma chance de não ser condenada à miséria uma vez que o trabalho na corte não era garantia eterna de moradia.
Os caminhos de Elise e Dorian se cruzam quando ele solicita a rainha sua mão em casamento, algo pelo qual a jovem não esperava e tampouco conseguia entender. Mas o destino da criada promete ser muito mais sombrio e furioso que um casamento com um homem que ela não ama, quando a peste ameaça voltar na figura de Millicent, a vida de Rosa pode estar nas mãos dela e o desfecho da história da princesa corre o risco de não ter um final feliz.
Como disse no começo, o título desse livro não faz o menor sentido porque não ocorre o período de sono da princesa, durante a história está mais para o contrário, ela não dorme, seja porque está com a cabeça cheia de minhocas, seja porque é assombrada por pesadelos, seja porque está doente ou escrevendo como uma maluca compulsiva. Além disso, a história é maçante, Elise é uma personagem irritante com a sua indecisão, a maneira como ela chega a manipular Marcus, o modo como ela age quase sempre de maneira imprudente, não consegui gostar dela. Na verdade, esse é aquele tipo de livro cujos personagens nao despertam qualquer empatia ou simpatia com o leitor, pelo menos foi o que aconteceu comigo e com as meninas do clube.
Se eu fosse classificar esse livro, não diria que era uma ficção histórica, parece mais um livro de história mesmo, como se uma professora estivesse dando aula.Se existe um ponto minimamente favorável a ele foi o desfecho que acabou se mostrado de certa forma uma surpresa, ainda assim não forte o bastante para compensar o infortúnio da nossa leitura. Os capítulos são grandes demais de modo que se tornam cansativos, a autora tem boa técnica, mas parece não saber usá-la, exagerando em descrições desnecessárias, as personagens se empenham tanto em parecer verossímeis que acabam sendo só chatas mesmo. Foi uma unanimidade no clube o fato de não gostarmos da leitura e não indicarmos. Mesmo eu sendo fã do conto Bela Adormecida, elejo essa como a adaptação mais chata já escrita da história.
A primeira coisa a ser dita sobre esse livro é que o título não faz o menor sentido. Sério. Nós acompanhamos Elise, que também é a narradora da história, ela começa o livro como uma senhora idosa ouvindo sua bisneta Raimy contando aos irmãos a história da Bela Adormecida, por ser uma conhecedora da história, ela sabe a verdade por trás do conto fantasioso contado por menestréis e repetido por sua bisneta, assim, decide relatar-lhe a verdade por trás da fantasia.
Elise cresceu em uma pequena fazenda com seus cinco irmãos, uma mãe amorosa e um pai que a odiava - e ela não tinha ideia da razão. Em um dia comum, no mercado com sua mãe, ela acaba ouvindo um grupo de pessoas comentarem que ela era uma bastarda e, mesmo tendo sido educada pela mãe a saber ler e escrever, Elise não sabia o que aquela palavra significava. Ao indagar a mãe a respeito foi recebida com certa brutalidade e descobriu, neste dia, que não era filha do homem que acreditou ser seu pai. Sua mãe, entretanto, não quis entrar em detalhes sobre seu verdadeiro pai além do fato de ele ser um homem sem honra e de como o atual marido lhe salvara a honra e lhe salvara da miséria ainda que Elise soubesse pela história que tudo que o homem queria era uma parideira de filhos para ajudá-lo na fazenda.
Quando um surto de varíola assola a região, a família de Elise que mal conseguia se manter adoece e ela consegue, após longo sofrimento, escapar da doença, mas apenas para descobrir que quatro dos seus cinco irmãos morreram, um outro está muito doente e sua mãe em estágio final de vida. A mãe, em seus últimos momentos, confidencia a filha um futuro no palácio e da-lhe um nome e algum dinheiro que escondeu durante tempos para ela. Assim, logo que o irmão se recupera e a mãe é enterrada, ela deixa a casa na fazenda e parte para procurar Agna, a rica irmã de sua mãe que pode lhe mostrar o caminho para a vida no palácio.
Ao contrário do que esperava, Elise é bem recebida pela tia que lhe dá teto, roupa e sapatos apropriados para sua entrada no castelo, é na compra deste último item que ela conhece Marcus, o filho do sapateiro. Há certo encanto no ar entre os dois, mas a timidez do rapaz e seu próprio desconhecimento sobre a intensidade de sentimentos abafa a proximidade entre eles. O pai do rapaz se oferece para levar Elise ao castelo e ela é orientada por Agna a procurar a senhora Tewkes que vem a descobrir ser a chefe da criadagem do castelo. A mulher, que foi amiga de sua mãe, contrata Elise como criada de quarto no lugar de Petra, uma criada mais experiente que passará a servir mesas enquanto treina Elise em seus afazeres.
