Autora: Serena Valentino
Gênero: Literatura fantástica
Ano: 2018
Sinopse: Era uma vez uma adorável e indefesa donzela que dorme profundamente anos a fio – vítima de uma maldição – antes de ser resgatada pelo belo e corajoso príncipe encantado. Mas essa é apenas a metade da história. E quanto à Fada das Trevas, Malévola? O que a levou de fato a sucumbir à maldade e ao ódio a ponto de desejar o mal de alguém? Por que ela amaldiçoa a princesa inocente? Este é um relato passado ao longo dos séculos. É uma história de amor e de traição, de magia e de fantasia, de perdão e de arrependimento. É a história da Rainha do Mal.
Aconteceu com esse livro o mesmo que houve com Úrsula, apesar de estar habituada já com o universo compartilhado que Valentino criou não consegui gostar das sequencias que li da série excetuando Rainha Má, cujas mudanças na história não só se encaixaram com perfeição, mas tinha uma dinâmica muito fácil de gostar, e também A Fera em Mim que eu ainda não li e desde já digo que tem ordem pra ler esses livros, porque eu pulei o livro da Fera e fiquei voando em um monte de questões nos outros livros. Malévola é, então, o quarto livro dessa série que reconta as histórias por trás dos "vilões" da Disney e digo reconta porque mexe em alguns pontos chave das tramas que conhecendo podendo trazer mudanças grandes, como o fato de Úrsula ser, na verdade, tia de Ariel.
Em Malévola não é´diferente, as circunstâncias que permearam o nascimento de Aurora foram, a meu ver, bem... como direi? Malucas. Na falta de uma palavra melhor. Se deu algum sentido para o ódio que a bruxa/fada teve da menina e dos pais dela, é, até que funcionou em certo ponto, mas achei a saída da versão live action mais lógica que a desse livro (quer dizer, Aurora filha da Malévola? Qual é?!) Os personagens dos demais livros retornam nesse e enquanto Bela dorme, conhecemos a origem de Malévola, sua trajetória para se tornar uma fada e como ela sofreu bullying feérico na escola, além de vermos o desfecho de Branca de Neve, agora com os filhos crescidos e com um artefato muito Once Upon a Time (sim, a série) que pode ter sido a causa de toda a bagunça do "reino encantado".
Rolou aquele CTRL C, CTRL V em algumas partes, da mesma forma que aconteceu com Úrsula, embora os "pontos cegos" do filme da Disney tenham sido preenchidos, como a ida de Aurora para o Mundo dos Sonhos que também ficou muito Once Upon a Time, mas okay. O livro ainda traz uma vibe mais contemporânea e apela até para filosofia em algumas passagens, ainda que isso funcione dentro do texto, ao meu ver ficou meio... não digo forçado, mas óbvio. É, óbvio cabe melhor. No que me diz respeito, fica lado a lado com o livro da Úrsula, não curti muito, mas não é de todo ruim.
"Você até poderia pensar que as fadas teriam planejado algo mais criativo. Praticamente toda princesa em perigo foi salva pelo Beijo do Amor Verdadeiro! Pelo amor de Deus, juntando-se bruxas e fadas não conseguimos pensar em alguma coisa mais original? Estou farta disso. Por que uma jovem precisa de um homem para salvá-la? Por que uma princesa não pode lutar pela própria vida, romper sua própria maldição? Por que tem sempre que ser um príncipe? Por Hades, quero matar o Felipe só por princípio, só para não termos mais um príncipe beijando uma garota adormecida e indefesa, fazendo com que ela sinta que deve se casar com ele por gratidão."Eu ri nessa parte.
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