Por saber ler, logo Elise se torna criada da rainha Lenore, uma mulher apática e triste que acabara de voltar de uma viagem de peregrinação. Elise acaba descobrindo a desolação da bela mulher por não ter podido dar um filho ao rei cujo trono passaria para o terrível irmão Bowen, um homem cruel, ambicioso e sem escrúpulos. Há também outra figura que intriga a criada, a tia do rei, Millicent, uma mulher imponente com certa aura sombria e de quem o rei Ranolf parece não gostar. Quando o príncipe Bowen chega ao palácio para ser anunciado como herdeiro do trono um acontecimento inesperado ocorre durante a nomeação humilhando-o em público por sua arrogância e crueldade, a gravidez da rainha Lenore é anunciada.
Como a criada da rainha está para se casar com o braço direito de Bowen, Lenore nomeia Elise como sua nova criada pessoal, elevando-a de cargo e demonstrando com isso grande carinho pela menina. Assim, nasce uma relação de amizade sincera entre as duas, embora Elise sempre se ressinta do laço inquebrável entre a rainha e sua antiga criada. Conforme a gravidez avança, Millicent parece querer dominar completamente Lenore sobre tudo, chegando inclusive a confiná-la no quarto. Elise fica paciente ao lado de sua senhora fazendo o que pode para confortá-la e quando finalmente nasce uma menina, o desespero da mulher por não ser um príncipe não podia ser descrito, mas a ternura demonstrada pelo rei em relação a menina amolece o coração de Elise e da própria rainha e assim, Rosa é nomeada oficialmente a herdeira do trono de Ranolf.
Por seu comportamento inconcebível, Millicent é banida do reino, mas aparece no batizado de Rosa apenas para instaurar o terror em todos, condenando os pais da menina a uma existência de medo pela sua vida. A rainha é a mais afetada, ficando noites sem dormir por temer a morte da filha e impedindo a própria menina de ter um sono decente ao ficar acordando-a para ter certeza que ela está viva. Elise assiste a tudo impotente, fazendo o melhor que pode para conforto de mãe e filha. Quando Rosa cresce transformando-se em uma menininha saudável e curiosa, a criada reencontra Marcus, reafirmando o amor que outrora aflorara silencioso entre os dois. Contudo, Elise, agora uma jovem adulta, não está pronta para deixar a rainha e a criança de lado, especialmente quando a vida de Rosa tornou-se algo frágil pela "maldição" de Millicent.
Assim termina seu relacionamento com Marcus, vitimado pelo seu egoísmo em ser incapaz de ver as necessidades do outro e pensar apena nas suas próprias mascaradas por um altruísmo que na verdade não existe. Rosa cresce e se torna uma bela jovenzinha desde os três anos prometida a um príncipe que nunca a visitara e com quem ela não queria se casar. Ansiosa por liberdade, por vezes ela foge do castelo para visitar o vilarejo (bem no estilo a princesa e a plebéia), os anos provocaram mudanças em todos, Elise se tornara uma mulher, recatada e totalmente devotada a rainha e Rosa, Marcus se casara assim como Petra que, arruinada por Dorian o maior don Juan da corte do rei Ranolf, precisou buscar no casamento uma chance de não ser condenada à miséria uma vez que o trabalho na corte não era garantia eterna de moradia.
"As mulheres se uniam em matrimônio para garantir um teto sobre suas cabeças e comida na mesa. Casavam-se por precisarem de um protetor ou desejarem filhos. Todas estas eram razões perfeitamente sensatas, e nenhuma tinha a ver com amor."
Os caminhos de Elise e Dorian se cruzam quando ele solicita a rainha sua mão em casamento, algo pelo qual a jovem não esperava e tampouco conseguia entender. Mas o destino da criada promete ser muito mais sombrio e furioso que um casamento com um homem que ela não ama, quando a peste ameaça voltar na figura de Millicent, a vida de Rosa pode estar nas mãos dela e o desfecho da história da princesa corre o risco de não ter um final feliz.
Como disse no começo, o título desse livro não faz o menor sentido porque não ocorre o período de sono da princesa, durante a história está mais para o contrário, ela não dorme, seja porque está com a cabeça cheia de minhocas, seja porque é assombrada por pesadelos, seja porque está doente ou escrevendo como uma maluca compulsiva. Além disso, a história é maçante, Elise é uma personagem irritante com a sua indecisão, a maneira como ela chega a manipular Marcus, o modo como ela age quase sempre de maneira imprudente, não consegui gostar dela. Na verdade, esse é aquele tipo de livro cujos personagens nao despertam qualquer empatia ou simpatia com o leitor, pelo menos foi o que aconteceu comigo e com as meninas do clube.
Se eu fosse classificar esse livro, não diria que era uma ficção histórica, parece mais um livro de história mesmo, como se uma professora estivesse dando aula.Se existe um ponto minimamente favorável a ele foi o desfecho que acabou se mostrado de certa forma uma surpresa, ainda assim não forte o bastante para compensar o infortúnio da nossa leitura. Os capítulos são grandes demais de modo que se tornam cansativos, a autora tem boa técnica, mas parece não saber usá-la, exagerando em descrições desnecessárias, as personagens se empenham tanto em parecer verossímeis que acabam sendo só chatas mesmo. Foi uma unanimidade no clube o fato de não gostarmos da leitura e não indicarmos. Mesmo eu sendo fã do conto Bela Adormecida, elejo essa como a adaptação mais chata já escrita da história.
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